Memórias de muitos anos de reportagens. Reflexões sobre o presente. Saudades das redacções. Histórias.
Hakuna mkate kwa freaks.











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terça-feira, abril 06, 2010

Cowboys ininputáveis

Vídeo dramático que revela bem a estupidez da guerra, principalmente quando feita por soldados mentecaptos. As vítimas, todas civis, foram confundidas com guerrilheiros, apesar de nenhum deles ter tido qualquer acção ameaçadora.
As armas, afinal, eram máquinas fotográficas e de filmar...



Nenhum dos soldados norte-americanos responsáveis por este massacre será alguma vez julgado por um tribunal internacional. Os Estados Unidos protegem os seus assassinos e não permitem que algum deles seja julgado fora do território americano.
Como me dizia hoje um colega de trabalho, esperemos que os remorsos e os pesadelos lhes tornem a vida num inferno e se acabem por suicidar um dia destes.

quinta-feira, janeiro 21, 2010

Política americana no Haiti (no século XX)

quarta-feira, novembro 25, 2009

So many, so many


Os miúdos hoje já passam mais tempo no computador que a ver televisão. Pelo menos, os miúdos que vivem nos chamados países ricos e os que residem nos meios urbanos. Mas, globalmente, a televisão ainda tem a fatia de leão no que respeita à atenção que a população mundial presta aos meios de comunicação. E a preponderância da pantalha ainda está para durar, mesmo se os novos media galopam mais rápido. Nos Estados Unidos (onde tudo acontece primeiro), um estudo agora publicado revela que, em média, cada lar norte-americano tem 2,5 pessoas e 2,86 aparelhos de televisão. Ou seja, há mais televisores que pessoas, na América.

quinta-feira, julho 02, 2009

28 locomotivas a vapor


Em Portugal, os 28 economistas contratados pelo PSD… perdão, conotados com o PSD… perdão, amancebados… enfim, esses 28 doutores em economia, dizem que os grandes investimentos públicos têm de ser repensados, porque não são rentáveis, não criam emprego, não prestam para nada. Se perguntarem às empresas de construção civil ou aos 60 mil operários do sector que já estão no desemprego, talvez encontrem opiniões diferentes, mas não tão doutas, porventura.
Nos Estados Unidos, o presidente Obama também não concorda com os 28 pilares do pensamento económico português. Obama, à semelhança de Sócrates, ou vice-versa, tem também um projecto para a construção de uma rede ferroviária de alta velocidade. Mas Obama acha que esse investimento público vai ser altamente rentável para os Estados Unidos. Vai ajudar a reduzir a dependência da população face ao transporte automóvel, vai reduzir as importações de petróleo e… ainda, vai ajudar a reduzir as emissões de CO2 e estimular o desenvolvimento económico (imagem só!) mediante a criação de postos de trabalho.
O país é grande e os recursos são à escala, mas o projecto acarinhado por Obama desenha 10 linhas de alta velocidade, oito a ligar as principais cidades da costa Leste e duas na costa do Pacífico. Portugal não fará nenhuma...

sábado, junho 20, 2009

Não demorem muito a reflectir, tá?


Uma trintena de grandes economistas veio agora dizer ao governo que os anunciados investimentos públicos em auto-estradas, no aeroporto e no TGV são uma má opção. Dizem que são investimentos de fraca rentabilidade… e talvez sejam, mas tenho pena que só agora venham dizer isso (cheira demasiado a oportunismo). Muitos deles, quando lhes tocou serem ministros fizeram o mesmo ou pior, no que diz respeito à betonização do país.
Sempre ouvi dizer que desenvolver vias de comunicação é condição estruturante para o crescimento económico… mas parece que já não é. Já nem sei o que pensar. E se acho que mais auto-estradas são, porventura, dispensáveis num país tão pequeno e que já tem tantas… se aceito que um novo aeroporto talvez não seja a prioridade nº1 do país (embora gostasse de ver os aviões voarem mais alto sobre Lisboa…), acho que o TGV é essencial, não só porque encurta a distância entre Lisboa e o Porto mas, fundamentalmente, porque se não o fizermos vamos ficar sem ligação ferroviária de alta velocidade com o resto do Mundo. E isso será mais um estigma do nosso subdesenvolvimento no futuro.
Olhando para o Mundo, vemos o presidente Obama a investir dinheiro público na construção e recuperação de infraestruturas, no serviço de saúde, no sistema escolar, na indústria automóvel… com a finalidade de manter e criar emprego para que a economia reanime.
Em Portugal… vamos reflectir... à luz do pensamento de Cavaco.

terça-feira, janeiro 20, 2009

American Dream


A marcha iniciada em 1964 por Martin Luther King, só agora terminou, com a vitória de Barack Obama nas eleições presidenciais norte-americanas. Mas, este facto notável, não deve ser encarado como a vitória de um negro sobre os brancos. Primeiro, porque Obama foi eleito por uma maioria de eleitores brancos. Segundo, porque o novo presidente dos Estados Unidos é tão negro como branco e é até estúpido reduzir Obama a uma única esfera étnica. Terceiro, porque o que é bonito é pensar que o que esta eleição traz de novo é, precisamente, o abandono do preconceito racial.
Pessoalmente, alegra-me o facto do novo presidente dos Estados Unidos da América ser um tipo que se chama Barack Obama, mestiço de pai negro e mãe branca. Olho para os meus filhos e acredito que, para eles, se abriu uma nova janela de oportunidades.
Dito isto, acrescento apenas que Obama tem muito para provar, a partir de hoje, dia da tomada de posse. Como vai ele resolver a questão da retirada das tropas do Iraque? Como vai ele orientar as relações com a Rússia? Como vai ele influenciar a questão palestiniana? Como vai ele resolver o descalabro financeiro em que os EUA estão metidos? Como vai ele fechar a prisão de Guantanamo? Cá estaremos para ver do que será capaz, embora não devamos esperar milagres. Não é por Obama ter sido eleito que muda o regime político dos Estados Unidos.

quarta-feira, janeiro 31, 2007

Crack house (continuação do post anterior)

Outro pormenor do modo expedito como se aplica a Justiça nos States.
Em Washington (e provavelmente em muitas outras cidades, se não em todas) quando a polícia desmantela uma organização de venda de droga, nomeadamente de crack, a casa do dealer é demolida (à semelhança do que fazem os israelitas com as casas dos palestinianos autores de atentados contra Israel), mesmo se nessa casa vivam outras pessoas que eventualmente não estejam relacionadas com o negócio. Imaginem que o pai é passador de crack, mas a mulher e os filhos não têm nada a ver com o caso. Pois, a casa vai abaixo, na mesma.

Vi isso acontecer quando por lá andei, em 1996. Quem me informou dos pormenores desta política foi mesmo um funcionário do governo americano. Os americanos acreditam que pelo castigo podem vergar o indivíduo.

Acreditam nisso e aplicam essa filosofia em quase tudo, até mesmo no relacionamento com outros países ou, agora, na chamada guerra contra o terrorismo. No que respeita ao terrorismo, já se percebeu que a estratégia não vai resultar. Quanto ao tráfico de droga, também não acredito que resulte, até porque haverá sempre alguém disposto a arriscar tudo para fugir da indigência, isto é, aqueles que não têm nada a perder.

terça-feira, janeiro 30, 2007

Drug dealers

A propósito de um texto sobre o racismo vigente nos EUA, no Pululu, veio-me à memória uma sala de audiências de um tribunal de polícia, em Washington, especializado em julgamentos sumários de casos de tráfico de droga, onde a fila de réus era longa e exclusivamente constituída por negros. Uma estranha coincidência porque, na rua, a maioria dos dealers era de raça branca ou hispânica.

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Guantanamo


Os Estados Unidos ocupam a base de Guantanamo desde 1898, quando venceram uma guerra contra a Espanha. Cuba era, na época, uma colónia espanhola. O resultado dessa vitória militar foi a nomeação de um cidadão americano como primeiro presidente de Cuba, um tipo chamado Tomás Estrada Palma que se apressou a celebrar o acordo que deu a posse de Guantanamo aos EUA para que ali edificassem uma base naval permanente.
Ao longo dos anos, a existência da base foi questionada diversas vezes por vários governos cubanos, mas os EUA nunca a quiseram abandonar e os acordos foram sendo renovados, com maior ou menor dificuldade. Até que Fidel Castro chegou ao poder, em 1959.
O regime comunista nunca quis a base ali. Considera Guantanamo território ocupado ilegalmente. Os cubanos dizem que a permanência dos americanos viola o direito internacional, nomeadamente a Convenção de Genebra de 1969. Mas os americanos não saem dali. É verdade que, agora, a base serve de prisão para os suspeitos de terrorismo. Nos últimos anos, centenas de pessoas foram para ali enviadas e ali permanecem sem culpa formada nem julgamento. Mas, de facto, a base não tem qualquer importância militar aparente. A permanência dos EUA no local é, julgo, apenas uma demonstração de força e uma questão de teimosia política.
O que diríamos nós, em Portugal, se quiséssemos de volta a Base das Lajes e os americanos se recusassem a devolvê-la?

terça-feira, dezembro 19, 2006

Mas que lindo canteiro a vizinha tem

Segundo um artigo on-line do Guardian, há cada vez mais cidadãos norte-americanos a cultivar marijuana em vasos ou no quintal das traseiras. A dimensão da coisa é tal que, segundo o artigo, a produção caseira de marijuana ultrapassa todas as outras, se não em tonelagem, em valor da mercadoria. Isto é, estima-se que a colheita deste ano de marijuana caseira seja superior a 35 milhões de dólares (o valor de revenda será muito superior) enquanto que, por exemplo, o milho terá uma colheita de 23 milhões e o feijão de 17 milhões. Não é fantástico? Tantas muralhas erguidas na fronteira com o México, tantos bombardeamentos com químicos sobre a Colômbia e, afinal, a produção está disseminada pelos canteiros de flores das donas-de-casa e pelos vasos dos celibatários de Manhattan…
Continua o artigo a dizer que a colheita de marijuana caseira será a maior de todas em doze estados, incluindo a colheita de amendoim da Geórgia e a de tabaco nas Carolina Norte e Sul.
O artigo baseia-se num relatório recente (Marijuana Production in the US) feito pela organização DrugScience que luta pela legalização da marijuana e, portanto, tudo isto podem ser dados manipulados… mas lá que tem piada, isso tem.

sábado, dezembro 16, 2006

Teorias da conspiração

Circula pela net um power-point com dezenas de fotos do 11 de Setembro de 2001 em Nova Iorque e no Pentágono. Não sou ferveroso partidário de teorias da conspiração, mas admito que elas (as conspirações) existam. Quem me quiser convencer, tem de trabalhar um bocado e apresentar provas e não, apenas, meras conjecturas.

Uma das teorias mais conspirativas é a que aponta para a hipótese do atentado do 11 de Setembro ter sido auto-infligido... confesso que me custa acreditar numa monstruosidade dessas.
Mas, por vezes, surgem evidências que nos põem a pensar... Reparem então nestas fotos, obviamente obtidas nos dias seguintes ao atentado.
O fogo estava já apagado. Os destroços recolhidos. Acham que foi um Boeing que bateu no edifício do Pentágono? ...

Isto cheira a história mal contada, não acham?

terça-feira, janeiro 17, 2006

Segregação Racial

Ontem foi “Dia de Martin Luther King”, efeméride que só se comemora nos EUA, segundo creio. A comemoração é pretexto para algumas encenações políticas, com pouco significado real.
Bush encontrou-se com o Reverendo Jesse Jackson, um político negro que se apoia na igreja que dirige para fazer ouvir a sua voz e alcançar os interesses que defende. As cerimónias decorreram em Nova Iorque, os discursos foram politicamente correctos, mas a realidade está muito longe de ser satisfatória quanto à concretização do “sonho” de que Martin Luther King falava.

Um relatório da Universidade de Harvard revelou que a segregação racial aumentou, nos EUA, desde a década de 90 até hoje. Esse relatório, tornado público ao mesmo tempo que se realizavam as comemorações, diz que o racismo nos EUA, em vários aspectos, regressou aos níveis de 1968, ano em que Martin Luther King foi assassinado. "The national segregation levels are back at levels of the late 1960s," disse o Professor Gary Orfield, co-autor do relatório. "We have lost almost all the progress that came from desegregating our urban communities", acrescentou o académico.
Este estudo revela que a segregação já não é, apenas, entre brancos e negros, mas que atinge outras minorias étnicas, como os latinos ou os orientais.

Em 1996, o Director-Geral da SIC, Emídio Rangel, foi convidado pelo governo americano para participar num seminário sobre segurança e direitos humanos nos EUA. Rangel tinha mais que fazer e deu-me a viagem. Na altura, apresentava e coordenava o “Casos de Polícia”, pelo que, digamos assim, seria o jornalista mais especializado na matéria da redacção da SIC.
O seminário decorreu em várias cidades: Washington, Atlanta e Porto Rico. Nos vários locais, tínhamos oportunidade de visitar um conjunto enorme de instituições à escolha. Escolhi tribunais, cadeias e escolas. E vi, com espanto, escolas só de negros, onde se ensinava às crianças a “história negra dos EUA”, onde nos corredores só se exibiam posters e fotos dos “heróis negros”, entre os quais, claro, Martin Luther King. As crianças negras e brancas dos EUA não têm o mesmo curriculum escolar, aprendem realidades diferentes. Acho isso muito estranho. Nas cadeias, vi populações prisionais onde 70% eram negros, apesar dos negros não serem mais de 25% da população. Nos tribunais de polícia, onde os casos são sumariamente julgados, as filas de arguidos eram quase só de negros…

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Excelentíssimo

Vi hoje Alexandre Quintanilha na televisão, num debate na RTP-N a propósito da necessidade de conservar os recursos aquíferos mundiais, condição sine qua non para a sobrevivência da humanidade.

Conheci Alexandre Quintanilha em 1986. Fui ter com ele a Berkeley, uma cidadezinha nos arredores de São Francisco, no norte da Califórnia, onde Quintanilha vivia e trabalhava. Tinha uma casa giríssima de madeira, numa encosta arborizada. Trabalhava na Universidade, onde dava aulas de biologia, e num laboratório de investigação científica onde comandava um grupo de cientistas em pesquisas esquisitas para o comum dos mortais. Digo esquisitas porque, imagine-se, naquele tempo, Quintanilha estudava o modo de controlar a acção dos glóbulos brancos no combate às infecções no organismo humano. Queriam aqueles cientistas malucos manipular os glóbulos brancos, levá-los a fazer coisas, como se fossem carrinhos tele-comandados. Foi isto que mostrei no documentário que fiz por lá, para a RTP, integrado numa série intitulada genericamente “Gente de Sucesso”.

Desde essa ocasião que fiquei com uma enorme admiração pela personalidade deste tipo. Para além do brilhantismo académico e científico de Alexandre Quintanilha, ele revelou uma determinada teimosia que me enterneceu. É que este homem nasceu em Moçambique, estudou na África do Sul, doutorou-se em Paris e foi trabalhar para os EUA. Nunca, até então, tinha vindo a Portugal e sempre manteve a nacionalidade. Português “à força”, malgrado ser filho de um deportado político, um oposicionista degredado para o norte de Moçambique pelo regime de Salazar.

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Jornalista; Licenciado em Relações Internacionais; Mestrando em Novos Média

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