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15/03/2014

Obras para trazer bibliotecas municipais de Lisboa para o século XXI estão atrasadas

Alvalade ganhou uma biblioteca e em Marvila a construção de um novo equipamento está já em curso. Mas no caso da Hemeroteca, que vai ser relocalizada na Lapa, o projecto ainda nem sequer está concluído.

Por Inês Boaventura, Público de 15 Março 2014

A primeira obra a ser concluída foi a da Biblioteca dos Coruchéus 
Foto de José Sarmento Matos

Das seis intervenções que a Câmara de Lisboa tinha previsto realizar na sua rede de bibliotecas até ao fim de 2013, apenas três foram já concretizadas. A relocalização da Hemeroteca Municipal no antigo Complexo Desportivo da Lapa é a mais atrasada, limitando-se o município a dizer que a solução para este espaço ainda está em fase de estudo.
As intervenções em causa estão contempladas no Programa Estratégico Biblioteca XXI, que foi aprovado pela Câmara de Lisboa em Maio de 2012, com o objectivo de promover a requalificação da rede municipal. Esse plano surgiu na sequência de um estudo, realizado dois anos antes, que identificava como alguns dos problemas a resolver a cobertura territorial muito insuficiente e a existência de edifícios desadequados à sua missão.
Segundo anunciou a vereadora da Cultura em meados de 2012, até ao final do ano seguinte a Câmara de Lisboa previa concretizar seis obras: requalificação e ampliação da biblioteca Palácio Galveias, requalificação das bibliotecas Camões e de Belém, relocalização da Hemeroteca Municipal na Lapa e abertura de dois novos equipamentos, no Palácio dos Coruchéus (Alvalade) e na Quinta das Fontes (Marvila).
De acordo com informações enviadas ao PÚBLICO pelo gabinete da vereadora Catarina Vaz Pinto, apenas três dessas intervenções foram já realizadas. A primeira obra a ser concluída foi a da Biblioteca dos Coruchéus, inaugurada em Abril de 2013 com a ambição de ser “a primeira página numa nova fase da vida das Bibliotecas Municipais de Lisboa”. Este equipamento, que teve um custo de 40 mil euros, veio substituir um outro, também em Alvalade, que tinha sido encerrado em 2009 por razões de segurança.  
No primeiro semestre de 2013, o município concluiu as obras de “requalificação e ampliação” da Biblioteca Camões (Misericórdia), que tiveram um custo de cerca de 25 mil euros. De acordo com informações da Câmara de Lisboa, na mesma altura chegaram ao fim os trabalhos de “conservação e requalificação do interior e exterior do edifício” da Biblioteca de Belém (Santa Maria de Belém), orçados em perto de 108 mil euros.
Mas nem tudo ficou concluído nesse equipamento: por fazer estão ainda as “obras referentes à requalificação da envolvente, dos espaços exteriores e a adaptação do antigo espaço da cozinha a cafetaria”. A previsão da vereadora da Cultura é que esses trabalhos, com um custo de cerca de 72 mil euros, se iniciem “no início do 2º semestre de 2014”, prolongando-se por dois meses.
Em curso, desde Dezembro do ano passado, está a construção de uma nova biblioteca em Marvila, orçada em 2,5 milhões de euros. Os trabalhos de “adaptação e ampliação do antigo espaço da Quinta das Fontes” deverão estar concluídos em Dezembro de 2014.
Mais atrasada está a requalificação da Biblioteca Palácio Galveias (Avenidas Novas), a biblioteca central de Lisboa. Na passada quarta-feira, a Câmara de Lisboa aprovou uma proposta para a contratação da empreitada de “requalificação e conservação” do edifício, por um preço base de 1,7 milhões de euros e um prazo de execução de 330 dias.
Na proposta diz-se que “as actuais instalações se tornaram pequenas para responder às necessidades e expectativas dos utilizadores” e que as condições de trabalho são “deficitárias”, fazendo-se “com poucos recursos e tecnologias”.
Mas o caso mais complicado é mesmo o do antigo Complexo Desportivo da Lapa, onde o município pretende relocalizar a Hemeroteca Municipal, equipamento que até Setembro de 2013 funcionou no Palácio dos Condes deTomar, no Bairro Alto. Desde essa altura, o Serviço de Referência Especializado em Publicações Periódicas (que segundo a autarquia “serve para ajudar a pesquisar, informar e encaminhar os leitores e investigadores especializados” para locais alternativos) está a funcionar na Biblioteca Camões. A consulta do acervo da hemeroteca não é possível.    
Em Outubro passado, a Câmara de Lisboa transmitiu ao PÚBLICO que “a solução para o complexo [da Lapa] ainda está em estudo”, acrescentando que o projecto em desenvolvimento iria incluir duas vertentes: “cultural e desportiva”. Cinco meses volvidos, a resposta do município é exactamente a mesma, o que leva a supor que a relocalização da Hemeroteca Municipal que tinha sido anunciada para 2013 nem em 2014 se concretizará.
O Programa Estratégico Biblioteca XXI previa ainda um conjunto de obras a curto e médio prazo, por forma a cidade tivesse, até 2024, oito “bibliotecas âncora” e 18 de bairro. Entre elas a construção de um equipamento na Alta de Lisboa e de outro em Benfica, na antiga Fábrica Simões.


Há 14 freguesias sem bibliotecas
O concelho de Lisboa tem 24 freguesias e apenas 12 bibliotecas municipais. Isso mesmo foi sublinhado pela deputada municipal Simonetta Luz Afonso, que no mandato anterior presidiu à Assembleia Municipal, na última reunião deste órgão autárquico.
“É difícil que numa cidade como Lisboa haja freguesias sem uma única biblioteca”, afirmou a presidente da Comissão Permanente de Cultura. Para resolver o problema, Simonetta Luz Afonso defendeu que seria “interessante” que a Câmara de Lisboa “mandasse uma carrinha” do Serviço de Bibliotecas Itinerantes para as zonas da cidade com carências a este nível. A vereadora da Cultura, Catarina Vaz Pinto, não respondeu à sugestão, mas sublinhou que as bibliotecas “são um equipamento central de acesso ao conhecimento e à cultura”.

Ajuda, Beato, Benfica, Campolide, Estrela, Marvila, Santa Maria Maior, São Domingos de Benfica, Alcântara, Areeiro, Campo de Ourique, Santa Clara, Santo António e São Vicente são as 14 freguesias de Lisboa sem uma biblioteca da rede municipal. As freguesias do Lumiar e das Avenidas Novas têm duas bibliotecas cada uma.

27/02/2014

Largo da Escola Municipal, Freguesia de Arroios

Chegado por email: «O Sinal da Biblioteca municipal continua destruido após 1 ano! Ver imagem de hoje.» No Largo da Escola Municipal, Freguesia de Arroios. Talvez que no portal «Na Minha Rua» já apareça como «RESOLVIDO» como é habitual!

23/04/2013

Na Biblioteca dos Coruchéus há espaço para ler, conviver e namorar O novo


In Público (23/4/2013)
Por Inês Boaventura

«A Biblioteca dos Coruchéus, instalada num palácio seiscentista de Alvalade, abre hoje as portas, com a ambição de ser “a primeira página numa nova fase da vida das bibliotecas Municipais de Lisboa”. Este é, afirma a vereadora da Cultura, um equipamento “personalizado”, concebido pensar na comunidade em que se insere e onde há espaço para muito mais do que ler.

“Conviver, namorar, imaginar, googlar” e, claro está, “ler”, são, como se diz num folheto promocional do novo equipamento da Câmara de Lisboa, “alguns dos verbos que pode pôr em prática neste espaço de descoberta”. “A biblioteca já não é só um local onde se vai ler e buscar livros”, sublinhou ao PÚBLICO a vereadora Catarina Vaz Pinto, durante uma visita ao espaço, na Rua Alberto de Oliveira.

A ideia, diz por sua vez a chefe de divisão da rede de bibliotecas, é que este seja um equipamento "intergeracional”, que ofereça aos moradores da zona, independentemente da sua idade, razões para aqui se deslocarem. Seja para ler um livro ou folhear um jornal, participar num atelier, usar a Internet, estudar ou realizar um trabalho de grupo, entre outras actividades. Ou até, acrescenta Susana Silvestre, para “conversar ou namorar”, porque hoje em dia as bibliotecas “não são só espaços de silêncio”.

A Câmara de Lisboa pretende também que este seja um espaço aberto à comunidade, abertura essa que, sublinha a vereadora da Cultura, começou muito antes da inauguração, “com a construção imaterial da biblioteca”. Para perceber qual era o público-alvo e quais as suas necessidades, foram ouvidos actores locais e realizados focus groups (grupos de discussão), trabalho na sequência do qual se escolheu a colecção de livros da nova biblioteca e se definiu qual o tipo de actividades que ali terá lugar.

A Biblioteca dos Cocuchéus, que vem substituir a de Alvalade, encerrada em 2009 por razões de segurança, funciona num antigo palácio onde até há pouco tempo esteve instalado o Departamento de Património. Cultural da autarquia. Catarina Vaz Pinto afirma que o edifício do século XVII “estava em muito bom estado”, pelo que a sua recuperação “foi fácil”. No local foi realizado um investimento de 218 mil euros, com verbas do Programa de Intervenção Prioritária em Acções de Reabilitação Urbana (PIPARU).

Repleta de luz natural, a nova biblioteca tem no piso térreo uma sala dedicada às crianças entre os nove meses e os dez anos. Além de livros, o espaço tem jogos didácticos, tablets e, diz-se numa nota de imprensa da autarquia, “uma PlayStation3 com a aplicação WonderBook, que permite o contacto com livros virtuais em realidade aumentada”. “Também temos de apanhar os nativos digitais”, justifi ca a chefe de divisão da rede de bibliotecas, defendendo que os tablets e a PlayStation “não ameaçam o livro, são um caminho para se chegar a ele”.

Ainda no piso térreo, existe uma sala com sofás, rodeados de livros sobre Lisboa e sobre o bairro de Alvalade, e onde os visitantes poderão ler um jornal ou revista. Ao canto, numa área que pode ser isolada e que tem acesso directo à rua, há duas mesas rodeadas de cadeiras, onde pode haver desde reuniões de associações de moradores a pequenas conferências.

No piso de cima há uma sala com computadores, duas com livros de diferentes áreas e uma varanda com um banco de madeira restaurado que convida à leitura, além de um sótão com cadeirões e pufes de cores vivas. A rodear a biblioteca há um jardim, um conjunto de ateliers municipais e uma galeria de arte, envolvente que a autarca não tem dúvidas de que “será uma mais-valia” para o novo equipamento cultural.

Equipamentos adaptados ao século XXI

Ideia é criar centros culturais de proximidade

A vereadora da Cultura quer que este “novo modelo de biblioteca”, “adaptado ao século XXI” e agora concretizado em Alvalade, seja pouco a pouco introduzido nos equipamentos já existentes e naqueles que, no âmbito do Programa Estratégico Biblioteca XXI, se prevê que sejam construídos até 2024. A ideia, explica Catarina Vaz Pinto (na foto), é que as bibliotecas municipais ganhem “protagonismo”, afirmando-se como “centros culturais de proximidade” e constituindo um “factor de atractibilidade de famílias”. A vereadora acredita que no próximo mandato será possível lançar a construção de uma biblioteca em Benfica e de outra na Alta de Lisboa, para as quais há que encontrar financiamento, eventualmente através de fundos europeus. I.B.»

26/03/2013

Palácio dos Coruchéus vai ser casa de livros


In Público (26/3/2013)
Por Inês Boaventura

«A nova biblioteca de Alvalade, apresentada como “um dos corações da comunidade”, vai ficar no Palácio dos Coruchéus


Alvalade vai voltar a ter uma biblioteca municipal, quase quatro anos depois de aquela que existia na Rua Teixeira de Pascoais ter sido encerrada por razões de segurança, relacionadas com o edifício. O novo equipamento, instalado no Palácio dos Coruchéus, é inaugurado a 23 de Abril, Dia Mundial do Livro.

A readaptação do palácio, situado na Rua Alberto de Oliveira, para receber uma biblioteca foi um dos projectos que a Câmara de Lisboa se comprometeu a realizar até ao fim de 2013, no âmbito do Programa Estratégico Biblioteca XXI.

A transferência da Hemeroteca municipal, actualmente instalada num edifício prfundamente degradado no Bairro alto, para o antigo complexo desportivo da Lapa, bem como a requalificação e ampliação da Biblioteca Palácio Galveias, no Campo Pequeno, e a abertura de uma biblioteca em Marvila são as restantes empreitadas previstas. Este conjunto de medidas implicará um investimento da ordem dos quatro milhões de euros.

A chefe da divisão da rede de bibliotecas da Câmara de Lisboa, Susana Silvestre, frisou ao PÚBLICO que este será um equipamento feito “à medida” das necessidades da população residente nesta área de Lisboa. Para perceber que necessidades são essas, explicou, foram ouvidas juntas de freguesia, associações de moradores e de comerciantes, forças de segurança e “academias seniores”, além de terem sido realizados focus groups (grupos de discussão que procuram identifi caros interesses dos destinatários do serviço).

“Queremos que este passe a ser um dos corações da comunidade”, sintetizou Susana Silvestre. Na nova biblioteca de Alvalade haverá espaços para os alunos estudarem ou fazerem trabalhos de grupo, mas também, por exemplo, para as associações de moradores se reunirem. A ligação da biblioteca aos jardins do Palácio dos Coruchéus permitirá, igualmente, a realização de actividades para famílias.»

28/10/2009

HOJE: 7 anos do encerramento do Arquivo Histórico de Lisboa

Faz hoje exactamente 7 anos que o pólo do Arquivo Histórico do Arquivo Municipal de Lisboa encerrou ao público. Motivo: não tem instalações. E como vai sendo habitual, não houve qualquer notícia nos Media. Já ninguém parece dar grande importância ao facto. Possíveis novos túneis, "hoteis de charme", novos silos da Emel para estacionamento ou a nova travessia do Tejo são vistos como assuntos mais relevantes.

Mas é importante recordar que desde o dia 28 de Outubro de 2002 que o Arquivo Histórico da nossa cidade não está disponível para consulta. Os munícipes de Lisboa, os restantes cidadãos do país (afinal é o arquivo da capital...) e os investigadores estrangeiros (fomos capital de um império durante séculos...) estão pura e simplesmente privados de consultar o Arquivo Histórico da cidade de Lisboa. Haverá outra capital da UE nestas condições de terceiro mundo?

Quanto aos restantes pólos: o Arquivo Intermédio está "temporariamente" arrumado nas garagens em cave de um imóvel de habitação social no Bairro da Liberdade. Quem o frequenta sabe que no inverno é comum ver a Sala de Leitura decorada com caixas de plástico recolhendo a água da chuva. Quanto ao pólo do Arco Cego, é um milagre ainda não ter sido consumido por um incêndio...

Os funcionários dos Arquivos Municipais são esquecidos e uma espécie de "parentes pobres" da máquina da autarquia. Mas afinal, estamos a falar de um equipamento cultural. Os milhões de euros que a CML já gastou em flores para os canteiros da Av. da Liberdade assim como os milhões gastos em iluminações de Natal, teriam dado para um Arquivo Municipal como aqueles que vemos em Madrid ou Amesterdão.

Estamos na altura de exigir ao novo executivo, que tomará posse no próximo dia 3 de Novembro, uma solução para os Arquivos Municipais. Lisboa merece um Arquivo digno da sua História.

Imagem: Atlas da Carta Topográfica de Lisboa - 1857 -Planta 26 (Largo do Rato)

21/07/2009

Biblioteca da Penha de França reabre hoje

In Público (21/7/2009)
Diogo Cavaleiro

«Nove meses depois de ter sido encerrada para obras de beneficiação, a Biblioteca Municipal da Penha de França, em Lisboa, é hoje reaberta com uma oferta alargada, em que jornais e revistas se juntam a filmes e música para públicos variados.
Os moradores das freguesias da Penha de França, São João, Alto do Pina, Graça e São Jorge de Arroios têm agora uma biblioteca mais próxima, que a câmara pretende que se torne um dos locais escolhidos para a ocupação dos seus tempos livres. Melhores acessibilidades para deficientes são agora garantidas, depois da requalificação do equipamento, instalado num palácio do século XVIII, na Calçada do Poço dos Mouros.
Com a renovação da biblioteca, a sala infanto-juvenil, desactivada desde 2005, foi recuperada para permitir uma mais fácil ligação das crianças à leitura, contando com a interacção dos pais, professores e educadores no local. Por sua vez, a sala de leitura proporciona um fundo documental de carácter geral, contando com técnicos especializados para apoiar a pesquisa de informação de que os utentes necessitem. A Internet faz ainda parte da oferta renovada, não só para o alargamento dos conhecimentos dos leitores mas também para o seu entretenimento.
A renovação da biblioteca da Penha de França está, segundo um comunicado da autarquia, integrada num "plano ambicioso" de modernização da rede de bibliotecas municipais da cidade. De acordo com Francisco Mota Veiga, director municipal de Cultura da Câmara de Lisboa, não se trata propriamente de um plano calendarizado mas, sobretudo, do reconhecimento de que "a rede de bibliotecas precisa de ser olhada no seu conjunto e de ser repensada estrategicamente". A intervenção começou com a constatação de que algumas das bibliotecas se encontravam "em condições precárias", o que conduziu, por exemplo, ao encerramento da biblioteca de Alvalade.
Já a Biblioteca Orlando Ribeiro, em Telheiras, é aquela que tem "condições mais equilibradas" e é considerada como de "nova geração". Francisco Mota Veiga acrescentou que, no quadro do plano, vão também surgir bibliotecas em locais que ainda não são contempladas pela rede, como a zona de Benfica.
18
A rede municipal tem 18 unidades, duas são itinerantes e três especializadas: a Bedeteca, a Biblioteca Por Timor e a Biblioteca-Museu República e Resistência»

17/06/2009

Biblioteca de Alvalade

Chegado por e-mail:

«Bom dia.

Só agora conheci o V/ blogue e, por o considerar fundamental, vou passar a assíduo.

Já ontém postei duas ou três coisas sobre o trânsito na zona da Baixa, e também tive oportunidade de enviar aos meus amigos a petição para o assunto ser discutido.

Os meus sinceros parabéns pelo Vosso empenho, dedicação e carinho pela nossa cidade.


Outra coisa que aqui me trás, é o seguinte:

Como sou (era...) frequentadorassíduo da Biblioteca de Alvalade, fui dos que fiquei muito negativamente surpreendido com o seu encerramento precipitado. Sei que propositadamente, a CML não tem feito obras de conservação no local há anos, a fim do mesmo cair de podre.

E como não compreendo esta omissão, pois trata-se de um edifício simples e de fácil reparação, por pouca monta, pelo que sou levado a desconfiar que lhe querem dar outro destino - pois trata-se de uma zona muito valiosa e, quanto a leitores, que vão a outra, se quizerem...

Já endereçei diversos mails ao Sr. Presidente da CML, mas nada de respostas concretas.

Por isso, venho perguntar se já alguém daqui se debruçou sobre o assunto, e de qual é a Vossa opinião.


Mais uma vez, o meu MUITO OBRIGADO.

cumps»

22/05/2009

Biblioteca de Alvalade tem projecto em curso

Projecto de 2005 está a ser revisto devido às alterações introduzidas na legislação
A Câmara de Lisboa espera lançar até ao fim do ano o concurso para a construção da nova biblioteca de Alvalade, que esteve para avançar em 2005, mas não foi concretizado.
Situada na Rua de Teixeira de Pascoais, a biblioteca encerrou no princípio deste mês devido ao "risco de queda de materiais da cobertura e das paredes", explicou o director municipal de Cultura. Francisco Motta Veiga sublinhou que a degradação do espaço, "uma espécie de armazém com péssimas condições", se vinha acentuando há anos, estando agora "sem um mínimo de dignidade". O director municipal garante que, ao contrário do que afirma o presidente da Junta de Freguesia de Alvalade, o fecho só foi ordenado quando se concluiu existirem meios para "minimizar" o impacto da decisão e "perspectivas de futuro minimamente consolidadas". A Câmara vai rever o projecto de 2005, que contemplava a construção de um edifício de três pisos para a biblioteca, a junta de freguesia e um centro de dia. Motta Veiga diz que até ao fim do ano estará pronto para ir a concurso. A freguesia ficará assim privada de biblioteca durante "um ano e meio seguramente".
In Público

16/06/2008

Novo Museu dos Coches apresentado no mês que vem

In Público (16/6/2008)

«O ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho, revelou sábado que o projecto arquitectónico do novo Museu Nacional dos Coches, a construir na zona de Belém, em Lisboa, está concluído e vai ser apresentado publicamente em Julho. "Vai ser uma obra arquitectónica marcante", comentou o ministro durante uma visita ao Algarve.
Questionado pela agência Lusa sobre a data do arranque da construção do museu, projectado pelo arquitecto brasileiro Paulo Mendes da Rocha, Manuel Pinho afirmou que as obras deverão começar até ao final do ano. "Já vi a maqueta final e gostei muito", comentou, elogiando a qualidade do tabalho do arquitecto que em 2006 recebeu o mais importante galardão mundial da arquitectura, o prémio Pritzker.
Actualmente instalado também em Belém, ao lado da residência oficial do Presidente da República, o Museu dos Coches é único no mundo e é a unidade museológica que em Portugal recebe mais visitantes. Possui uma extensão em Vila Viçosa, uma vez que o seu acervo não cabe todo nas actuais instalações. É suposto que as novas instalações sejam suficientemenete espaçosas para albergar o resto da colecção.

Criado por iniciativa da rainha
D. Amélia, mulher de D. Carlos I, e instalado no edifício do Picadeiro Real do Palácio de Belém, o museu possui viaturas de gala e de passeio dos séculos XVII a XIX, na sua maioria provenientes dos bens da coroa ou propriedade particular da casa real portuguesa. O anexo em Vila Viçosa, a funcionar desde 1984, está situado nas antigas cocheira e cavalariças do Paço Ducal e alberga um conjunto de 73 viaturas dos séculos XVIII a XX. As novas instalações serão erguidas nos terrenos das antigas Oficinas Gerais do Exército, frente à estação de Belém, numa área de 12 mil metros quadrados e serão compostas por uma zona de exposição museológica e oficinas de manutenção e conservação dos coches.
Como o PÚBLICO já noticiou, está a correr um abaixo-assinado na Internet para salvar a valiosa biblioteca do antigo Instituto Português de Arqueologia (IPA), que funcionava neste mesmo espaço. O vice-presidente do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, no qual foi integrado o antigo IPA, garantiu que a biblioteca não corre o risco de desaparecer e será reinstalada "num espaço que surgirá", sem dar mais pormenores.»

Cá estaremos para ver, uma, a maqueta, e outro, o novo espaço para a biblioteca.

15/02/2008

Quatro anos para aumentar a Biblioteca Nacional

In Público (15/2/2008)
Paulo Miguel Madeira


«Obra dará espaço para mais de um milhão de novos títulos. O público vai dispor de uma nova sala para leitura das colecções especiais

O autor do projecto original da Biblioteca Nacional foi o arquitecto Porfírio Pardal Monteiro, de quem António e João Pardal Monteiro são, respectivamente sobrinho e sobrinho-neto. Ambos têm trabalhado nas pequenas intervenções que têm sido feitas nas instalações, ao abrigo do direito de autor do projecto original, cuja execução decorreu de 1956 a 1969, contou ao PÚBLICO o director da Biblioteca Nacional, o historiador Jorge Couto. A demora da construção original deveu-se a ter sido interrompida vários anos, por causa da guerra colonial. "O projecto de ampliação foi aprovado em 1999, mas, como a tecnologia evoluiu rapidamente, foi necessário rever os projectos de especialidade [os relativos aos sistemas técnicos, como electricidade ou comunicações] para dotar o edifício de tecnologia mais actual", explicou ainda o director da instituição. "O projecto de arquitectura é igual, só na nova sala de leitura é que a arquitectura é totalmente nova."
a A ampliação da Biblioteca Nacional de Portugal, em Lisboa, que deverá estar concluída daqui a cerca de quatro anos, conheceu ontem um novo passo, com a abertura das propostas para a obra, que vai aumentar em cerca de um terço a área do edifício do depósito - permitindo que a sua capacidade, actualmente quase esgotada, passe de cerca de 2,5 milhões de volumes para mais de 3,5 milhões.
Concorreram à adjudicação 21 empresas e consórcios, que pretendem executar um projecto dos arquitectos António e João Pardal Monteiro, que concretiza a ampliação da torre de depósito já prevista no projecto original. Os trabalhos deverão iniciar-se no início de Junho, e vão demorar no mínimo quatro anos, disse ao PÚBLICO o director da Biblioteca Nacional, Jorge Couto.
O processo foi lançado pela anterior ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, que, no PIDDAC (Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central) do ano passado, afectou 13 milhões de euros para este efeito, tendo o início dos trabalhos chegado a estar previsto para esse Outono.
Além do substancial aumento da capacidade de armazenamento, a melhoria mais perceptível para o público após esta ampliação será uma sala de leitura nova para as colecções especiais, como a cartografia, iconografia e música, e o acesso a serviços electrónicos. A leitura destas colecções funciona desde os anos 1980 em espaços adaptados para o efeito. A obra vai permitir também melhorar as condições de preservação e conservação e reforçar a segurança.
Leitura prejudicada
A torre de depósito vai ser ampliada para o lado sul (em direcção a Entrecampos), com o mesmo aspecto da parte já existente. A cada um dos pisos três a dez, que têm 99 metros de comprimento por 15 de largura, serão acrescentados 33 metros, o que representa um acréscimo de cerca de 6300 metros quadrados aos actuais 12.500, o que permitirá acolher mais de um milhão de novos livros.
Mas a parte da construção do acrescento ao edifício representa apenas um quinto do custo da obra, que foi a concurso com uma base de licitação de 10,6 milhões de euros. Os restantes 80 por cento, revela Jorge Couto, são para a substituição de todos os sistemas tecnológicos na parte já existente. Electricidade, aquecimento, refrigeração, controlo de humidade, alarmes anti-intrusão e anti-incêndio, tudo será integralmente substituído. Para isso, a partir de 2010, quando a nova ala já estiver pronta, os livros do depósito actual começam a ser mudados provisoriamente para as novas instalações, por grupos de três pisos, para permitir os trabalhos de renovação da ala já existente, que vão demorar cerca de dois anos e meio. Isso implicará o encerramento temporário do acesso à leitura das obras dos pisos que estiverem a ser renovados no momento. O calendário dos encerramentos ainda não está definido.
Além dos dez pisos de depósitos, a nova parte tem também quatro de serviços e técnicos, com uma cave adicional onde serão instalados os sistemas de refrigeração, que actualmente se encontram no exterior do edifício.»