Em janeiro de 2012 fizemos a primeira viagem internacional
com a Clara, para o Uruguai e Argentina (link e link).
Gostamos muito de Buenos Aires para crianças e desde esta época queríamos
voltar, mas sempre apareciam outras viagens e acabávamos postergando.
Em janeiro
de 2019 finalmente surgiu a oportunidade desejada e não deixamos passar. Seria
apenas 1 semana, mas já daria para aproveitar bastante.
Desta vez
voamos de Azul e achamos bom, chegando no início da madrugada. Dessa vez ficamos
hospedados em um apartamento na Recoleta, em frente ao Cemitério e na esquina
do Recoleta Mall, achamos a localização excelente, embora ficasse a cerca de
600 metros do metrô. Por perto havia supermercado, padarias, lojinhas,
sorveterias e vários restaurantes.
Nosso 1º
dia foi um domingo, dia ótimo para ir a La Boca. Andamos pelo Caminito e pelas
infinitas lojas de artesanato. Acabamos nos demorando por lá e almoçamos num
dos restaurantes pega-turistas. Foi a segunda pior comida da viagem em termos
de custo-benefício. De lá seguimos para a Plaza de Mayo para ver a Casa Rosada,
o Cabildo e a Catedral.
Na praça
tinha um senhor vendendo milho para dar para os pombos. Obvio que a Clara quis alimentá-los e se divertiu muito, pois adora todo tipo de animais. Saímos caminhando pelo Centro e passamos em frente ao Café Tortoni. Como ainda não conhecíamos e a fila não estava grande decidimos entrar pra conhecer. Ficamos surpresos pois imaginávamos que era mais uma armadilha de turista, mas gostamos bastante. Tomamos café, sorvetes, e comemos croissant. Tudo muito bom. A conta não foi mais cara que a
de nenhum outro local. Achamos que valeu a pena.
Seguimos
depois pela Calle Florida até as Galerias Pacifico. Terminamos o dia jantando
no Club de la Milanesa perto do cemitério da Recoleta.
Como
amanheceu chovendo bastante e esta era a previsão do resto do dia, resolvemos
fazer programas indoor. Fomos diretamente ao Teatro Colon, que também não visitamos da outra vez. Compramos os ingressos no local e sem fila, tendo que esperar
30 minutos para nosso grupo entrar. O teatro é maravilhoso, super recomendamos a visita, ficamos com vontade de assistir um espetáculo lá, deve ser incrível.
Como
continuava a chover depois que saímos do teatro, corremos até uma estação de
metrô e fomos para o Shopping Abasto, para levar a Clara no Museo de los Niños,
que ela amou quando tinha 2 anos. Agora, com quase 9 anos, ela
igualmente gostou, mas ficou menos impressionada. Achamos o lugar um pouco descuidado, com várias coisas estragadas e sem manutenção. O retorno para a Recoleta foi
marcado por uma chuva absurda na saída do metrô. Ficamos parados um tempão esperando passar e nada, então decidimos seguir na chuva mesmo até o apartamento, correndo.
No terceiro
dia fizemos um dos programas que mais gostamos na outra vez que fomos: o
Biopark Temaiken. É um zoológico com bons recintos para os animais, assim
podendo viver mais confortavelmente. Divulgam que priorizam o bem-estar dos
animais.
Da vez
anterior, pegamos um ônibus na Plaza Italia que nos deixava em frente à entrada
e no mesmo lugar pegávamos o ônibus de regresso. Desta vez não
existiam mais os ônibus. Chegamos na Plaza Italia e só tinha uma linha para
Escobar, onde descíamos e, de acordo com o motorista, andaríamos 5 minutos e
chegávamos. Levamos pelo menos uns 20 minutos caminhando, num sol de rachar e muito calor. Na
volta esperamos um bom tempo para pegar um ônibus que nos levasse ao centro de
Escobar para pegar o ônibus para Buenos Aires. Mas perguntamos no ônibus onde deveríamos descer para pegar outro ônibus para Buenos Aires e não nos avisaram quando passamos pelas paradas e passamos do local. Tivemos que caminhar até as paradas e foi com muita dificuldade que descobrimos onde esperar, pois ninguém dava informações direito. Achamos e
ficamos esperando, mas quando vinha um ele sempre passava direto.
Perguntávamos nas bancas e lojas e todos nos respondiam que o ponto era ali,
até que um dos ônibus parou no sinal, o motorista não nos deixou entrar mas
disse que o ponto ficava a cerca de 200 metros dali. Fomos correndo e mesmo
assim o motorista não nos esperou no ponto. Então não veio mais nenhum ônibus
por mais de uma hora. Foi perrengue total. Demoramos mais de 2 horas pra chegar em casa. Não tem informação detalhada no site do Temaiken, voltada para turistas estrangeiros, e ninguém, nem no parque, nem na rua, nem no ônibus nos deu informações claras. Só vimos grosseria e má vontade e realmente não pretendo voltar a este parque. Recomendo que quem tiver vontade de visitar que contrate um transfer ou vá de carro, pois de ônibus realmente não vale a pena.
O zoológico
em si é bom. Na entrada já somos recepcionados por flamingos, pelicanos e
dinossauros, antes de chegarmos aos sempre carismáticos suricatos. Tem várias
áreas amplas com diferentes animais convivendo, como um grande aviário aberto,
com as espertas araras sempre maquinando para tentar fugir pelas portas duplas
ou ao menos para bicar cadarços. Para Clara
o ponto alto foi alimentar os animais da fazendinha. Eles vendem alimentos
específicos para os ovinos, para as galinhas e para os peixes.
No quarto
dia começou resolvemos andar pela
Recoleta, indo direto para o cemitério, que também não fomos da outra vez. Os túmulos históricos são muito bonitos e acabam
contando parte da história da cidade, que já foi tão rica.
Do
cemitério seguimos pela Plaza Alvear, passando pela Facultad de Derecho até a Floralis
Generica. Linda! Na volta paramos algumas horas no Museo de Bellas Artes, que nos surpreendeu muito positivamente, é lindo e tem muitas obras incríveis! Almoçamos no restaurante Novecento, que fica do outro lado do prédio
(voltado para a Facultad de Derecho). Foi uma das melhores comidas da viagem.
Fomos então
fazer outro programa muito esperado pela Clara, o Museo Participativo de
Ciencias – Prohibido No Tocar, localizado no Centro Cultural Recoleta.
Queríamos ter ido antes, mas em janeiro só abre as 15:30 (fecha as 19:30). São
diversos “brinquedos” baseados em experimentos e leis científicas, feitos para
divertir a criança e para motivar seu interesse pela ciência.
Nesta noite
jantamos no local que está cada vez mais famoso para os brasileiros, o
restaurante El Sanjuanino, que tem excelentes empanadas.
No quinto
dia começamos pelo café da manhã na Le Pain Quotidien, no Recoleta Mall, que
gostamos muito. O croissant é uma
delícia e a geleia é tão boa que compramos para trazer para casa.
Neste dia
resolvemos ir até a livraria El Ateneo Grand Splendid. Impressionante a quantidade
de turistas tirando fotos, em especial brasileiros. Ficamos com um pouco de vergonha alheia com a falta de educação de alguns brasileiros, gritando ao telefone no meio da livraria ou bloqueando totalmente a passagem para tirar um monte de fotos. Além de admirar a beleza da livraria, admiramos
também os livros, e compramos alguns, inclusive do Gaturro.
Depois,
fomos bater perna pelas ruas de Buenos Aires, até chegarmos na Plaza General
San Martin, e depois pela Calle Florida até a Galerias Pacifico. Então,
cansados de andar, pegamos um taxi para o Puerto Madeiro.
Paramos
primeiro na histórica Fragata Sarmiento, e depois curtimos o pôr do sol. Como
não estávamos com fome paramos para um lanche num local chamado Dandy Deli. Simplesmente intragável, pior comida da viagem!
Para o
sexto e último dia fizemos outro programa inédito. Fomos para Tigre. Não queríamos fazer passeios de barco e sim conhecer a cidade. Fomos de trem e saímos caminhando pelo Paseo Victorica até o Museo de
Arte Tigre (MAT), que fica num prédio histórico muito bonito. A coleção no
interior é legal, mas pequena. Almoçamos no restaurante De Vuelta, em mesa no
calçadão. Muito agradável e a comida estava boa.
Queríamos
ter ido no Puerto de Frutos, mas estava tarde e voltamos para Buenos Aires. De
qualquer forma teremos que voltar para ir no Parque de la Costa. Tanto na ida
quanto na volta usamos a Estação Tigre, que fica ao lado da ponte para o Paseo
Victorica.
Nessa
última noite queríamos comer pizza, e fomos na Los Maestros. Voltamos para o
Brasil no dia seguinte com a certeza que teremos que voltar para Buenos Aires
outras vezes, preferencialmente juntando com outras localidades, como a
Patagônia Argentina.
Clara e os Pombos
Teatro Colon
Museo de los Niños