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Mostrando postagens com o rótulo Filosofia

Qual seu sonho?

(Cena de " Os miseráveis ", em que o jovem pobre e o jovem rico se juntam para lutar contra a miséria de seu povo, musical baseado na obra de Victor Hugo) Hoje acordei "naqueles dias femininos" que quase todas nós bem conhecemos. Os dias em que os peitos incham, as saudades aumentam, os problemas do mundo, mais do que cansarem, doem em cada osso e a música do caminhão do gás nos faz chorar. Já ouvi " Les Miserables ", o que ajudou muito a chorar pelo mundo por quem já se foi, por tudo feito, pelo não feito e pelo que ainda se sonha a fazer, mas se imagina não poder... E também a pensar que o mundo hoje não é tão pior do que já foi e como tantas milhares de formiguinhas operárias eu estou aqui no mundo cumprindo minha parte. Depois de acordar assim, eu tive minha conversa de toda quinta feira com um colega (a quem chamamos de buddy) do grupo Landmark, pois sou assistente do Fórum Landmark e tenho o compromisso comigo mesma de manter viva a possibil

A educação pela net e as novas formas de conhecimento

(Obra de Don Dalkhe, in: Emily Duong ) Uma tela em branco, tintas de várias cores, pincéis e crayons... Este foi o ambiente de uma de minhas últimas aulas de Filosofia da semana passada, no colégio onde dou aula. Ao invés da habitual sala de aula, um ateliê enorme de arte. A ideia era aprofundar o conceito de "tábula rasa" do filósofo John Locke para quem nós não somos mais do que uma somatória de experiências vividas ao longo da vida. Para este pensador, tanto o conhecimento quanto quem somos é algo que deriva da nossa relação com o mundo, de como nossos sentidos captam este mundo e o outro a minha volta. Cada vez mais tenho sentido a necessidade de extrapolar o espaço da sala de aula, buscar sensações para as reflexões, criar uma forma do conteúdo de Filosofia (e também Sociologia) não acabarem por ser mais uma disciplina a ser memorizada e aprendida para depois ser, como tantas milhares de coisas ensinadas na vida, esquecidas. Nesta aula, em especial, minhas alu

Saramago e Win Wenders que não me saem da cabeça!

(José Saramago e Wim Wenders, em "Janela da Alma") Nem é tão tarde, mas eu estou e-xaus-ta! Ainda assim queria muito postar este vídeo que tenho revisto dezenas de vezes nas últimas semanas. Trata-se de um trechinho de um dos "filmes" mais lindos que já vi (na verdade é um documentário): "Janela da Alma", de João Jardim e Walter Carvalho, feito em 2001. Acontece que tendo voltado a lecionar Filosofia (depois do rebolado inicial veio agora uma alegria interna imensa!) eu venho revisitado coisas que li e vi nestes anos para se somar às questões atuais de interesse e importância para os alunos. Nesta parte da entrevista, tanto Saramago , nobel de literatura, quanto Wim Wenders , cineasta alemão falam tão humanamente, tão de alma aberta, sobre como nossas necessidades mais profundas são roubadas no mundo contemporâneo. Um mundo onde a imagem rouba sempre a cena, onde a TV substitui o livro, onde a experiência de ver o outro por uma câmera substitu