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13/04/2013
13/06/2012
DIA DE LISBOA: O Armazém da nossa História
13 de Junho - Dia de Lisboa. É aqui, nas caves deste edifício construído para habitação, e neste local excêntrico da cidade, encostado ao Parque Florestal de Monsanto (Bairro da Liberdade) que a Câmara Municipal de Lisboa decidiu armazenar a História da nossa cidade. Esta situação é inédita na Europa. Mas é o retrato fiel e perfeito do estado da nossa cidade. Porque não se indignam os portugueses, os lisboetas?
06/03/2012
ARQUIVO MUNICIPAL DE LISBOA: UM ACERVO PARA A HISTÓRIA
ARQUIVO MUNICIPAL DE LISBOA: UM ACERVO PARA A HISTÓRIA
23 de Março – CIUL – Centro de Informação Urbana de Lisboa – Picoas Plaza
e
24 de Março – Arquivo Municipal de Lisboa – Bairro da Liberdade
O Arquivo Municipal de Lisboa está a organizar um dia de conferências: Arquivo Municipal de Lisboa: Um Acervo para a História, comemorativo da reabertura do núcleo histórico aos investigadores.
Com os melhores cumprimentos,
Câmara Municipal de Lisboa
Arquivo Municipal de Lisboa
R. B ao Bairro da Liberdade, Lt. 3 a 6 - 1.º
1070 - 017 Lisboa
Tel. 21 380 71 00
arquivo.municipal@cm-lisboa.pt
http://arquivomunicipal.cm-lisboa.pt/
23 de Março – CIUL – Centro de Informação Urbana de Lisboa – Picoas Plaza
e
24 de Março – Arquivo Municipal de Lisboa – Bairro da Liberdade
O Arquivo Municipal de Lisboa está a organizar um dia de conferências: Arquivo Municipal de Lisboa: Um Acervo para a História, comemorativo da reabertura do núcleo histórico aos investigadores.
Com os melhores cumprimentos,
Câmara Municipal de Lisboa
Arquivo Municipal de Lisboa
R. B ao Bairro da Liberdade, Lt. 3 a 6 - 1.º
1070 - 017 Lisboa
Tel. 21 380 71 00
arquivo.municipal@cm-lisboa.pt
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06/06/2011
Acervo histórico/clínico MBombarda/NÃO cumprimento de Resolução AR/comunicado
Exmos Senhores
Na sequência do nosso comunicado acerca da aprovação e publicação da Resolução da Assembleia da República, recomendando ao Governo para que o acervo patrimonial e documental do extinto Hospital Miguel Bombarda seja preservado e valorizado, incluindo o Balneário D. Maria II, o Pavilhão de Segurança e a sua envolvente, além de especificar que os vários elementos artísticos, documentais, clínico e mobiliário devem permanecer no local, integrados no Museu (ver n/comunicado em http://cidadanialx.blogspot.com/2011/05/ar-aprova-recomendacao-sobre-hospital.html), somos a comunicar que neste preciso momento se verifica o NÃO CUMPRIMENTO desta Resolução.
Também o Apelo de grandes personalidades como Paula Rego, António Damásio, Raquel Henriques da Silva, Simonetta Luz Afonso, etc, solicitava às Ministras da Cultura e da Saúde o alargamento do Museu de Sítio do Hospital, para o edifício do antigo Convento, integrando no seu acervo o valioso Arquivo Histórico.
Com efeito, neste preciso momento, não se sabe se por ordens da Administração do Hospital Miguel Bombarda ou da empresa Estamo, proprietária, por via da Parpública, do Hospital Miguel Bombarda, está a ser transferido para o Hospital Júlio de Matos todo o acervo histórico e clínico do Mibuel Bombarda (sem haver sequer a prova de que o mesmo tenha sido totalmente inventariado), o que contraria claramente a Recomendação aprovada pela Assembleia da República.
Damos conhecimento deste facto à Assembleia da República, ao Ministério da Cultura, ao Arquivo da Torre do Tombo, e à Câmara Municipal de Lisboa.
Melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Júlio Amorim e Carlos Moura
Na sequência do nosso comunicado acerca da aprovação e publicação da Resolução da Assembleia da República, recomendando ao Governo para que o acervo patrimonial e documental do extinto Hospital Miguel Bombarda seja preservado e valorizado, incluindo o Balneário D. Maria II, o Pavilhão de Segurança e a sua envolvente, além de especificar que os vários elementos artísticos, documentais, clínico e mobiliário devem permanecer no local, integrados no Museu (ver n/comunicado em http://cidadanialx.blogspot.com/2011/05/ar-aprova-recomendacao-sobre-hospital.html), somos a comunicar que neste preciso momento se verifica o NÃO CUMPRIMENTO desta Resolução.
Também o Apelo de grandes personalidades como Paula Rego, António Damásio, Raquel Henriques da Silva, Simonetta Luz Afonso, etc, solicitava às Ministras da Cultura e da Saúde o alargamento do Museu de Sítio do Hospital, para o edifício do antigo Convento, integrando no seu acervo o valioso Arquivo Histórico.
Com efeito, neste preciso momento, não se sabe se por ordens da Administração do Hospital Miguel Bombarda ou da empresa Estamo, proprietária, por via da Parpública, do Hospital Miguel Bombarda, está a ser transferido para o Hospital Júlio de Matos todo o acervo histórico e clínico do Mibuel Bombarda (sem haver sequer a prova de que o mesmo tenha sido totalmente inventariado), o que contraria claramente a Recomendação aprovada pela Assembleia da República.
Damos conhecimento deste facto à Assembleia da República, ao Ministério da Cultura, ao Arquivo da Torre do Tombo, e à Câmara Municipal de Lisboa.
Melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Júlio Amorim e Carlos Moura
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21/02/2011
Arquivo Histórico da capital de Portugal reabre hoje AQUI?!?
Vista da entrada principal do Arquivo Municipal de Lisboa
O Arquivo Histórico da Câmara de Lisboa volta a estar disponível para consulta pública a partir de hoje, dia 21 de Fevereiro, nas caves do edifício que se vê ao fundo da imagem em cima: Rua B do Bairro da Liberdade, em Campolide.
Este acervo, que integra documentos que remontam aos primeiros anos do século XII, estava inacessível desde 2002.
Por um lado é bom saber que finalmente os munícipes de Lisboa - e todos os cidadãos do país e do mundo (afinal Lisboa já foi uma cidade com relevância mundial) podem finalmente consultar o Arquivo Histórico de Lisboa. Mas por outro lado como celebrar o facto do acervo histórico do município de Lisboa estar "hospedado" neste local excêntrico e neste edifício?
A câmara informa que foram "acondicionados, higienizados e transportados mais de 1700 contentores com toda a documentação". Aqui estão documentos como a confirmação feita por D. Afonso II do foral outorgado a Lisboa por D. Afonso Henriques, o Foral Manuelino (século XVI) e o Livro Cartulário Pombalino (século XVIII). O arquivo histórico integra também espólios de arquitectura do século XX, dos Arquitectos José Luís Monteiro, Cassiano Branco, Keil do Amaral e Ruy de Athouguia.
É UMA VERGONHA NACIONAL A SITUAÇÃO EM QUE SE ENCONTRA O ARQUIVO DA CAPITAL DE PORTUGAL! PARA QUANDO UMA SOLUÇÃO DIGNA?
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12/02/2011
Acervo do arquivo histórico da capital volta a estar acessível oito anos depois
In Público (12/1/2011)
«A documentação do arquivo histórico da Câmara de Lisboa vai voltar a estar disponível para consulta pública a partir de 21 de Fevereiro, em Campolide. Este acervo, que integra documentos que remontam aos primeiros anos do século XII, estava inacessível desde 2002.
A novidade foi ontem anunciada pela Câmara de Lisboa, num comunicado em que se explica que o acervo histórico do município poderá ser consultado na Rua B do Bairro da Liberdade, em Campolide. É aí que está localizada a sede do Arquivo Municipal, na qual foi reabilitado um espaço para albergar aquele espólio. A câmara acrescenta que foram "acondicionados, higienizados e transportados mais de 1700 contentores com toda a documentação".
A confirmação feita por D. Afonso II do foral outorgado a Lisboa por D. Afonso Henriques, o Foral Manuelino (século XVI) e o Livro Cartulário Pombalino (século XVIII) são alguns dos documentos agora disponíveis para consulta presencial, desde que se faça uma reserva prévia através do site do Arquivo Municipal. O arquivo histórico integra ainda os espólios de arquitectura do século XX de José Luís Monteiro, Cassiano Branco, Keil do Amaral e Ruy de Athouguia.
Este arquivo chegou a funcionar nos paços do concelho, mas, depois do incêndio de 1996, foi transferido para as caves de um edifício de habitação social em Sapadores. Essas instalações acabaram por encerrar no fim de 2002, depois de o Instituto Ricardo Jorge as ter considerado impróprias em termos ambientais e de saúde pública.
O ex-presidente da câmara Pedro Santana Lopes chegou a anunciar a construção de um centro cívico no Vale de Santo António, que albergaria a totalidade dos arquivos camarários e a biblioteca central. Depois de terem sido gastos perto de três milhões de euros com projecto, escavação e contenção de terras, o actual líder camarário António Costa desistiu da empreitada. A partir de dia 21, a documentação do arquivo histórico pode ser consultada aos dias úteis, entre as 9h30 e as 17h00. Inês Boaventura »
...
F-I-N-A-L-M-E-N-T-E
Agora falta a parte maior, a questão de fundo: construir de raiz, ou reabilitar um edifício histórico, central e em risco de desaparecer e nele alojar TODO o Arquivo Municipal e definitivamente? Face aos bons exemplos por essa Europa, a começar pela vizinha Espanha, e tendo em conta o imenso património do Estado em processo de venda e a ameaçar transformar-se em mais do mesmo, i.e., condomínios multiusos, continuamos a defender como local IDEAL o conjunto edificado do Hospital Miguel Bombarda, em co-existência pacífica e valorizadora de toda a colina de Santana, o Museu de Outsider Art e Neurociências, como é ÓBVIO.
Mas, mais do que isso, o actual executivo camarário tem que mostrar claramente que o Arquivo Municipal é uma PRIORIDADE da CML, e ainda não o fez, e se quer resgatar o Miguel Bombarda para o efeito, das garras da especulação imobiliária, tem que o mostrar JÁ, iniciando contactos com o Governo para que aquele conjunto seja propriedade da CML.
«A documentação do arquivo histórico da Câmara de Lisboa vai voltar a estar disponível para consulta pública a partir de 21 de Fevereiro, em Campolide. Este acervo, que integra documentos que remontam aos primeiros anos do século XII, estava inacessível desde 2002.
A novidade foi ontem anunciada pela Câmara de Lisboa, num comunicado em que se explica que o acervo histórico do município poderá ser consultado na Rua B do Bairro da Liberdade, em Campolide. É aí que está localizada a sede do Arquivo Municipal, na qual foi reabilitado um espaço para albergar aquele espólio. A câmara acrescenta que foram "acondicionados, higienizados e transportados mais de 1700 contentores com toda a documentação".
A confirmação feita por D. Afonso II do foral outorgado a Lisboa por D. Afonso Henriques, o Foral Manuelino (século XVI) e o Livro Cartulário Pombalino (século XVIII) são alguns dos documentos agora disponíveis para consulta presencial, desde que se faça uma reserva prévia através do site do Arquivo Municipal. O arquivo histórico integra ainda os espólios de arquitectura do século XX de José Luís Monteiro, Cassiano Branco, Keil do Amaral e Ruy de Athouguia.
Este arquivo chegou a funcionar nos paços do concelho, mas, depois do incêndio de 1996, foi transferido para as caves de um edifício de habitação social em Sapadores. Essas instalações acabaram por encerrar no fim de 2002, depois de o Instituto Ricardo Jorge as ter considerado impróprias em termos ambientais e de saúde pública.
O ex-presidente da câmara Pedro Santana Lopes chegou a anunciar a construção de um centro cívico no Vale de Santo António, que albergaria a totalidade dos arquivos camarários e a biblioteca central. Depois de terem sido gastos perto de três milhões de euros com projecto, escavação e contenção de terras, o actual líder camarário António Costa desistiu da empreitada. A partir de dia 21, a documentação do arquivo histórico pode ser consultada aos dias úteis, entre as 9h30 e as 17h00. Inês Boaventura »
...
F-I-N-A-L-M-E-N-T-E
Agora falta a parte maior, a questão de fundo: construir de raiz, ou reabilitar um edifício histórico, central e em risco de desaparecer e nele alojar TODO o Arquivo Municipal e definitivamente? Face aos bons exemplos por essa Europa, a começar pela vizinha Espanha, e tendo em conta o imenso património do Estado em processo de venda e a ameaçar transformar-se em mais do mesmo, i.e., condomínios multiusos, continuamos a defender como local IDEAL o conjunto edificado do Hospital Miguel Bombarda, em co-existência pacífica e valorizadora de toda a colina de Santana, o Museu de Outsider Art e Neurociências, como é ÓBVIO.
Mas, mais do que isso, o actual executivo camarário tem que mostrar claramente que o Arquivo Municipal é uma PRIORIDADE da CML, e ainda não o fez, e se quer resgatar o Miguel Bombarda para o efeito, das garras da especulação imobiliária, tem que o mostrar JÁ, iniciando contactos com o Governo para que aquele conjunto seja propriedade da CML.
28/10/2010
Autarquia criticada por manter arquivo histórico "encaixotado"
In Diário de Notícias (28/10/2010)
por CARLOS DIOGO SANTOS
«Movimento quer saber a razão de documentação estar vedada aos liboetas há oito anos. Maria Filomena Mónica é uma das personalidades que defende a reabertura do arquivo.
"Acho inacreditável que o arquivo histórico de Lisboa esteja vedado ao público há tanto tempo." As palavras são da escritora Maria Filomena Mónica, numa altura em se completam oito anos desde o dia em que as portas deste arquivo foram fechadas pela autarquia. A historiadora elogia a iniciativa do Fórum Cidadania LX, que terá solicitado à vereadora da Cultura, Catarina Vaz Pinto, durante o dia de ontem, uma audiência sobre o assunto. "Só não estarei presente se não estiver no continente", disse Filomena Mónica, justificando que terá de se deslocar "nos próximos dias aos Açores para apresentação de um livro" seu.
A solicitação do Fórum Cidadania Lx terá sido enviada durante a manhã de ontem, mas, ao fim da tarde, a autarquia garantiu que ainda não tinha recebido nada.
O DN consultou o site da Câmara Municipal de Lisboa, onde é possível ler que "o arquivo histórico se encontra instalado desde 2004 no Bairro da Liberdade, junto da Estação dos Caminhos de Ferro de Campolide". No texto online é ainda referido que "actualmente, mediante marcação prévia, os leitores podem consultar a documentação que se encontra microfilmada".
Porém, a versão é desmentida no documento enviado a Catarina Vaz Pinto, onde é dito que o serviço está fechado ao público e que será reaberto em Campolide: "Diz--se agora que a ideia de V. Exa. é reabrir definitivamente o arquivo histórico no edifício de Campolide." "Uma solução sem dignidade", visto que o espaço referido, onde actualmente se encontra o arquivo intermédio, foi concebido para ser "garagem".
Paulo Ferrero, membro do Fórum Cidadania Lx, acrescenta ainda que "o arquivo histórico está em Campolide, mas está todo encaixotado, não sendo possível consultar qualquer documentação". Além da inacessibilidade à documentação é ainda criticado o local, alegadamente, escolhido. "Há muito património com valor cultural em Lisboa, facto que torna inaceitável que o arquivo histórico esteja num bairro de habitação social, como é o Bairro da Liberdade", salienta a mesma fonte.
Maria Filomena Mónica diz ser impossível ficar indiferente a tudo o que está a acontecer em torno deste arquivo. Sem dirigir qualquer crítica à localização do arquivo, a escritora salientou que o que a move nesta luta é a conservação do património cultural. "Irei a essa audiência unicamente com o objectivo da preservação do património e da abertura do arquivo aos cidadãos", esclareceu.
Caso a audiência seja viabilizada, há mais personalidades que estarão presentes ao lado do Fórum Cidadania Lx: "Teremos a honra de ser acompanhados, em princípio, por Maria Filomena Mónica, Marina Tavares Dias e Rui Tavares." No arquivo histórico de Lisboa encontra-se a documentação mais antiga de todo o acervo do Arquivo Municipal. Entre estes documentos encontram-se o traslado do Foral de 1179, o Foral Manuelino, o Cartulário Pombalino e os valiosos espólios de Neves Águas, José Luís Monteiro e dos arquitectos Cassiano Branco, Keil do Amaral e Ruy Athouguia. »
por CARLOS DIOGO SANTOS
«Movimento quer saber a razão de documentação estar vedada aos liboetas há oito anos. Maria Filomena Mónica é uma das personalidades que defende a reabertura do arquivo.
"Acho inacreditável que o arquivo histórico de Lisboa esteja vedado ao público há tanto tempo." As palavras são da escritora Maria Filomena Mónica, numa altura em se completam oito anos desde o dia em que as portas deste arquivo foram fechadas pela autarquia. A historiadora elogia a iniciativa do Fórum Cidadania LX, que terá solicitado à vereadora da Cultura, Catarina Vaz Pinto, durante o dia de ontem, uma audiência sobre o assunto. "Só não estarei presente se não estiver no continente", disse Filomena Mónica, justificando que terá de se deslocar "nos próximos dias aos Açores para apresentação de um livro" seu.
A solicitação do Fórum Cidadania Lx terá sido enviada durante a manhã de ontem, mas, ao fim da tarde, a autarquia garantiu que ainda não tinha recebido nada.
O DN consultou o site da Câmara Municipal de Lisboa, onde é possível ler que "o arquivo histórico se encontra instalado desde 2004 no Bairro da Liberdade, junto da Estação dos Caminhos de Ferro de Campolide". No texto online é ainda referido que "actualmente, mediante marcação prévia, os leitores podem consultar a documentação que se encontra microfilmada".
Porém, a versão é desmentida no documento enviado a Catarina Vaz Pinto, onde é dito que o serviço está fechado ao público e que será reaberto em Campolide: "Diz--se agora que a ideia de V. Exa. é reabrir definitivamente o arquivo histórico no edifício de Campolide." "Uma solução sem dignidade", visto que o espaço referido, onde actualmente se encontra o arquivo intermédio, foi concebido para ser "garagem".
Paulo Ferrero, membro do Fórum Cidadania Lx, acrescenta ainda que "o arquivo histórico está em Campolide, mas está todo encaixotado, não sendo possível consultar qualquer documentação". Além da inacessibilidade à documentação é ainda criticado o local, alegadamente, escolhido. "Há muito património com valor cultural em Lisboa, facto que torna inaceitável que o arquivo histórico esteja num bairro de habitação social, como é o Bairro da Liberdade", salienta a mesma fonte.
Maria Filomena Mónica diz ser impossível ficar indiferente a tudo o que está a acontecer em torno deste arquivo. Sem dirigir qualquer crítica à localização do arquivo, a escritora salientou que o que a move nesta luta é a conservação do património cultural. "Irei a essa audiência unicamente com o objectivo da preservação do património e da abertura do arquivo aos cidadãos", esclareceu.
Caso a audiência seja viabilizada, há mais personalidades que estarão presentes ao lado do Fórum Cidadania Lx: "Teremos a honra de ser acompanhados, em princípio, por Maria Filomena Mónica, Marina Tavares Dias e Rui Tavares." No arquivo histórico de Lisboa encontra-se a documentação mais antiga de todo o acervo do Arquivo Municipal. Entre estes documentos encontram-se o traslado do Foral de 1179, o Foral Manuelino, o Cartulário Pombalino e os valiosos espólios de Neves Águas, José Luís Monteiro e dos arquitectos Cassiano Branco, Keil do Amaral e Ruy Athouguia. »
27/10/2010
Arquivo Municipal/pedido de audiência a Vereadora da Cultura
Exma. Senhora Vereadora da Cultura
Dra. Catarina Vaz Pinto
Vimos por este meio solicitar uma audiência a Vossa Excelência em vésperas de se "comemorarem" oito anos exactos sobre o fecho do Arquivo Histórico de Lisboa, uma vez que o mesmo foi encerrado pela CML no dia 28 de Outubro de 2002.
Com efeito, desde então que os cidadãos e os investigadores, em particular, nacionais e estrangeiros estão privados de consultar o Arquivo Histórico.
Acresce que nos outros pólos do Arquivo Municipal, a situação também nos parece ser grave: o Arquivo Intermédio está instalado "temporariamente" num espaço concebido para garagem no Bairro da Liberdade (Campolide), e o Arquivo do Arco Cego dispõe de instalações reduzidíssimas.
Diz-se agora que a ideia de V.Exa. é reabrir definitivamente o Arquivo Histórico no edifício de Campolide, o que consideramos ser uma solução sem dignidade, havendo como há vasto património histórico, propriedade da CML, ao abandono e sem projecto de recuperação e utilização à vista. Pensamos que essa sim seria a solução ideal.
Solicitamos, pois, uma audiência a Vossa Excelência, em data a acordar, a fim de sabermos qual a estratégia da CML para o Arquivo Municipal no seu todo; audiência essa em que teremos a honra de ser acompanhados, em princípio, por Maria Filomena Mónica, Marina Tavares Dias e Rui Tavares.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Fernando Jorge e Bernardo Ferreira de Carvalho
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05/10/2010
A República Portuguesa faz 100 anos: Arquivo Municipal 100 anos depois
Rua B do Bairro da Liberdade
Vista da entrada do Arquivo Intermédio e do Arquivo Histórico (fechado)
Se no dia 5 de Outubro de 1910 alguém tivesse avançado com a previsão de que dali a um século o Arquivo Municipal de Lisboa não teria instalações próprias e só estaria parcialmente acessível aos cidadãos poucos teriam acreditado. Mas hoje, após 100 anos de República (e quase metade em ditadura) essa é a triste e crua verdade. Se amanhã eu solicitar ao Arquivo Histórico da minha cidade a consulta de um documento serei informado de que não é possível - porque desde o dia 28 de Outubro de 2002 que está encerrado. E se pretender consultar toda a documentação de um qualquer imóvel terei de me deslocar ao Bairro da Liberdade, na periferia da capital. Aí, numa área urbana desqualificada, vou encontrar nas garagens de um banal prédio de habitação social o Arquivo Intermédio da minha cidade. Em dias de chuva, funcionários e munícipes têm de se desviar das águas pluviais que invadem a sala de leitura. Quanto ao terceiro pólo, o Arquivo do Arco Cego, está metido numa casa do Bairro do Arco Cego e é um milagre ainda não ter sido consumido por um incêndio. A Hemeroteca Municipal, onde se guardam alguns tesouros dos primórdios da República, é vítima do mesmo fado, aguardando por urgentes obras de reabilitação do envelhecido e cada vez mais podre Palácio dos Condes de Tomar (Bairro Alto).
No dia do centenário da República não podemos deixar de críticar os sucessivos governos e o município de Lisboa por se terem esquecido, mal tratado até, o Arquivo de Lisboa. Em anos recentes nenhum político teve visão para perceber que a inauguração de um novo Arquivo Municipal de Lisboa - a cidade a quem a República deve tanto - teria sido uma das melhores maneiras de comemorar o centenário. Em vez disso escolheram como centro das comemorações a grande praça real do país, o "Terreiro do Paço", cenário no mínimo incongruente para celebrar os valores da República. Ainda assim, verificamos que a reabilitação da Praça do Comércio (sem dúvida necessária e importante) está longe de concluída e envolta nas maiores polêmicas. A nossa classe política fala, e trata com sentido de urgência, em alienar imóveis do Estado e do Município para a instalação de unidades hoteleiras de luxo. Mas não se esforçam minimamente em encontrar uma casa para albergar os Arquivos da capital. Preferem brincar à "capital do charme" em vez de investirem e trabalharem na conservação e divulgação da História da capital.
Que tipo de República será a nossa quando os cidadãos ficam pura e simplesmente privados de consultar o Arquivo Histórico da sua capital durante oito anos? Ninguém questiona que a capital da centenária República Portuguesa merece um Arquivo digno da sua História. Mas também restam poucas dúvidas de que não há políticos à altura dessa tarefa.
Fotos: O Arquivo Histórico e o Arquivo Intermédio estão arrumados temporáriamente nas garagens do edifício que se vê ao fundo da imagem 1. A imagem 2 mostra a envolvência da entrada dos arquivos.
02/02/2010
Arquivo Histórico abre ao público em Julho após quase oito anos sem instalações
In Público (2/1/2010)
Por Inês Boaventura
«A documentação, que remonta ao século XII e inclui o espólio de diversos arquitectos, vai ficar acessível ao público nas caves de um edifício situado no Bairro da Liberdade
Críticas à falta de condições dos arquivos municipais
A documentação do Arquivo Histórico da Câmara de Lisboa, cujas instalações foram encerradas há mais de sete anos por razões de saúde pública, deverá voltar a estar acessível ao público em Julho de 2010. Só nessa altura, segundo a vereadora da Cultura, estarão concluídas as obras em curso no edifício do Bairro da Liberdade, onde funciona o Arquivo Intermédio, e que vão permitir albergar aquele espólio.
Esta informação foi prestada pela vereadora Catarina Vaz Pinto ao Fórum Cidadania Lisboa, que, em Novembro de 2009, questionou a autarquia sobre a situação "alarmante e vergonhosa" do arquivo municipal, actualmente dividido entre um conjunto de edifícios com os quais o movimento considera que "não estão asseguradas as melhores condições de conservação dos espólios, nem de atendimento aos cidadãos".
O arquivo histórico - que integra documentos da história da cidade que remontam ao século XII, bem como os espólios dos arquitectos Cassiano Branco, Keil do Amaral e Ruy Athouguia - foi transferido para as caves de um edifício de habitação social em Sapadores, na sequência do incêndio verificado nos paços do concelho, em 1996. Essas instalações acabaram por encerrar no fim de 2002, depois de o Instituto Ricardo Jorge as ter considerado impróprias em termos ambientais e de saúde pública.
Desde essa altura, admite a vereadora da Cultura, "grande parte da documentação do arquivo intermédio e toda a documentação do arquivo histórico encontram-se inacessíveis", podendo apenas ser consultados, nas instalações do Bairro da Liberdade, os documentos que já se encontram microfilmados e digitalizados.
O antigo presidente da câmara Santana Lopes chegou a anunciar a construção de um centro cívico no Vale de Santo António, que albergaria a totalidade dos arquivos camarários e a biblioteca central. Depois de terem sido gastos perto de três milhões de euros com o projecto e a escavação e contenção de terras, António Costa desistiu da empreitada.
Catarina Vaz Pinto explica que "as obras iniciadas em 2002, no Bairro da Liberdade, pararam em 2004, só tendo sido retomadas no ano passado", acrescentando que a sua conclusão está prevista para Março de 2010. Depois disso, diz a vereadora enquanto garante que a obra é uma das suas "mais prementes preocupações", serão necessários três meses para "a limpeza de instalações, o transporte da documentação e a sua arrumação".
Com esta solução, continuarão "fracturados pela cidade", como criticou o Fórum Cidadania Lisboa, os arquivos da Câmara de Lisboa. Os arquivos histórico e intermédio (constituído essencialmente por processos de obras) ficam no Bairro da Liberdade e o arquivo administrativo (com documentação produzida pelos serviços municipais desde 1630) no Arco do Cego. Já o arquivo fotográfico funciona na Rua da Palma.»
Por Inês Boaventura
«A documentação, que remonta ao século XII e inclui o espólio de diversos arquitectos, vai ficar acessível ao público nas caves de um edifício situado no Bairro da Liberdade
Críticas à falta de condições dos arquivos municipais
A documentação do Arquivo Histórico da Câmara de Lisboa, cujas instalações foram encerradas há mais de sete anos por razões de saúde pública, deverá voltar a estar acessível ao público em Julho de 2010. Só nessa altura, segundo a vereadora da Cultura, estarão concluídas as obras em curso no edifício do Bairro da Liberdade, onde funciona o Arquivo Intermédio, e que vão permitir albergar aquele espólio.
Esta informação foi prestada pela vereadora Catarina Vaz Pinto ao Fórum Cidadania Lisboa, que, em Novembro de 2009, questionou a autarquia sobre a situação "alarmante e vergonhosa" do arquivo municipal, actualmente dividido entre um conjunto de edifícios com os quais o movimento considera que "não estão asseguradas as melhores condições de conservação dos espólios, nem de atendimento aos cidadãos".
O arquivo histórico - que integra documentos da história da cidade que remontam ao século XII, bem como os espólios dos arquitectos Cassiano Branco, Keil do Amaral e Ruy Athouguia - foi transferido para as caves de um edifício de habitação social em Sapadores, na sequência do incêndio verificado nos paços do concelho, em 1996. Essas instalações acabaram por encerrar no fim de 2002, depois de o Instituto Ricardo Jorge as ter considerado impróprias em termos ambientais e de saúde pública.
Desde essa altura, admite a vereadora da Cultura, "grande parte da documentação do arquivo intermédio e toda a documentação do arquivo histórico encontram-se inacessíveis", podendo apenas ser consultados, nas instalações do Bairro da Liberdade, os documentos que já se encontram microfilmados e digitalizados.
O antigo presidente da câmara Santana Lopes chegou a anunciar a construção de um centro cívico no Vale de Santo António, que albergaria a totalidade dos arquivos camarários e a biblioteca central. Depois de terem sido gastos perto de três milhões de euros com o projecto e a escavação e contenção de terras, António Costa desistiu da empreitada.
Catarina Vaz Pinto explica que "as obras iniciadas em 2002, no Bairro da Liberdade, pararam em 2004, só tendo sido retomadas no ano passado", acrescentando que a sua conclusão está prevista para Março de 2010. Depois disso, diz a vereadora enquanto garante que a obra é uma das suas "mais prementes preocupações", serão necessários três meses para "a limpeza de instalações, o transporte da documentação e a sua arrumação".
Com esta solução, continuarão "fracturados pela cidade", como criticou o Fórum Cidadania Lisboa, os arquivos da Câmara de Lisboa. Os arquivos histórico e intermédio (constituído essencialmente por processos de obras) ficam no Bairro da Liberdade e o arquivo administrativo (com documentação produzida pelos serviços municipais desde 1630) no Arco do Cego. Já o arquivo fotográfico funciona na Rua da Palma.»
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Arquivo Municipal de Lisboa
01/02/2010
Arquivo Histórico / Resposta Gab. Sra. Vereadora da Cultura
11/11/2009
7 ANOS ENCERRADO AO PÚBLICO É MUITO TEMPO. É tempo de dar atenção ao Arquivo Histórico da CML!
Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa,
Exma. Senhora Vereadora da Cultura,
No passado mês de Outubro fez sete anos que o pólo do Arquivo Histórico do Arquivo Municipal de Lisboa encerrou ao público. Os munícipes de Lisboa, os cidadãos do país e os investigadores estrangeiros estão privados de consultar o Arquivo Histórico da cidade desde 28 de Outubro de 2002.
Quanto aos restantes dois pólos do Arquivo Municipal, a situação é igualmente grave. O Arquivo Intermédio está instalado temporariamente nas caves de um imóvel de habitação social no Bairro da Liberdade. Uma localização na periferia da cidade, junto a uma mancha florestal, num espaço pensado para garagem, e com uma Sala de Leitura onde chove. Não é cenário digno de nenhuma cidade. O Arquivo do Arco Cego foi instalado num dos edifícios do Bairro do Arco Cego, de reduzidas dimensões, obsoleto e que não foi pensado, nem adaptado, para receber um equipamento desta natureza.
Resumindo, o diagnóstico da situação é alarmante e vergonhoso. Com os actuais edifícios não estão asseguradas as melhores condições de conservação dos espólios, nem de atendimento aos cidadãos.
A câmara da capital do país não pode continuar com os seus arquivos fracturados pela cidade, indevidamente instalados e parcialmente encerrados.
Lisboa não pode adiar mais o investimento na preservação e divulgação da documentação administrativa e histórica da cidade.
Um novo Arquivo Municipal de Lisboa:
- Com dimensão estruturante para a cidade e até para o país;
- Funcional e mais aberto para servir as expectativas da sociedade contemporânea;
- Com qualidade de instalações e serviços para responder aos desafios do futuro;
- Localizado no centro da cidade para funcionar como motor da reabilitação urbana.
Ao novo executivo que agora tomou posse compete encontrar, com urgência, uma solução sustentável e definitiva para os Arquivos Municipais da capital.
Mas Lisboa deve abandonar a ideia de uma nova construção como se tem defendido nas últimas quatro décadas. À luz do desenvolvimento sustentável, a solução mais correcta deverá passar pela "reciclagem" de um edifício já existente e devoluto.
É esta opção que toda a Europa tem estado a fazer. Há cada vez mais exemplos de arquivos e bibliotecas que se instalam em imóveis históricos como antigos mosteiros, palácios, sedes de bancos, fábricas e outras estruturas industriais. Destacamos os seguintes bons exemplos:
-Madrid, Archivo e Biblioteca Municipal – antiga fábrica de cerveja de 1912 (El Aguilla);
-Barcelona, Arxiu Històric de la Ciutat – antigo palácio de origem medieval (Casa de l'Ardiaca);
-Barcelona, Biblioteca da University Pompeu Fabre – antigo reservatório municipal de 1874;
-Valladolid, Archivo Municipal – antigo Mosteiro de Santo Agostinho do séc. XVI;
-Salamanca, Biblioteca Pública – antigo palácio do séc. XVI (Casa de las Conchas);
-Pamplona, Archivo Real y General de Navarra – antigo conjunto de paço e igreja medieval;
-Amsterdam, Stadsarchief (Arquivo de Amesterdão) – antiga sede de banco ultramarino (1919-1926);
Como sabemos, várias unidades hospitalares de Lisboa, instaladas em antigos conventos de grandes dimensões, estão em vias de serem alienados pelo Estado. No centenário da Implantação da República, Lisboa terá a oportunidade de encontrar uma casa para o seu Arquivo Municipal.
Apelamos ao novo executivo que, tal como já se fez com a Cadeia Penitenciária de Lisboa e o Convento da Graça, dialogue com o Governo com vista a conseguir um imóvel adequado à instalação do Arquivo Municipal de Lisboa. De entre os imóveis candidatos, destacamos:
-Hospital de São José (antigo Colégio Jesuíta);
-Hospital Miguel Bombarda (antigo Convento de Rilhafoles);
-Hospital dos Capuchos (antigo Convento dos Capuchos);
-Hospital de Santa Marta (antigo Convento de Santa Marta);
-Hospital do Desterro (antigo Convento do Desterro);
-Hospital do Rêgo / Curry Cabral (antigo Convento das Convertidas de N. Sra. do Rosário).
Lamentavelmente, e por falta de visão estratégica, alguns edifícios do Estado, bons candidatos para receber o Arquivo Municipal, foram recentemente alienados. É o caso do antigo Hospital/Convento de Arroios cuja dimensão e posição na cidade eram muito adequados. Outra hipótese propriedade privada seria a Fábrica Simões, em Benfica.
Cabe agora ao presente executivo municipal a responsabilidade de garantir que Lisboa não perderá outra boa Casa para acolher o seu precioso Arquivo e Biblioteca Central. A História do Mundo não se pode escrever sem Lisboa. Estaremos à altura da História da nossa cidade?
Com os melhores cumprimentos,
Fernando Jorge, Paulo Ferrero e Júlio Amorim
ANEXO: Dois exemplos a estudar por Lisboa
Amesterdão, Stadsarchief - O "Arquivo do Concelho de Amesterdão" foi transferido recentemente para o centro da cidade. O mais importante arquivo da cidade está desde 2007 instalado num edifício emblemático de Amesterdão, construído entre 1919 e 1926 para sede de um grande banco holandês com actividade centrada nas colónias (o equivalente à sede do BNU na Rua Augusta). A adaptação da antiga sede de banco a novo arquivo é exemplar. Exemplar também é o horário de abertura do Arquivo de Amesterdão. Foi pensado de modo a que todos os munícipes tenham a possibilidade de ir ao arquivo da sua cidade: está de portas abertas aos fins-de-semana entre as 11h e as 17h. Este exemplo de Amesterdão é particularmente relevante para Lisboa na medida em que se trata do arquivo de uma cidade da Europa com um passado muito semelhante ao de Lisboa. Para mais informações: www.stadsarchief.amsterdam.nl
Valladolid, Archivo Municipal – O antigo Mosteiro de Santo Agostinho do séc. XVI, à semelhança de muitas casas congéneres em Lisboa, recebeu diversas ocupações desde o séc. XIX incluindo um quartel do exército espanhol. Mas em 1942 uma permuta entre o Ministério do Exército e a Câmara Municipal de Valladolid libertou finalmente o conjunto monástico. Depois de décadas mal instalado, os arquivos e biblioteca central foram destinados ao antigo Mosteiro. O projecto de adaptação do mosteiro às novas funções (1999) foi da responsabilidade dos arquitectos Primitivo Gonzáles e Gabriel Gallegos. O novo arquivo, inaugurado em 2002, constitui um notável exemplo que a Câmara Municipal de Lisboa devia estudar. Para mais informações: www.ava.es/modules.php?name=Archivo
Exma. Senhora Vereadora da Cultura,
No passado mês de Outubro fez sete anos que o pólo do Arquivo Histórico do Arquivo Municipal de Lisboa encerrou ao público. Os munícipes de Lisboa, os cidadãos do país e os investigadores estrangeiros estão privados de consultar o Arquivo Histórico da cidade desde 28 de Outubro de 2002.
Quanto aos restantes dois pólos do Arquivo Municipal, a situação é igualmente grave. O Arquivo Intermédio está instalado temporariamente nas caves de um imóvel de habitação social no Bairro da Liberdade. Uma localização na periferia da cidade, junto a uma mancha florestal, num espaço pensado para garagem, e com uma Sala de Leitura onde chove. Não é cenário digno de nenhuma cidade. O Arquivo do Arco Cego foi instalado num dos edifícios do Bairro do Arco Cego, de reduzidas dimensões, obsoleto e que não foi pensado, nem adaptado, para receber um equipamento desta natureza.
Resumindo, o diagnóstico da situação é alarmante e vergonhoso. Com os actuais edifícios não estão asseguradas as melhores condições de conservação dos espólios, nem de atendimento aos cidadãos.
A câmara da capital do país não pode continuar com os seus arquivos fracturados pela cidade, indevidamente instalados e parcialmente encerrados.
Lisboa não pode adiar mais o investimento na preservação e divulgação da documentação administrativa e histórica da cidade.
Um novo Arquivo Municipal de Lisboa:
- Com dimensão estruturante para a cidade e até para o país;
- Funcional e mais aberto para servir as expectativas da sociedade contemporânea;
- Com qualidade de instalações e serviços para responder aos desafios do futuro;
- Localizado no centro da cidade para funcionar como motor da reabilitação urbana.
Ao novo executivo que agora tomou posse compete encontrar, com urgência, uma solução sustentável e definitiva para os Arquivos Municipais da capital.
Mas Lisboa deve abandonar a ideia de uma nova construção como se tem defendido nas últimas quatro décadas. À luz do desenvolvimento sustentável, a solução mais correcta deverá passar pela "reciclagem" de um edifício já existente e devoluto.
É esta opção que toda a Europa tem estado a fazer. Há cada vez mais exemplos de arquivos e bibliotecas que se instalam em imóveis históricos como antigos mosteiros, palácios, sedes de bancos, fábricas e outras estruturas industriais. Destacamos os seguintes bons exemplos:
-Madrid, Archivo e Biblioteca Municipal – antiga fábrica de cerveja de 1912 (El Aguilla);
-Barcelona, Arxiu Històric de la Ciutat – antigo palácio de origem medieval (Casa de l'Ardiaca);
-Barcelona, Biblioteca da University Pompeu Fabre – antigo reservatório municipal de 1874;
-Valladolid, Archivo Municipal – antigo Mosteiro de Santo Agostinho do séc. XVI;
-Salamanca, Biblioteca Pública – antigo palácio do séc. XVI (Casa de las Conchas);
-Pamplona, Archivo Real y General de Navarra – antigo conjunto de paço e igreja medieval;
-Amsterdam, Stadsarchief (Arquivo de Amesterdão) – antiga sede de banco ultramarino (1919-1926);
Como sabemos, várias unidades hospitalares de Lisboa, instaladas em antigos conventos de grandes dimensões, estão em vias de serem alienados pelo Estado. No centenário da Implantação da República, Lisboa terá a oportunidade de encontrar uma casa para o seu Arquivo Municipal.
Apelamos ao novo executivo que, tal como já se fez com a Cadeia Penitenciária de Lisboa e o Convento da Graça, dialogue com o Governo com vista a conseguir um imóvel adequado à instalação do Arquivo Municipal de Lisboa. De entre os imóveis candidatos, destacamos:
-Hospital de São José (antigo Colégio Jesuíta);
-Hospital Miguel Bombarda (antigo Convento de Rilhafoles);
-Hospital dos Capuchos (antigo Convento dos Capuchos);
-Hospital de Santa Marta (antigo Convento de Santa Marta);
-Hospital do Desterro (antigo Convento do Desterro);
-Hospital do Rêgo / Curry Cabral (antigo Convento das Convertidas de N. Sra. do Rosário).
Lamentavelmente, e por falta de visão estratégica, alguns edifícios do Estado, bons candidatos para receber o Arquivo Municipal, foram recentemente alienados. É o caso do antigo Hospital/Convento de Arroios cuja dimensão e posição na cidade eram muito adequados. Outra hipótese propriedade privada seria a Fábrica Simões, em Benfica.
Cabe agora ao presente executivo municipal a responsabilidade de garantir que Lisboa não perderá outra boa Casa para acolher o seu precioso Arquivo e Biblioteca Central. A História do Mundo não se pode escrever sem Lisboa. Estaremos à altura da História da nossa cidade?
Com os melhores cumprimentos,
Fernando Jorge, Paulo Ferrero e Júlio Amorim
ANEXO: Dois exemplos a estudar por Lisboa
Amesterdão, Stadsarchief - O "Arquivo do Concelho de Amesterdão" foi transferido recentemente para o centro da cidade. O mais importante arquivo da cidade está desde 2007 instalado num edifício emblemático de Amesterdão, construído entre 1919 e 1926 para sede de um grande banco holandês com actividade centrada nas colónias (o equivalente à sede do BNU na Rua Augusta). A adaptação da antiga sede de banco a novo arquivo é exemplar. Exemplar também é o horário de abertura do Arquivo de Amesterdão. Foi pensado de modo a que todos os munícipes tenham a possibilidade de ir ao arquivo da sua cidade: está de portas abertas aos fins-de-semana entre as 11h e as 17h. Este exemplo de Amesterdão é particularmente relevante para Lisboa na medida em que se trata do arquivo de uma cidade da Europa com um passado muito semelhante ao de Lisboa. Para mais informações: www.stadsarchief.amsterdam.nl
Valladolid, Archivo Municipal – O antigo Mosteiro de Santo Agostinho do séc. XVI, à semelhança de muitas casas congéneres em Lisboa, recebeu diversas ocupações desde o séc. XIX incluindo um quartel do exército espanhol. Mas em 1942 uma permuta entre o Ministério do Exército e a Câmara Municipal de Valladolid libertou finalmente o conjunto monástico. Depois de décadas mal instalado, os arquivos e biblioteca central foram destinados ao antigo Mosteiro. O projecto de adaptação do mosteiro às novas funções (1999) foi da responsabilidade dos arquitectos Primitivo Gonzáles e Gabriel Gallegos. O novo arquivo, inaugurado em 2002, constitui um notável exemplo que a Câmara Municipal de Lisboa devia estudar. Para mais informações: www.ava.es/modules.php?name=Archivo
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Arquivo Histórico,
Arquivo Municipal de Lisboa
30/10/2009
o novo "Arquivo da Cidade de Amesterdão"
O Arquivo da Cidade de Amesterdão foi transferido recentemente para o centro da cidade.
O mais importante arquivo da cidade está desde 2007 instalado num edifício emblemático de Amesterdão, construído entre 1919 e 1926 para sede de um grande banco holandês com actividade centrada nas colónias (o equivalente ao nosso BNU).
A adaptação da antiga sede de banco a novo arquivo é exemplar. A identidade patrimonial do edifício foi preservada mas não se comprometeu a funcionalidade do novo equipamento. Exemplar também é o horário de abertura. Foi pensado de modo a que todos os munícipes tenham a possibilidade de ir ao arquivo da sua cidade: está de portas abertas aos fins-de-semana entre as 11h e as 17h.
Este exemplo de Amesterdão é particularmente relevante para Lisboa na medida em que se trata do arquivo de uma cidade da Europa com um passado colonial muito semelhante ao de Lisboa.
Nós lisboetas não podemos deixar de pensar nos vários imóveis devolutos, Municipais e do Estado, espalhados pelo centro da capital. É lamentável que as únicas ocupações em que se pensa para todo este património sejam os “hotéis de charme” ou “condomínios de luxo”.
Mas há evidências de mudança de mentalidades. Foi um bom sinal a decisão da CML instalar o MUDE - Museu do Design e da Moda na antiga sede do BNU, em plena Baixa. Esperemos agora que se tenha o bom senso de abandonar a ideia de construir um mega edifício no Vale de Santo António, um projecto bem intencionado mas pouco sustentável e numa localização excêntrica.
Lisboa ainda está na infância. Para confirmar a nossa triste realidade basta visitar o arquivo de Amesterdão no sítio na internet: http://www.stadsarchief.amsterdam.nl/
Para saber mais sobre a história do edifício (classificado "Monumento Nacional" desde 1991): www.debazelamsterdam.nl/engels/indexGB.htm
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Arquivo Municipal de Lisboa
28/10/2009
HOJE: 7 anos do encerramento do Arquivo Histórico de Lisboa
Faz hoje exactamente 7 anos que o pólo do Arquivo Histórico do Arquivo Municipal de Lisboa encerrou ao público. Motivo: não tem instalações. E como vai sendo habitual, não houve qualquer notícia nos Media. Já ninguém parece dar grande importância ao facto. Possíveis novos túneis, "hoteis de charme", novos silos da Emel para estacionamento ou a nova travessia do Tejo são vistos como assuntos mais relevantes.
Mas é importante recordar que desde o dia 28 de Outubro de 2002 que o Arquivo Histórico da nossa cidade não está disponível para consulta. Os munícipes de Lisboa, os restantes cidadãos do país (afinal é o arquivo da capital...) e os investigadores estrangeiros (fomos capital de um império durante séculos...) estão pura e simplesmente privados de consultar o Arquivo Histórico da cidade de Lisboa. Haverá outra capital da UE nestas condições de terceiro mundo?
Quanto aos restantes pólos: o Arquivo Intermédio está "temporariamente" arrumado nas garagens em cave de um imóvel de habitação social no Bairro da Liberdade. Quem o frequenta sabe que no inverno é comum ver a Sala de Leitura decorada com caixas de plástico recolhendo a água da chuva. Quanto ao pólo do Arco Cego, é um milagre ainda não ter sido consumido por um incêndio...
Os funcionários dos Arquivos Municipais são esquecidos e uma espécie de "parentes pobres" da máquina da autarquia. Mas afinal, estamos a falar de um equipamento cultural. Os milhões de euros que a CML já gastou em flores para os canteiros da Av. da Liberdade assim como os milhões gastos em iluminações de Natal, teriam dado para um Arquivo Municipal como aqueles que vemos em Madrid ou Amesterdão.
Estamos na altura de exigir ao novo executivo, que tomará posse no próximo dia 3 de Novembro, uma solução para os Arquivos Municipais. Lisboa merece um Arquivo digno da sua História.
Imagem: Atlas da Carta Topográfica de Lisboa - 1857 -Planta 26 (Largo do Rato)
28/10/2007
Um arquivo único
In Público (28/10/2007)
José António Cerejo
«Utilizadores apenas têm acesso a alguns documentos microfilmados. Complexo previsto para o Vale de Santo António está a ser reavaliado e poderá não ir por diante
O Arquivo Histórico da Câmara Municipal de Lisboa integra alguns dos mais importantes e antigos documentos da história da cidade. De acordo com o site do Arquivo Municipal de Lisboa, destacam-se no arquivo histórico "o traslado [cópia] do Foral de 1179, o Foral Manuelino, o Cartulário Pombalino e os valiosos espólios de Neves Águas, José Luís Monteiro e dos arquitectos Cassiano Branco, Keil do Amaral e Ruy Athouguia". Desde 2001 apenas está acessível a documentação que se encontra microfilmada.
O Arquivo Histórico da Câmara Municipal de Lisboa está encerrado e inacessível aos investigadores e cidadãos em geral há precisamente cinco anos. A braços com as dificuldades financeiras que se conhecem, o executivo municipal está, entretanto, a reavaliar a decisão de construir um vasto complexo destinado a acolher os arquivos camarários e a biblioteca central da autarquia, mas tudo indica que esse projecto venha a ser abandonado.
Há muito instalado na Praça do Município, o arquivo histórico foi transferido para as caves de dois edifícios de habitação social no Alto da Eira, em Sapadores, na sequência do incêndio registado nos Paços do Concelho em 1996. No local já funcionava o arquivo intermédio, constituído essencialmente por processos de obras e outra documentação de que os serviços camarários ainda necessitam com alguma frequência. Provisórias e precárias desde o início, as instalações do Alto da Eira acabaram por ser fechadas em 28 de Outubro de 2001, depois de o Instituto Ricardo Jorge as considerar impróprias em termos ambientais e de saúde pública.
Sem alternativa ficaram desde logo as dezenas de estudantes, investigadores e outros cidadãos que ali acorriam todos os dias em busca de elementos para os seus estudos, ou de informações de que necessitavam. Passados três anos, no Verão de 2004, uma parte do problema foi provisoriamente resolvido, mais uma vez, com a instalação do arquivo intermédio nas garagens de um outro bairro social, o bairro da Liberdade, em Campolide. Os leitores do arquivo histórico, bem como os interessados na consulta de fundos particulares confiados ao município - entre os quais os arquivos dos arquitectos Cassiano Branco, Keil do Amaral e Jervis de Athouguia - continuaram, porém, sem qualquer resposta.
A documentação permaneceu no Alto da Eira, onde foi sujeita a tratamentos de desinfestação, e deveria ter seguido igualmente para as garagens do bairro da Liberdade. Só que as obras necessárias à adaptação do espaço nunca foram terminadas e a situação de inacessibilidade dos fundos mantém-se nas caves de Sapadores. Acresce que todo o trabalho inerente ao tratamento e manutenção do arquivo histórico, bem como a integração nele de novos documentos, se encontra suspenso desde 2001.
A questão tem sido objecto dos protestos de utilizadores e da preocupação de alguns técnicos, mas a solução parece cada vez mais longínqua. Para complicar o caso, o actual executivo municipal tem dado sinais - embora ainda o não tenha dito publicamente - de que não vai dar seguimento à construção do centro cívico do Vale de Santo António, o complexo que deveria receber a totalidade dos arquivos camarários, incluindo um outro que funciona no Arco do Cego, e a Biblioteca Central. A primeira pedra deste empreendimento chegou a ser lançada por Santana Lopes, mas as obras ficaram-se pelos muros de contenção.
Contactado pelo PÚBLICO, o gabinete do presidente da Câmara Municipal de Lisboa nada disse sobre uma eventual solução provisória para o arquivo histórico, nem sobre o futuro do projecto do Vale de Santo António. Ambos os assuntos "estão a ser alvo de análise e de uma reavaliação", limitou-se a responder o assessor de imprensa de António Costa.»
José António Cerejo
«Utilizadores apenas têm acesso a alguns documentos microfilmados. Complexo previsto para o Vale de Santo António está a ser reavaliado e poderá não ir por diante
O Arquivo Histórico da Câmara Municipal de Lisboa integra alguns dos mais importantes e antigos documentos da história da cidade. De acordo com o site do Arquivo Municipal de Lisboa, destacam-se no arquivo histórico "o traslado [cópia] do Foral de 1179, o Foral Manuelino, o Cartulário Pombalino e os valiosos espólios de Neves Águas, José Luís Monteiro e dos arquitectos Cassiano Branco, Keil do Amaral e Ruy Athouguia". Desde 2001 apenas está acessível a documentação que se encontra microfilmada.
O Arquivo Histórico da Câmara Municipal de Lisboa está encerrado e inacessível aos investigadores e cidadãos em geral há precisamente cinco anos. A braços com as dificuldades financeiras que se conhecem, o executivo municipal está, entretanto, a reavaliar a decisão de construir um vasto complexo destinado a acolher os arquivos camarários e a biblioteca central da autarquia, mas tudo indica que esse projecto venha a ser abandonado.
Há muito instalado na Praça do Município, o arquivo histórico foi transferido para as caves de dois edifícios de habitação social no Alto da Eira, em Sapadores, na sequência do incêndio registado nos Paços do Concelho em 1996. No local já funcionava o arquivo intermédio, constituído essencialmente por processos de obras e outra documentação de que os serviços camarários ainda necessitam com alguma frequência. Provisórias e precárias desde o início, as instalações do Alto da Eira acabaram por ser fechadas em 28 de Outubro de 2001, depois de o Instituto Ricardo Jorge as considerar impróprias em termos ambientais e de saúde pública.
Sem alternativa ficaram desde logo as dezenas de estudantes, investigadores e outros cidadãos que ali acorriam todos os dias em busca de elementos para os seus estudos, ou de informações de que necessitavam. Passados três anos, no Verão de 2004, uma parte do problema foi provisoriamente resolvido, mais uma vez, com a instalação do arquivo intermédio nas garagens de um outro bairro social, o bairro da Liberdade, em Campolide. Os leitores do arquivo histórico, bem como os interessados na consulta de fundos particulares confiados ao município - entre os quais os arquivos dos arquitectos Cassiano Branco, Keil do Amaral e Jervis de Athouguia - continuaram, porém, sem qualquer resposta.
A documentação permaneceu no Alto da Eira, onde foi sujeita a tratamentos de desinfestação, e deveria ter seguido igualmente para as garagens do bairro da Liberdade. Só que as obras necessárias à adaptação do espaço nunca foram terminadas e a situação de inacessibilidade dos fundos mantém-se nas caves de Sapadores. Acresce que todo o trabalho inerente ao tratamento e manutenção do arquivo histórico, bem como a integração nele de novos documentos, se encontra suspenso desde 2001.
A questão tem sido objecto dos protestos de utilizadores e da preocupação de alguns técnicos, mas a solução parece cada vez mais longínqua. Para complicar o caso, o actual executivo municipal tem dado sinais - embora ainda o não tenha dito publicamente - de que não vai dar seguimento à construção do centro cívico do Vale de Santo António, o complexo que deveria receber a totalidade dos arquivos camarários, incluindo um outro que funciona no Arco do Cego, e a Biblioteca Central. A primeira pedra deste empreendimento chegou a ser lançada por Santana Lopes, mas as obras ficaram-se pelos muros de contenção.
Contactado pelo PÚBLICO, o gabinete do presidente da Câmara Municipal de Lisboa nada disse sobre uma eventual solução provisória para o arquivo histórico, nem sobre o futuro do projecto do Vale de Santo António. Ambos os assuntos "estão a ser alvo de análise e de uma reavaliação", limitou-se a responder o assessor de imprensa de António Costa.»
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