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27/06/2017

A CML vendeu o Palácio Pombal? E ainda por cima sem ser em hasta pública?


A propósito da Proposta n.º 380/2017 (Subscrita pelo Sr. Vereador Manuel Salgado), a discutir na reunião extraordinária de CML de 29.6, «Aprovar submeter à apreciação da Assembleia Municipal o Relatório de Ponderação e o Regulamento de Património Imobiliário do Município de Lisboa, nos termos da proposta;» seria bom que se comprovasse, preto no branco, que o Palácio Pombal NÃO FOI vendido, 1º, muito menos à margem da hasta pública (ao que se diz a um cidadão alemão), 2º.

É bom lembrar que a CML já por diversas vezes tentou vender o Palácio Pombal, sendo a 1º delas em 2006 (http://cidadanialx.blogspot.pt/2006/09/o-palcio-pombal-l-vo-os-anis-e-os.html) na altura impedida por acção directa da então PAML ... e continua a não perceber o essencial:

1. Se há palácio que deva ser da CML (aliás, foi vendido à CML por o comprador ser a ... CML) esse palácio será um e só um: o Palácio Pombal.
2. É incompreensível e inaceitável que depois de tanto dinheiro gasto qdo não o havia, no reforço estrutural do edifício, por ex., agora, que HÁ dinheiro, a CML o venda.

(foto Carpe Diem)

31/12/2013

E do palácio se fez arte



In Sol Online (26.12.2013)
Por Rita Porto

Mandado construir pelo avô do Marquês de Pombal, o Palácio Pombal é a casa da Carpe Diem Arte e Pesquisa. Uma instituição sem fins lucrativos que tem atraído cada vez mais visitantes e que vê nas pedras, na luz e em "toda esta poeira" do próprio espaço uma base fundamental para a criação artística.

Localizado no Bairro Alto, o Palácio Pombal possui uma fachada simples e austera. Mas no interior, enriquecido ao longo de quatro séculos, domina o estilo rococó. Um dos elementos mais característicos é a imponente escadaria, adornada com duas esculturas também de mármore: uma de Vénus, no patamar inferior, e outra de Hércules, na parte de cima. O elaborado tecto não passa despercebido enquanto se sobem os largos degraus que nos conduzem ao segundo piso, onde se encontram os salões nobres e a capela.

Cada sala foi baptizada consoante a cor dominante: a sala azul, a sala vermelha e a sala branca, todas com tectos trabalhados e despidas de mobília. Nas traseiras, existe um jardim: uma fonte, actualmente sem água, e envolvida por duas árvores centenárias, ocupa o centro e uma família de pavões faz daquele espaço a sua casa. [...]

...

Muito sinceramente, e sem desprimor para com os actuais inquilinos, acho que o Palácio Pombal merecia outra coisa, por exemplo, o Museu Nacional da Música.

30/08/2013

Visita guiada ao Palácio dos Viscondes de Lançada (antigas instalações do jornal O Século)


O Fórum Cidadania Lx associa-se às Comemorações dos 500 Anos do Bairro Alto organizando uma visita guiada (gratuita) ao Palácio dos Viscondes de Lançada (antigas instalações do jornal O Século).

Máximo 20 pessoas.

Inscrições ESGOTADAS!


(poster promocional a partir de foto original do blog Lisboa S.O.S.)

01/07/2013

Visita guiada ao Palácio Ratton (Tribunal Constitucional)


O Fórum Cidadania Lx associa-se às Comemorações dos 500 Anos do Bairro Alto organizando uma visita guiada (gratuita) ao Palácio Ratton (Tribunal Constitucional) no dia 5 de Julho, às 18:15.

Local: Rua de O Século, nº 111

Máximo 30 pessoas

INSCRIÇÕES ENCERRADAS

Em caso de eventual desistência, por favor, avisar para forumcidadanialx@gmail, para que as pessoas em lista de espera possam aceder à lista de participantes. Obrigado!

Fotocomposição a partir de original do Público Online

06/09/2011

Estacionamento na Rua do Século/Pedido de alteração

Exmo Sr. Presidente da CML, Dr. António Costa

c/c Presidente da JFSC, Dra. Irene Lopes
Presidente da EMEL, Dr. António Almeida
A.M.B.A.


Demos recentemente conta que na Rua do Século, uma das três vias fundamentais do Bairro Alto e uma das duas onde há estacionamento pago, as novas regras da CML e EMEL passam a penalizar ainda mais os moradores e beneficiado ainda mais os não-moradores.

Vejamos:

* anteriormente o estacionamento era pago para não moradores de 2ª Fª até às 2h de Domingo
* até há pouco não havia fiscalização, recentemente ela passou a existir esporadicamente
* hoje o estacionamento passa a ser pago para não moradores de 2ª Fª até às 19h de 5ª Fª; à 6ª Fª o prazo é alargado até às 22h e ao Sábado é gratuito.


O quer isto dizer?
Que

* a regra da fiscalização não foi feita em função do interesse público e do ordenamento da cidade mas antes em função em função das conveniências e horários da EMEL
* a CML e EMEL propositadamente ignoram que O PROBLEMA DO ESTACIONAMENTO DA ZONA NÃO É DIURNO MAS NOCTURNO E A PARTIR DE 5ª Fª, precisamente quando deixa de haver regra de protecção as moradores
* a regra foi feita tão somente para taxar o estacionamento diurno, ou seja, como obtenção de rendimento fácil
* os não-moradores que vão ao Bairro Alto para a diversão nocturna (com o actual impacto negativo colossal que a CML demora a reconhecer e enfrentar) são incentivados a usar o carro à noite devido à existência de estacionamento gratuito
os moradores são fortemente penalizados pois estão sempre em desvantagem relativamente aos não-moradores
* o discurso da CML é um, voltado para a sustentabilidade ambiental e defesa dos bairros históricos mas a sua prática é radicalmente distinta orientada para o facilitismo e a permissividade
* a CML e a EMEL nem tiveram a decência de informar os moradores destas alterações


Acresce que também a fiscalização da EMEL na vizinha Rua da Academia das Ciências, zona reservada a moradores, é apenas esporádica e diurna pelo que é comum encontrar mais de 60% de carros de não-moradores naquele arruamento.

Assim, vimos requerer que a CML altere rapidamente as regras sobre o estacionamento da Rua do Século, equiparando-a à Rua Academia das Ciências, e assegure através da EMEL ou PM EFECTIVA FISCALIZAÇÃO 24h/dia, ou, pelo menos, de 2ª Fª até às 2h de Domingo.

Consideramos que esta é a única maneira de suavizar a pressão brutal a que os moradores têm estado sujeitos, não só em termos de falta de lugares de estacionamento, mas também de outros aspectos que afectam gravemente a sua qualidade de vida.

Com os melhores cumprimentos


Nuno Caiado, Paulo Ferrero, Fernando Marta, Carlos Sousa e Margarida Pardal

24/01/2011

Rua do Século

Chegado por e-mail:


«Boa tarde,

Passei hoje à tarde na Rua do Século e reparei que pavimentaram (com alcatrão) a rua!!! infelizmente não tinha a máquina fotográfica para registar a "autoestrada" que lá fizeram. Aquilo está muito estranho, descontextualizado!. Espero que o tapete preto não se estenda para as restantes ruas do bairro alto.

Cumprimentos,
Isabel Marques»

11/06/2010


In Sol (11/6/2010)

20/05/2010

Prédio em risco de ruir foi evacuado na rua de S. Bento

In Jornal de Notícias (20/5/2010)
CRISTIANO PEREIRA


«O prédio da antiga farmácia Micael, na rua de São Bento, Lisboa, foi demolido no início do ano, tendo sido feitas escavações para novas obras. Foi a partir dessa altura que começaram a aparecer fissuras no prédio ao lado. Ontem, os moradores foram evacuados.

São 13 pessoas de quatro famílias que ontem foram realojadas devido ao perigo de colapso do prédio situado no número 384 da rua de São Bento. No mesmo edifício, um cabeleireiro e uma loja de antiguidades foram obrigados a encerrar temporariamente.

Ao início da tarde, elementos dos bombeiros, da Polícia Municipal e da Protecção Civil estiveram no local para fazer avaliação da situação e chegaram à conclusão de que a causa da instabilidade deve-se às obras que decorrem ao lado. "A obra está a afectar as condições de segurança do imóvel", disse, ao JN, Emília Castela, do Serviço Municipal da Protecção Civil de Lisboa.

A responsável confirmou que anteriormente fora feito um pedido de vistoria por parte dos moradores, e, nessa altura, "notaram-se algumas anomalias", tendo sido colocadas "umas medições que permitiram hoje [ontem] avaliar que houve uma agravamento da situação".

Na rua, a gerente da loja de antiguidades, situada no rés-do chão, e as trabalhadores do cabeleireiro do primeiro andar davam mostras de apreensão e preocupação com o futuro.

"Estou muito preocupada", disse-nos Maria do Carmo Nobre, da loja de antiguidades, referindo que já há um mês chamara técnicos da Câmara "para ver o que se passava", uma vez que reparava cada vez mais no surgimento de novas fissuras na parede. "O construtor continua a dizer que isto não vai cair", protestou, acrescentando que ontem "a Protecção Civil disse que era melhor não ficarmos dentro do prédio".

A comerciante sublinhou ter "montes de fissuras dentro da loja que começaram a aparecer quando se iniciaram as obras" e disse não conseguir perceber " como é que a Câmara autoriza uma obra sabendo que o outro prédio fica em risco".

"Eles têm de pagar tudo"

Perante a forte hipótese da sua loja fechar por tempo indefinido, Maria do Carmo Nobre dava mostras de revolta. "Eles é que têm que pagar tudo", apontou. "Este é o meu emprego, é o meu trabalho e alguém tem que ser responsável", desabafava, acrescentando que tenciona encaminhar o caso "para um advogado".

No cabeleireiro do piso de cima, os receios são idênticos. "Estou com receio pelas minhas colegas", disse-nos Maria da Conceição Nascimento, lembrando que "são pessoas com família, filhos e casas para pagar e este é o seu ganha pão".

Já a colega Miria Silva, por seu turno, disse ao JN que na terça-feira "notamos que a porta não abria, parecia que tinha cedido um pouco mais".»

...

E os moradores têm toda a razão. Basta ir à rua para constatar isso. Ou seja, em matéria de urbanismo e reabilitação urbana, pese embora tenham desaparecido os escândalos (o que já não é mnau), tudo como dantes.

19/06/2008

O elogio das feiras do Príncipe Real

O Príncipe Real é um local de eleição.

Na cidade interna, como chamam alguns arquitectos e urbanistas às zonas de desenvolvimento até ao início do século XX, é de certo das mais interessantes.

O Príncipe Real é um local de eleição por motivos variados, e é precisamente essa variedade que lhe confere interesse. Convivem vários de tipos de gente, moradores ou não, existe algum cosmopolitismo, o comércio tem a sua graça, e a atmosfera dada pela arquitectura é graciosa (aspecto de especial relevância dado o descalabro urbano de grande parte da cidade, entregue à desgovernação de uns e à … … , como lhe chamar?, cupidez de outros!).

Nos últimos anos, no jardim da zona que se mantém famoso e formoso embora já tenha visto melhores dias em termos de conservação e limpeza, têm sido organizadas feiras que trazem à zona novas pessoas. Falo da feira de rua de antiguidades e artesanato, em domingos e segundas-feiras para mim incertos porque nunca assento o dia na agenda, e uma venda de produtos agrícolas biológicos aos sábados de manhã.

As antiguidades interessam-me muito, e embora os produtos estejam muito vistos, encontra-se sempre alguma coisa de curioso para observar ou mesmo para comprar em meses de economia doméstica mais favorável. O artesanato parece-me desinteressante, mas eu e esta forma de arte nunca fomos muito amigos. O certo é que há legiões de compradores entusiasmados e não há nada melhor do que ver gente feliz a vender a bons preços e outros encantados por comprar prendas para a família e os amigos.

A feira dos sábados também tem fiéis, fiéis às origens anunciadas dos produtos. Eu não pertenço a essa tribo, sou pouco crente na bondade daquelas cenouras raquíticas, dos morangos que me parecem por vezes maracaté, e das batatinhas engelhadas. Quanto ao mel, já provei mas pareceu-me mesmo igual ao outro – e não sei como pode ser um mel mais biológico ou natural que o outro. Mas é engraçado ver os membros da congregação dos produtos naturais a comprarem couves e a metê-las no porta bagagens do VW Touareg. Ou do Renaut Clio, tanto faz, claro. E, confesso: também já tenho comprado uma lombarda ou outra, mais para não se dizer que os moradores não participam da vida do bairro. O importante é dar oportunidade a quem quer vender e comprar e não há dúvida que o objectivo está assegurado.

Recentemente abriu outra feira, algo mais selecta. Ou deverei dizer, antes, seleccionada…. Dois minutos e 150 metros abaixo do jardim, exactamente frente ao ilustre Tribunal Constitucional (belo palacete clássico, robusto nas formas, emoldurado por árvores de bom porte e jacarandás, e guardado por interessante portão), nasceu um novo mercado, que tem satisfeito com galhardia aquele princípio atrás enunciado: dar oportunidade a quem quer vender e comprar, não havendo também dúvida que o objectivo tem sido assegurado, graças a uma certa conjugação de factores.

Os produtos transaccionados neste novo e emergente mercado local não são para qualquer um, já que se trata de estupefacientes. Apesar disso, podem ser vendidos, trocados e sei lá mais o quê, bem como consumidos logo no local, com apreciável tranquilidade. É vê-los à noite de 5ª fª, ou aos domingos logo muito cedo e durante toda a manhã, naquele frenesim típico, os carros que passam e arrancam, as cumplicidades trocadas (ah, as almas humanas em acção!); os pequenos grupos; os pés encostados às paredes; por vezes é notório o vigia, em carro fixo à porta do bar frente ao tribunal, intimidando e fiscalizando o negócio (pois se as polícias não aprecem, alguém tem de olhar pelo cumprimento das suas regras), ou fazendo passagens qual ronda da autoridade; coitados, às vezes, alguns caem, droga a mais, misturas com álcool, são jovens, não pensam, o corpo é que paga – os moradores indirectamente também, mas são danos colaterais, quais detalhes insignificantes nas guerras do Bush.

Refira-se, aliás, que o ambiente fica fantástico, até porque ao contrário das duas feiras que tive o gosto de referir atrás, neste mercado existe música ambiente, com fortes decibéis e agreste batida nocturna (o facto de estarmos numa zona residencial e estarmos numa 5ª fª às 4h ou domingo de manhã são pequenos pormenores que não têm despertado o interesse das polícias[1] ou das autoridades municipais[2]) com origem no pólo agregador e simultaneamente difusor da dinâmica e pujança desta feira: o bar frente ao tribunal, cujo horário de funcionamento autorizado pela CML é das 09:00h às 04:00h – o facto de aos domingos abrirem em regime de after hours às 07:00h duas horas antes do permitido é outro pequeno pormenor que também não despertado o interesse das polícias1 ou das autoridades municipais2). Com a música ambiente assim tão alto, contrastando com a calma matinal de um domingo, sempre se gera um outro ambiente mais propício ao tráfico e consumo de drogas. Afinal, tudo se quer em ambiente próprio, e como este originalmente não era o mais acolhedor para o efeito, o espírito empreendedor – que tanta falta faz à cidade e ao País - tem resolvido a dificuldade.

Diga-se ainda que este mercado, também ao invés dos outros referidos, anima a economia: dá postos de trabalho a desempregados desqualificados e proporciona grande movimento a taxistas que, em dias difíceis como estes, têm montes de trabalho a levarem e trazerem pessoas para o bar. Não se pode pedir mais.

Tudo somado, são três feiras muito distintas que dão muita animação e personalidade ao Príncipe Real.

O único problema é que indo para velho, tanta animação já me perturba um pouco. Mais do que duas feiras no local onde vivo é demais para mim. E como da última não penso comprar nada, eu ficava-me pelas duas primeiras.



Nuno Caiado


[1] Oficialmente, a PSP diz que na zona “há polícia aos pontapés” (frase elucidativa e elegante dum Intendente, mesmo a dar com o charme do bairro); mas eu julgo que a expressão se deve ao espírito futebolístico da época e não deve ser tomada excessivamente a sério, aquilo era ele só a reinar, pois eu não vi assim tanta polícia aqui, com botas ou sem botas, e os traficantes e consumidores fazem a sua vida com a calma que a sua actividade lhes impõe, tal qual como nas outras duas feiras (embora nessas ocasionalmente apareça a polícia municipal). Por outro lado, e com a devida vénia a quem teve a ideia, eu acho que os polícias aqui são só actores contratados que, naturalmente, não estão autorizados a agirem por não serem polícias de verdade – pelo menos quando os chamamos eles não vêm, deve ser por isso…
[2] a expressão autoridades é meramente retórica, porque quem manda aqui ninguém sabe; a situação está em vias de ser corrigida, dentro em breve tudo ficará mais claro, sendo os traficantes, a malta da noite e os bares a mandarem na zona, pondo fim a um atribulado processo de delimitação de competências.