Nunca antes, nesse país...

Perdidos...


...mas solidários.

Vítimas de um estado preocupado em auto-promoção, crianças vivem cada vez mais, e em maior número, no abandono total.
Nosso estado finge atender essa grave demanda, ao ler os belos relatórios de ONG's bem instaladas em nosso país.

Segundo a frase de José Padilha (Tropa de Elite e Ônibus 174), citada por Caio Fábio em seu sítio: “Tem ONGs seríssimas, mas há também as que não são. Quando fiz ‘Ônibus 174’, olhei a estatística de meninos de rua e ONGs no Rio [Rio de Janeiro]. Eram 3.400 meninos de rua e 1.615 ONGs. Se cada uma pegasse dois, acabava o problema. As ONGs são importantes, mas desconfio da proliferação.”

Eu acredito nessa frase.
Vale lembrar que o documentário "Ônibus 174" foi lançado 2002. Estamos em 2010.

"Nunca antes, nesse país..." 
Essa é a frase favorita de quem já esqueceu de onde veio ou, quem sabe, sequer teve consciência disso um dia.

Fotos tiradas em 23/10/2010, no Largo do Machado - Rio de Janeiro - Brasil.
Marcos Santos

Notafilia e os cinquenta anos de Brasília

Se você conhece uma nota dessa, com desenvoltura suficiente para discorrer detalhes tais como: Período de impressão, período de utilização, poder de compra na época de sua vigência, quantidade de notas por série, etc. Pode considerar-se um notafilista.


Se você conhece uma nota dessa, sem a mesma desenvoltura do caso anterior, mas se lembra perfeitamente dela circulando dentro de sua carteira...
Você tá ficando velho mesmo.
Essa daí, eu achei dentro de uma carteira antiga e mofada...infelizmente, de minha propriedade.

Apenas uma curiosidade:
Essa nota de dez Cruzeiros (Cr$ 10,00) foi rebaixada para um centavo de Cruzeiro Novo (NCr$ 0,01), reflexo dos devaneios de um  irresponsável chamado Jucelino Kubi Cheque sem Fundo, o inventor de Brasília, da inflação galopante e da falência do Rio de Janeiro. Foi nessa época que eu ganhei esse meu exemplar, pois nesse tempo, uma criança não tinha acesso a nada acima de alguns centavos (pelo menos na casa de um operário).

Mais uma curiosidade:
Engana-se aquele que pensa que ela não valha mais nada. Hoje esse modelo de cédula pode ser vendida por até seis Reais (R$ 6,00).
Vou guardar a minha por mais cinquenta anos. Quem sabe ela não chega aos doze Reais (R$ 12,00)

Tapete de arroz

No mundo da fome e da miséria, cristãos comemoram o Corpus Christi pisando em tapetes de arroz.

Não há fé que justifique tamanha imbecilidade e falta de senso.
Com certeza o Chirsti, dono do Corpus, compartilharia da opinião desse herege que aqui escreve.