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sexta-feira, 18 de junho de 2010

Inferno astral

Uma olhada rápida no retrovisor, uma troca de faixa e, de repente, powwww!!!!

Eis que quase atropelo ou sou atropelada (ainda não sei bem qual a opção correta) por um motoqueiro.

Estaciono, pergunto se o rapaz está bem e verifico o estrago no meu carro. “Vou chamar a polícia”, aviso. A partir daí começa a diversão.

“190, boa noite!”. Explico o ocorrido e solicito a presença de uma viatura para registrar a ocorrência.

“Qual é o endereço?”

“ Rua Barata Ribeiro, em frente ao número 259”, respondo.

“Qual é o bairro?”. Hummm, começamos mal.

(Se você não é do Rio, eu explico. Essa rua é uma das principais de Copacabana, o bairro mais famoso do Brasil. Se você vier para cá, necessariamente, vai ter que passar pela Avenida Atlântica (a da praia), pela Nossa Senhora de Copacabana, que faz a ligação zona sul-centro, ou pela Barata Ribeiro, principal via do centro para a zona sul).

Dou a dica, então: “Copacabana”.

“Onde é que a senhora está?”. Humpf! Além de perdido, é surdo. Repito o endereço.

“UM PONTO DE REFERÊNCIA, senhora! UM PONTO DE REFERÊNCIA!”

“Não precisa gritar!”, digo (ok, eu deveria ter adivinhado o que o infeliz queria).

10 minutos depois, chega a viatura. Dentro, uma caricatura do Guarda Belo (só que com bigode) e seu fiel escudeiro, um policial aprendiz.

Conto o que aconteceu, entrego os meus documentos e espero o preenchimento do formulário, enquanto o Guarda Belo explica ao aprendiz os procedimentos nesse caso.

Lá pelas tantas, Guarda Belo me diz: “Agora preciso fazer aquela pergunta que mulher detesta. Qual é a sua idade?”

“39 até a semana que vem.”

Ele franze a testa e me encara: “É mesmo?”. “Sim, senhor. A identidade não me deixa mentir”.

“Estado civil?”

“Solteira”.

“Como esses homens hoje em dia são uns frouxos. Uma mulher dessas solteira”, dispara Belo.

E aí, pela primeira vez, Watson, o aprendiz, se manifesta sem nenhum pudor: “É por isso que ‘tá bem. Se fosse casada já ‘tava acabada”.

Espanto. Começo a achar aquilo engraçado.

Belo se afasta para conversar com o motoqueiro. Enquanto isso, o aprendiz se empolga: “Quer dizer que a Andréa é contra o casamento?”

“Não sou contra nada, não. Sou apenas solteira”.

“Trabalha por aqui?”

“Não, no centro da cidade”.

“Mora por aqui?”, diz jogando charme.

Ai, meu Deus! Watson está me cantando, penso. Respondo com um lacônico não, crente que encerraria o papo assim.

Mas Watson não se intimida: “O que você faz? Qual a sua profissão?”

“Sou jornalista”.

Foi o balde de água fria que eu precisava para acabar com a saliência dele.

“Ih, jornalista não gosta de 'puliça', né?”

É, seu puliça, guarde o charme para a próxima.

...

Fora o susto e o prejuízo de uma lanterna trincada e uma mossa na lateral, o acidente serviu para eu me dar conta de que precisei de 40 anos para aprender a não levar a vida tão a sério. Que venham mais 40! Já estou pronta para me divertir.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Blogagem coletiva - Justiça para Flávia

Hoje é dia de blogagem coletiva em apoio à luta de Odele Souza, mãe da menina Flávia, que teve seus cabelos sugados pelo ralo da piscina do condomínio onde morava, em São Paulo, e que vive há 11 anos em coma em decorrência do acidente. Incansável, Odele busca até hoje que a Justiça julgue o processo de indenização que move contra o condomínio Jardim Buriti, a Jacuzzi do Brasil, fabricante do ralo, e a AGF Brasil, seguradora do condomínio. O pagamento da indenização não vai devolver a saúde de Flávia, mas vai, pelo menos, ajudar Odele a proporcionar mais conforto para a filha tão amada.
* A ilustração "The Spiral of Dream" é da artista Anne-Julie Aubry.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Por justiça

Em geral, procuro postar assuntos leves, descontraídos, com exceção dos meus (vários) momentos de irritação com a política brasileira. Mas, dessa vez, vou deixar a brincadeira de lado porque o mundo não é cor-de-rosa.
Conheci hoje, por indicação de um amigo, a história de luta de uma mãe que, há dez anos, briga na Justiça para ser indenizada pelo acidente que deixou sua filha Flávia em coma, após ter os cabelos sugados pelo ralo da piscina do condomínio onde moravam, em São Paulo. Para alertar a população sobre o perigo existente em ralos de piscinas e protestar contra a lentidão da Justiça brasileira, Odele, a mãe de Flávia, criou um blog e está organizando uma postagem coletiva, no próximo dia 15 de setembro, cujo tema será "Justiça para Flávia".
Eu vou participar e convido a você, blogueiro que me visita, a fazer o mesmo. Os detalhes estão em www.flaviavivendoemcoma.blogspot.com. Se quiser conhecer um pouco mais da luta da Odele, clique aqui e assista a participação dela no programa "O Melhor do Brasil", da TV Record.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Oração

Seja qual for a sua religião ou crença, faça uma oração hoje para as 199 pessoas que morreram há um ano no acidente com o vôo 3054 da TAM. Não sei se temos uma hora certa para partir ou não. O que sei é que, graças ao meu horror aos constantes atrasos em Congonhas, saí de Porto Alegre naquele 17 de julho de 2007 um pouco mais cedo, em um vôo também da TAM, direto para o Rio de Janeiro. Se tivesse estendido mais os meus compromissos e deixado para voltar no final da tarde, não estaria agora aqui para fazer esse pedido a vocês.