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18/07/2020

"Logradouros do nosso contentamento" [Público]

OPINIÃO
Logradouros do nosso contentamento O confinamento pode ser uma janela de oportunidade para a cidade. Mas se-lo-á se se recuperarmos algo que foi elemento fundamental da “cidade moderna”: o logradouro, o público, sem dúvida, mas sobretudo o privado.


Quis o destino fazer coincidir em Lisboa este ano, yin-yang da , a escuridão tenebrosa de uma pandemia, que parece não ter fim, com a luz irradiante de um galardão chamado Capital Europeia Verde 2020 que, ao contrário daquela, terminará impreterivelmente no final do ano. Mas o que à primeira vista seria um flop para a cidade, afinal, poderá ser uma oportunidade a não perder. Uma janela de oportunidade para que todos, lisboetas e CML, mudemos esta forma de viver a cidade e o nosso dia-a-dia sem qualidade.

De facto, se descontarmos algumas peripécias dignas de vaudeville (sim, de facto o Parque Mayer acabou) que têm marcado as “iniciativas” decorrentes do prémio alcançado, como foi terem pintado de azul e verde o alcatrão de duas ruas de Lisboa (sim, de facto já havia outra com o alcatrão pintado de rosa) como statement de que ao passarem a ser pedonais passam a ser pró-ambiente, ou aquela outra iniciativa em que uma exposição-homenagem a um eminente paisagista é rotulada pela CML de iniciativa no âmbito do Lisboa Capital Europeia Verde 2020; e se nos esquecermos do novo-paisagismo anti-árvore pré-existente que grassa pela cidade (vis a vis o que se passa na Praça de Espanha), ou se olvidarmos a contabilidade impressionante de árvores decapitadas ao longo do presente ano (década, século) e de como isso é uma afronta ao estatuto referido, pela simples razão de que sem árvores não há
oxigénio e sem oxigénio não há ambiente nem… vida, por mais que nos pintemos de verde; a verdade é que o confinamento a que a cidade e todos nós fomos obrigados como forma de abrandar a escalada do vírus, pode ser uma janela de oportunidade para a cidade.

Mas sê-lo-á, entre outras coisas, se os transportes públicos forem o que ainda não são (a Carris melhorou a olhos vistos mas o Metro continua a ser o pior da Europa), o lisboeta der preferência à mobilidade suave e à perna em vez de esgotar os neurónios em descobrir um lugar para estacionar o seu carro e queimar dinheiro para sentir o traseiro a tremer (sim, os buracos no asfalto não estão ali por acaso…), e, não de somenos, se recuperarmos para a cidade algo que foi elemento fundamental da “cidade moderna” e da qualidade de vida que então desejaram para nós mas que não descansámos enquanto não matámos: o logradouro, o público, sem dúvida, mas sobretudo o privado.

Basta um pequeno passeio pelos bairros residenciais da cidade (e isto é válido para a Lisboa de Ressano Garcia até aos finais dos anos 40-50, porque a partir daí, de um modo geral, se passou a construir na totalidade do lote) para constatarmos o estado dos logradouros que por aí existem. Há-os para todos os gostos e feitios, deixados à vontade do freguês, à frente das moradias, atrás dos prédios, entre prédios ou quarteirões, e o rol não tem fim, vejam-se alguns exemplos paradigmáticos:

No bairro das vivendas do Restelo, gizado por Faria da Costa e então construídas para os lisboetas de baixo rendimento, o popó parece agora ser o membro da família mais privilegiado, uma vez que tem só para si todo o pequeno rectângulo fronteiro à casa, hoje totalmente empedrado ou pior, mas onde já houve e podia haver de novo relva, flores e arbustos ou árvores, pois foi pensado para tal. Mais a norte, no Bairro das Caixas, em Alvalade, são as traseiras dos prédios de 3 pisos que viram objecto de  vazamento de entulho e pasto para construções ilegais as mais variadas (arrumos com telhados em fibrocimento, galinheiros à la Kusturica, etc.) e na melhor das hipóteses, pseudo-hortas urbanas.

Há muito que a nossa “cidade jardim” é uma pálida imagem do modelo alemão que copiou, vai para 100 anos. E é certo que ninguém está à espera que, de um momento para o outro, mais de metade da cidade de Lisboa, aquela onde os edifícios foram pensados com logradouro, vire réplica das casas Eduardianas de Londres, ou que desatemos a ter concursos florais como, ups, Frederico Daupias promovia no jardim em socalcos do seu chalet da Rua do Arco a São Mamede, há mais de 100 anos… Nem sequer se pode imaginar que nas escadas de incêndio e quintais da Lisboa dos anos 30 e 40 se repliquem as coreografias de West Side Story.

Bastará, isso sim, “apenas”, que seja cumprido e feito cumprir pela CML, promovido, premiado e sancionado junto de todos, o estipulado pelo Plano Director Municipal de Lisboa para os logradouros, sem hesitações e contemplações.

E para isso a CML tem que fazer coisas essenciais, desde logo começar por chumbar todo e qualquer projecto de alterações aos prédios que tenham logradouros ocupados por construções ilegais de antanho, que se proponham fazer construção nova agora legal em cima de algo que tem que ser demolido, desmanchado, arrasado. Ao mesmo tempo, a CML tem que promover campanhas de sensibilização, incentivo, etc., aos proprietários e senhorios de prédios e moradias em que se verifique a ocupação ilegal do logradouro ou a sua impermeabilização contra-natura. Depois, tem que garantir escrupulosamente que se respeitam as taxas de ocupação dos logradouros em prédios novos, previstas do PDM, isso é
elementar.

Se o conseguir fazer, terá aproveitado da melhor maneira a janela de oportunidade que foi este tremendo confinamento, e o que ele significou de usufruto de quintais e jardins de cada qual, que nunca deles se deu conta ou soube aproveitar, mas que agora serviu para relaxar, tomar ar, ler o jornal ou tomar o café durante a manhã, fazer ginástica ao som da professora brasileira tirada da Net, garantir o teletrabalho à sombra de uma nespereira ou tomar uma “mine” ao final da tarde, enquanto se cavaqueia no skype com o amigo confinado mais próximo.

Faça a CML isso e terá aproveitado esta oportunidade única, porque irrepetível quando a ciência descobrir forma de derrotar o vírus, terá juntado o útil ao agradável, à margem de qualquer demagogia e acção de propaganda, terá sido consequente com o galardão alcançado, terá conseguido vencer, por uma vez, a escuridão.

Paulo Ferrero
Fundador do Fórum Cidadania Lx

09/02/2018

Boas notícias desde os logradouros do Bairro das Estacas:


Ou seja, a JF Alvalade não parte nem inventa (na 1ª imagem, abre-se uma bolsa de estacionamento no lugar do terreiro do lado da Frei Miguel Contreiras, mas não choca...era evitável mas não choca), antes preserva e recupera. Nada mau. Fossem todas as intervenções em espaço público desta cidade ... assim. Ufa.

30/01/2017

Jardim do Logradouro entre a Rua José Travassos e a Rua Francisco Stromp


Chegado por e-mail:

«Bom dia,

Venho por este contacta-los para pedir ajuda e ter eco num pedido que fiz à Câmara Municipal de Lisboa.

Existe um projecto de valorização e enquadramento do logradouro existente entre a Rua José Travassos e a Rua Francisco Stromp.

Solicitei o projecto, do qual gentilmente me facultaram o plano geral e memória descritiva, que junto em anexo.

O projecto é muito importante e cumpre a meu ver o básico para este espaço contudo há duas coisas que para mim falham, e põem em risco a boa utilização deste espaço, e que o possam condenar à partida a ser um espaço não utilizado ou pior, mal utilizado.

A primeira, é o facto de existir um caminho deambulatório pelo espaço que está previsto em lajetas de betão em toda a sua extensão. Esta opção é para mim errada, uma vez que um caminho em lajetas deve ser usado apenas como alternativa, ou para fazer um acesso secundário, nunca como material para um caminho principal. Na Câmara responderam-me a esta preocupação que se as lajetas ficarem bem feitas, não há constrangimentos, o que não é verdade, como podem imaginar.

Sendo esta uma zona com muitos casais novos e muitas crianças, imaginava-as a percorrer o espaço de bicicleta, trotinete ou mesmo a correr, o que só é possível e confortável num pavimento extensivo. Serão elas, as crianças e os seus acompanhantes que irão dar vida a este espaço.

Desta forma a segunda falha deste projecto é não ter um equipamento a elas destinado. Na Câmara Municipal de Lisboa indicaram que não há orçamento para a sua inclusão nesta fase, contudo penso que era mesmo vital.

Desta forma há ainda uma terceira intervenção que para mim também não irá ser proveitosa, mas compreendo ser uma necessidade. A rua Vitor -Damas irá terminar num enorme estacionamento, sobre-dimensionado, e para mim planeado na zona mais plana e larga, a mais favorável à colocação de equipamentos infantis e juvenis.

É com receio que este investimento, muito bem intencionado e desejado por todos os moradores, possa na realidade vir a ser pouco utilizado e que seja um convite ao mau uso e abandono.

Espero que também seja do vosso interesse analisar e divulgar este projecto.

Com os melhores cumprimentos,

Maria Sousa»

14/12/2016

Ainda sobre os logradouros da Av. E.U.A.


Resposta da JF Alvalade ao nosso protesto de ontem:

Exmos. Senhores,

Agradecemos mais uma vez a vossa comunicação relativa à intervenção na Avenida Estados Unidos da América entre o n.º 10 e n.º 48.

Conforme reunião do passado dia 6, reiteramos que:

1) Todos os aspetos mencionados como os hexágonos, as lajes e os muretes de pedra, são para preservar realizando apenas algumas operações de manutenção e reparação Em relação ao percurso existente em pavimento de lajes de calcário é de referir que o mesmo já sofreu algumas alterações, verificando-se a introdução de lajes de betão nomeadamente no logradouro entre os nº 36 e 42 e em algumas situações pontuais. Neste momento este percurso não apresenta a continuidade desejada entre os logradouros nem uma homogeneidade de materiais. Fatores que contribuem para a dificuldade nas acessibilidades pedonais e acessos entre logradouros, resultando no abandono do espaço público pela população com dificuldades de mobilidade.

Julgamos ser fundamental atualizar os nossos espaços com pavimentos confortáveis e que se enquadrem com os espaços existentes e que acima de tudo permitam uma mobilidade segura e confortável para todos. Esta visão está em implementação pela Cidade e tem sido uma clara opção na gestão do espaço público que a Câmara Municipal tem seguido e que também a Junta de Freguesia de Alvalade tem procurado em todas as suas intervenções, seja adaptando à mobilidade condicionada e suave todos os seus equipamentos, seja nas intervenções no espaço público, pois queremos espaços que sejam utilizados em segurança por todos os Fregueses,

2) Em relação às colunas de iluminação de marmorite, iremos reportar a situação para a CML uma vez que se trata da responsabilidade desta entidade a requalificação da iluminação pública destes logradouros.

3) Em relação aos parques infantis a JFA tem uma abordagem completamente distinta dos típicos parques que existem pela cidade, o objetivo é que estes espaços estejam integrados nos espaços envolventes que contenham áreas verdes e que sejam compostos por materiais naturais, que incentive à criatividade das crianças e sobretudo que seja um espaço multifuncional, vivido por todos.

Finalmente voltamos a referir que esta intervenção foi discutida publicamente com a população em 2 ocasiões, em 01 de Abril e 27 de Novembro, de 2015.

Com os melhores cumprimentos,

Junta de Freguesia de Alvalade
Rua Conde de Arnoso, n.º 5-B | 1700-112 Lisboa
Tel.: (00351) 218 428 370 | Fax: 215 998 395
www.jf-alvalade.pt | geral@jf-alvalade.pt

...

E a nossa réplica:

Exmos. Senhores

Folgamos em saber que pretendem garantir a boa execução dos pontos 1), 2) e 3) da vossa mais recente comunicação, conforme tinha sido afirmado por V. Exas. na reunião referida. Obrigado.

No entanto, voltamos a salientar que a remoção das pedras rústicas a que dizem respeito as 2 fotografias em apreço, contraria o que referem no v/ponto 1) uma vez que aquele troço de pedras estava em perfeitíssimas condições, o que nos revolta sobremaneira.

Fazemos votos para que as obras no terreno respeitem efectivamente o projecto anunciado de reabilitação dos logradouros da Av. E.U.A. e aquilo que tão bem nos referem agora e ficou esclarecido presencialmente.

Continuaremos a acompanhar diariamente as obras.

Melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho e José João Leiria

13/12/2016

Requalificação dos logradouros da Av. EUA/Reclamação à JF Alvalade


Exmo. Senhor Presidente da Junta de Freguesia de Alvalade
Dr. André Caldas


Cc. PCML, AML, EMEL e media

No seguimento da nossa insistência de há dias (ver texto abaixo), relativamente a alguns detalhes da intervenção em curso nos logradouros da Av. E.U.A. para os quais reclamávamos a melhor atenção de V. Exa. e dessa Junta de Freguesia, sem qualquer resposta até ao momento; somos a protestar pela destruição dos caminhos de pedra rústica (ver imagens), que se encontravam em perfeitas condições e, portanto, sem necessidade de serem recuperados, muito menos substituídos por betão contínuo.

Mais surpreendidos nos encontramos por nada o fazer prever, dadas as expectativas criadas aquando da nossa reunião havida com V. Exa. no dia 5, na V/sede.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, José João Leiria, Miguel de Sepúlveda Velloso, Rui Martins, Júlio Amorim, Inês Beleza Barreiros, Fernando Silva Grade, João Filipe Guerreiro, Pedro Malheiros Fonseca, Ana Alves de Sousa, Pedro Henrique Aparício

...

(in http://cidadanialx.blogspot.pt/2016/12/logradouros-da-av-eua-insistencia-junto.html) Exmo. Senhor Presidente da Junta de Freguesia de Alvalade
Dr. André Caldas


Cc. PCML, AML, EMEL e media

No seguimento da reunião de ontem, que muito agradecemos, e das informações bastante úteis que nela nos foram prestadas, designadamente quanto às nossas preocupações relativas ao coberto vegetal e ao estacionamento automóvel, voltamos ao contacto convosco para insistirmos em alguns pontos que nos parecem fundamentais para que se preserve de facto a identidade dos logradouros em apreço, ou seja:

É para nós fundamental que todo e qualquer projecto de requalificação dos logradouros idealizados por Ribeiro Telles preserve/recupere o máximo possível dos elementos caracterizadores (“marca de água”) do projecto original para os 7 logradouros, e que, portanto, a Junta de Freguesia e a CML devem pugnar pela manutenção/recuperação/reconstrução, nos mesmos materiais e desenhos:

1. Os hexágonos, as lajes e os muretes de pedra que pontilham/pontilhavam os 7 logradouros, sem excepção, sendo que não vemos, por exemplo, qual a necessidade de remover as «lajes em calcário» do jardim do lado Sul (entre os nºs 36 e 12) uma vez que as mesmas se encontram em bom estado, para as substituírem por «pavimento betão contínuo in situ», quando poderia bastar a alteração do pavimento no corredor Norte.
2. As colunas de iluminação de marmorite, devidamente recuperadas e normalizadas (ISO), imagem de marca de todo o Plano de Alvalade e que têm vindo a ser abatidas sem qualquer critério ou justificação plausível ao longo das últimas décadas.
3. E os parques infantis de modo a que recuperem a imagética do projecto de origem, ainda que em novos materiais e mais seguros, desde logo os famosos foguetões, as “pedras da macaca”, de modo a que os mesmos não caiam na vulgarização, que é apanágio dos novéis parques infantis um pouco por toda a cidade. A propósito do foguetão (tão na memória de quem ali brincou nos anos 60 e 70) recorde-se que este conjunto arquitectónico (Prémio Municipal de Arquitectura) é de 1957, ano de lançamento do Sputnik e do início da corrida espacial entre a então URSS e os Estados Unidos da América.

Finalmente, notamos com agrado a remoção do estacionamento nos impasses ajardinados, não só por questões de segurança mas para se garantir a visibilidade entre os pilotis que separam os logradouros, seguindo a opinião da maioria dos moradores que estiveram presentes nas reuniões de discussão pública, como nos foi dito por V. Exa. Não deixamos porém de temer o aumento da pressão do estacionamento ilegal (passeios, passadeiras, canteiros, faixas de rodagem) nas imediações, se a EMEL não vier rapidamente a alargar o estacionamento pago/reservado a moradores no bairro das vivendas limítrofe, intensificando a fiscalização diurna e (sobretudo) nocturna.

Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho​​​​​​, José João Leiria, Carlos Moura-Carvalho, Inês Beleza Barreiros, Rui Martins, João Filipe Guerreiro, Júlio Amorim, Jorge Santos Silva, Miguel de Sepúlveda Velloso, Ricardo Mendes Ferreira, José Amador, Fernando Silva Grade e Miguel Jorge

Tanta jura a Ribeiro Teles para isto, JF Alvalade? Bah!


Tanta jura a Ribeiro Teles e ao projecto (logradouros da Av. EUA) de origem para isto, JF Alvalade? Substituir as pedras rústicas por cimento xpto? Para quê, porquê e para quem? Bah!

Fotos de José-João Leiria

06/12/2016

Logradouros da Av. E.U.A. - Insistência junto da JF Alvalade


Exmo. Senhor Presidente da Junta de Freguesia de Alvalade
Dr. André Caldas


Cc. PCML, AML, EMEL e media

No seguimento da reunião de ontem, que muito agradecemos, e das informações bastante úteis que nela nos foram prestadas, designadamente quanto às nossas preocupações relativas ao coberto vegetal e ao estacionamento automóvel, voltamos ao contacto convosco para insistirmos em alguns pontos que nos parecem fundamentais para que se preserve de facto a identidade dos logradouros em apreço, ou seja:

É para nós fundamental que todo e qualquer projecto de requalificação dos logradouros idealizados por Ribeiro Telles preserve/recupere o máximo possível dos elementos caracterizadores (“marca de água”) do projecto original para os 7 logradouros, e que, portanto, a Junta de Freguesia e a CML devem pugnar pela manutenção/recuperação/reconstrução, nos mesmos materiais e desenhos:

1. Os hexágonos, as lajes e os muretes de pedra que pontilham/pontilhavam os 7 logradouros, sem excepção, sendo que não vemos, por exemplo, qual a necessidade de remover as «lajes em calcário» do jardim do lado Sul (entre os nºs 36 e 12) uma vez que as mesmas se encontram em bom estado, para as substituírem por «pavimento betão contínuo in situ», quando poderia bastar a alteração do pavimento no corredor Norte.
2. As colunas de iluminação de marmorite, devidamente recuperadas e normalizadas (ISO), imagem de marca de todo o Plano de Alvalade e que têm vindo a ser abatidas sem qualquer critério ou justificação plausível ao longo das últimas décadas.
3. E os parques infantis de modo a que recuperem a imagética do projecto de origem, ainda que em novos materiais e mais seguros, desde logo os famosos foguetões, as “pedras da macaca”, de modo a que os mesmos não caiam na vulgarização, que é apanágio dos novéis parques infantis um pouco por toda a cidade. A propósito do foguetão (tão na memória de quem ali brincou nos anos 60 e 70) recorde-se que este conjunto arquitectónico (Prémio Municipal de Arquitectura) é de 1957, ano de lançamento do Sputnik e do início da corrida espacial entre a então URSS e os Estados Unidos da América.

Finalmente, notamos com agrado a remoção do estacionamento nos impasses ajardinados, não só por questões de segurança mas para se garantir a visibilidade entre os pilotis que separam os logradouros, seguindo a opinião da maioria dos moradores que estiveram presentes nas reuniões de discussão pública, como nos foi dito por V. Exa. Não deixamos porém de temer o aumento da pressão do estacionamento ilegal (passeios, passadeiras, canteiros, faixas de rodagem) nas imediações, se a EMEL não vier rapidamente a alargar o estacionamento pago/reservado a moradores no bairro das vivendas limítrofe, intensificando a fiscalização diurna e (sobretudo) nocturna.

Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho​​​​​​, José João Leiria, Carlos Moura-Carvalho, Inês Beleza Barreiros, Rui Martins, João Filipe Guerreiro, Júlio Amorim, Jorge Santos Silva, Miguel de Sepúlveda Velloso, Ricardo Mendes Ferreira, José Amador, Fernando Silva Grade e Miguel Jorge

02/12/2016

Empreitada de requalificação dos logradouros da Av. EUA (Ribeiro Telles e Miguel Jacobetty Rosa) / Aplauso e SOS à JF Alvalade


​Exmo. Senhor Presidente da Junta de Freguesia de Alvalade
Dr. André Caldas


​C.c. PCML, AML, APAP, EMEL e media​

​No seguimento da recente colocação de estaleiro e afixação do cartaz em anexo nas portas de vários edifícios da Avenida dos Estados Unidos da América, anunciando o início iminente de obras de requalificação nos logradouros comuns aos edifícios daquela avenida, do nº 10 ao ​48; que resultam do projecto original dos arquitectos paisagistas Gonçalo Ribeiro Telles e Miguel Jacobetty Rosa e executado pela CML (http://arquivomunicipal2.cm-lisboa.pt/xarqdigitalizacaocontent/Documento.aspx?DocumentoID=1113608&AplicacaoID=1) no desbravar dos quarteirões do Plano de Alvalade, projecto aliás inserido no conjunto merecedor do Prémio Municipal de Arquitectura (1956);

Somos a felicitar essa Junta de Freguesia por, finalmente, dar início à recuperação daqueles baldios ​- ​causa que se revela urgente desde há pelo menos 10 anos a esta parte​ e que é comum ao conjunto de logradouros do mesmo lado da avenida, acima da Av. Rio de Janeiro, e que ​tem levado este Fórum a emitir sucessivos alertas e ​a ​enviar vários pedidos de esclarecimento, até hoje sem resposta.

Face à informação agora divulgada pela Junta de Freguesia de Alvalade, relevam alguns pontos que se nos afiguram poder vir a desvirtuar o projecto original de Ribeiro Telles e Jacobetty Rosa, o que certamente não será intenção de V. Exa., numa altura em que ​todos temos por seguro o reconhecimento público da obra de ambos no panorama do nosso urbanismo​-​paisagismo.

Assim, apelamos à Junta de Freguesia de Alvalade para que, na sua qualidade de dono da obra, assegure desde já, a manutenção naqueles logradouros ​(e nos logradouros acima da Av. Rio de Janeiro) ​do que lá existe e existia do projecto original, a saber:

·​ ​A manutenção dos 2 parques infantis existentes (na realidade eram 1 parque infantil e 1 juvenil), com o desenho e os equipamentos então concebidos (o foguetão, o escorrega, etc.) e os que ainda existem (pedras da macaca, etc.) e a sua manutenção nos mesmos locais, e não a sua deslocação como é agora proposto;
· Os hexágonos de betão desenhados pelo Ribeiro Telles para garantirem a infiltração das águas;
· As várias centenas de arbustos (foram arrasados na última intervenção da CML, vai para 6 anos);
· A manutenção dos muretes em pedra e dos caminhos do projecto original;
· A existência de várias ​árvores ​monumentais (choupos, tipuana, ​bela-sombra, ​etc.)​, essencialmente​ ​nos logradouros entre a Av. Rio de Janeiro e a Av. Roma, ​que importa preservar a todo o custo;
· Finalmente, a necessidade de preservar, recuperando-as, obviamente, as colunas de iluminação de marmorite, da Cavan, que resistem desde o projecto original.

Solicitamos ainda a melhor atenção de V. Exa. para o seguinte:

​​·​ ​​O plátano transplantado do Areeiro já morreu, por falta de rega;
​​·​ A​s nogueiras transplantadas da Av. Rio de Janeiro Estão em vias de morrer, também por falta de rega;
·​​ ​O “recinto de mesas” agora proposto é perfeitamente possível no lote calcetado vago imediatamente ao lado do local agora proposto, o que resultaria numa muito mais adequada estética de conjunto;
​​· O péssimo estado da generalidade dos “relvados”, pelo que se aconselha que lavrem a terra e corrijam a acidez e a argila​;
​· A necessidade de se ponderar a​ ​remoção ​abrupta d​​​​o estacionamento ​automóvel existente nos impasses, ​uma vez que isso poderá acarretar sérios problemas ​junto aos prédios vizinhos, e ​não se vislumbra como será possível fazer desaparecer todos os automóveis ali estacionados, muitos deles pertencendo a moradores que se vêem sem alternativas para estacionar. Assim, sugere-se a criação de algumas bolsas de estacionamento reservadas aos moradores nesses impasses (eventualmente dedicados aos moradores com filhos ou dificuldades de locomoção), com solução paisagística adequada. Repare-se que as ruas limítrofes (Raul Brandão, Epifânio Dias, Francisco Lourenço da Fonseca), por não disporem de estacionamento pago e fiscalização da EMEL, que deveria ser alargado, já têm durante o dia (mas também à noite) dezenas de automóveis estacionados ilegalmente em cima de passeios, esquinas ou em segunda fila, situação que só se poderá agravar se o presente projecto for avante sem correcções. .

​ Contem V. Exa. e essa Junta sempre connosco para o bem do Bairro e da qualidade de vida dos seus moradores, no respeito integral da obra urbanística e paisagística que Alvalade tão bem ainda representa no nosso quotidiano.

Melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, José João Ralha, Fernando Jorge, Inês Beleza Barreiros, Martim Galamba, Jorge Pinto, Rui Martins, Miguel de Sepúlveda Velloso, João Filipe Guerreiro, João Leonardo, José Amador, Nuno Caiado, Fátima Castanheira e Maria Ramalho

22/02/2016

O PROBLEMA DOS LOGRADOUROS NA CIDADE DE LISBOA


Mais um logradouro que vai desaparecer. Rua Presidente Arriaga. Freguesia da Estrela. Lisboa.

Os logradouros são espaços verdes muito importantes para a qualidade de vida dos moradores das cidades, promovendo a riqueza da biodiversidade, suavidade da paisagem, permeabilização dos solos e qualidade do ar. Constituindo no seu conjunto uma riqueza excepcional, eles representam hoje um problema para a cidade de Lisboa.

A Câmara Municipal de Lisboa tem disso consciência e frequentemente apela à defesa da biodiversidade e à necessidade urgente da melhoria da qualidade do ar que respiramos, mas não faz o suficiente para a salvaguarda dos logradouros, como o prova o Plano Diretor Municipal em vigor desde 2012 e cujo regulamento foi por ela e pela Assembleia Municipal aprovado.

De facto, o artigo 44.º do PDM que regula a ocupação dos logradouros na cidade de Lisboa, sendo de interpretação confusa, não defende convenientemente aquelas estruturas, permitindo a sua ocupação. Também, a introdução de fórmulas matemáticas denominadas “superfície vegetal ponderada” tornam difícil a sua aplicação prática.

Quanto a nós houve um retrocesso no que se refere à defesa dos logradouros e o artigo 44.º deveria ser reformulado. Compreendemos que a ocupação total dos logradouros por construção valoriza a propriedade de quem vai construir, mas empobrece a cidade de Lisboa, comprometendo o seu futuro que temos obrigação de legar valorizado às gerações vindouras.


João Pinto Soares

08/04/2015

E pronto, foram-se todas. Novo proprietário ordenou, fez-se a vontade.


Isto fica no logradouro-patamar do edifício onde funcionava o apoio social da SCML na Sé, junto ao Palácio do Correio-Velho, recentemente vendido pela CML (ver notícia em http://ocorvo.pt/2015/02/16/venda-de-palacio-em-leilao-pela-camara-de-lisboa-desaloja-centro-social-da-se/). E foram todas à vida, já. Triste sina, a das árvores desta cidade.

Alerta e fotos, por fc.

25/03/2015

Travessa do Arco a Jesus: Mais uma garagem, Menos um jardim...

 ...removendo o solo do logradouro: menos superfície para absorver as águas pluviais, mais inundações
 ...e demolindo o antigo muro em alvenaria de pedra do logradouro!
Resumindo, é uma construção nova, mal disfarçada de "Reabilitação". Lisboa no seu pior.

22/03/2015

Lisboa, ou fim dos logradouros: Trv. do Alcaide



 ...aqui existia terra, solo... agora é uma caixa de betão armado.
Mais um logradouro, outrora jardim, impermeabilizado para a construção de garagens. Em Santa Catarina, na Travessa do Alcaide torneja Rua da Hera 28

12/08/2014

SALVAR as GRANDES ÁRVORES de LISBOA - CONTRA o ABATE DESPROPOSITADO previsto Avenida Madrid (traseiras)


Para: Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Junta de Freguesia do Areeiro, Areeiro Primeiro.

FACTO:
Foram assinaladas 20 grandes e médias árvores para ABATE, alegando estarem a causar problemas para bens e pessoas.
Local: Avenida de Madrid em Lisboa - traseiras da avenida, com entrada pela pastelaria Madrid.
Data em que foram colocados os avisos nas árvores pela Freguesia do Areeiro: 7 Agosto 2014.
Data do Abate: 28 Agosto 2014.
Responsáveis: CML, Freguesia do Areeiro, em Lisboa.


INDIGNAÇÃO!!
Quem OLHA, vê apenas 3 árvores a causar danos a muros ou risco de cair: Uma em cada ponta: uma nas traseiras da Escola Luís Camões, e outra no muro das traseiras do prédio cor-de-rosa (nº 27 da Avenida São João de Deus). A que está muito inclinada - a cair? - está no meio da mata.


ARGUMENTO PARA SALVAR as GRANDES ÁRVORES:
Beleza natural, Equilíbrio natural numa cidade cheia de prédios e carros, Habitat para papagaios etc., Sombra, enfim - Mãe Natureza no seu melhor e onde é precisa, Valorização das actuais habitações ("vista campo e mato"), Silêncio, Ar Puro. São Á-r-v-o-r-e-s!


Precisamos de SALVAR as nossas árvores para que vivamos mais felizes nas cidades.

PERGUNTA-SE: Estaremos mediante interesses comerciais, imobiliários, de viveiros, parking, ou outros - o que se passa aqui?

A TODOS que gostam desta cidade: ASSINEM a petição! (AQUI)

Obrigada,
Munícipes da Freguesia de São João de Deus e Areeiro

29/11/2012

Mais um logradouro impermeabilizado em Lisboa: Rua Diogo do Couto 8




Em tempos o FCLX e o SOS Lisboa fizeram alertas sobre o início de obras neste curioso imóvel na freguesia de Santa Engrácia: http://lisboasos.blogspot.com/2011/09/alerta-cidadaos.html

As obras entretanto terminaram e a Araucária aparenta estar bem. Eram muitas as nossas preocupações com o futuro desta bela árvore. Afinal, é a única árvore no arruamento! Na nossa opinião a grande nota negativa neste projecto: o logradouro foi praticamente todo impermeabilizado e não parece que vá existir qualquer tipo de cobertura vegetal para além da Araucária que ficou do antigo jardim! Vejam as imagens do local onde antigamente houve um jardim... Enfim, é este o modelo de logradouro que a nossa cidade está a adoptar em todo o lado. Logradouro a logradouro, quintal a quintal, a cidade vai reduzindo a sua área de solos permeáveis co consequências graves para todos. Em Lisboa, apesar de ser a capital, ainda não se dá valor aos espaços verdes - um quintal ou jardim é quase sempre visto como área para explorar imobiliariamente, construindo! No entanto, um jardim neste logradouro da R. Diogo do Couto não iria valorizar o imóvel e os seus apartamentos?