Capítulo I “Anda logo, seu saco de ossos!” A altura do espaço que ficava entre a viga de madeira abaixo de seus pés e o chão vermelho de terra lá embaixo não passava com certeza de uns 5 metros. Não era isto que o preocupava. Aliás, isto havia deixado de ser um problema quando entendeu que pulando haveria um grande risco de apenas espatifar-se no chão, quebrar alguns ossos e provavelmente ser obrigado a trabalhar ferido. Sim, seria um risco imenso caso insistisse no Plano A. Não. Ele não era tão estúpido assim, apesar de acharem isso. Não havia frequentado muito a escola, mas sentia de si mesmo certa perspicácia com os números. Não se sentia inteligente, mas julgava-se bastante esperto. E se tinha algo do qual se orgulhava era essa certa habilidade natural para o cálculo. Gastava seu tempo agora em constatar como, de fato, havia escolhido os fios perfeitos: o entrelaçamento, a fibra, o nó. Ele já a havia usado em tantas atividades na fazenda e ela, sim, lhe parecia su