Não, o título do post não é sobre o peru que provavelmente vai ser servido esta noite em sua ceia natalina. Cadáver esquisito é o nome de um jogo literário criado há quase cem anos pelos surrealistas que consiste em vários escritores produzindo um mesmo texto . Cada um, a sua vez, acrescenta algumas linhas na história coletiva, dando continuidade a partir do ponto em que o antecessor parou e deixando a bola pronta para o seu sucessor. Participei de um projeto assim que está sendo publicado na edição especial de Natal do jornal Notícias do Dia, que circula nesta segunda e terça-feiras em bancas catarinenses.
O convite foi feito pela jornalista Carol Macário a mim e a outros 11 autores, entre escritores, dramaturgos, roteiristas, atores e produtores culturais em geral. O resultado foi bastante divertido, a história natalina dos segredos da Tia Berta e de sua sobrinha narradora. Acho que a parte que escrevi será facilmente identificada pelos leitores que me conhecerem. Esta foi também minha última publicação do ano, encerrado este atribulado 2012. Aproveito para agradecer a Carol pela oportunidade e ao pessoal que aparece neste blog e em sua fanpage no Facebook pela audiência. Ótimas festas a todos e até 2013.
24.12.12
13.12.12
Estou no ClockWork, de Portugal
Ser chamado de "um dos nomes incontornáveis do steampunk brasileiro" pelo maior site de divulgação do gênero de Portugal é um fato para alegrar o dia de qualquer um. Foi o que aconteceu ontem, quando Jo Lima, uma das organizadoras da primeira convenção steamer lusitana, a EuroSteamCon, fez este post sobre minha participação no programa Desfolhando, da TV Paulo Freire, e relembrando o vídeo que fiz para aquele evento europeu. Só posso agradecer a todos por essa grande divulgação da literatura retrofuturista escrita e produzida em português, dos dois lados do Atlântico.
10.12.12
Milagre científico
Tive o prazer de participar desta obra como ilustrador:
O livro de Évito Gomes, técnico superior em Terapia Física e Reabilitação, formado em Cuba, narra em tom ficcional uma história real da qual ele foi um dos principais participantes. Um milagre alcançado é sobre a história de uma criança vítima de atropelamento e desenganada por equipes médicas em sua cidade natal, no norte do país, que teve a chance de ser reabilitada com um tratamento multidisciplinar em Santa Catarina. Com os nomes dos envolvidos protegidos por pseudônimos de origem tupi, é contatada nessas páginas uma comovente trama real, de superação por parte da criança e de sua família, e de extremo envolvimento para além do profissionalismo por parte da equipe que a tratou por aqui. Participei dessa história fazendo ilustrações de tal equipe e de alguns dos equipamentos desenvolvidos por meu amigo Évito Gomes para recuperação da menina Arabi. Mais informações a respeito podem ser obtidas neste endereço.
O livro de Évito Gomes, técnico superior em Terapia Física e Reabilitação, formado em Cuba, narra em tom ficcional uma história real da qual ele foi um dos principais participantes. Um milagre alcançado é sobre a história de uma criança vítima de atropelamento e desenganada por equipes médicas em sua cidade natal, no norte do país, que teve a chance de ser reabilitada com um tratamento multidisciplinar em Santa Catarina. Com os nomes dos envolvidos protegidos por pseudônimos de origem tupi, é contatada nessas páginas uma comovente trama real, de superação por parte da criança e de sua família, e de extremo envolvimento para além do profissionalismo por parte da equipe que a tratou por aqui. Participei dessa história fazendo ilustrações de tal equipe e de alguns dos equipamentos desenvolvidos por meu amigo Évito Gomes para recuperação da menina Arabi. Mais informações a respeito podem ser obtidas neste endereço.
3.12.12
Steampunk na TV Paulo Freire
Como adiantei em um post anterior, fui gentilmente convidado para participar do programa Desfolhando, veiculado na TV Paulo Freire, um espaço voltado para os educadores da rede de ensino do estado vizinho do Paraná, onde a cena steampunk é uma das mais fortes do país. A matéria conduzida por Tania Bonassa ficou muitíssimo bem editada e bem produzida pela equipe do programa. Pode ser conferida tanto ela quanto nada menos que nove chamadas curtas na página do Desfolhando no Youtube. Por exemplo, nesta aqui eu leio aquele que deve ser o menor conto escrito por Conan Doyle com seus dois grandes protagonistas, e infelizmente sempre deixado de lado quando se trata do cânone sherlockiano: "O aprendizado de Watson". Já o link direto para a matéria é este aqui (prestem atenção nas ótimas animações que dão vida ao nosso bate papo, gravado no bar Jokers, da capital paranaense, durante a Gibicon).
No mais, estou sem acesso à minha CPU nos últimos dias, portanto, sem poder usar meus textos e conteúdo relacionado a este blog. Tentarei solucionar esse problema o mais brevemente possível, mas até lá devo ficar sem poder atualizar este espaço. Um abraço e até a volta.
No mais, estou sem acesso à minha CPU nos últimos dias, portanto, sem poder usar meus textos e conteúdo relacionado a este blog. Tentarei solucionar esse problema o mais brevemente possível, mas até lá devo ficar sem poder atualizar este espaço. Um abraço e até a volta.
19.11.12
Camiseta, Sangrenta Camiseta
Sintam a presença da camiseta que meu brother Kayuá Waszak fez inspirada na arte de Victor Conceição para o meu conto weird western "Domingo, Sangrento Domingo":
Prestem atenção aos detalhes e curvas de Mary Ruiva...
...e na figura repulsiva de Domingo Ruiz:
Fantástico, não?
Prestem atenção aos detalhes e curvas de Mary Ruiva...
...e na figura repulsiva de Domingo Ruiz:
Fantástico, não?
13.11.12
Sherlock e eu
No final de outubro fui até Curitiba para aproveitar a Gibicon e acabei recebendo o convite de Tania Bonassa para ser entrevistado no programa Desfolhando, voltado aos professores do Paraná e com o objetivo de reforçar o interesse pela leitura. Em breve eu solto o link da matéria editada, mas por enquanto os leitores do Cidade Pantástica podem ficar com esta ilustração que serve de capa para a página do programa no Facebook e com um diálogo imaginário que Tania me pediu para escrever com o Grande Detetive. Na versão que irá ao ar, um trecho bem menor deste e de outros diálogos imaginários (entre eles um entre Dom Pedro II e Dom Casmurro) farão parte da edição da entrevista. Aguardem e confiem.
ROMEU – Não acredito em meus olhos! Estarei mesmo diante de Sherlock Holmes, o maior detetive de todos os tempos, o ícone do racionalismo da Era Vitoriana?
HOLMES – Sim, este de fato são meu nome, sobrenome, profissão e status de reconhecimento. Por sua vez, noto que estou falando com um brasileiro, diria mesmo que com um escritor vindo daquele país exótico do continente americano.
ROMEU – Espantoso! Mesmo tendo lido todos os sessenta casos relatados por seu amigo John H. Watson não estava preparado para ver assim, in loco suas lendárias capacidades dedutivas.
HOLMES – Muitas pessoas têm esta sua reação, mas por favor, recolha o queixo ou vai molhar seus sapatos.
ROMEU – Oh, sim, sim. Me desculpe, mas é que meu nome é Romeu Martins, de fato sou do Brasil e tive a honra de ter sido convidado a escrever uma aventura imaginária sua, na qual especulei o que teria ocorrido caso nunca se houvesse se dado a parceria entre o senhor e o doutor Watson, no número 221-B, de Baker Street. “O Caso do Desconhecido Íntimo” é o nome do texto.
HOLMES – Curioso. Não ocupo muito minha mente com essas ficções especulativas, prefiro gastar meu tempo com pesquisas relacionadas aos casos que sou contratado para investigar. O cérebro é como um grande sótão, precisamos escolher o que guardamos...
ROMEU - ...e o que jogamos fora. Sim, sim, esta é uma observação famosa sua. Sou mesmo um grande admirador seu, como disse. Se importaria de me dizer como chegou a conclusão sobre minha nacionalidade e a minha profissão?
HOLMES – Foi bastante elementar. Conheço a língua que é falada em Portugal e em suas colônias e treinei meu ouvido para escutar além dos timbres de meu violino. Como já tive a oportunidade por duas vezes de trava contato em casos envolvendo brasileiras, conheço o acento de seu país. E acredite, duas das três mulheres mais ardilosas que já conheci, tiveram passagem pelo Brasil.
ROMEU – Maria Pinto, do “Problema com a Ponte de Thor”, e Isadora Klein, do “Caso das Três Empenas”. Imaginei que essas suas experiências anteriores dariam pistas sobre minha nacionalidade. E como soube que sou escritor.
HOLMES – Observação dos detalhes. Foi fácil perceber olhando para suas mãos essa pitoresca forma de os calos se formarem nas pontas dos dedos . Isso é típico de quem precisa manusear constantemente teclados. Para deduzir que você é um escritor estrangeiro, mais exatamente vindo do Brasil, só precisei entrever os livros e anotações que você leva nesta estranha bolsa que carrega nas costas, com traduções de minhas aventuras para o idioma de Camões. Mas agora, me deixe terminar de fumar meu charuto. Até a vista, meu caro Martins.
ROMEU – Não acredito em meus olhos! Estarei mesmo diante de Sherlock Holmes, o maior detetive de todos os tempos, o ícone do racionalismo da Era Vitoriana?
HOLMES – Sim, este de fato são meu nome, sobrenome, profissão e status de reconhecimento. Por sua vez, noto que estou falando com um brasileiro, diria mesmo que com um escritor vindo daquele país exótico do continente americano.
ROMEU – Espantoso! Mesmo tendo lido todos os sessenta casos relatados por seu amigo John H. Watson não estava preparado para ver assim, in loco suas lendárias capacidades dedutivas.
HOLMES – Muitas pessoas têm esta sua reação, mas por favor, recolha o queixo ou vai molhar seus sapatos.
ROMEU – Oh, sim, sim. Me desculpe, mas é que meu nome é Romeu Martins, de fato sou do Brasil e tive a honra de ter sido convidado a escrever uma aventura imaginária sua, na qual especulei o que teria ocorrido caso nunca se houvesse se dado a parceria entre o senhor e o doutor Watson, no número 221-B, de Baker Street. “O Caso do Desconhecido Íntimo” é o nome do texto.
HOLMES – Curioso. Não ocupo muito minha mente com essas ficções especulativas, prefiro gastar meu tempo com pesquisas relacionadas aos casos que sou contratado para investigar. O cérebro é como um grande sótão, precisamos escolher o que guardamos...
ROMEU - ...e o que jogamos fora. Sim, sim, esta é uma observação famosa sua. Sou mesmo um grande admirador seu, como disse. Se importaria de me dizer como chegou a conclusão sobre minha nacionalidade e a minha profissão?
HOLMES – Foi bastante elementar. Conheço a língua que é falada em Portugal e em suas colônias e treinei meu ouvido para escutar além dos timbres de meu violino. Como já tive a oportunidade por duas vezes de trava contato em casos envolvendo brasileiras, conheço o acento de seu país. E acredite, duas das três mulheres mais ardilosas que já conheci, tiveram passagem pelo Brasil.
ROMEU – Maria Pinto, do “Problema com a Ponte de Thor”, e Isadora Klein, do “Caso das Três Empenas”. Imaginei que essas suas experiências anteriores dariam pistas sobre minha nacionalidade. E como soube que sou escritor.
HOLMES – Observação dos detalhes. Foi fácil perceber olhando para suas mãos essa pitoresca forma de os calos se formarem nas pontas dos dedos . Isso é típico de quem precisa manusear constantemente teclados. Para deduzir que você é um escritor estrangeiro, mais exatamente vindo do Brasil, só precisei entrever os livros e anotações que você leva nesta estranha bolsa que carrega nas costas, com traduções de minhas aventuras para o idioma de Camões. Mas agora, me deixe terminar de fumar meu charuto. Até a vista, meu caro Martins.
8.11.12
Monstros
Um dos motivos para os meus sumiços são os frilas. Aqui vai uma amostra de um que achei bem interessante por ter voltado a me dar a chance de desenhar coisas de que gosto. Foi uma encomenda para um show de sombras que vai acontecer durante uma apresentação de bandas em Curitiba. Para cada um dos pequenos monstros abaixo (nenhuma relação com Lady Gaga e seus fãs) há uma música.
Zumbi
Curupira
Múmia
Lobisomen
King Kong
Chupa-Cabras
Corpo-Seco
Zumbi
Curupira
Múmia
Lobisomen
King Kong
Chupa-Cabras
Corpo-Seco
Astronauta na HQCon
Está no ar minha resenha do principal lançamento nacional de quadrinhos deste ano: Astronauta - Magnetar de Danilo Beyruth e Cris Peter. Segue uma palhinha do texto que pode ser lido no site da HQCon:
Por falar na HQCon, temos aqui o cartaz do evento que vai acontecer no dia 24 de novembro, no Colégio Catarinense, com várias atrações, incluindo a exposição Super-Realismo, com a arte de Angelo de Capua para novos uniformes realistas de super-heróis. Segue o cartaz:
Começando pelo contexto: esta graphic novel é o ponto culminante de um projeto de renovação do material produzido nos estúdios de Mauricio de Sousa capitaneado pelo editor do UniversoHQ, Sidney Gusman.
Tal processo se iniciou nas comemorações do cinquentenário do criador da Turma da Mônica, se estendendo por uma trilogia de álbuns nos quais – em cada um – meia centena de artistas homenageava o nosso mais bem sucedido quadrinista, reinventando sua obra com estilos os mais pessoais possíveis.
Agora, com muito mais espaço para retrabalhar tais personagens icônicos da história dos quadrinhos nacionais, uma coleção de álbuns denominada Graphic MSP começa a dar oportunidades inéditas a uma nova leva de artistas brasileiros.
Serão histórias completas e mais complexas, com dezenas de páginas, em uma parceria com o maior estúdio de quadrinhos do Brasil, a Mauricio de Sousa Produções, e a maior editora do ramo em atividade no país, o braço local da multinacional Panini.
Mesmo levando em conta o quanto o adjetivo anda sendo gasto à toa nos últimos anos, é o caso de classificar este momento de revolucionário para a história da nona arte brasileira. Não há outra palavra que dê conta de forma mais precisa a respeito desta nova fase do projeto.
30.10.12
Tacando o terror no It's
Recentemente dei uma entrevista para o Portal It's em Florianópolis sobre literatura de terror. O material ficou muito legal, enfocando além dos livros o mundo do teatro. Neste endereço, você pode ver o resultado da conversa com o repórter Igor Lima e o câmera Leonardo Russo nas Livrarias Catarinense, no qual falo um pouco da experiência de ter escrito contos para o livro Deus Ex Machina: Anjos e Demônios na Era do Vapor e para a vindoura coletânea de super-heróis. Confiram lá.
17.10.12
Sociedade underground
A resenha a seguir foi enviada pelo colaborador Pedro Dobbin, do Rio de Janeiro.
Autora: Cherie Priest
Tradutor: Fabio Fernandes
Ano: 2012
Páginas: 416
Editora: Underworld
Cherie Priest é consagrada autora norte-americana que criou o Clockwork Century Universe, do qual Boneshaker é o primeiro da série e que temos a oportunidade de ver na excelente tradução de Fabio Fernandes. Podemos ver mais sobre esse universo, em inglês em http://theclockworkcentury.com/
A capa do livro é idêntica à original e chama a atenção por si própria. A diagramação, o trabalho gráfico e a revisão estão excelentes. É o primeiro livro da Editora Underworld que leio, mas confesso que fiquei bastante impressionado com o cuidado e profissionalismo. Podemos esperar ótimas edições, em especial dos projetos Steampunk desta editora.
A história faz juz ao gênero Steampunk, todos os elementos estão lá presentes. Numa Seattle da segunda metade do século XIX, durante a Guerra Civil americana, a corrida do ouro fez com que um inventor, Leviticus Blue, criasse a incrível máquina perfuratriz Boneshaker. Durante o que poderia ter sido um teste, ou mesmo uma ação calculada, essa máquina irrompe do porão de sua casa e inicia uma caminhada subterrânea e mortal, retornando à casa depois de deixar um rastro de destruição no centro da cidade. Além disso, por um incrível azar a máquina atinge um veio de gás que acabou por mostrar-se mortífero e, o que é pior, tornando zumbis os afetados por ela.
Uma muralha imensa é construída para conter o gás e isolar os zumbis. Toda uma sociedade underground acaba por constituir-se lá dentro. A história propriamente dita começa 16 anos depois da catástrofe, quando a viúva Blue (esposa do cientista citado acima) é obrigada a entrar na parte isolada da cidade em busca do seu filho.
A história é muito bem contada, com ação de tirar o fôlego, principalmente nos momentos finais, e embora os personagens, à exceção da viúva Blue, pudessem ser mais desenvolvidos, é rica de pormenores e aqueles que, como eu, adoram a temática Steampunk, com seus aparelhos tecnológicos (dirigíveis, braços mecânicos, etc.) e sua estética, ficarão bastante satisfeitos e ansiosos pela publicação dos outros títulos do universo criado por Cherie Priest.
Autora: Cherie Priest
Tradutor: Fabio Fernandes
Ano: 2012
Páginas: 416
Editora: Underworld
Cherie Priest é consagrada autora norte-americana que criou o Clockwork Century Universe, do qual Boneshaker é o primeiro da série e que temos a oportunidade de ver na excelente tradução de Fabio Fernandes. Podemos ver mais sobre esse universo, em inglês em http://theclockworkcentury.com/
A capa do livro é idêntica à original e chama a atenção por si própria. A diagramação, o trabalho gráfico e a revisão estão excelentes. É o primeiro livro da Editora Underworld que leio, mas confesso que fiquei bastante impressionado com o cuidado e profissionalismo. Podemos esperar ótimas edições, em especial dos projetos Steampunk desta editora.
A história faz juz ao gênero Steampunk, todos os elementos estão lá presentes. Numa Seattle da segunda metade do século XIX, durante a Guerra Civil americana, a corrida do ouro fez com que um inventor, Leviticus Blue, criasse a incrível máquina perfuratriz Boneshaker. Durante o que poderia ter sido um teste, ou mesmo uma ação calculada, essa máquina irrompe do porão de sua casa e inicia uma caminhada subterrânea e mortal, retornando à casa depois de deixar um rastro de destruição no centro da cidade. Além disso, por um incrível azar a máquina atinge um veio de gás que acabou por mostrar-se mortífero e, o que é pior, tornando zumbis os afetados por ela.
Uma muralha imensa é construída para conter o gás e isolar os zumbis. Toda uma sociedade underground acaba por constituir-se lá dentro. A história propriamente dita começa 16 anos depois da catástrofe, quando a viúva Blue (esposa do cientista citado acima) é obrigada a entrar na parte isolada da cidade em busca do seu filho.
A história é muito bem contada, com ação de tirar o fôlego, principalmente nos momentos finais, e embora os personagens, à exceção da viúva Blue, pudessem ser mais desenvolvidos, é rica de pormenores e aqueles que, como eu, adoram a temática Steampunk, com seus aparelhos tecnológicos (dirigíveis, braços mecânicos, etc.) e sua estética, ficarão bastante satisfeitos e ansiosos pela publicação dos outros títulos do universo criado por Cherie Priest.
15.10.12
Um vislumbre da Cidade Phantástica
Dia desses, no Facebook, o grande pintor digital Raqsonu Duhu fez um convite a seus amigos do site: queria que propusessem ideias de cenários para ele produzir. Aproveitei a oportunidade para sugerir um Rio de Janeiro mais industrializado, do século XIX, no qual se ergueria no morro do Corcovado uma estátua em honra do Imperador D. Pedro II. Sim, quem leu minha noveleta homônima a este blog reconheceu do que eu estava falando. O resultado saiu na pintura que pode ser conferida abaixo:
Não ficou phantástico?
Não ficou phantástico?
11.10.12
Super Realismo, a exposição
Deu no UniversoHQ, a principal fonte de informações sobre quadrinhos do Brasil, uma chamada para a exposição de pinturas ultrarrealistas de Angelo de Capua baseadas nas minhas ideias para uniformes mais críveis para perosnagens clássicos do mundo de super-heróis. Na nota de Marcelo Naranjo aparece pela primeira vez o nome do projeto, Super Realismo, que vai ser realizado durante a próxima edição da HQCon (o evento está com uma nova data, a pedido do local que sediará o encontro, o Colégio Catarinense: será no dia 24 de novembro). Segue o link para a matéria e uma prévia do próximo herói a ter o conceito explicado em minha coluna para o site da HQCon:
9.10.12
Como foi a EuroSteamCon
Um excelente relato sobre como foi a primeira conferência portuguesa dedicada ao steampunk pode ser lido no blog ClockWork Portugal. Confiram como foi a EuroSteamCon, realizada no último final de semana de setembro, da qual tive a honra de participar virtualmente:
Continua
Realizou-se no passado fim-de-semana de 29 e 30 de Setembro a tão esperada Euro Steam Con 2012 no Edifício Parnaso, no Porto. Apesar de ser uma primeira edição, explorando um conceito relativamente desconhecido do grande público português, o evento contou com cerca de 150 visitantes dispersos pelos dois dias.
Desde Fevereiro que a equipa da Clockwork Portugal se organizou, cresceu e trabalhou para que a primeira convenção de Steampunk em terras lusas fosse um sucesso e que todas as engrenagens das pequenas comunidades se encaixassem, chamando assim a atenção para um conceito que, além fronteiras, motiva já muitas actividades e publicações. No contexto da nossa língua, é de referir que o Brasil já trabalha neste área a todo o vapor há cerca de 3 anos, como Romeu Martins explicou através de um pequeno vídeo que fez para a Convenção.
Continua
7.10.12
Aficionados por ficções
Estes foram o título e a foto que estamparam a capa do caderno Plural da edição de fim de semana do jornal Notícias do Dia, para minha surpresa e prazer. Editado pela minha amiga Dariene Pasternak, o caderno traz uma ampla matéria sobre escritores radicados na capital catarinense e que se dedicam a uma literatura de pegada pop (a minha foto com indumentária do velho oeste, por exemplo, faz referência a meu conto "Domingo, Sangrento Domingo", publicado na coletânea de weird western Cursed City). No interior do caderno, estou ao lado do meu camarada de escrita Roctavio de Castro, entre os exemplos selecionados pela repórter Carolina Moura (e antes dela por Carol Macário) para o texto que pode ser lido aqui, mas destaco a seguir o boxe que fala de mim na matéria:
Conjecturas do passado
Quando a Tarja Editorial o convidou para participar da coletânea “Steampunk - Histórias de um passado extraordinário”, em 2009, Romeu Martins entrou em um mundo do qual não saiu mais. O livro foi um dos primeiros no Brasil a se dedicar ao steampunk, gênero da ficção especulativa que problematiza o desenvolvimento na Era Vitoriana, com a Revolução Industrial e a tecnologia a vapor. O ponto de partida para esse tipo de ficção é um “e se...?”, questionando momentos da história do século 19. “A primeira coisa que vem na cabeça de quem fala em ficção científica é o futuro, mas tem formas que pensam no passado”, explica Romeu. O conto do escritor para essa coletânea parte da pergunta “E se o Brasil não tivesse entrado na Guerra do Paraguai?”, para construir um cenário em que o país se desenvolve enquanto os Estados Unidos definham durante sua guerra civil. Um trecho dessa história foi inclusive traduzida para o inglês e adicionada à “Steampunk Bible”, “Bíblia do Steampunk”, que deve ser publicada no Brasil este ano. Depois disso ele participou de outras coleções desse estilo e escreveu sobre diferentes temas, como o velho oeste americano.
Mas Romeu também se aventura em outros gêneros. Em fevereiro foi lançada a coletânea “Sherlock Holmes – Aventuras Secretas”, da Editora Draco, que aproveitou que a obra de Arthur Conan Doyle entrou em domínio público para criar em cima de seus personagens. Com sua participação neste livro Romeu teve a chance de conjecturar não sobre momentos históricos, e sim em cima da ficção de outro autor. “No universo do steampunk eu já uso personagens fictícios de outras pessoas, inclusive um casal de um dos contos do Conan Doyle”, conta o escritor, embora nunca tivesse se arriscado a usar o personagem principal antes.
Agora, seu próximo projeto é uma coletânea de contos sobre super-heróis, tirando essas figuras que fazem sucesso nas histórias em quadrinhos e trazendo-as para a prosa. A participação de Romeu especula desta vez com um evento histórico atual, o terremoto no Haiti, em 2010. Misturando rock, religiões hatianas e bonecos de ação que são usados para o vudu, ele cria um conto de vingança que é mais uma de suas inovações.
E acima temos a outra foto que ilustra as páginas internas, tirada na loja Universo Colecionáveis, e que ambienta meu conto "Edição de Colecionador", a sair na coletânea dedicada a super-heróis da editora Draco. Tanto esta como aquela da capa, que foi tirada no estúdio de tatuagem Urban Tribe, são de autoria de Débora Klempous, que já virou minha autora de avatares para o twitter oficial. Um obrigadão às meninas pela matéria, fotos e as muitas risadas que me renderam neste final de semana.
4.10.12
O Primeiro Vingador e a Segunda Emenda
Está no ar, no site da HQCon, a nova pintura de Angelo de Capua e a explicação conceitual por trás de nossa versão para um novo uniforme do Capitão América, agora armado e perigoso.
E nosso projeto ganhou destaque também no site da Catacomics, onde vocês podem ver uma prévia do próximo personagem a ser retrabalhado dentro dessa proposta ultrarrealista.
E nosso projeto ganhou destaque também no site da Catacomics, onde vocês podem ver uma prévia do próximo personagem a ser retrabalhado dentro dessa proposta ultrarrealista.
2.10.12
Ultrarrealismo no Diário
Saiu hoje a mais aguardada coluna do jornalista Marcos Espíndola no Diário Catarinense, pois ele volta ao trabalho de um período dedicado a licença paternidade. E a nota com mais destaque na concorrida Contracapa do caderno de Variedades do maior jornal do estado é sobre o projeto que Angelo de Capua e eu estamos desenvolvendo em parceria com a equipe da HQCon. Marquinhos apresentou a seus leitores as pinturas ultrarrealistas que Angelo está produzindo com base nas minhas ideias para uniformes de famosos personagens dos quadrinhos. Além do Batman, que já havia sido tema de uma coluna minha em O Comendador, ele mostrou em primeiríssima mão o redesenho para o Capitão América, que será explicado em uma próxima postagem minha no HQCon.com. E já aproveito, antes de reproduzir a nota abaixo, para adiantar que o próximo herói a ter o visual retrabalhado pelos pincéis e guache de Angelo já está pronto e ficou... bárbaro.
Guarda-roupas
Batman ficaria agradecido por ser poupado do constrangedor amarelo flúor do seu cinto de utilidades, além de perder a pesada capa. Quem sabe, uma boa ideia para futuras investidas do Morcegão nos cinemas. Contribuição do autor e jornalista Romeu Martins e do artista plástico e professor Angelo De Capua, ambos catarinenses, que se empenharam em reconfigurar o outfit de heróis clássicos dos quadrinhos, plausíveis com a realidade. Daí que o patriota Capitão América, além do ufanista escudo, passa a portar uma pistola e assume a condição de protetor da Segunda Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que dá direito a todo americano a andar armado - e de quebra, a presidência de honra da famigerada Associação Nacional de Rifles da América (NRAF).
Ultrarrealismo - Martins é um signatário da literatura steampunk e De Capua comunga da escola ultrarrealista. O resultado é esta série, que será exposta na próxima edição da HQCon, encontro de quadrinhos e cultural, dia 27, no Colégio Catarinense, na Capital. No blog www.hqcon.com, a dupla revela o passo a passo da confecção do novo guarda-roupas dos heróis. Como tudo na moda, renderá polêmicas.
24.9.12
Um novo Ano Um
Minha nova coluna no site da HQCon traz o início de uma parceria da qual estou gostando muito. Bolei um uniforme com detalhes mais realistas para um dos personagens mais icônicos dos quadrinhos e ele ganhou uma versão pintada em estilo ultrarrealista por um artista plástico de minha cidade, Angelo de Capua. Essa ideia inicial deu origem a um projeto bem interessante: na próxima edição da HQCon, agora em outubro, vamos ter uma exposição dos trabalhos de Angelo baseados nessas minhas novas versões para antigos personagens.
Aqui embaixo, vocês podem ver meu rascunho para o uniforme de Batman, mas para ver como ficou nos pinceis e tinta profissionais, só clicando aqui.
Aqui embaixo, vocês podem ver meu rascunho para o uniforme de Batman, mas para ver como ficou nos pinceis e tinta profissionais, só clicando aqui.
Eu na EuroSteamCon
Portugal vai realizar sua primeira convenção steampunk no último final de semana de setembro e eu estarei lá, ao menos virtualmente. O convite me foi feito pelo escritor e editor Luis Filipe Silva, organizador ao lado de Gerson Lodi-Ribeiro de Vaporpunk e compilador da pós-moderna coletânea Os anos de ouro da Pulp Fiction portuguesa, já resenhados aqui. Ele me deu a oportunidade de, através de um vídeo, comentar o mercado editorial steampunk no Brasil, fazendo um retrospecto do que já saiu por aqui e anunciando oficialmente o que já está certo de ser publicado em nosso país.
Com a inestímavel ajuda de meu colega de Sociedade Histórica Desterrense, Maurice Kisner, gravei de quatro minutos que tenta dar uma panorâmica sobre 11 livros, uma revista digital, seis editoras e aproximadamente 50 autores que se empenham na produção steamer em terras brasileiras. Minha fala vai servir também de base para um artigo para a nova edição da Vapor Marginal, a revista virtual do Conselho Steampunk do Brasil, que já está sendo produzida. Para assistir ao vídeo, é só clicar aqui.
Com a inestímavel ajuda de meu colega de Sociedade Histórica Desterrense, Maurice Kisner, gravei de quatro minutos que tenta dar uma panorâmica sobre 11 livros, uma revista digital, seis editoras e aproximadamente 50 autores que se empenham na produção steamer em terras brasileiras. Minha fala vai servir também de base para um artigo para a nova edição da Vapor Marginal, a revista virtual do Conselho Steampunk do Brasil, que já está sendo produzida. Para assistir ao vídeo, é só clicar aqui.
19.9.12
Parceria real
Uma breve busca aqui no blog deixa bem evidente que dois dos quadrinistas dos quais mais comento por aqui são Tiburcio, veterano da Mad e o criador de Meu Monarca Favorito, e André Diniz, de vários projetos baseados em figuras históricas, como Fawcett. Pois só recentemente fiquei sabendo de um trabalho que uniu os dois criadores em uma mesma revista produzida em 2007. "Ponha-se na rua!" une as melhores qualidades da dupla do Rio de Janeiro: quadrinhos com muito humor e com os desenhos estilizados de Tiburcio e roteiro fundamentado em acontecimentos históricos de André Diniz. Publicada na coleção Leitores Jovens da mineira Franco Editora, abaixo vai uma amostra da primeira página, com o uso inteligente de duas cores que caracterizou o miolo da publicação, emprestando um ar de sépia ao material:
O roteiro da HQ é baseado em uma história verdadeira: em 1808, com a vinda da família real portuguesa para esta sua colônia, os membros da corte passaram a buscar as melhores moradias disponíveis para se alojarem com um conforto semelhante ao que dispunham na metrópole. Por isso, as casas que mais agradavam aos duques, condes, barões e assemelhados eram marcadas com um PR. A sigla indicava que aquela residência estava sendo confiscada em nome do Príncipe Regente, mas os cariocas galhofeiros deram um novo sentido às duas letras, aquele que vai no título deste álbum de 28 páginas. Coube a José Fernandes, um dos filhos de Chica da Silva, a dar o troco a um desses nobres abusados que reivindicaram a casa que dividia com sua família.
O roteiro da HQ é baseado em uma história verdadeira: em 1808, com a vinda da família real portuguesa para esta sua colônia, os membros da corte passaram a buscar as melhores moradias disponíveis para se alojarem com um conforto semelhante ao que dispunham na metrópole. Por isso, as casas que mais agradavam aos duques, condes, barões e assemelhados eram marcadas com um PR. A sigla indicava que aquela residência estava sendo confiscada em nome do Príncipe Regente, mas os cariocas galhofeiros deram um novo sentido às duas letras, aquele que vai no título deste álbum de 28 páginas. Coube a José Fernandes, um dos filhos de Chica da Silva, a dar o troco a um desses nobres abusados que reivindicaram a casa que dividia com sua família.
6.9.12
HQ, Sangrenta HQ no Mágico Vento
Julio Schneider, o responsável pela adaptação de um dos meus fumetti favoritos para as bancas brasileiras, deu mais uma bela canja para o trabalho weird western deste blogueiro. Como ele havia feito na edição 107 da revista do xamã branco, voltou a abrir espaço na seção "O Correio de Poe" para falar das desventuras editoriais de Domingo Ruiz, agora nos quadrinhos:
O que mais posso dizer além de agradecer muitíssimo a esse excelente e generoso profissional que é Júlio Schneider e deixar os leitores deste espaço novamente com a arte do grande Victor.
No Correio da edição no. 107 falávamos de Romeu Martins (São José -SC) e da publicação de uma coletânea nacional do gênero faroeste fantástico, da qual ele fez parte. Mais de um ano depois daquele lançamento, Romeu volta com mais notícias: "Agora estamos preparando um desdobramento do projeto, com a adaptação do meu conto para o formato de um álbum de quadrinhos em parceria com o desenhista Victor Conceição (Victor Vic), também aqui da minha cidade. Como entre as maiores influências nesta transposição está este fumetto do qual sou fã, repasso o link da pequena chamada que fiz em meu blogue com as primeiras páginas deste projeto que, pretendemos, deverá estar pronto até o próximo ano.Um abraço, obrigado por tudo e parabéns pela qualidade constante dos textos da edição brasileira das histórias de Mágico Vento". Ao escrever o conto, Romeu havia esticado o olho para Ken Parker de Berardi e, ao passar o texto para HQ, a mira estava apontada para Gianfranco Manfredi e o seu xamã. Publicamos ao lado uma imagem oficial de divulgação da HQ Cursed City - Domingo, Sangrento Domingo, e apontamos o blogue do Victor Vic, desejando sucesso à iniciativa dos catarinenses.
O que mais posso dizer além de agradecer muitíssimo a esse excelente e generoso profissional que é Júlio Schneider e deixar os leitores deste espaço novamente com a arte do grande Victor.
Café com polêmica e com vapor
O podcast mais polêmico de Santa Catarina me convidou para participar de um de seus programas, regado aos deliciosos sanduíches Vininha, harmonizado com Kaiser Bock. Café com Polêmica, dos camaradas Fabrício Rodrigues, Fernando Pascale e João Paulo Borges, me chamaram para relembrar os tempos de Gritedo do Bugio, o nosso fanzine da época de faculdade, e da militância steampunk: pude lembrar do lançamento da Bíblia Steampunk a ser lançada neste Natal. De quebra, Pascale, que foi o criador da versão minifake de João Fumaça, ainda fez este bacanaço marcador de páginas:
Para ouvir o papo, na edição XV do programa, e tentar entender o que é steampunk - ou, não - é só acessar este link do podcast que mais cresce em Santa Catarina e região.
Para ouvir o papo, na edição XV do programa, e tentar entender o que é steampunk - ou, não - é só acessar este link do podcast que mais cresce em Santa Catarina e região.
5.9.12
Lá no Mind Meld
A sincronicidade às vezes me espanta! Fui gentilmente convidado por Fábio Fernandes, coeditor de Underworld of Steampunk - para participar de uma das seções do prestigiado SF Signal, o Mind Meld, no qual uma pergunta é respondida por vários autores de FC simultaneamente. A questão da vez é a seguinte:
Pois bem, o material foi ao ar hoje e estou lá, ao lado de um time de escritores de diversos países, e adivinhem qual foi a ilustração que o editor escolheu para minha participação? Para nossa surpresa, de Fábio Fernandes e minha, a capa anunciada na véspera de nossa coletânea já estava lá, como podem conferir neste endereço.
Você acha que as indicações para os Hugo Awards têm pouca representação de escritores não-anglo-americanos? Você acha que isso é importante? Se acha, o que poderia ser feito para mudar essa situação?
Logo abaixo, vocês podem conferir o que respondi em português:
Acredito firmemente na importância da ficção científica como sendo o gênero literário que, por excelência, nos faz despertar o imaginário para além de todas as amarras que o cotidiano nos impõe. É no espaço privilegiado da FC que podemos transcender quaisquer limitações de tempo, espaço, gênero, nas; mais diversas probabilidades estatísticas envolvidas: das representações geográficas mais locais aos mais distantes pontos neste e em outros universos; do presente mais nowpunk a épocas aquém e além em calendários inimagináveis; do demasiado humano de homens, mulheres, gays, lésbicas, transgêneros a transhumanos. Exatamente por isso, a escolha do que de melhor e mais representativo existe em um gênero com tamanha gama de pontos de reflexão a oferecer não deveria ficar restrita a apenas uma visão cultura, por mais abrangente que essa cultura possa ser. Os prêmios que buscam dar distinção a enormidade da produção de FC, como o Hugo e o Nebula, deveriam ter a oportunidade de analisar o que de fato vem sendo pensado, escrito e editado em outros pontos do mundo que não têm o inglês como sua língua base.
Para que se ofereça aos votantes e juízes de tais prêmios uma oportunidade dessas, seria mesmo necessário que esforços fossem desenvolvidos pelas organizações de escritores e de editores dos mais diversos países não-anglófonos para oferecer traduções de sua produção de FC local. Somente dinâmicas unindo autores e tradutores profissionalmente capacitados para tanto é que se poderia promover a oferta, em igualdade de condições, de um conjunto de novas abordagens, novos pontos de vistas, novos modo de abordagem ao público que escolhe os textos que irão perdurar na história deste gênero literário.
Romeu Martins é jornalista brasileiro e escreve FC, fantasia e horror, com especial interesse em novas possibilidades envolvendo o século XIX. Já teve contos publicados em português em seu país natal com narrativas steampunk, de weird western e sobre Sherlock Holmes. Um trecho de sua noveleta "Phantastic City" foi publicado na Steampunk Bible, de Jeff VanderMeer e S. J. Chambers, traduzido para o inglês por Fábio Fernandes.
Sincronicidade não é mesmo uma coisa linda?
4.9.12
Underworld of Steampunk, a capa
Amigos, depois de um longo e tenebroso agosto, como é bom abrir as postagens de setembro apresentando a capa da coletânea que Fabiana Andrade, Fábio Fernandes e eu estamos editando para a Underworld. Underworld of Steampunk, o livro que vai reunir nas mesmas páginas o melhor da produção brasileira e internacional da cultura da ficção científica que mais cresce em todo o mundo. Aguardem!
24.8.12
Steampunk na Saraiva
Uma matéria bastante interessante sobre a produção steamer lançada no Brasil - incluindo a coletânea Steampunk - Histórias de um passado extraordinário - no site de uma das maiores redes de livrarias do Brasil. Segue um trecho abaixo:
Para ler a íntegra, clique aqui.
O que começou lá fora, nos anos 1990, com histórias ambientadas na Londres da rainha Vitória, rapidamente tomou novos rumos, com novas fontes de energia para engenhocas e outros ambientes – até mesmo outros mundos.
É o que acontece com os contos de Antonio Luiz M. C. Costa, engenheiro de produção por formação, pós-graduado em economia e colunista da revista Carta Capital.
“Eu não queria escrever sobre a Inglaterra Vitoriana, queria fazer um ambiente diferente, mais próximo de nós, mais brasileiro, mas que tivesse tudo o que é possível com o steampunk”, comenta o autor.
E ele foi além: criou todo um Brasil paralelo, que desenvolve ao longo de vários contos, em diversas coletâneas. “Em vez de D. João vir para o Brasil em 1808 e começar a criar o Império no Rio de Janeiro, eu pensei em D. Sebastião (rei de Portugal) fazendo o mesmo, mas no século XVI, com um desenvolvimento acelerado do Brasil.”
Esse mesmo cenário aparecerá nos livros Brasil Fantástico e Solarpunk, que devem chegar em dezembro pela editora Draco.
Pelas histórias de Costa, passeiam os personagens de Machado de Assis, Brás Cubas e Quincas Borba, utilizando parafernálias “tecnológicas”, enquanto o Instituto Butantã, em São Paulo, já pesquisa pílulas anticoncepcionais no século XIX.
Já Roberto Causo prefere se valer de figuras célebres do mundo real. O pioneiro do rádio Landell de Moura, o poeta Menotti del Picchia e Santos Dumont são usuários de máquinas prodigiosas no Brasil de 1908, na coletânea da Tarja Editorial Steampunk - Histórias de Um Passado Extraordinário.
A obra obteve tanto sucesso que ganhou citação de página inteira no livro Steampunk Bible, e a Tarja já prepara uma segunda coletânea, além de um Compêndio de Retrofuturismo e a primeira parte de um romance, Conspiração Steampunk, todos para 2013.
Para ler a íntegra, clique aqui.
Ode a Chtulhu
Neonomicon é o encontro de duas das mais influentes forças criativas em suas áreas: o quadrinista inglês Alan Moore, roteirista da HQ, e H.P. Lovecraft, escritor americano que recebe uma inusitada homenagem naquelas páginas. Na minissérie de 2010, o britânico revisitou, ampliou, criticou e jogou novas luzes nas trevas criadas pelo primeiro evocador de Chtulhu. Um trabalho que o leitor talvez deva ponderar lado a lado com este excelente artigo de Carlos Orsi já publicado neste blog.
Essa polêmica história em quadrinhos foi o tema da minha resenha desta sexta no maior banco de dados de críticas da nona arte da internet brasileira. Abaixo, vocês ficam com um trecho:
Mesmo ausente da adaptação para os cinemas, sem dúvida, a citação mais famosa que Alan Moore fez à obra do escritor americano de terror H. P. Lovecraft está nas páginas finais de Watchmen.
Uma certa monstruosidade cheia de tentáculos presente na clássica série dos anos 80, considerada a obra-prima do inglês, remete diretamente a Cthulhu, monstruosidade máxima a sair da mente de Lovecraft, que viveu entre 1890 e 1937.
Tal status certamente não vai ser ultrapassado pela edição especial que a Panini acaba de lançar no Brasil, dois anos após sua publicação nos Estados Unidos. Mas se não vai alcançar a fama de Watchmen, ao menos Neonomicon merece ser conhecida como o maior mergulho que o quadrinhista deu na obra de Lovecraft.
A começar pelo nome da HQ, referência explícita ao infame livro ficcional que aparece em diversos contos de Howard Phillips, o Necronomicon.
E essa recente criação de Moore também deve entrar facilmente para sua lista de trabalhos mais polêmicos, ao lado de Lost Girls, pois algumas comic shops norte-americanas se recusaram a comercializar o produto, alegando que seria "pesado" demais.
Da mesma forma, gerou controvérsia o fato de uma menina ter tirado a obra por empréstimo em uma biblioteca pública dos EUA, apesar dos avisos da capa de que se tratava de material adulto, que deveria ser mantido fora do alcance de crianças.
Mas, afinal, o que há nesta série publicada pela Avatar Press de tão controverso, mesmo levando-se em conta o retrospecto de Alan Moore e de H. P. Lovecraft, criadores conhecidos por sua genialidade e por suas obras muitas vezes perturbadoras?
Continua
Essa polêmica história em quadrinhos foi o tema da minha resenha desta sexta no maior banco de dados de críticas da nona arte da internet brasileira. Abaixo, vocês ficam com um trecho:
Mesmo ausente da adaptação para os cinemas, sem dúvida, a citação mais famosa que Alan Moore fez à obra do escritor americano de terror H. P. Lovecraft está nas páginas finais de Watchmen.
Uma certa monstruosidade cheia de tentáculos presente na clássica série dos anos 80, considerada a obra-prima do inglês, remete diretamente a Cthulhu, monstruosidade máxima a sair da mente de Lovecraft, que viveu entre 1890 e 1937.
Tal status certamente não vai ser ultrapassado pela edição especial que a Panini acaba de lançar no Brasil, dois anos após sua publicação nos Estados Unidos. Mas se não vai alcançar a fama de Watchmen, ao menos Neonomicon merece ser conhecida como o maior mergulho que o quadrinhista deu na obra de Lovecraft.
A começar pelo nome da HQ, referência explícita ao infame livro ficcional que aparece em diversos contos de Howard Phillips, o Necronomicon.
E essa recente criação de Moore também deve entrar facilmente para sua lista de trabalhos mais polêmicos, ao lado de Lost Girls, pois algumas comic shops norte-americanas se recusaram a comercializar o produto, alegando que seria "pesado" demais.
Da mesma forma, gerou controvérsia o fato de uma menina ter tirado a obra por empréstimo em uma biblioteca pública dos EUA, apesar dos avisos da capa de que se tratava de material adulto, que deveria ser mantido fora do alcance de crianças.
Mas, afinal, o que há nesta série publicada pela Avatar Press de tão controverso, mesmo levando-se em conta o retrospecto de Alan Moore e de H. P. Lovecraft, criadores conhecidos por sua genialidade e por suas obras muitas vezes perturbadoras?
Continua
26.7.12
Despedida de Gotham City
E outra novidade no site da HQCon: aproveitando que hoje estreia no Brasil a aguardada conclusão da saga de Batman dirigida pelo britânico Christopher Nolan, vai ao ar minha resenha sobre o longa-metragem. Lembrando que este além de ser o ano dos filmes de super-heróis no cinema é também aquele em que vai ser publicada a coletânea dedicada a eles pela Draco, na qual sou um dos contistas. Segue o início do texto e o link:
O ano que vai entrar para a história das adaptações cinematográficas de quadrinhos começou muito mal, lá no final de fevereiro, com a continuação deMotoqueiro Fantasma, um dos piores filmes já feitos, independentemente de gêneros. O nível subiu muito com a esperada reunião de franquias da Marvel em Os Vingadores, terceira maior bilheteria de todos os tempos e um banquete para os fãs novos e antigos do grande time de protagonistas daquele projeto. Atualmente ainda nos cinemas, o reboot de Homem-Aranha divide opiniões, mas sem dúvida é uma obra acima da média e que renova a esperança no personagem, depois do desastroso último filme de Sam Raimi. E agora é a vez da estreia de Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge, que chega às salas de projeção nesta sexta-feira para encerrar de maneira épica um novo ciclo do herói com o maior número de adaptações de todo o plantel à disposição das grandes editoras. Se Superman vai chegar brevemente ao sexto filme e o citado Homem-Aranha acabou de ir para o quarto, a sétima película a ter o Homem Morcego no título conclui de maneira brilhante o trabalho que Christopher Nolan vinha desenvolvendo desde 2005, quando estreou a trilogia que sepultou de vez a memória ruim deixada pelos quatro filmes cometidos contra o defensor de Gothan entre os anos 80 e 90.
Nestes sete anos, o diretor conseguiu imprimir sua visão a este ícone da indústria cultural de maneira não só a criar um universo novo e coerente para um produto que tem mais de 70 anos de existência, como ainda influenciou várias produções que saíram do papel nesta última meia década. Se, por exemplo, uma franquia tão longeva quanto a de James Bond adotou a estratégia de voltar às origens com Cassino Royale, de 2006, muito se deve ao sucesso deBatman Begins. De maneira ainda mais direta, a abordagem realista e pormenorizada daquele primeiro filme, se tornou um paradigma para o que se deve esperar da adaptação de um super-herói retirado dos quadrinhos. Agora, resta torcer para que os próximos trabalhos do tipo a ganharem a aprovação dos estúdios, bem como os que estão em andamento, guardem um pouco da qualidade da trilogia protagonizada por Christian Bale até este capítulo final. Caso isso ocorra mesmo, cinéfilos e fãs de quadrinhos só têm a ganhar, pois desde já, é preciso reconhecer a competência do trabalho feito nestes três filmes, um verdadeiro marco para a história das adaptações das HQs nos cinemas.
Nestes sete anos, o diretor conseguiu imprimir sua visão a este ícone da indústria cultural de maneira não só a criar um universo novo e coerente para um produto que tem mais de 70 anos de existência, como ainda influenciou várias produções que saíram do papel nesta última meia década. Se, por exemplo, uma franquia tão longeva quanto a de James Bond adotou a estratégia de voltar às origens com Cassino Royale, de 2006, muito se deve ao sucesso deBatman Begins. De maneira ainda mais direta, a abordagem realista e pormenorizada daquele primeiro filme, se tornou um paradigma para o que se deve esperar da adaptação de um super-herói retirado dos quadrinhos. Agora, resta torcer para que os próximos trabalhos do tipo a ganharem a aprovação dos estúdios, bem como os que estão em andamento, guardem um pouco da qualidade da trilogia protagonizada por Christian Bale até este capítulo final. Caso isso ocorra mesmo, cinéfilos e fãs de quadrinhos só têm a ganhar, pois desde já, é preciso reconhecer a competência do trabalho feito nestes três filmes, um verdadeiro marco para a história das adaptações das HQs nos cinemas.
A novidade chegou
Avisei dias atrás que havia uma novidade a caminho e ela acaba de estrear (o que não quer dizer que não haja outras vindo por ai). O novíssimo site da HQCon, acaba de ir ao ar. E com ele, minha coluna que terá o nome de O Comendador, na qual pretendo falar um pouco sobre ficção científica, quadrinhos e afins. Um espaço que recebi dos organizadores do evento e da página, Diego Moreau, Ester Gewehr e José Mathias. Na primeira manifestação daquele espaço, destaco em primeira mão uma outra novidade (eu avisei): o prefácio que fiz para o livro Retrofuturismo: Compêndio do Comendador Romeu Martins sobre Variantes do Punk e suas Associações Inimagináveis.
Isso mesmo, para meu prazer e minha honra, virei subtítulo de uma coletânea que deve ter uma proposta inédita em escala mundial. Pela primeira vez um livro procura apresentar exemplos dos mais diversos retrofuturismos, não apenas do steampunk, dieselpunk e dos mais famosos. Uma ousada aposta editorial da Tarja, cujos editores Richard Diegues e Gian Celli me deram esse presente extra de batizar o livro com meu nome. Então, segue ao mesmo tempo o link e um trecho das duas novidades:
Punk. Esta palavra faz parte do vocabulário inglês desde os tempos de William Shakespeare (1564-1616), portanto há mais de meio milênio, na época em que o poeta e dramaturgo a utilizava para se referir a prostitutas. Já estava lá o sentido que o termo viria a ganhar com o passar dos séculos designando os tipos marginais, aqueles que desafiam a ordem estabelecida, a moral e o humor oficiais, o status quo, enfim.
O termo entrou de vez para o contexto contracultural nos anos 70 do século XX, quando John Holmstrom e Legs McNeil lançaram um fanzine batizado com aquelas mesmas quatro letras acompanhadas de um ponto de exclamação, no qual eles passaram a radiografar um novo tipo de música e de comportamento assumido por jovens de vários cantos do mundo. Tão influente foi aquela revista de fãs para fãs que seu título serviu mesmo para denominar o Movimento Punk que ganhava as ruas de Nova Iorque, Inglaterra e outras partes do planeta. Brasil incluído. Eram os tempos de Ramones, Sex Pistols e Restos de Nada.
Foi na década seguinte que a tal expressão invadiu a praia que mais nos interessa aqui, a da literatura fantástica, mais explicitamente, da ficção científica. O alcance do lema “do it yourself” em diversas vertentes artísticas, começando pela música, mas seguindo pelos quadrinhos, pelas artes plásticas, pelo cinema e afins, foi tamanho que os escritores não poderiam deixar de se influenciar e também dar continuidade àquela revolução em suas especialidades. Assim surgiu em meados dos 80 o cyberpunk, uma nova abordagem da velha FC, na qual não havia mais a crença no progresso desenfreado melhorando a vida de todos indiferentemente; o triunfo do american way of life alcançando todo o universo conhecido e além.
Nada disso. High tech, low life era o novo mantra de uma geração de desencantados, capitaneada pelo canadense William Gibson e pelo texano Bruce Sterling, que oferecia a seus leitores uma ficção especulativa muito mais crítica que a vista até então, bem menos ingênua, na qual avanços tecnológicos não eram mais o suficiente para tirar a todos da pobreza e da marginalidade. Sim, de um William a outro, do bardo inglês do século XVI ao canadense do XX, a ênfase ao lado punk da vida continuava incólume com o uso daquela palavra que marcava antes de tudo um posicionamento crítico dos que fizeram parte de um novo Movimento, o Cyberpunk.
Continua
Isso mesmo, para meu prazer e minha honra, virei subtítulo de uma coletânea que deve ter uma proposta inédita em escala mundial. Pela primeira vez um livro procura apresentar exemplos dos mais diversos retrofuturismos, não apenas do steampunk, dieselpunk e dos mais famosos. Uma ousada aposta editorial da Tarja, cujos editores Richard Diegues e Gian Celli me deram esse presente extra de batizar o livro com meu nome. Então, segue ao mesmo tempo o link e um trecho das duas novidades:
Punk. Esta palavra faz parte do vocabulário inglês desde os tempos de William Shakespeare (1564-1616), portanto há mais de meio milênio, na época em que o poeta e dramaturgo a utilizava para se referir a prostitutas. Já estava lá o sentido que o termo viria a ganhar com o passar dos séculos designando os tipos marginais, aqueles que desafiam a ordem estabelecida, a moral e o humor oficiais, o status quo, enfim.
O termo entrou de vez para o contexto contracultural nos anos 70 do século XX, quando John Holmstrom e Legs McNeil lançaram um fanzine batizado com aquelas mesmas quatro letras acompanhadas de um ponto de exclamação, no qual eles passaram a radiografar um novo tipo de música e de comportamento assumido por jovens de vários cantos do mundo. Tão influente foi aquela revista de fãs para fãs que seu título serviu mesmo para denominar o Movimento Punk que ganhava as ruas de Nova Iorque, Inglaterra e outras partes do planeta. Brasil incluído. Eram os tempos de Ramones, Sex Pistols e Restos de Nada.
Foi na década seguinte que a tal expressão invadiu a praia que mais nos interessa aqui, a da literatura fantástica, mais explicitamente, da ficção científica. O alcance do lema “do it yourself” em diversas vertentes artísticas, começando pela música, mas seguindo pelos quadrinhos, pelas artes plásticas, pelo cinema e afins, foi tamanho que os escritores não poderiam deixar de se influenciar e também dar continuidade àquela revolução em suas especialidades. Assim surgiu em meados dos 80 o cyberpunk, uma nova abordagem da velha FC, na qual não havia mais a crença no progresso desenfreado melhorando a vida de todos indiferentemente; o triunfo do american way of life alcançando todo o universo conhecido e além.
Nada disso. High tech, low life era o novo mantra de uma geração de desencantados, capitaneada pelo canadense William Gibson e pelo texano Bruce Sterling, que oferecia a seus leitores uma ficção especulativa muito mais crítica que a vista até então, bem menos ingênua, na qual avanços tecnológicos não eram mais o suficiente para tirar a todos da pobreza e da marginalidade. Sim, de um William a outro, do bardo inglês do século XVI ao canadense do XX, a ênfase ao lado punk da vida continuava incólume com o uso daquela palavra que marcava antes de tudo um posicionamento crítico dos que fizeram parte de um novo Movimento, o Cyberpunk.
Continua
23.7.12
HQ sangrenta HQ - os teasers
Deem só uma olhada nas chamadas que Victor Conceição fez para nossa HQ weird western que adapta meu conto "Domingo Sangrento Domingo".
O protagonista
Sua parceira
O coadjuvante
Este vosso criado
O artista
E para ver mais estudo e artes incríveis do Victo Conceição, não deixer de visitar o álbum do cara.
O protagonista
Sua parceira
O coadjuvante
Este vosso criado
O artista
E para ver mais estudo e artes incríveis do Victo Conceição, não deixer de visitar o álbum do cara.
Nanozine Steampunk
Dica do escritor e tradutor português Jorge Candeias, um dos autores da Vaporpunk: a revista lusitana Nanozine está com uma edição especial, totalmente dedicada ao steampunk, disponível para download. Na publicação, além de ficção e entrevistas sobre o tema, uma história em quadrinhos (ou banda desenhada), está esperando por leitores dos dois lados do Atlântico. A edição número seis do zine pode ser baixada aqui, mas antes deem uma olhada na beleza de capa que produziram para a publicação.
Steampunk Adventures
Um novo evento em São Paulo inspirado no gênero literário e artístico favorito deste blog está marcado para o próximo dia 25 de agosto. O Steampunk Adventure vai reunir DJs, perfomances, declamações de poesias, moda, gastronomia em um endereço privilegiado da capital paulista: a rua da Consolação, nos Jardins. Iniciativa do grande nome da moda steamer em nosso país, Lili Angélika, o evento pretende atrair frequentadores da cena gótica da maior metrópole brasileira. Confiram neste endereço todas as informações sobre o assunto e abaixo confiram a imagem de um dos flyers que estão circulando pra promover a festa.
21.7.12
Sherlock Returns
Recentemente escrevi sobre o segundo livro da série Jovem Sherlock Holmes, do inglês Andrew Lane, que narra pela primeira vez, e de maneira oficialmente aceita pelos guardiões do espólio do personagem, o período de formação do maior detetive de todos os tempos. Tais romances juvenis não são a única iniciativa em andamento com o objetivo de ampliar o que sabemos sobra a imortal criação de Sir Arthur Conan Doyle. Por indicação de um de meus editores na primeira coletânea nacional sobre Holmes, escrevi para o ótimo Amálgama uma resenha sobre a obra de outro escritor que conseguiu a mesma autorização para dar continuidade ao Cânone. Anthony Horowitz é o segundo escritor da Inglaterra a receber tal honraria que fez por merecer com seu livro A Casa da Seda, publicado no Brasil pela Zahar. Logo abaixo, os leitores desta página podem conferir o início de minha crítica a este novo romance de Sherlock Holmes.
No conto “A ponte de Thor”, John H. Watson revela que “em algum ponto das abóbadas do banco Cox & Cia., na Charing Cross, existe uma caixa de estanho com vários documentos” relacionados a seu amigo de toda uma vida. Seriam casos que, por um motivo ou outro, jamais deveriam vir a público na forma de um texto escrito pelo biógrafo do gênio de Baker Street. Publicada originalmente na edição de Strand Magazine de fevereiro/março de 1922, aquela história curta interessa particularmente aos brasileiros por nos dar a oportunidade de vermos o Grande Detetive investigando a morte de uma compatriota nossa, uma certa Maria Pinto, casada com um milionário americano e morando em um vilarejo inglês. Já para os apreciadores em geral das histórias criadas por Arthur Conan Doyle (1859-1930), a narrativa tem esse sabor extra de tornar oficial o desejo de muitos leitores: o de que houvesse novas aventuras da dupla para além do chamado Cânone, formado pelos quatro romances e 56 contos oficialmente aceitos como sendo casos de Sherlock Holmes. Passados mais de 80 anos da morte do autor original daqueles personagens, eis que um dos famosos documentos daquela caixa de estanho vieram a público na forma de um novo livro, ficcionalmente escrito por Watson, mas na realidade assinado por um continuador do Cânone, Anthony Horowitz.
Anunciado como “o novo romance de Sherlock Holmes” na capa, A casa da seda conta mesmo com a aprovação oficial da Conan Doyle Estate Ltda., a entidade que protege os direitos do autor principalmente nos países nos quais a obra dele ainda não esteja em domínio público. Horowitz, um premiado escritor e roteirista de seriados policiais para a TV, junta-se assim a Andrew Lane, autor da série de livros Young Sherlock Holmes, que vem sendo publicada no Brasil pela Intrínseca, como os únicos privilegiados a obter a autorização oficial para dar continuidade ao legado de uma das maiores e mais famosas criações literárias de todos os tempos. Porém, o trabalho visto neste romance é ainda mais ambicioso que o da série de livros juvenis de Lane, pois ele pretende mesmo ser um acréscimo sem arestas ao conjunto da obra que, entre Um estudo em vermelho, de 1887, e o conto “O velho solar de Shoscombe”, de 1927, registrou a passagem de Sherlock Holmes como detetive consultor em Londres.
Continua
No conto “A ponte de Thor”, John H. Watson revela que “em algum ponto das abóbadas do banco Cox & Cia., na Charing Cross, existe uma caixa de estanho com vários documentos” relacionados a seu amigo de toda uma vida. Seriam casos que, por um motivo ou outro, jamais deveriam vir a público na forma de um texto escrito pelo biógrafo do gênio de Baker Street. Publicada originalmente na edição de Strand Magazine de fevereiro/março de 1922, aquela história curta interessa particularmente aos brasileiros por nos dar a oportunidade de vermos o Grande Detetive investigando a morte de uma compatriota nossa, uma certa Maria Pinto, casada com um milionário americano e morando em um vilarejo inglês. Já para os apreciadores em geral das histórias criadas por Arthur Conan Doyle (1859-1930), a narrativa tem esse sabor extra de tornar oficial o desejo de muitos leitores: o de que houvesse novas aventuras da dupla para além do chamado Cânone, formado pelos quatro romances e 56 contos oficialmente aceitos como sendo casos de Sherlock Holmes. Passados mais de 80 anos da morte do autor original daqueles personagens, eis que um dos famosos documentos daquela caixa de estanho vieram a público na forma de um novo livro, ficcionalmente escrito por Watson, mas na realidade assinado por um continuador do Cânone, Anthony Horowitz.
Anunciado como “o novo romance de Sherlock Holmes” na capa, A casa da seda conta mesmo com a aprovação oficial da Conan Doyle Estate Ltda., a entidade que protege os direitos do autor principalmente nos países nos quais a obra dele ainda não esteja em domínio público. Horowitz, um premiado escritor e roteirista de seriados policiais para a TV, junta-se assim a Andrew Lane, autor da série de livros Young Sherlock Holmes, que vem sendo publicada no Brasil pela Intrínseca, como os únicos privilegiados a obter a autorização oficial para dar continuidade ao legado de uma das maiores e mais famosas criações literárias de todos os tempos. Porém, o trabalho visto neste romance é ainda mais ambicioso que o da série de livros juvenis de Lane, pois ele pretende mesmo ser um acréscimo sem arestas ao conjunto da obra que, entre Um estudo em vermelho, de 1887, e o conto “O velho solar de Shoscombe”, de 1927, registrou a passagem de Sherlock Holmes como detetive consultor em Londres.
Continua
20.7.12
Homem de Ferro dieselpunk
Resenha nova no site UniversoHQ, e mais uma vez volto a uma de minhas séries favoritas dentro do que a Marvel anda produzindo nos últimos anos. Em seu universo Noir, a editora americana tem publicado versões de seus mais famosos personagens como se eles fossem ativos durantes os anos da Grande Depressão, a década de trinta do século vinte. Na ambientação clássica dos filmes noir, alguns dos seus super-heróis vivem histórias com teor mais realista e pessimista, dando origem a abordagens inéditas para velhos conhecidos nossos.
O protagonista da vez é a atual estrela da editora, cada vez rendendo mais lucro e exposição devido às aventuras vividas no cinema com encarnação do ótimo Robert Downey Jr. Homem de Ferro Noir, de Scott Snyder e Manuel Garcia, é também o mais retrofuturista dos projetos dessa linha de HQs, com Tony Stark e seu amigo James Rhodes indo para o campo de batalha com armaduras que são perfeitos exemplos do que seria um produto dieselpunk. Abaixo, os leitores do Cidade Phantástica poderão ver o início do texto:
Gênio, playboy, bilionário, filantropo. A famosa resposta atravessada que Tony Stark dá ao Capitão América no filme Os Vingadores também poderia servir para defini-lo nesta sua versão Noir, com uma única diferença: ele continua sendo um gênio, sem dúvida, e está mais playboy do que nunca.
Pelo visto, também continua com investimentos filantrópicos. Por exemplo, financiando um mestrado em jornalismo para mulheres. Porém, nos anos 30 do Século 20, quando se passa a história, seria exagerado chamá-lo de bilionário.
A diversão do milionário Tony Stark é se aventurar em diversos cenários exóticos do mundo, em busca de tesouros escondidos, indiferente à guerra mundial que se avizinha. Do conflito com os nazistas do qual seu país logo fará parte, ele só quer saber dos lucros obtidos vendendo armamento para os Aliados.
Preocupações heroicas não são o que movem a personalidade daquele que parece ser o assunto único da revista Marvels - As aventuras dos grandes homens. Secretamente, o que ele busca é uma cura, seja científica ou mística, para o problema que carrega literalmente dentro do peito: uma grave doença cardíaca que exige intervenção de um mecanismo à base de eletricidade.
Com este perfil, a última coisa que esperava era ter de usar as armaduras projetadas por seu pai, o veterano da Primeira Guerra Mundial e já falecido Howard Stark. Porém, os rumos que suas aventuras tomam atraem sujeitos que só poderão ser detidos por algo que pode ser descrito como um tanque de guerra sobre duas pernas.
Continua
O protagonista da vez é a atual estrela da editora, cada vez rendendo mais lucro e exposição devido às aventuras vividas no cinema com encarnação do ótimo Robert Downey Jr. Homem de Ferro Noir, de Scott Snyder e Manuel Garcia, é também o mais retrofuturista dos projetos dessa linha de HQs, com Tony Stark e seu amigo James Rhodes indo para o campo de batalha com armaduras que são perfeitos exemplos do que seria um produto dieselpunk. Abaixo, os leitores do Cidade Phantástica poderão ver o início do texto:
Gênio, playboy, bilionário, filantropo. A famosa resposta atravessada que Tony Stark dá ao Capitão América no filme Os Vingadores também poderia servir para defini-lo nesta sua versão Noir, com uma única diferença: ele continua sendo um gênio, sem dúvida, e está mais playboy do que nunca.
Pelo visto, também continua com investimentos filantrópicos. Por exemplo, financiando um mestrado em jornalismo para mulheres. Porém, nos anos 30 do Século 20, quando se passa a história, seria exagerado chamá-lo de bilionário.
A diversão do milionário Tony Stark é se aventurar em diversos cenários exóticos do mundo, em busca de tesouros escondidos, indiferente à guerra mundial que se avizinha. Do conflito com os nazistas do qual seu país logo fará parte, ele só quer saber dos lucros obtidos vendendo armamento para os Aliados.
Preocupações heroicas não são o que movem a personalidade daquele que parece ser o assunto único da revista Marvels - As aventuras dos grandes homens. Secretamente, o que ele busca é uma cura, seja científica ou mística, para o problema que carrega literalmente dentro do peito: uma grave doença cardíaca que exige intervenção de um mecanismo à base de eletricidade.
Com este perfil, a última coisa que esperava era ter de usar as armaduras projetadas por seu pai, o veterano da Primeira Guerra Mundial e já falecido Howard Stark. Porém, os rumos que suas aventuras tomam atraem sujeitos que só poderão ser detidos por algo que pode ser descrito como um tanque de guerra sobre duas pernas.
Continua
17.7.12
Sherlock Begins 2
No segundo livro da série O Jovem Sherlock Holmes é fácil perceber que seu autor planeja mesmo consolidar uma fórmula em sua interpretação para os anos de formação do personagem criado por Conan Doyle. O também inglês Andrew Lane em Parasita Vermelho retoma os itens lançados no livro anterior, igualmente lançado no Brasil pela editora Intrínseca e resenhado aqui. Basicamente o escritor procura mostrar eventos definidores que despertam o interesse do futuro Grande Detetive enquanto o lança em aventuras cheias de ação durante a adolescência. Nesta oportunidade, temos a chance de assistir aos primeiros acordes que ele tira de um violino, durante uma travessia de navio a vapor entre Inglaterra e os Estados Unidos, acompanhado de seu tutor americano e da filha dele, Amyus e Virginia Crowe, na tentativa de resgatar o primeiro grande amigo do garoto, um pré-Watson chamado Matty Arnatt.
Nas cenas de aprendizagem de Holmes estão os melhores momentos da série. O ponto alto mesmo é quando o rapaz, aos 14 anos, tem que lidar com fato de que algumas de suas ações são diretamente responsáveis pela morte de outras pessoas, uma lição aprendida bem cedo por ele. O ambiente em que se dá tal lição na prática é a sala da caldeira do navio transatlântico em que eles viajam, que ganha ares de uma verdadeira locação do inferno na descrição hábil de Lane. É a melhor passagem da série até o momento, superando tudo o que foi visto em Nuvem da Morte, o tomo anterior, e dando uma boa expectativa em relação a Gelo Negro, a continuação já anunciada e com direito a prévia nas páginas finais deste volume.
Agora, os problemas em tal fórmula persistem. Novamente o plano do vilão da vez é algo esdrúxulo além da conta (por sinal, como no romance anterior, o autor voltou a caprichar nas esquisitices físicas e psicológicas do principal antagonista). O tutor de Holmes também persiste nas páginas do novo livro como um ótimo professor teórico, mas uma negação na prática, restando ao aluno a totalidade das ações que fazem a trama seguir em frente, sem uma assistência a altura do adulto que Mycroft deixou responsável por seu irmão caçula. Algumas dessas ações de Holmes acabam resultando em algo bem inverossímil, mais adequadas às necessidades do autor, deixando um ar meio forçado no enredo. Fruto da verdadeira overdose de cliffhangers que abundam a cada virada de capítulo, sempre tendo o jovem Sherlock como protagonista, eclipsando todo o elenco secundário.
Ainda assim, é uma série que está valendo a pena acompanhar e que, não à toa, recebeu autorização oficial dos herdeiros para narrar essa fase da vida do personagem que não foi explorada por seu criador originalmente. Ainda esta semana deverá sair uma nova resenha minha de um outro romance que também foi agraciado com tal honraria: A Casa da Seda. Mas o livro de Anthony Horowitz foca na fase madura do detetive consultor de Baker Street. Em breve divulgo o texto por aqui.
Nas cenas de aprendizagem de Holmes estão os melhores momentos da série. O ponto alto mesmo é quando o rapaz, aos 14 anos, tem que lidar com fato de que algumas de suas ações são diretamente responsáveis pela morte de outras pessoas, uma lição aprendida bem cedo por ele. O ambiente em que se dá tal lição na prática é a sala da caldeira do navio transatlântico em que eles viajam, que ganha ares de uma verdadeira locação do inferno na descrição hábil de Lane. É a melhor passagem da série até o momento, superando tudo o que foi visto em Nuvem da Morte, o tomo anterior, e dando uma boa expectativa em relação a Gelo Negro, a continuação já anunciada e com direito a prévia nas páginas finais deste volume.
Agora, os problemas em tal fórmula persistem. Novamente o plano do vilão da vez é algo esdrúxulo além da conta (por sinal, como no romance anterior, o autor voltou a caprichar nas esquisitices físicas e psicológicas do principal antagonista). O tutor de Holmes também persiste nas páginas do novo livro como um ótimo professor teórico, mas uma negação na prática, restando ao aluno a totalidade das ações que fazem a trama seguir em frente, sem uma assistência a altura do adulto que Mycroft deixou responsável por seu irmão caçula. Algumas dessas ações de Holmes acabam resultando em algo bem inverossímil, mais adequadas às necessidades do autor, deixando um ar meio forçado no enredo. Fruto da verdadeira overdose de cliffhangers que abundam a cada virada de capítulo, sempre tendo o jovem Sherlock como protagonista, eclipsando todo o elenco secundário.
Ainda assim, é uma série que está valendo a pena acompanhar e que, não à toa, recebeu autorização oficial dos herdeiros para narrar essa fase da vida do personagem que não foi explorada por seu criador originalmente. Ainda esta semana deverá sair uma nova resenha minha de um outro romance que também foi agraciado com tal honraria: A Casa da Seda. Mas o livro de Anthony Horowitz foca na fase madura do detetive consultor de Baker Street. Em breve divulgo o texto por aqui.
15.7.12
A primeira coletânea steamypunk
Da mesma organizadora da bem-sucedida antologia Steampink, vem aí a primeira coletânea dedicada ao subgênero erótico do steampunk. Erótica Steampunk é uma inciativa da editora Ornitorrinco em parceria com Tatiana Ruiz. Confiram a capa:
As regras para participação desta nova iniciativa steamer podem ser lidas neste endereço no Facebook.
As regras para participação desta nova iniciativa steamer podem ser lidas neste endereço no Facebook.
14.7.12
25.6.12
Almanaque SteamLusitano clama por contribuições!
Enquanto o Comendador Martins está as voltas com um indigesto problema para voltar ao éter virtual que compartilhamos, eu, a Imperatriz de Finisterra e Soberana do Grande Continente, consegui dispor de tempo entre meus afazeres e atualizar este nosso vaporoso sítio.
(Ou: gente, o Romeu sumiu por problemas de conexão, eu vou dar umas atualizadas aqui por enquanto, ok?)
Um chamado nos chega de Portugal, dos colegas de steamvício do ClockWork Portugal. Aproveitando que os integrantes do site estarão organizando a parte portuguesa da EuroSteamCon, resolveram celebrar com a publicação de um legítimo almanaque!
Lá no site, eles explicam que o Almanaque Steampunk terá inspiração nos antigos almanaques tão em voga nos séculos XIX e XX (em Portugal, temos o Almanaque Bertrand;e o Almanaque Lello). O conteúdo destas publicações era bastante abrangente, portanto podem participar com narrações de viagens, acontecimentos insólitos, artigos científicos e sobre eventos sociais, e claro, anúncios a todo o tipo de objectos e serviços."
Aqui no Brasil também tivemos exemplos desse tipo de publicações. Um dos mais populares entre os historiadores é o Almanak Laemmert - que está todinho digitalizado aqui, olha que delícia. (Tenho esse link nos favoritos deste 2002...)
Os nossos colegas d'além mar estão procurando todo o tipo de texto que era possível de ser encontrado nos Almanaques até o dia 15 de agosto. Pelo que li no regulamento, não há restrição a participantes brasileiros. Só espero que o Rogério Ribeiro não venha cá cortar o meu barato.
Link para a postagem no Clockwork Portugal, onde vocês encontram o regulamento.
22.6.12
Virei personagem de quadrinhos!
O grande Tiburcio, responsável pela bela imagem que adorna o topo desta página e pela primeira versão em desenho de João Fumaça, é também o autor da minha webtira favorita. Pois não é que em Meu Monarca Favorito o veterano ilustrador e quadrinista me fez realizar um sonho de infância? Virei personagem de uma história em quadrinhos!
Explico é que em sua tira, ele está promovendo um verdadeiro espetáculo cultural: Tiburcio vai publicar pelas próximas atualizações uma apresentação operística que será assistida não só pelo Monarca do Império como também por vários convidados. Entre os afortunados presentes à estreia de O Curumim está este blogueiro que vos bloga (reparem na minha cara feliz e em roupa de gala no quarto quadrinho desta tira, aliás, estou ao lado da minha colega da Sociedade Histórica Desterrense, Pauline Kisner, namorada do quadrinista que adapta Cidade Phantástica para forma de graphic novel, Sandro Zamboni).
Tiburcio já me avisou que minha presença na tira vai continuar pelas próximas postagens e que terei direito até mesmo a uma fala! Garanto para vocês que fiquei muito contente com essa novidade, é mesmo muito bacana virar personagem na mídia da qual você mais gosta. Vamos acompanhar esta aventura cultural, que além dos desenhos do grande Tiburcio, conta com os versos de André Lasak
Explico é que em sua tira, ele está promovendo um verdadeiro espetáculo cultural: Tiburcio vai publicar pelas próximas atualizações uma apresentação operística que será assistida não só pelo Monarca do Império como também por vários convidados. Entre os afortunados presentes à estreia de O Curumim está este blogueiro que vos bloga (reparem na minha cara feliz e em roupa de gala no quarto quadrinho desta tira, aliás, estou ao lado da minha colega da Sociedade Histórica Desterrense, Pauline Kisner, namorada do quadrinista que adapta Cidade Phantástica para forma de graphic novel, Sandro Zamboni).
Tiburcio já me avisou que minha presença na tira vai continuar pelas próximas postagens e que terei direito até mesmo a uma fala! Garanto para vocês que fiquei muito contente com essa novidade, é mesmo muito bacana virar personagem na mídia da qual você mais gosta. Vamos acompanhar esta aventura cultural, que além dos desenhos do grande Tiburcio, conta com os versos de André Lasak
19.6.12
HQ, Sangrenta HQ 2
Mais novidades sobre a HQ que estou fazendo em parceria com Victor Conceição que adapta o conto "Domingo, Sangrento Domingo" presente na coletânea Cursed City - Onde as almas não têm valor. Além de descrever alguns detalhes do processo de produção dos quadrinhos em seu blog, principalmente no que diz respeito à sua escolha pelo uso de retículas no material, o desenhista ainda fez um excelente teaser de nossa história, confiram abaixo, diretamente da página dele no Facebook
Não sei vocês, mas fiquei com vontade de ter uma escultura reproduzindo esta cena em minha estante! Ainda é cedo para confirmar, mas talvez esta linda ilustração vá parar numa revista do mesmo gênero que nossa weird west. Fiquem na torcida, camaradas!
Não sei vocês, mas fiquei com vontade de ter uma escultura reproduzindo esta cena em minha estante! Ainda é cedo para confirmar, mas talvez esta linda ilustração vá parar numa revista do mesmo gênero que nossa weird west. Fiquem na torcida, camaradas!
18.6.12
Terrorismo na Solarpunk
O post vai ter que ser rápido por motivos técnicos: estou sem conexão em casa desde o último final de semana. Então, nem pude comemorar como gostaria a notícia de que fui um dos selecionados para a coletânea Solarpunk, que fecha um ciclo com as anteriores Vaporpunk e Dieselpunk, da mesma editora, todas contando com organização de Gerson Lodi-Ribeiro. Os motivos para minha satisfação são muitos, afinal esta trilogia é um sucesso na história recente da literatura especulativa nacional, contando sempre com textos de primeira qualidade de autores nacionais e portugueses. Desde que fiquei sabendo da primeira das coletâneas, a steamer de 2010, tive vontade de participar. Cheguei a ter uma ideia para a de dieselpunk, do ano seguinte, mas não tive tempo para escrevê-la e enviar. Estarei presente agora, na greenpunk que fecha a tríade.
E o conto que enviei para concorrer à vaga é um dos primeiros que escrevi, na realidade, faz parte das histórias dos Terroristas da Conspiração, ainda que sua trama deve ser suficientemente autônoma para poder ser lida por quem não conhece os demais contos daquele meu grupo. Agora, para quem conhece as tais histórias dos subordinados do Sr. Neves deve imaginar que meu texto, agora recauchutado e reescrito para o livro, não segue um dos preceitos estabelecidos pela organização da antologia: o de trazer textos com um viés de otimismo. Mesmo em tempos de Rio+20, não sou exatamente um otimista em relação a temas ligados a meio ambiente, economia e etc. Mas "E atenção: notícia urgente" é minha narrativa que mais se aproxima da ideia clássica da ficção científica como uma literatura especulando possibilidades reais dentro dos conhecimentos científicos, uma extrapolação dentro do real. Espero que gostem e que esteja à altura dos demais selecionados, que reposto abaixo a partir da informação do blog da Editora:
"Soylent Green is People!" (Carlos Orsi Martinho);
"Confronto dos Reinos" (Telmo Marçal - Portugal);
"E Atenção: Notícia Urgente!" (Romeu Martins);
"Era uma Vez um Mundo" (Antonio Luiz M.C. Costa);
"Fuga" (Gabriel Cantareira); "Gary Johnson" (Daniel Dutra);
"Xibalba Sonha com o Oeste" (André Soares Silva);
"Sol no Coração" (Roberta Spindler);
e "Azul Cobalto e o Enigma" (Gerson Lodi-Ribeiro).
E o conto que enviei para concorrer à vaga é um dos primeiros que escrevi, na realidade, faz parte das histórias dos Terroristas da Conspiração, ainda que sua trama deve ser suficientemente autônoma para poder ser lida por quem não conhece os demais contos daquele meu grupo. Agora, para quem conhece as tais histórias dos subordinados do Sr. Neves deve imaginar que meu texto, agora recauchutado e reescrito para o livro, não segue um dos preceitos estabelecidos pela organização da antologia: o de trazer textos com um viés de otimismo. Mesmo em tempos de Rio+20, não sou exatamente um otimista em relação a temas ligados a meio ambiente, economia e etc. Mas "E atenção: notícia urgente" é minha narrativa que mais se aproxima da ideia clássica da ficção científica como uma literatura especulando possibilidades reais dentro dos conhecimentos científicos, uma extrapolação dentro do real. Espero que gostem e que esteja à altura dos demais selecionados, que reposto abaixo a partir da informação do blog da Editora:
"Soylent Green is People!" (Carlos Orsi Martinho);
"Confronto dos Reinos" (Telmo Marçal - Portugal);
"E Atenção: Notícia Urgente!" (Romeu Martins);
"Era uma Vez um Mundo" (Antonio Luiz M.C. Costa);
"Fuga" (Gabriel Cantareira); "Gary Johnson" (Daniel Dutra);
"Xibalba Sonha com o Oeste" (André Soares Silva);
"Sol no Coração" (Roberta Spindler);
e "Azul Cobalto e o Enigma" (Gerson Lodi-Ribeiro).
5.6.12
Epopeia lunar
Adaptações em quadrinhos de obras clássicas da literatura se tornaram um grande filão de nosso mercado editorial, visando principalmente o público que frequente as salas de aula. Mas um projeto sobre o qual fiquei sabendo apenas recentemente inova não apenas pelo potencial retrofuturista contido nele como também por se propor a reconstruir livremente ao mesmo tempo uma gama de trabalhos literários e do cinema que têm em comum a conquista de nosso satélite natural. O autor do projeto é conhecido deste blog, o quadrinista Estevão Ribeiro, sobre quem já comentei outros trabalhos com viés steampunk, e o projeto em voga é a graphic novel Da Terra à Lua.
Como podemos ver na arte acima, a ideia deste álbum não é apenas adaptar livremente o livro homônimo de Jules Verne (e sua continuação, Ao redor da Lua). A proposta do quadrinista é também incorporar elementos de outro livro do outro pai da ficção científica, Os primeiros homens na Lua, de H. G. Wells, e também do filme pioneiro da história do cinema, Viagem à Lua, de George Mélies. A ser lançado por um dos selos da editora Ediouro, com apresentação do escritor Gerson Lodi-Ribeiro, este novo empreendimento de Estevão Ribeiro tem tudo para abrir novos conceitos em termos de adaptações quadrinísticas.
Como podemos ver na arte acima, a ideia deste álbum não é apenas adaptar livremente o livro homônimo de Jules Verne (e sua continuação, Ao redor da Lua). A proposta do quadrinista é também incorporar elementos de outro livro do outro pai da ficção científica, Os primeiros homens na Lua, de H. G. Wells, e também do filme pioneiro da história do cinema, Viagem à Lua, de George Mélies. A ser lançado por um dos selos da editora Ediouro, com apresentação do escritor Gerson Lodi-Ribeiro, este novo empreendimento de Estevão Ribeiro tem tudo para abrir novos conceitos em termos de adaptações quadrinísticas.
4.6.12
Avante, Vingadores
Estou muito feliz com a notícia que recebi agora à tarde: um conto meu foi selecionado para um livro do qual gostaria muito de participar, a primeira coletânea nacional inteiramente inspirada pelos chamados super-heróis. Foi a primeira vez que submeti um texto meu à apreciação daquele que é um dos maior organizadores de antologias do país, Gerson Lodi-Ribeiro, no caso, em parceria com Luiz Filipe Vasquez, para a editora Draco. Pelo que vi no post que reproduzo abaixo, "Edição de Colecionador" vai estar em ótima companhia:
Olá, pessoal, enfim revelados os autores que farão parte da Liga da Justiça vingadora, a antologia "Super-heróis"
Foram 14 submissões aprovadas.
97 trabalhos não aproveitados
12 autores + 2 autoras. 11 brasileiros + 3 portugueses.
Alguns dos melhores trabalhos que não foram aproveitados para a antologia poderão sair na Contos do Dragão , os nossos e-books no formato single, os autores já estão sendo contatados.
Confira o time:
“Edição de Colecionador” (Romeu Martins);
“Novo Herói na Cidade” (Alex Ricardo Parolin);
“Ascensão e Cancelamento do Mais Infame Supergrupo de Heróis da Terra” (Pedro Vieira);
“Roda-Viva” (Gustavo Vícola);
“O Dia de Todas as Provas” (João Rogaciano);
“Herói das Urnas” (Roberta Splinder);
“O Doutor e o Monstro” (Gerson Lodi-Ribeiro);
“A Última Aventura do Pardal Mecânico” (Dennis Vinicius);
“O Grande Golias” (Luiz Felipe Vasques);
“Pela Terceira Idade” (Inês Montenegro);
“Sete Horas” (Gian Danton);
“Barlavento 1807” (Vitor Vitali);
“A Verdade sobre Raio Vermelho, uma Biografia” (Lucas L. Rocha);
e “Jaya e o Enigma de Pala” (Antonio Luiz M.C. Costa).
Comente aqui, no Facebook ou no twitter o que achou. Agradecemos a todos que participaram, foi um trabalho para Super-homem nenhum botar defeito.
Parabéns a todos os colegas, lusos e brazucas, dessa liga de supers!
31.5.12
Sorteio de Histórias de um passado extraordinário
Bruno Accioly, um dos criadores do Conselho Steampunk, está sorteando um exemplar da coletânea pioneira neste gênero no Brasil no site Ficcionista. Para saber como ganhar Steampunk - Histórias de um passado extraordinário, que conforme lembra aquela página é um "sucesso de crítica no Brasil e no Exterior, o livro reúne autores como Fabio Fernandes, Claudio Villa, Antonio Luiz M. C. Costa, Alexandre Lancaster e Gianpaolo Celli" basta clicar aqui e conhecer as regras da promoção.
30.5.12
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