TVI PELO ABORTO
Ao que parece, um sujeito de nome Goucha, que apresenta programas na televisão há já vários anos, decidiu hoje fazer serviço público. Levou ao seu programa, penso eu que matinal, um convidado que havia ficado viúvo há cerca de 8 anos, depois da mulher ter morrido na sequência de um aborto clandestino. Depois da entrevista, na qual o homem ficou arrasado, o tal de Goucha não se coibiu de utilizar a miséria humana alheia para fazer campanha pelo SIM. Um verdadeiro nojo, revelador do tipo de campanha que alguns se preparam para fazer. O mais extraordinário, ou talvez não (lembrem-se quem é o actual accionista maioritário!), é que tudo isto se tenha passado a cobro de um canal de televisão, em prime time matinal, sem que tenha havido qualquer contradita.
Comentários:
blogue do não
Tens toda a razão. O Goucha devia ter levado uma família numerosa daquelas muito ricas que podem dar-se ao luxo de ter muitos filhos. A mesma família que entretanto levou a filha de 15 anos a Badajoz porque ficou de esperanças de um tipo qualquer de um bairro social da cidade, daqueles muito mal frequentados.
Isso sim teria sido interessante.
Isso sim teria sido interessante.
Ou então, para o contraditório pleno e tendo em conta o tom deste post, pode sempre exibir no programa as habituais fotos de embriões desmembrados que costumam ilustrar a face menos nojenta do debate em questão.
JS
JS
Falem com o Jorge Gabriel, para irem à Praça da Alegria.
Sinceramente acho que a tv é um dos principais meios para qualquer campanha, mas estou completamente de acordo convosco, campanhas assim não dignificam nenhuma discussão.
AAB
Sinceramente acho que a tv é um dos principais meios para qualquer campanha, mas estou completamente de acordo convosco, campanhas assim não dignificam nenhuma discussão.
AAB
Estes anónimos valem tanto como areia no deserto. Ainda por cima, quando vêm com a sábia doutrina bloqueira a fervilhar-lhes no sangue...
Uma família de ricos? Ó meu amigo, à excepção de meia dúzia de grandes empresários e esses, curiosamente, não têm muitos filhos, quem tiver mais do que 4/5 filhos não pode ser considerado rico, pelo menos por estas bandas.
Então agora ter um filho é um luxo? Ter vários filhos é um luxo?
Que mercantilista que esta extrema esquerda se tem vindo a apresentar...
Uma família de ricos? Ó meu amigo, à excepção de meia dúzia de grandes empresários e esses, curiosamente, não têm muitos filhos, quem tiver mais do que 4/5 filhos não pode ser considerado rico, pelo menos por estas bandas.
Então agora ter um filho é um luxo? Ter vários filhos é um luxo?
Que mercantilista que esta extrema esquerda se tem vindo a apresentar...
Caríssimo Rui Castro: portanto, ao que percebo, o que qualifica de nojo é a realidade do aborto clandestino em Portugal. Há pessoas que morrem nas mãos de carniceiros porque não têm dinheiro para ir a Badajoz, quem diria.
Realmente, não sei no que deu na cabeça do Goucha para mostrar estas coisas. Que nojo.
Olhe, mande cartas que pode ser que para a próxima ele convide a Laurinda Alves.
Realmente, não sei no que deu na cabeça do Goucha para mostrar estas coisas. Que nojo.
Olhe, mande cartas que pode ser que para a próxima ele convide a Laurinda Alves.
A questão do aborto é uma questão de opinião (se um feto de 10 semanas é "vida", se é pecado, se a liberdade da mulher é mais importante que uma vida potencial, se esta situação pode ser abordada de forma utilitária - ou seja pelo mal menor- ou é objecto deontológico). E das anteriores podemos retirar outras tantas perguntas que são objecto de opinião (quando começa a vida? o que é pecado? qual o valor da liberdade individual? etc etc etc). Por isso acho bem o referendo. Impôr nestes assuntos legislação (permissiva ou proibitiva) não faz sentido. Se "o sentir" (usado em sentido lato) de uma sociedade fôr de aceitar o aborto eu pessoalmente não tenho nada a opôr, embora pessoalmente e por entender que a vida (mesmo potencial) tem uma dimensão que me toca se fosse votar provavelmente votaria "não". Mas é uma opinião, uma crença minha que não tenho qualquer intenção de impôr aos outros. Não irei votar porque fico sempre com a possibilidade pessoal de dizer "não" mesmo que o "sim" ganhe. O contrário não seria verdade, para quem tem uma opinião contrária à minha, no caso do "não" ganhar.
Mas esta é uma boa oportunidade para reflectir sobre o que a igreja fez com a TVI.
Começaram por fazer uma campanha do mais sujo que já se viu, para conseguirem ter uma estação de televisão. Quem não se lembra daqueles anúncios na Renascença a cobrar ao governo as "promessas não cumpridas"?
Depois, fizeram uma pressão tal sobre o governo na altura da privatização da TV que conseguiram ficar com um dos canais a concurso, apesar de terem aquele que era unanimemente considerado o projecto mais fraco.
Lançaram a seguir uma programação serôdia que não convencia ninguém e em que nem ofereciam um produto televisivo de qualidade, nem assumiam a função evangelizadora de um canal de igreja. Punha-se logo a pergunta: se não era para evangelizar, para que haveria a igreja de ter preferência na exploração de um canal comercial, para o qual manifestamente nem sequer tinha vocação?
Depois, quando começaram a perder dinheiro, mandaram a oportunidade de evangelização para as urtigas e quiseram foi ver-se livres do encargo.
Por fim, acabaram por passar o canal aos interesses mais materialistas, mais pagãos e mais anti-éticos de que há memória na comunicação social portuguesa.
Hoje, graças ao projecto iniciado pela igreja, temos todo o género de prostituição televisiva a entrar-nos em casa pelo quarto canal.
Ainda estou, até hoje, para ouvir o pedido de desculpas do episcopado português pelo pântano televisivo que enfiaram o país.
Começaram por fazer uma campanha do mais sujo que já se viu, para conseguirem ter uma estação de televisão. Quem não se lembra daqueles anúncios na Renascença a cobrar ao governo as "promessas não cumpridas"?
Depois, fizeram uma pressão tal sobre o governo na altura da privatização da TV que conseguiram ficar com um dos canais a concurso, apesar de terem aquele que era unanimemente considerado o projecto mais fraco.
Lançaram a seguir uma programação serôdia que não convencia ninguém e em que nem ofereciam um produto televisivo de qualidade, nem assumiam a função evangelizadora de um canal de igreja. Punha-se logo a pergunta: se não era para evangelizar, para que haveria a igreja de ter preferência na exploração de um canal comercial, para o qual manifestamente nem sequer tinha vocação?
Depois, quando começaram a perder dinheiro, mandaram a oportunidade de evangelização para as urtigas e quiseram foi ver-se livres do encargo.
Por fim, acabaram por passar o canal aos interesses mais materialistas, mais pagãos e mais anti-éticos de que há memória na comunicação social portuguesa.
Hoje, graças ao projecto iniciado pela igreja, temos todo o género de prostituição televisiva a entrar-nos em casa pelo quarto canal.
Ainda estou, até hoje, para ouvir o pedido de desculpas do episcopado português pelo pântano televisivo que enfiaram o país.
Cara Rita,
Não percebeu, mas a culpa é minha que não me soube explicar.
O nojo está no aproveitamento de um programa que nada tem a ver com o assunto, no qual o apresentador, do qual se espera naquele contexto alguma isenção, para dizer o que disse.
Cumprimentos
Não percebeu, mas a culpa é minha que não me soube explicar.
O nojo está no aproveitamento de um programa que nada tem a ver com o assunto, no qual o apresentador, do qual se espera naquele contexto alguma isenção, para dizer o que disse.
Cumprimentos
Deixem lá, à mesma hora têm o padre Borga na RTP e pago com dinheirinhos públicos.. é uma borga de facto.
Caro miguel,
Na sua perspectiva não terá de ser isento.
Em minha opinião, sinceramente, não gostaria de ver um apresentador de um programa televisivo a defender o NÃO, da forma como o Goucha o fez.
Cumprimentos
Na sua perspectiva não terá de ser isento.
Em minha opinião, sinceramente, não gostaria de ver um apresentador de um programa televisivo a defender o NÃO, da forma como o Goucha o fez.
Cumprimentos
Caro Miguel:
Com todo o respeito, gabo a paciência do Rui Castro a responder a uma pergunta dessas...
Com todo o respeito, gabo a paciência do Rui Castro a responder a uma pergunta dessas...
o goucha, não é jornalista, nem está a dar noticias (contrariamente á manuela moura guedes que cada noticia era rematada com um esgar, uma expressão ou um comentário moralista).
ele apresenta um programa de autor e era o que faltava se prescindisse de formular uma opinião se lhe apetecer.
se acha que a pergunta é descabida, j lima, então deve achar que todos os intervinientes em programas de televisão (excepto convidados) devem ter uma postura inócua, contida, apolítica e sem opinião. e já agora sem vinculo religioso.
quer acabar com os "até amanhã, se deus quiser"? insurja-se homem...
ai tanta confusão nessa cabeça.
ele apresenta um programa de autor e era o que faltava se prescindisse de formular uma opinião se lhe apetecer.
se acha que a pergunta é descabida, j lima, então deve achar que todos os intervinientes em programas de televisão (excepto convidados) devem ter uma postura inócua, contida, apolítica e sem opinião. e já agora sem vinculo religioso.
quer acabar com os "até amanhã, se deus quiser"? insurja-se homem...
ai tanta confusão nessa cabeça.
Deixem lá, perderam a TVI ( dava um jeitão , não dava?'') mas ainda têm a Canção Nova para fazer propaganda. Temo é que tenham menos audiência que aquele canal da IURD...
blogue do não