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sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Argumentos

Ando muito ausente do Blog, voltei para ver se me animo a retomar as postagens. Tenho uma de Gramado já começada e quero escrever sobre nossa viagem da semana passada, para o destino que considero o melhor de natureza do Brasil: Fernando de Noronha! Em breve espero conseguir publicar.

Hoje passei apenas para falar dessa fase dos 7 anos e de como a capacidade de argumentação dessas pequenas pessoas melhora! Lá em casa todo dia são várias coisas que Clara fala que fico de boca aberta! E como é difícil controlar a capacidade da criatura em enrolar e prorrogar tudo que precisa ser feito! Por exemplo, voltando da escola já é regra ir direto para o banho. Quando chegamos ela inventa de fazer mil coisas, e todo dia é uma briga. Se estamos para sair de casa, do nada ela encontra um livro e começa a ler, ou tem sempre um desenho para terminar, é incrível!

Ontem fomos lanchar a noite e ela quis um cachorro-quente (mesmo já tendo jantado). O cachorro-quente era grande e ela estava com um pouco de dificuldade para morder, e coisa foi se desmanchando. O pai, querendo ensinar como ela deveria comer, ficou aconselhando. Ela, irritada, solta: "Papai, você é adulto, você tem experiencia em fazer as coisas, eu sou criança, ainda estou aprendendo!"

E o papo de adolescente? Sempre rola um: "Eu sou assim, você tem que respeitar, é o meu jeito!" No que a gente sempre argumenta que todo mundo pode melhorar. Ela sempre se irrita quando ficamos dando bronca ou aconselhando muito, mas às vezes baixa a guarda e fala que sabe que nós fazemos isso porque queremos o melhor pra ela e que nós somos os melhores pais do mundo. Pelo menos até a próxima bronca...



quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Superpoderes

Clara anda numa onda de querer ter superpoderes. Já tocou nesse assunto várias vezes, uma vez disse que ia pedir para o Papai do Céu dar poderes a ela e quando eu perguntei que poderes seriam esses, ela disse que queria ter poder de transformar ela mesma, nós pais e os amigos nos personagens que ela quisesse brincar. Ontem ela falou de novo que queria muito poder se transformar no que ela quisesse. O mais engraçado é em que ela quer se transformar, geralmente é em unicórnio ou no Alvim e os esquilos (desenho da moda atual) ou em qualquer outro bichinho de desenho. Depois me perguntou se alguém tem esse poder e quando eu disse que não ela ficou meio decepcionada.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Quem vence?

Hoje na hora de dormir começou um conflito como tantos outros que tem acontecido por aqui. Eles surgem do nada, sem motivo nenhum e seguem num crescente um pouco fora de controle. As vezes temos tido dias difíceis, muita confusão e bate boca e isso é tão cansativo! 
Hoje por exemplo, estava tudo ótimo, eu já havia seguido a rotina de antes de dormir, tudo certo, apago a luz, beijo e dou boa noite. Sento ao lado como sempre e ela diz que está com sede. Falo que vou buscar água e ela diz que não quer água, quer outra coisa. Digo que não tem outra coisa e pergunto se quer água. Começa o choramingo, não quer água. Está com sede. Quer suco! Quer qualquer outra coisa. Respondo de novo que só tem água e como ela nega, me sento novamente. Ela grita que está com sede e quer água. Fico irritadíssima com essas pirraças e confusões inúteis e também brigo. Saio do quarto pra pegar água, brava e brigando. De repente ela solta:
- Será que eu posso ganhar pelo menos uma briga? Eu nunca ganho nenhuma briga, será que eu posso ganhar essa pelo menos?
Eu ri. Falei pra ela que não devia ter briga e nem vencedores. Dei água, sentei do lado dela em silencio e esperei dormir. Desse jeito vou ter que pedir ajuda aos universitários, não tá mole não. 

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Amor aos animais, sem exceção...

Episódio 1
Estávamos viajando, hospedados em um hotel grande em Saint Maarten. Depois vou escrever posts sobre a viagem, esse hotel foi uma ótima escolha, adoramos. Ficamos numa área que parecia uma vila, apartamentos com varanda, muito agradável. 
Pois bem, logo no primeiro dia avistamos uma gatinha circulando na área. Vi que estava prenha e que era mansa. Fomos então ao supermercado e compramos ração. Todos os dias ficávamos esperando nossa visitante ansiosamente. E ela, muito esperta, sempre aparecia pra ganhar o pratinho com ração e água, além de muitos carinhos. Ronronava e mostrava a barriguinha de grávida. Claro que nos apaixonamos e Clara mais ainda. Passava o dia dizendo que estava sentindo falta da gatinha e ficava radiante quando ela chegava correndo ao nosso apartamento. 
Quando fomos embora foi uma tristeza. Deixei a ração com outra hóspede que ficou e ela disse que entregaria para um funcionário que estava cuidando dela. Ficamos preocupados e Clara passou o resto da viagem falando da nossa pequena Mia. 

Episódio 2
Eu tenho pavor de barata. Se souber que tem alguma viva no recinto não fico em paz, não durmo. E tenho uma grande capacidade para enxerga-las...
Pois bem, estávamos em Sint Martin, jantando calmamente em um restaurante que fica em uma Marina. Eis que vejo, de canto de olho, aquele ser nojento rastejante vindo em nossa direção. Normal, as mesas estavam do lado de fora, em um local antigo onde deve haver muitas delas. Mais que depressa me levantei e falei, já meio alterada: Baraaaata!
Qual a reação da criança?
- Ahhhh, que fofinha! Cute cute...
- O que? Não tem nada de fofinha, é nojenta, tem que matar!
- Nãããão! Não pode matar a baratinha.
Marido espantou a bicha pro outro lado, mas quem disse que eu fiquei tranquila? Passei o resto do tempo com as pernas pra cima, imaginando aquela bicha subindo em mim. De uma outra investida, ela tentou novamente vir "nos atacar" e eu convoquei o marido pra matar.
Pois Clara deu um piti e não deixou. 
- Não mata a baratinha, não pode matar os animais. 
- Realmente não pode os outros animais, mas barata tem que morrer!!!!!!
Acho lindo que ela defenda os animais, mas tudo tem limite, né gente! 

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Os "pobemas"

Clara, num dia de muita rebeldia, já tinha brigado com 2 coleguinhas enquanto brincava no parquinho na saída da escola. Quando Papai foi repreende-la, brigou com ele também. Cheguei em casa e a encontrei emburrada, conversei com ela e fomos tomar banho. Não satisfeita ela começa a maior birra no banho sem nenhum motivo aparente, passou quase o banho todo chorando, estava mesmo inspirada!
Depois que passou a crise fui conversar com ela, perguntei o que estava acontecendo, porque ela estava daquele jeito e ela me responde:
- Mamãe, pimeilo foi o pobema do Daniel, depois o pobema da Larissa, depois do Papai e depois o de você!
- Sim, mas em todos esses problemas você que estava errada, não é?
- Nããããaaao! Todo mundo que estava errado, eu não fiz nada!

E vai convencer e explicar que não é assim que as coisas funcionam...

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Clara e os personagens

Nos últimos tempos raramente temos a Clara em casa, e nem somos nós mesmos. Nós oscilamos entre diversos personagens. Ela decide quem ela é e quem somos nós. E ai de quem se engana e solta um "filha", ou "amor" ou Clara, pois a bronca ver forte: "não sou Cala!!"
Vamos aos mais comuns:

- Poquinho Pático: sempre é ela, e nós somos os porquinhos preguiçosos ou então um é o lobo.
- Lobo e lobinho
- Mogli (papai), Balu (eu - ai ai), e ela é a Pantera Baguera, que ela chama de Banguela.
- Leão Cornélio (ela), ovelha mãe (eu), lobo (papai)
- Pluto (geralmente é ela, mas eu e papai também podemos ser), Mickey (pai), Minnie (ela ou eu), outro dia fui Clarabela mas reclamei e pedi pra ser a Margarida (hehehe).
- Gatinhos ou cachorrinhos (temos que miar ou latir muito)
- Pooh, Leitão e Tigrão
- Dona Aranha (papai), Lagartixa (ela), pintinho, galinha pintadinha, etc.
- Doki (ela), e uma invenção: o Doki Bravo
- Dumbo (ela), mamãe do Dumbo, e Timóteo (papai).

Esse são só alguns dos personagens que me lembrei agora, mas é todo um universo de imaginação onde ela mergulha pra valer, chega a passar um dia inteiro sendo um personagem. É engraçado, mas confesso que as vezes é meio chato, pois ela fica mesmo brava se não entramos na brincadeira ou nos esquecemos de quem somos. Mas claro que procuramos fazer parte da brincadeira e tentar fazer nosso papel da melhor forma possível.


segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

E haja criatividade!

Ando impressionada como a criatividade e a imaginação da Clara anda solta nos últimos tempos. É incrível como ela começou a se envolver mais nas brincadeiras que faz, cria diálogos, músicas, imagina personagens. Outro dia ela passou um bom tempo deitada no sofá com um livro no colo imaginando histórias com aqueles personagens. Conversava como se fizesse parte da história do livro e fazia as vozes das outras pessoas. Ela sempre faz vozes diferentes quando está reproduzindo conversas ou se imaginando um personagem, é muito engraçado.
Uma coisa interessante é que enquanto a maioria das coleguinhas da escola já anda totalmente envolvida com o tema "Princesas" ela nem liga, gosta mas prefere outras coisas. Enquanto todas são princesas ela é a Uniqua, a Minnie, o Pluto e principalmente o Lobo. Entrou numa fase de adorar fazer o lobo, e geralmente nós somos porquinhos. Ela passa horas nisso, olhando de cara feia, mostrando as unhas e ameaçando nos pegar, é uma figura!
Há algum tempo, enquanto conversávamos sobre o tema do aniversário de 3 anos ela ficou dividida entre Pooh, Turma da Monica e Minnie e amigos. Cada hora escolhia um desses. Uma vez ela me disse que queria o aniversário de Pooh e que iria vestir de Leitão (eu mereço!). Depois ficou um tempo dizendo que seria de Monica e depois decidiu que seria de Mickey e Minnie. Outro dia inventou que queria vestir de Pluto e passou vários dias brincando de Pluto.
Uma das Vovós quer combinar uma viagem à Disney para o ano que vem, com os 3 netos, e foi contar pra ela toda animada que teria café da manhã com as princesas e que ela poderia se arrumar toda e tal. Os olhinhos brilharam mas logo ela perguntou: "E com o Pluto?". hehehe
Eu confesso que gosto muito que ela tenha suas preferencias e que não se deixe levar pela "galera", mas por outro lado percebo que muitas vezes ela acaba excluída das brincadeiras quando as coleguinhas se juntam, pois não conhece muita coisa sobre as Princesas. Vejo que as vezes ela fica um pouco enciumada, mas acaba se virando indo brincar com os meninos de corre-corre, como ela mesma diz.
Outro dia ela falou que iria na loja comprar um bebê e um cachorro... Depois disse que o bebê dela seria menina e que se chamaria Luíza. Também disse que o bebê do Bernardo (coleguinha, cuja mãe está grávida) seria menino e que seria o Arthur. Achei bem interessante ela escolher os nomes pois não temos nenhuma pessoa próxima com esses nomes e ela nunca foi de dar nomes às bonecas.
Enfim, estou adorando viajar nesse mundo da imaginação, fico sempre tentando captar os diálogos e acho muito graça, é tudo uma grande diversão!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

A pinta

De novo um post sobre ela, a minha pinta. Ela continua sendo preferencia nacional aqui em casa, sempre que tem oportunidade lá vem a Clara com o dedinho para esfregar minha pintinha do ombro. E o amor é tanto que chega a incomodar em alguns momentos. Sempre que vem no meu colo ela logo pula pro lado esquerdo, que é onde fica a tal pinta e o dedinho vai direto pra dentro da manga da blusa. Sempre que está nervosa é a pinta que a acalma, e o colo do pai não serve, afinal ele não tem pinta.
Ela vive se referindo à pinta como a "minha pinta", faz carinho, já deu até beijinho, chega a ser engraçado.
Pra dormir segue um tempão esfregando a pinta. Comecei uma campanha aqui em casa pela divisão do trabalho de fazer a Clara dormir, tem toda uma rotina de leitura, tomar leitinho, escovar dentes, e depois de apagar a luz geralmente rola uma conversa sobre os acontecimentos do dia. Consegui algumas poucas vezes que ela dormisse com o papai, já é alguma coisa, mas bem pouca. Semana passada eu tentei novamente. Ela aceitou o papai pra fazer a leitura, escovar os dentes e tudo o mais, mas na hora que a luz se apagou ela começou a pedir a mamãe. Eu fui lá, tentar convence-la que era o dia do Papai, e ela:
- Mas eu não quelo o Papai, quelo você!
- Mas filha, o Papai também quer dormir com você, a gente já combinou e hoje é dia dele.
- Mas eu não goto do Papai!
- É claro que gosta!
- Mas mamãe, o Papai não tem pinta!
Como é que faz???

domingo, 2 de dezembro de 2012

Papai tá demolando muito!

Papai está viajando há mais de uma semana e nossa rotina está toda bagunçada. Como tenho ponto eletrônico no trabalho e preciso cumprir as 8 horas diárias, além de estar pagando o recesso de final de ano, se tivesse que levar e buscar a Clara na escola durante todos esses dias eu ficaria devendo muitas horas nesse tempo. Então minha mãe se ofereceu pra vir ficar conosco na semana passada e quebrou o maior galho. Com a Vovó em casa, Clara não quis saber de ir pra escola nenhum dia a semana toda. Minha ideia inicial era deixa-la em casa pela manhã, vir almoçar e leva-la a tarde, mas todos os dias ela dizia que queria ficar com a Vovó. Foi ótimo, as duas se curtiram bastante, brincaram um monte, mas sempre aqui dentro de casa, pois a Vovó não é de descer, ir ao parquinho, etc. Outro ponto negativo é que a Clara perdeu o aniversário dos 2 melhores amiguinhos na escola, que foi na quinta. Eu pensei que seria na sexta, mas me esqueci que em Brasília era feriado (só distrital, todo mundo da área federal trabalha), então foi na quinta.
Só sei que Clara ficou ótima, curtiu bastante a Vovó, falou com o Papai pelo telefone várias vezes, inclusive mostrando tudo pra ele, jurando que ele podia ver do lado de lá, mas por outro lado acho que ficou com a energia muito acumulada. Ontem saímos e passeamos bastante, fomos ver um espetáculo da Turma da Monica (que não gostamos!), mas quando voltamos pra casa começou uma seção de birras e pirraças terrível que se estendeu até hoje. Tivemos um começo de dia bem difícil, eu perdi a paciência totalmente, brigamos pra valer (eu sei, ela é criança, mas nem sempre consigo me controlar).
Hoje passamos o dia na casa dos meus pais e em algum momento falei que o papai ia chegar amanhã e ela falou: "eu vou falá pala o Papai que ele tá demolando muuuuuito!" Aí eu fiquei pensando que todo esse stress deve ser pela falta do Papai, dos amigos e de toda a rotina! Enquanto a Vovó estava aqui tudo foi relativamente tranquilo, mas depois a coisa se complicou. Amanhã cedo ela vai pra escola e vamos ver como tudo vai ficar.

sábado, 20 de outubro de 2012

Os incríveis 2 anos

Que incrível essa idade de 2 anos! É uma fase de aprendizado e desenvolvimento tão grande que é até difícil acompanhar. Cada dia aparecem coisas novas: frases, argumentos, brincadeiras, gestos - coisas tão inesperadas que muitas vezes nos pegam de surpresa e nos deixam bobos e orgulhosos (ou então bastante envergonhados). Clara sempre aparece com coisas diferentes, ela muda até o jeito de falar. Nesses últimos dias me apareceu com um sotaque totalmente diferente, parecendo sotaque gaúcho, muito engraçado. Essa semana ficou uns 2 dias falando muito alto, praticamente gritando o tempo todo, fiquei repetindo que não precisava gritar até que ela voltou ao normal. Na escola normalmente ela é super colaborativa, mas algumas vezes lidera rebeliões e faz uma confusão.
A escola da Clara produz portfólios todos bimestre, mostrando o que eles fizeram de atividades, com fotos e desenhos. Sempre que fazem alguma atividade direcionada a algum tema a professora pede pra cada um falar e anota no desenho. Saem coisas engraçadíssimas. Em um era pra falar das pessoas da família, fizeram uma colagem pra cada pessoa que eles nomeavam. Clara falou: Papai, mamãe, Clara, Vovó, Vovô, Fernando (tio), Nina (cachorra) e Kali (gata). Mas não explicou quem eram Nina e Kali. Achei bem interessante ela ter citado as 2 que são dos meus pais e não os nossos gatos, que moram conosco.
Em uma outra atividade eles desenharam e falaram o que os deixava tristes. A maioria disse que era quando o papai e a mamãe brigavam, ou quando se machucavam, ou algo parecido. E Clara? "Quando maltratam as pessoas...". Em outra era pra dizer o que quer ser quando crescer. As respostas pra essa foram diversas: como o papai ou a mamãe, quero ser doutora, vou ser moça e princesa, vou ser grande, etc. Clara disse: "quero trabalhar com livros". E eu aguento isso?
Não posso negar que estou amando essa fase, assim como amei o primeiro aninho. Mas existe o outro lado dessa maravilha que são os 2 anos. As birras, as pirraças, as oscilações do humor. Como é difícil lidar com isso! Tem dia (ou partes dos dia) que a Clara é uma criança divertida, tranquila, muito animada, em outros dias fica irritada, birrenta, chorona e extremamente desobediente. Faz tudo pra ser "do contra", não quer nada e não fala com ninguém, é praticamente uma adolescente! E assim seguimos curtindo esse fantástico mundo novo que é a infância da nossa filha, totalmente diferente de tudo o que já vivemos.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Implicante

Fomos tomar banho, Clara e eu, e ela solta:
- Só nós 2 vamos tomar banho. Banho de menina. O papai não. O papai é tão chatinho, né mamãe!

***********

Papai cozinhando e nós 2 na sala. Papai faz barulho com alguma coisa na pia e ela grita:
- Ô papaiê, você tá fazendo a maior bagunça aí!

***********

Ela vai fazer xixi sozinha no banheiro e papai vai atrás pra ajudar. Ela fica brava e fala pra ele sair. Eu chego e ela também pede pra eu sair. Eu digo pra ela me chamar quando terminar e logo ela chama e diz:
- Só você que pode me ajudar, o papai não pode, tá, mamãe!

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Sustos

Clara entrou numa fase em que acha divertido sair correndo nos lugares mais cheios de gente ou perigos. E como corre rápido essa menina! Dia desses fomos almoçar no shopping, que estava bem cheio. Em um momento que o pai saiu pra pedir o almoço e eu estava na mesa segurando o lugar e vigiando as coisas, ela escorregou da cadeira com a maior habilidade e saiu em disparada no meio do povo. Foi um piscar de olhos e eu já saí atrás, mas com tanta gente circulando cheguei a perde-la de vista por alguns segundos e o coração já bateu mais forte. Tive que largar tudo na mesa e sair correndo atrás dela.
A mesma coisa ela já fez em outros lugares e parece achar super divertido quando nos vê correndo afobados atrás dela. E quando ela corre para o lado da rua? É um sufoco! Eu até acho que ela não vai pra rua, mas não dá pra pagar pra ver, porque a vontade de nos desafiar é maior que tudo.
Nós já explicamos centenas de vezes que não pode, que é perigoso, e até apelei pra um pouco de terrorismo, do tipo: vem um doido e te leva e nós não vamos mais te encontrar. Eu que sempre fui contra passar medo em criança não ando vendo outra saída.
Na semana passada fomos, minha mãe, Clara e eu, visitar minha irmã que mora em Minas. Um dia estávamos todas nos preparando para sair, eu fui calçar o sapato e deixei a Clara com as 3: vovó, titia e prima. Elas já com a porta do apartamento aberta. De repente eu escuto lá de dentro: Nossa senhora! A Clara pegou e elevador sozinha! Ela entrou no elevador, apertou o botão do térreo e foi embora sozinha. Minha irmã desceu pela escada e eu esperei o elevador voltar na esperança dela estar dentro. Não estava. Desci e não a encontrei. Detalhe que o térreo de prédio é onde ficam as vagas de garagem. Saí correndo procurando e algumas pessoas me avisaram que a viram no meio da garagem. Só depois de alguns minutos a encontrei, já voltando para o hall, correndo, e dando risada. Fiquei uma fera, dei muita bronca, coloquei sentada de castigo... Sei que não resolve muito, mas o que fazer? Pra ela é tudo uma diversão, mas são brincadeiras muito perigosas, como fazer essa criaturinha entender isso?

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Ser saltitante

Clara é um ser saltitante. Se tem uma coisa que ela faz que eu amo é dar tantos pulinhos. Se ela está empolgada ou feliz com alguma coisa ela dá vários pulinhos. Quando eu chego na escola pra busca-la e ela tem algo pra mostrar, corre pra mim e quando chega dá pulinhos. Antes eram pulinhos de bebê, com perninhas alternadas, agora já com as duas pernas juntas. Eu simplesmente amo essa forma de expressar alegria!

domingo, 8 de julho de 2012

Super sensível

Nos últimos tempos Clara anda um poço de sensibilidade e dramaticidade. Quando damos qualquer bronca ou só chamamos a atenção ela desaba num choro super sentido que se estende por muito tempo. Às vezes só de falar o nome dela de forma um pouco mais ríspida já é motivo pro chororô. Aí haja paciência pra tanto grito e drama. Geralmente ela chora e fala: "você me bigô" (você brigou comigo!) e muitas vezes completa: "pede dicupa!". Isso aos berros, chorando como se tivesse apanhado, com direito a muitas lágrimas. É tão difícil lidar com essa fase das birras e da imposição das vontades! Eu tento ignorar, mas ela já percebeu que se continuar o escândalo por muito tempo ninguém aguenta assistir sem fazer nada, então muitas vezes não funciona. Tentamos conversar, principalmente quando na verdade nós não brigamos, que só estamos explicando que não pode fazer tal coisa. Às vezes funciona, ou não...
Junto com tudo isso vem os desafios, alguns são até engraçados como quando ela fala alguma coisa ou canta e nós por algum motivo repetimos ela fala bem alto: "eu falei pimeilo!". E tem os gritos sem motivo, do nada ela solta um "AHHHH". E se ela vê que não queremos que faça alguma coisa aí é que quer fazer. Por exemplo: temos uma gata que é deficiente e ela não consegue fugir e se defender da Clara. Então Clara cisma de mexer com a gata, e fica dizendo que quer cuidar da Lucy, e aperta e coloca várias coisas em cima dela, e persegue a pobre da gata. Nós estamos sempre de olho, deixamos que ela mexa até que a gata comece a reclamar, então entramos em ação pra defendê-la. Uma coisa legal é que ela finalmente aprendeu a fazer carinho nos gatos e quando quer faz direitinho, sem machucar, acho a coisa mais linda e elogio bastante.
Por outro lado essa idade também tem coisas muito legais, principalmente o desenvolvimento da capacidade de comunicação, a formação de frases, a organização das ideias e dos argumentos. Todos os dias tem novidades e é emocionante vivenciar tudo isso. Ainda bem que tem as coisas fofas pra compensar, concordam?

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Clara e as pintas

Desde bem pequena a Clara tem interesse pelas minhas pintas. Ela fica super feliz por ter uma na perna e quando olha minhas milhares ela logo fala: "Calinha também tem". Teve uma fase em que ela pegou uma mania de ficar tentando arrancar as pintas enquanto mamava, era só se ajeitar já ia com os dedinhos direto nos lugares onde ela já sabia que tinha alguma e enfiava a unha, e todo mundo sabe como unha de bebê é afiada, já arracou sangue e tudo... Muitas vezes eu amamentei com a mão em cima das "áreas de interesse". Claro que eu falava que não podia, que machucava e ela geralmente tirava a mãozinha, mas parecia que a atração era mais forte e ela devagar voltava a esfregar a pinta. Com o tempo ela desencanou e eu pude respirar aliviada. Até que de repente a paixão voltou. Mas agora é uma paixão fiel, por uma pinta específica, que fica na parte de trás do meu ombro, e por sorte ela agora não arranha (raramente acontece), só fica passando os dedinhos, e isso a acalma bastante. Quando a pego no colo ela já automaticamente pula para o braço esquerdo, pois a dita cuja é do lado esquerdo, enfia a mãozinha na manga da minha blusa e fica ali, aproveitando. Quando ela chora, se acalma com a pinta, quando vai dormir se agarra em mim feito um macaquinho, pra poder ficar com mão nela. Mas o mais engraçado é que ela se acha a dona da pinta, está sempre dizendo: "vem cá, mamãe, quelo a minha pinta", ou simplesmente "me dá minha pinta". Outra coisa que dou muita risada é que ela fica com o dedinho na pinta antes de dormir, e geralmente depois de um tempo eu digo que chega, ela tira a mãozinha, vira pro lado e dorme. Algumas noites eu demoro pra dizer que chega, ela cansa e fala: " já chega, mamãe", e fica esperando que eu diga chega pra largar a pinta e dormir tranquila.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Super birras e outros desabafos

As birras tem dado as caras por aqui. As vezes são previsíveis, principalmente por causa do sono ou fome, outras vezes simplesmente aparecem do nada. E Clara rola no chão, e grita e chooooora até ficar vermelha e cansada. Normalmente depois de ver que não vai dar em nada pede colo e fica soluçando no meu ombro. Minha estratégia é "tentar" ignorar. Primeiro tento entender o motivo, mas quando vejo que a coisa está fora de controle saio de perto e procuro ficar calma. O problema é que preciso muito aprender a lidar com a situação, por mais que saiba que é normal, que é fase, que o melhor é não valorizar, muitas vezes não consigo manter a calma. Confesso: birra me tira do sério. Principalmente quando ocorre na rua, quando ela começa a se jogar no chão e sair se arrastando eu quase tenho um ataque! Sim, eu sei que provavelmente ela percebe e isso é um combustível para a situação. Mas como é que faz? Meu sangue ferve, gente! Por isso tento me afastar e deixar as coisas se acalmarem.

Esses últimos dias de férias foram um pouco difíceis. Primeiro porque fomos premiados com as férias mais longas da cidade dentre as escolinhas particulares, e nós não temos férias desse tamanho, ou seja, estávamos sem ninguém pra cuidar dela. Vejam bem, não é que eu não goste ou não aguente ficar esse tempo com ela, seria maravilhoso se eu não tivesse que ir trabalhar, mas infelizmente não tenho tantos dias livres. Minha mãe que normalmente nos ajuda dessa vez não pode fazer muita coisa por diversos motivos. A última coisa que aconteceu foi que semana passada ela viria ficar com a Clara aqui em casa, mas minha irmã sofreu um acidente e precisou dela. Nós, eu e Jorge, ficamos nos revezando, cada um faltando um período de trabalho. No meio disso tudo entramos numa situação de estresse e horários totalmente descontrolados. Clara tem protelado o quanto pode o sono da tarde, algumas vezes dormindo no final do dia e depois indo dormir super tarde, por volta das 11.

Outra novidade é que estou querendo desmamar a Clara. Vou tentar fazer um post só sobre esse assunto, mas por enquanto quero dizer que sinto que está na hora. Pra mim não tem sido mais prazeroso e vejo que será melhor para nós duas. Mas não acho uma boa solução interromper de uma vez, então estou cortando as mamadas extras primeiro e por enquanto quero manter só a da noite e a da manhã. Nesses dias de férias fui fazendo isso, mas acabava cedendo na mamada pra ela dormir a tarde. No entanto o que antes a deixava entorpecida, agora não tem muito efeito. Esses últimos dias ela pedia pra dormir, eu acabava dando o peito e ela não dormia, ou seja, ela sabe que se pedir pra mamar não ganha, então pede pra dormir. Como ela me enrola e não dorme acabo ficando irritada. Hoje aconteceu novamente e eu decidi que não vou mais dar essa mamada. Agora serão só 2 por dia, em breve tiro mais uma e depois paro.

Hoje depois dessa tentativa de sono eu desisti e não deitei com ela de novo mais tarde como faço as vezes, já na tentativa de regularizar o horário do sono noturno. Passamos o dia relativamente bem, brincando e vendo "vedede" (DVD). No final da tarde fomos fazer um lanche na rua e depois ao parquinho, onde ela brincou bastante. Voltamos pra casa e o cansaço começou a bater forte. Fomos direto pro banho e tudo ia bem. Na hora de sair começou uma mega birra. Depois dessa foi uma sequencia de birras incríveis, praticamente sem motivo, ou melhor, motivadas pelo mais puro cansaço. Fiquei impressionada com tamanha capacidade de gritar e com medo dos vizinhos chamarem o conselho tutelar! Na maior parte do tempo consegui manter a calma. Por último fomos para o quarto, ela chorando sem parar. Fiquei em silencio com ela até acabar a última das birras do dia. Ela então subiu na cama, tomou o leitinho, pediu o mamá e finalmente se rendeu ao sono.

Amanhã começam as aulas, mas só no período da tarde. E como será adaptação ela não deverá ficar todo o período... Somente na quarta começa pela manhã. E pra ficar ainda mais legal marido vai viajar amanhã e só volta na sexta. Só quero ver como eu vou pagar as horas que vou ficar devendo no trabalho (tenho ponto eletronico, tá pessoal).

E só pra terminar esse post gigante, só para dar um feedback para quem comentou no post anterior sugerindo um possível processo alérgico, eu também acho que pode estar acontecendo, mas estou apostando no leite, pois foi depois que liberamos geral que a coisa vem acontecendo. Não creio que os gatos sejam o problema. O problema é que ela anda louca pelo leite e não consegui mais tirar, mas vou tentar o leite de soja pra ver no que dá. E durante a semana talvez eu vá ao pediatra homeopata...

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

No consultório

Hoje no consultório do pediatra:

Chegamos e já estava na sala de espera uma mulher com um bebê de 1 mês. Clara sorri timidamente para ela. Depois desce do meu colo e vai brincar na mesinha que tem no canto, com uma cestinha de lego. Brinca bonitinho, tirando e colocando as peças na cestinha e num copinho, toda sorridente e simpática. Passa uma menininha com o pai no corredor e as duas começam a se comunicar através da porta de vidro. Clara faz que vai abrir a porta algumas vezes pra sair, mas eu falo que não e ela não abre (coisa inusitada).
Alguns minutos depois ela começa a se agitar, quer alguma coisa que ninguém sabe o que é, começa a subir e descer da cadeira, derrubar as peças de lego no chão, joga a cesta também. A gente diz que não pode e ela grita: NÃO, MAMÃE! NÃO, PAPAI! Quer as pecinhas, quando a gente entrega não quer mais e joga no chão de novo. Depois de algumas cenas assim, saio com ela pra espairecer no corredor e ela se acalma.
A mulher, que até então só observava, começa a rir e solta:
- Que alívio, pensei que só meus filhos fizessem essas coisas.
Eu sorrio e digo que ela não é brincadeira.
- É que ela parecia tão boazinha e obediente que eu já estava me perguntando porque meus filhos não se comportam assim. (Aí explicou que a bebê é a terceira filha e que os outros dois são "da pá virada").
Aí começamos a dar risada e concluímos que toda criança é assim e que quem diz que os filhos não dão trabalho nenhum, que são super comportados está fazendo propaganda enganosa.

Nossa Clarinha é assim, levada e geniosa. Tento controlar minimamente esse "gênio" de forma a não deixar que ela se torne aquelas crianças que ninguém aguenta. Fico preocupada de não ter sucesso...

Quanto à consulta em si:
Clara está ótima. Pesando 11,5 Kg e medindo 82 cm. Depois que pediatra (hipnotizador) examinou algumas coisas com ela agarrada no meu pescoço, ela deitou na maca de colaborou totalmente com ele, olhando com aquela cara mais séria e compenetrada desse mundo. Ele dizia pra ela que ia olhar os ouvidos e ela virava a cabeça do jeito que ele pedia. Agora abre a boquinha e ela abria, e assim por diante, uma graça.

Falei de como ela tem estado ruim pra comer nos finais de semana, quase não almoça nem janta, passa a sucos e uma fruta ou outra (e biscoito se a gente der). Anda louca por ovinhos de codorna e é o que tem salvo algumas refeições. Verduras e legumes ela não quer nem ver. Tem dia que quer arroz puro! Ele disse que é normal e passou um complemento mineral.
Eu já andava dando leite de caixinha semi-desnatado (o mesmo que eu tomo) às vezes mas tinha um pouco de receio. Ele liberou, disse pra dar todos os dias de 200 a 400ml. Ela toma puro ou batido com banana e/ou mamão.

Enfim, Pequena está ótima!

Amanhã será a "Culminancia da Mala de Leituras" na escola, apresentação de um livro escolhido pelas crianças, através de música e dança (o do ano passado foi da Clara Caranguejo) mas a apresentação estará muito desfalcada pela ausencia da minha fofinha, pois estaremos viajando (risos). Vamos aproveitar o feriado para ver minhas irmãs e sobrinhos.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Ataque de fofura

A escola da Clara mais uma vez emendou o feriado, quinta e sexta. E a querida vovó quebra-galho estava viajando e não pode vir ajudar, então eu e marido tivemos que nos revezar, cada um faltou um período do dia no trabalho. Ela, por sua vez, está aproveitando e gostando bastante de passar esses dias conosco.
Hoje ela já acordou feliz e passou o dia falando e fazendo coisas fofas. De manhã fomos ao parquinho e ela brincou bastante, depois foi olhar os brinquedos das crianças que estavam espalhados na areia. Viu uma Mônica e adorou, pegou no colo e me perguntou: Cadê Ceboinha?
Não queria ir embora, mas no final devolveu a Mônica e saiu sem chorar, apenas não quis voltar para o carrinho, voltou andando de mãozinha dada (coisa que geralmente não gosta muito de fazer). Chegando em casa tomou um banho e enquanto vestia a roupa perguntei se ela queria almoçar, ela fez que sim e disse: papá so Vovó (papá gostoso da Vovó).
Outra novidade fofa é que agora quando ela vai fazer alguma coisa e não consegue ela pede: qué ajuda.
A tarde foi a vez dela ficar com o papai e quando eu cheguei ela correu até a porta, me deu um abraço (normal), mas também me deu um beijo super gostoso (raro). Pediu pra mamar e começou a fazer carinho no meu cabelo. De repente ela chama: Papaiiii, cá, cainho! E fez carinho na cabeça dele também. E assim ficou por um tempo, revezando carinho em mim e no papai que tinha que ficar indo toda hora no sofá, e nela mesma. O engraçado é que Clara convive muito com animais e estamos sempre ensinando a não maltratar e como fazer carinho, então ela faz o mesmo tipo de carinho em todo mundo, seja pessoa ou animal.
Agora ela imita muito o que a gente fala, até os trejeitos, interjeições e tons de voz que a gente usa sem perceber. Agora a noite fomos dar um passeio e na hora de sair ela ficou quietinha no carrinho e eu perguntei: o que foi, filha, bateu um banzo? Ela respondeu na hora: é, bateu banso, e sacudiu a cabecinha confirmando: bateu. Parecia que estava entendendo a pergunta.
Duas palavras engraçadas que ela fala as vezes: Saptato (sapato) e cachelé (jacaré).
Muito fofa essa minha filha!

PS: Obrigada a todas que responderam o post anterior, fiquei mais tranquila por saber que é normal as crianças passarem por essa fase de medos.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Clarinha furacão

Chego na porta da salinha de aula e logo ela me vê. Abre aquele sorriso e vem correndo. Fica saltitando na porta até vir por meu colo, se deixa agarrar e beijar (ela não é muito de distribuir beijos e abraços). Logo quer me mostrar alguma coisa nos painéis, se contorce querendo descer pra brincar no pátio onde tem uma casinha que é uma tentação. Eu tento segurar porque se ela for pra casinha é no mínimo meia hora pra conseguir tira-la de lá. Saio rápido pro carro arrumando distração pra criaturinha impaciente. Vamos no carro conversando e cantando (ela escolhe a música falando: qué não, e tentando explicar qual ela quer, por exemplo: muca sapo ou catá sapo). As vezes resolve tirar os bracinhos no cinto de segurança. As vezes só arranca os sapatos.
Chegamos. Desço do carro com ela no colo, minha bolsa, bolsa dela, e mais coisas diversas. Se pergunto se ela quer ir pro chão responde: qué não, colinho. Ela é quem aperta o botão do elevador. Assim que ele chega pede pra descer. Vai saltitando e querendo bater nas paredes. Quando chega no nosso andar ela dispara, corre pro lado oposto da nossa porta e as vezes bate na porta do vizinho (vergonha...). Dá pra perceber que faz isso pra me provocar, pra ver minha reação. Depois corre pra nossa porta e entra feliz da vida. Pede pra mamar imediatamente (as vezes esquece). Depois começa a bagunça, corre para os brinquedos. Tem dia que sai chamando pelos nomes: Palooo (Pablo), Palinhoooo, Pataaaa (patatá), etc. Uma brincadeira que acho muito fofa é quando ela pega os bonecos e bichos de pelucia, organiza todo mundo sentadinho lado a lado e fica dando comidinha pra eles com a colher e copo de brinquedo. Outro dia encheu o bico de um pato de pelúcia de goiaba. Ontem ela começou a pegar um boneco de cada vez, colocava na cadeirinha e pegava um livro pra mostrar, depois trocava de boneco e de livro, uma coisa mais fofa do mundo!
Pega as caixas menores, cheias de brinquedos pequenos e pecinhas, levanta o máximo que consegue e vira, só pra ver tudo caindo e se espalhando. Começa a pegar livros pra olhar, primeira com calma, depois rapidamente, até derrubar tudo no chão. Pede para abrirmos a gaveta de DVD e tira tudo de dentro, brinca com eles e geralmente deixa espalhado pela sala. Vai no armário e tira os brinquedos que estão guardados. Vai no banheiro e sobre no vaso pra mexer no que está em cima da pia. Tira os cremes e shampoos do armário.
Nesse meio tempo ela já subiu nas cadeiras várias vezes (para o desespero de quem não está acostumado a vê-la se equilibrando nelas) e mexeu em tudo o que estiver em cima da mesa. Joga as almofadas do sofá no chão, rola no arranhador dos gatos e sai cheia de pelo, tenta brincar com os gatos, que fogem dela. Enfim, é uma verdadeira maratona! Por mais que eu tente fazer com que ela colabore na arrumação nunca consegui. Estou sempre mostrando que depois de brincar tem que guardar, peço ajuda, mas ela se faz de surda e me ignora.
Até que ela pega um DVD e pede pra gente: exe qui. Já enjoou de praticamente todos os DVDs, e escolhe direitinho o que quer ver. Aí sim, sossega por um tempo, sentadinha no sofá.
Num dia normal entre 20:30 e 21 h estamos indo para o quarto pra ela dormir (ainda no peito), mas em alguns dias ela resiste bravamente. Não sei como tem tanta energia!

domingo, 25 de setembro de 2011

Lilo


Tradução da linguagem da Clara: Livro! Clara adora livros, está sempre olhando algum, concentrada. Gosta também de alguns gibis e revistas. Todo final de tarde na escola é a hora do livro, eles ouvem histórias e cantam e as crianças exploram a mala do livro a vontade. Quando eu chego pra busca-la ela sempre corre pra me mostrar algum livro que ela achou interessante. Mas até agora Clara sempre gostou das figuras dos livros, adora que a gente vá mostrando e dizendo os nomes de tudo, mas não tem paciência pra escutar histórias, o que é normal pra idade dela. Há pouco tempo comprei um livro chamado A casa dos beijinhos. É um livro grande e bonito e tem abas pra virar, coisa que ela adora (apesar de arrancar algumas). Sempre tento contar a história mas até hoje ela nunca tinha parado pra escutar. Hoje ela estava olhando o livro e eu sentei ao lado, comecei a contar a história (um cachorrinho chega em casa e quer ganhar beijinhos), e ela parou, escutou, se divertiu. Terminei e ela pediu: ovo (de novo). Contei e ela sorriu algumas vezes, e em seguida pediu mais uma vez. Teria continuado, mas e sugeri que a gente lesse outro livro, então ela começou a pegar todos os outros livros pra eu ler. Fiquei super feliz com mais esse momento de interação, essa fase tão gostosa de compartilharmos as leituras. Com os DVDs já acontece, percebo que ela adora que eu sente ao lado, logo senta bem grudadinha em mim, uma delícia.