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segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Cinema: Teenage Mutant Ninja Turtles


Há qualquer coisa que desperta cá dentro quando ouço "vamos ver as Tartarugas Ninja ao cinema". YAY! Mega fã dos quatro répteis adolescentes desde pequena, na verdade só tinha medo que o filme estivesse 1) completamente deturpado 2) foleiríssimo 3) com cenas de luta fraquinhas (que de resto, parece que tem sido uma constante nas minhas últimas idas ao cinema). Mas no sábado passado, também já com muitas saudades de ir ao cinema, lá fomos ao Ria Shopping tirar as teimas.

Para grande felicidade tenho a dizer que não se verificou nenhuma das 3. O filme não me desiludiu, achei as animações muito credíveis e nada exageradas e as cenas de luta muito bem encenadas. Enfim, para mim já ganhou.

Quanto à história, primeiro uma declaração de interesses - eu gosto demais das tartarugas ninja. Eu digo que quando tiver filhos vão ser 5, quatro rapazes e uma rapariga, só para se chamarem Donatello, Leonardo, Rafaello, Miguel Ângelo e April (sim, sim, alguns ficam melhor adaptados ao português que outros). Por isso só pude delirar quando vi o Miguel Ângelo a gritar "Cowabonga" ou a delirar por uma pizza de 99 queijos. Ou o Donatello todo nerd a resolver problemas. Ou o Leonardo a esgrimir uma katana como ninguém. Ou o Rafaello a ser o irmão responsável. Sim, delirei!

No entanto, acho que as ditas cujas tiveram demasiado destaque no filme. O Splinter apareceu pouco, na minha opinião, ainda que tenha cenas muito boas. A senhorita April (Megan Fox) é muito gira e vai muito bem, mas também acabou por ter um papel apagadito e mucho, principalmente na segunda metade do filme. O Shredder quase não apareceu no filme. Não o conhecemos nós de outros carnavais e quase que saíamos de lá sem perceber quem ele era. Era o mau e pronto. Não tem background, não tem enquadramento, não tem quase relevância até à luta final. Quanto ao Eric Sacks (William Fichtner), acho que acabou por estar melhor na história, embora um vilão que só é mau por dinheiro acaba por saber a pouco numa história deste tipo.

Uma coisa que não pude deixar de notar foi a quantidade insana de product placement que houve neste filme. Estava difícil pagar as contas, hein, Sr. Produtor?

Conclusão: é o melhor filme do mundo? Pffff, claro que não! Mas para o género, e sobretudo para o medo com que ia que estragassem, acho que até ficou bom. Pelo menos saí do cinema com o meu lado de fã incondicional satisfeito. Pena que infelizmente não tenha tido a oportunidade de ver a versão 3D, conseguiu-se ver bem as cenas que devem ter beneficiado nessa versão.

Aqui fica o trailer do filme que no IMDB se apresenta hoje com uma nota de 6,3/10:

domingo, 31 de março de 2013

Night train to Lisbon



Uma coisa é certa - há filmes que entram por nós a dentro sem pedirem licença, sem que percebamos ou sem que lhe demos autorização.

Foi assim com este filme.

Fui tomada de assalto logo pelo cartaz, e nem foi preciso ver nenhum trailer para começar a dizer a toda a gente "temos que ir ver este filme".

Sobre o filme, apetecia-me sentar aqui e contar a história do início a fim, mas prometo conter-me.
É baseado na obra homónima de Pascal Mercier (ainda é muito cedo para pedinchar prendas de Natal, não é?), realizado por Bille August e conta a história de Raimund Gregorius (Jeremy Irons) um professor suiço que o acaso, ou a curiosidade, trazem no comboio noturno para Lisboa. Tudo o que ele tinha era o bilhete de comboio, um casaco vermelho de uma desconhecida, e um livro de Amadeu de Almeida Prado, "O ourives das palvras". Foi o que bastou para que se deslumbrasse pela escrita e pela história de um homem, médico vem a saber, e das personagens do seu livro, que relata uma impressionante história de crescimento e resistência anti-fascista.

Não falta nada - amores, desamores, resistência, torturas, relações familiares. A vida do jovem Amadeu serve de mote a toda uma descoberta interior de Raimund, mas também nossa, já que somos levados pelo professor na sua descoberta do livro e de Lisboa, que nos é presenteada sob tantos dos seus maravilhosos ângulos.

É um filme fenomenal, tão filosófico como cativante, que certamente nos deixará a todos mais ricos.

Mas antes do habitual trailer, uma ideia do filme que não me sai da cabeça. Diz a certa altura o jovem Amadeu (ou o professor, não sei bem) que quando visitamos um sítio novo deixamos lá uma parte de nós que só recuperamos quando lá voltamos. É isso mesmo...

Fica então o trailer, do filme que tem uns muito parcos 6,8/10 no IMDb.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Mama


Basta falarem 10 minutos sobre cinema comigo para saberem uma coisa - eu não vejo filmes de terror. Por isso foi de estranhar quando eu disse "ah, acho que podíamos ver o Mama, parece giro".
Dica imediatamente aproveitada - e ainda bem, digo eu - lá fomos ver o filme que me conquistou logo pelo trailer.

Mama é um filme de Andres Muschietti que conta a história de duas meninas (Megan Charpentier e Isabelle Nélisse) que passam anos sozinhas numa cabana, depois de uma série de acontecimentos trágicos, e que sobrevivem sob a proteção de uma criatura a quem chamam de Mamã até serem encontradas pelo tio (Nikolaj Coster-Waldau) e pela namorada (Jessica Chastain). Os tios contam ainda com a ajuda do psiquiatra que as acompanha, interpretador por Daniel Kash.

Uma história comovente de amor, carregada de emoção e arrepior. Não, não é um filme de terror hard core. Mas é suficientemente inquietante para ter saido de lá cansada de tanto sobressalto.

A verdade é que adorei! Descontanto o normal exagero de filmes sobrenaturais, acho que a história está bem montada e cativa do início ao fim. Tem sustos, tem momentos nojentos, tem até momentos divertidos. E um final inesperado.

Fica a recomendação - o filme tem apenas 6,5/10 no IMDb - e, como sempre, o trailer:

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Django Unchained


A um dia da cerimónia dos Oscars, fui ver mais um dos possíveis melhores filmes deste ano: Django Libertado, como foi batizado em terras lusas. Estava muito ansiosa para ver este filme, tal era a quantidade de pessoas que me tinha dito bem dele, mas também tal é a polémica que o rodeia.

Antes de mais: gostei muito!

Este é mais um filme do grande Quentin Tarantino e claro que por isso podemos logo contar com duas coisas: vamo-nos rir muito e vamos descobrir que afinal as pessoas têm muito mais litros de sangue do que aquilo que pensávamos.

Django Unchained fala duma época pré guerra civil americana, em que a escravatura ainda é admitida nos estados do sul, uma época onde pessoas eram vendidas como carga e usadas como os seus donos bem entendessem. O filme conta com um elenco de luxo - Jamie Foxx, Christoph Waltz e Leonardo DiCaprio, cada um deles a abrilhantar a história com as suas atuações.

Muito resumidamente, porque seria uma pena estragar-vos a experiência de verem o filme, o filme conta a história de um dentista alemão, caçador de recompensas e anti-escravatura, que compra e liberta um escravo para obter a sua ajuda para encontrar um trio de procurados, e acaba a ajudá-lo a encontrar a sua mulher.
O filme tem cenas brutais envolvendo escravos: chicoteamentos, lutas de escravos (como as lutas de cães de hoje), torturas, tiroteios. Mas muito humor, planos diferentes e, claro, sangue.

É violento? É! Mostra as barbaridades que se faziam aos escravos os EUA? Mostra! Mas a realidade é que tempos houve onde a vida de pessoas, apenas pela cor da sua pele, era violenta e cheia de barbaridades. E quanto às polémicas de que o filme incita ao racismo (as action figures do filme foram proibidas o Ebay), o que eu acredito é que nunca devemos esquecer erros do passado. Relembrar é não esquecer.

Vejam o filme e tirem as vossas conclusões. O filme está com 8,6/10 no IMDb, e como sempre, aqui fica o trailer:


E prognósticos para os Oscars, têm?

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Cloud atlas


No sábado fui ao cinema ver um filme do ano passado, que estava com muita pena de não ter conseguido ver no cinema. Felizmente ainda há duas salas em Portugal com o cinema em cartaz, e uma delas era no C. C. Alegro.

Cloud Atlas é um filme de Lana e Andy Wachowski (de Matrix e as suas sequelas e V for Vendetta, por exemplo) e Tom Tykwer (de Perfume: The Story of a Murderer, por exemplo).

A sinopse oficial do filme caracteriza-o completamente:
Uma exploração de como as ações de vidas individuais têm impacto noutras no passado, presente e futuro, ao mesmo tempo que uma alma é transformada de assassino a herói, e um ato de bondade ondula através dos séculos para inspirar uma revolução. (tradução minha)

A história do filme passa-se em 6 tempos diferentes, do século XIX a uma era pós-apocalíptica, com diversos fios condutores que ligam todas as histórias e que, no fim, justificam toda a trama (a música, a escravatura, a energia nuclear, mas acima de tudo, as relações humanas, os atos de bondade e de malvadez).

Cloud Atlas conta ainda com um elenco de luxo – Tom Hanks, Halle Berry, Jim Broadbent, Hugo Weaving (sim, o Mr. Smith, que faz de mau como ningém), Jim Sturgess, Doona Bae, Ben Whishaw, James D'Arcy, Zhou Xun, Keith David, David Gyasi, Susan Sarandon e Hugh Grant – e uma banda sonora impressionante. E também fotografia, é preciso dizer.

Foi um filme que me prendeu à cadeira do início ao fim. É um filme nada previsível, num enredo bem pensado e bem montado, que nos aponta uma série de fragilidades do ser humano e que nos faz pensar naquilo que temos hoje como sociedade. A escravatura atual será assim tão diferente da escravatura do século XIX? E para onde é que vamos?

Recomendo muito que vejam este filme. É daqueles cheio de citações boas para usar no dia a dia (quando é que passo a tomar nota destas coisas?...). Está classificado no IMDb com uma nota de 7,9/10, e como sempre fica o trailer:

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Zero Dark Thirty



Mais uma coisa que não tenho feito é escrever sobre os filmes que vejo. Fica já aqui a minha opinião sobre o último, mas pretendo recuperar alguns dos que vi antes.

0:30 A hora negra é mais uma pérola da Kathryn Bigelow. A senhora tem de facto uma sensibilidade especial para fazer filmes que tipicamente não seriam feitos por mulheres (o que já lhe valeu um Oscar).

O filme retrata a história verídica da captura de Osama Bin Laden (OBL para os amigos), vista através dos olhos da mulher que o conseguiu depois de anos de trabalho, pesquisa, e também muitas lutas internas para se fazer ouvir.

Relata também (de forma suavizada, não tenho dúvida nenhuma disso), os apertões dados em interrogatórios enquanto se ouve o presidente dos EUA a dizer que nenhum detido por americanos é maltratado. Passa um bocadinho a ideia de que os fins justificam os meios, e quem está no terreno é que sabe o que é preciso, mas aí entra a nossa consciência de espectadores para distinguir isso.

A personagem principal é então Maya, interpretada de forma brilhante pela jovem atriz Jessica Chastain. Ar de inocente e transtornada q.b., em bom mix com determinação desaustinada e uma mente brilhante.

O filme não tem efeitos espetaculares e é composto por um desfile de planos quase em jeito de documentário, que lhe dá um ar credível de quem está mesmo a ver o que aconteceu. Penso que é nesse ponto que se reflete a grande mestria da realizadora.

Por aqui fica a recomendação deste filme, que está no IMDb com uma pontuação de 7,7/10. E claro, fica também o trailer.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Aristides de Sousa Mendes - O Cônsul de Bordéus


Tenho deixado alguns filmes sem o seu devido lugar de destaque aqui no meu blog. Falta-me o tempo livre para escrever, e depois passa uma semana e já acho que não vale a pena.

Mas este não pode mesmo ficar sem referência.

O Cônsul de Bordéus é um filme sobre Aristides de Sousa Mendes, o herói português que salvou milhares de judeus durante a segunda guerra mundial através do seu cargo diplomático, mas que, infelizmente, é ainda tão desconhecido entre a maioria dos seus compatriotas.

O filme, de João Corrêa e Francisco Manso, conta com um elenco de luxo (Vítor Norte no papel principal, Carlos Paulo como o rabino, Leonor Seixas, Laura Soveral, Pedro Cunha, Joaquim Nicolau, São José Correia, Manuel de Blas e Miguel Borines) e uma banda sonora impressionante para contar a história do cônsul. Em plena guerra, com claras instruções do governo português para selecionar os merecedores de visto para entrar em Portugal, com ordens expressas para não passar vistos a judeus, e perante o desespero dos refugiados e perseguidos, Aristides de sousa Mendes fez-se valer da sua posição e do poder que o cargo lhe conferia para autorizar a entrada de milhares de judeus em Portugal. Trinta mil visto, mais precisamente, dos quais cerca de dez mil judeus.

Foi em 1940 que, aconselhado pelo Rabino Jacob Kruger, decidiu desobedecer à famosa circular 14, de Salazar, e conceder os vistos que viriam a ser a única salvação para milhares de pessoas. O filme retrata ainda a determinação do homem que, depois de afastado do cargo por não cumprir ordens superiores, conduz ele próprio uma coluna de carros com refugiados, conseguindo que estes atravessem a fronteira com Espanha, valendo-se da falta de comunicação a que um dos postos fronteiriços se encontrava remetido.
A história, como qualquer biografia ou relato de acontecimento histórico que se preze, é conduzida através da história pessoal de uma família (suponho que fictícia), no fundo um dos muitos exemplos das histórias reais que se cruzaram com a história do cônsul. Bonita e que emociona.

O filme relata ainda o facto de ter sido afastado do cargo, mas não as penalizações e todas as represálias que o governo lhe impôs. Nem que foi a comunidade judaica em Lisboa que o ajudou a ele e à sua numerosa família, nem que a hipocrisia do Estado Novo chegou ao ponto de lhe reconhecer os feitos finda a guerra, sem nunca porém o readmitir no corpo diplomático. Relembra-nos apenas de que morreu na miséria em 1954.
Aristide de Sousa Mendes, um homem de origem nobre, de fortes valores familiares (teve 14 filhos), viu a sua carreira diplomática ser reconhecida mais no estrangeiro que em Portugal mesmo antes da guerra, recebendo distinções oficiais belgas enquanto diplomata lá. Muitos foram os reconhecimentos e homenagens que recebeu lá fora após a guerra, mas só em 1986 o Estado português reabilitou o diplomata e pediu desculpas formais à sua família.

Era um filme mais que necessário, uma merecida e justa homenagem a Aristides de Sousa Mendes, e acima de tudo, a divulgação da vida de um herói esquecido e ostracizado. Mas para além disso, mais uma execelente obra do cinema português, um filme bomn que recomendo. Como sempre, no IMDB está com uma classificação de 6,7/10, e fica o trailer para vos aguçar a curiosidade:



Para mais informações sobre Aristides de Sousa Mendes.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Wreck-it Ralph



Já não ia há algum tempo ao cinema (embora tenham ficado um ou dois filmes por analisar por aqui), mas o de ontem não podia ficar sem análise.

Força Ralph, como foi batizado por este cantinho há beira mar plantado, fala do universo das máquinas de arcada, das suas personagens que, numa ótica muito Toy Story, vivem as suas próprias vidas depois de fechadas as portas do salão de jogos.
E se o Ryu e o Ken podem ir beber uns copos depois de passarem o dia inteiro à tareia um com o outro, o pobre do Ralph, que é o vilão do seu jogo, não se podia sentir pior ao ter que voltar a cada noite para a pilha de tijolos em que vive, enquanto todos os seus vizinhos vivem refastelados na cobertura. A partir daqui é tudo bom!

Uma estação central que une todos os mundos (ou uma ficha múltipla que liga todas as máquinas), personagens que se encontram para conviver, personagens que se encontram para desabafar, personagens sem-abrigo porque as suas máquinas foram levadas, o Sonic a dar instruções de segurança, mauzões, bonzinhos, personagens ludibriadas por vilões disfarçados (que bela fotografia dos dias de hoje). Neste filme há de tudo. E a lista dos jogos que marcaram as nossas infâncias e adolescências é tão grande, que só por isso é impossível não adorar.
E há ainda aquela bonita lição de amizade e dedicação, de esforço e perseverança, e de recompensa. Enfim, tudo está bem quando acaba em bem.

É uma película para toda a família, embora como em tantos outros filmes de animação, acho que os miúdos nunca conseguem aproveitar o filme ao máximo. Uma boa parte é feita para os cotas, deliciados com os heróis dos anos 80 e 90.

Vale mesmo a pena verem este filme, para mim já está no top das minhas animações favoritas. A única coisa que tenho a apontar é o facto de não estar disponível no cinema a versão original. Gosto muito das versões portuguesas, esta é mais uma muito boa, mas não nos darem a oportunidade de escolher que versão queremos ver no cinema, já acho um bocadinho demais. No IMDb está com 8,4/10, e aqui fica o trailer:

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Nine

Acabei de ver o filme Nine, de Rob Marshall, o realizador de Chicago. É um filme de 2009 (obrigada ao Márcio por me ter emprestado o DVD), um musical sobre a vida dum realizador italiano às voltas com o guião que (supostamente) está a escrever. A inspiração que não chega, as musas que a deviam trazer, o drama de não conseguir chegar à página um...

Não entrou para a categoria de filme favorito, mas é inegável que tem um elenco de estrelas, mulheres bonitas e cheias de talento, tudo embrulhado no tom musical de ora agora é verdade, ora agora estás dentro da minha cabeça, que sabe sempre bem. Mas, sem conseguir dizer o quê, faltou-lhe... qualquer coisa.

Para meu grande infortúnio, não conseguirei hoje dormir sem ter esta música a ressoar na cabeça (culpa, diga-se, das milhares de vezes seguidas que a ouvi em publicidade no Youtube, e eventualmente por ser das primeiras e últimas do filme).

Não é um filme novo, por isso em vez do trailer fica a música do dia:


Ah, está com 5,8/10 no IMDb.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

7 días en La Habana

- 7 dias em Havana para dois, por favor.
- São 9 euros.

Bem que queria que este diálogo tivesse acontecido numa agência de viagens, mas infelizmente foi apenas na bilheteira de cinema.


Nem sei bem o que escrever sobre este filme. Tem imagens bonitas, música cubana com fartura, mas também um non sense que às vezes roça o avassalador. Mas comecemos pelo conceito.

O filme é composto por 7 episódios, cada um deles acontece num dia da semana, e cada um segue a vida de uma personagem diferente: o americano que vai para Cuba estudar teatro, o Emir Kusturika que vai a Cuba receber um prémio, a cantora de bar que recebe uma proposta para ir para Espanha, o palestiniano que espera ser recebido, a menina que se envolve com outra menina, a médica que faz doces para fora, a devota a quem a santa pediu uma festa. Sete histórias, sete realizadores (Benicio del Toro, Pablo Trapero, Julio Medem, Elia Suleiman, Gaspar Noé, Juan Carlos Tabio e Laurent Catet), que se ligam de forma subtil, personagens ou lugares partilhados, com o objetivo de mostrar a Havana longe do habitual turístico.

Ainda assim, e não conhecendo Havana, achei que eventualmente foi retratada uma Havana menos atual, um pouco cliché, com costumes e crenças que talvez já não estejam tão presentes no quotidiano dos seus habitantes. Saí da sala com a sensação de que tinha gostado, mas nem sei bem dizer porquê. A verdade é que às vezes é tão estranho que apetece dizer que não se gosta. Mas depois, seja porque a história do palestiniano nos faz rir do início ao fim, a maluqueira dos vizinhos a construir a festa para a santa também, ou porque a história da suposta homossexualidade da menina que é curada com rezas e rituais ancestrais nos arrepia, a verdade é que no final tudo parece ser muito harmónico. Amizade, amor, sonhos, família, devoção, ou apenas uma bolha enorme, há de tudo neste filme.

Não digo para o considerarem prioritário na vossa lista de filmes a ver, mas se tiverem oportunidade deem-lhe uma oportunidade.
Tem uma nota de 5,5/10 no IMDb, e como sempre, fica o trailer:

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Linhas de Wellington



Já há famílias a queixarem-se do quão abandonado anda este blog, por isso deixa cá aproveitar o recheado que este fim-de-semana foi de bons programas para o atualizar.

Sábado à noite foi dia de cinema e em português. Linhas de Wellington é um filme de Valeria Sarmiento, produzido por Paulo Branco, que retrata a história das invasões francesas, a resistência portuguesa e a aliança com os ingleses.
O filme, que conta com um elenco de luxo como Nuno Lopes, Adriano Luz, Gonçalo Waddington, Soraia Chaves, John Malkovich, Catherine Deneuve, Chiara Mastroianni (sim, estão a ler bem) entre tantos outros nomes, não podia ser mais típico português – que grande bolha!

Mas primeiro, o enredo. Mais uma daqueles passagens da história que começa cheio de boas intenções (os rapazes só queriam acabar com o poder absolutista monárquico na Europa) e acaba com um grupo de franceses a querer dominar o mundo. Correu-lhes mal porque somos muito teimosos, e podemos até não nos tratar bem uns aos outros mas não deixamos (não deixávamos!) que nos venham dominar, e correu-lhes mal porque tínhamos o exército inglês como aliado. E foi assim que se criaram as linhas de defesa de Lisboa, que impediriam os franceses de atingir a capital.
O filme, que começa com a nossa vitória na Serra do Buçaco e com a retirada estratégica rumo a Lisboa, relata não só a vida dos soldado, as suas dificuldades e dia-a-dia, mas também a vida dos tantos civis que se viram obrigados a fugir, dos que se viram obrigados a alinhar ao lado das tropas, dos que morreram por serem meros danos colaterais ou dos que foram abusados e humilhados quer por tropas inimigas quer por tropas aliadas.
No final, como é sabido, lá vai o General Massena rumo a casa e Portugal manteve-se dos portugueses, só para, muitos anos mais tarde, poder vir a Amália lembrar a Lisboa que não é francesa, que é portuguesa e que é só para nós (sim, aparte perfeitamente desnecessário).

Um filme com uma fotografia muito bonita, um som que quase faz esquecer que se trata de um filme português, mas como já tinha dito, com um encadeamento de cenas que nos deixa muitas vezes a pensar “e isto agora veio de onde?”. Faltou perceber muita coisa, principalmente quem eram aquelas pessoas a quem se deu tanto destaque mas que nunca se explica quem são. É um filme longo, e que visto com algum cansaço em cima pode tornar-se difícil de perceber.

Ainda assim, em especial para quem goste de filmes históricos, é um filme a não perder, mais uma passagem da nossa história que fica registada para a posteridade. Está com uma nota de 6,3/10 no IMDb, e aqui fica o trailer:

quarta-feira, 25 de julho de 2012

The amazing Spider-Man


Se há coisa que defendo, é que o Homem-Aranha é mesmo amazing! Mas a verdade é que há meses que ando a dizer que não iria ver este filme. A história inicial do Homem-Aranha já estava feita, então que raio de ideia era esta? Pais?! E sem Mary Jane?! Não me convencia...

Mas claro que a curiosidade foi mais forte, e devo dizer que essa foi mesmo a única coisa que não gostei neste filme - uma liberdade poética em relação à verdadeira história do herói da Marvel que retira alguns elementos míticos e preciosos à história. E onde estava o Uncle Ben a dizer with great power comes great responsibility?Não estava. Nem o Parker lutador de wrestling.

Enfim, o filme está bem feito. Excelentes efeitos visuais, pronto, admito, uma história bem pensada e coerente (mas sem Mary Jane, reitero). O filme é do realizador Marc Webb, e conta com Andrew Garfield no papel de Peter Parker e Emma Stone no papel de Gwen Stacy (pois, quem?, perguntam vocês). Na verdade ela não é uma personagem criada para o filme, mas convenhamos, é uma troca estranha (nos livros está associada ao Green Goblin, que a mata).

Claro que estes filmes com muitos efeitos têm sempre alguns problemas de continuidade, eu própria detetei um ou outro, mas nada de muito drástico.

Aqui temos um Homem-Aranha menos acidental, um Peter Parker mais estudante de escola secundária e menos jornalista, no entanto o filme recupera algumas coisas que tinham sido perdidas da banda-desenhada, como o facto do Peter Parker não ganhar a capacidade de lançar teias, mas ele próprio inventar um dispositivo que o permita.

Enfim, bom filme. O vilão não é o meu favorito da lista de inimigos do Homem-Aranha, mas até compensou ver todo o lado cómico que montaram à sua volta. Ah, e não esquecer a magnífica aparição de Stan Lee, um dos criadores Homem-Aranha, mas também dos Fantastic Four, Hulk, Iron Man, Thor, X-Men e Daredevil. A cena mais cómica que já vi no cinema, pelo menos a que me fez rir com mais gosto de sempre (a serio, lágrimas escorreram pela minha cara).

E pronto, uma vez que o uncle Ben não nos brindou com uma frase sábia para a vida, fica uma muito boa da Aunt May (que já agora, foi interpretada pela Sally Field):

Secrets have a cost, they're not for free. Not now, not ever.

O filme está com 7,6/10 no IMDb, e, como sempre, fica o trailer:



Ah, é verdade, que saudades de Nova Iorque...

terça-feira, 19 de junho de 2012

Duas Brancas de Neve numa semana

Na semana passada vi dois filmes sobre a Branca de Neve. Tão diferentes um do outro (logo porque um é uma comédia e o outro não), mas ambos bastante válidos. E o que mais me agradou, nos dois, foi o facto de nenhuma das princesas ser tontinha como se espera da uma princesa Disney. Mas vamos aos filmes.


Mirror, mirror


É um filme de Tarsem Singh, um realizador indiano (nem vos digo como é que ele pôs a sua marca cultural no filme, ahahah), e conta com Julia Roberts no papel da temível Rainha. O que é que se pode dizer? Esta senhora é uma Senhora, e domina completamente qualquer cena em que entra. E protagoniza a mais nojenta sessão de tratamento de beleza a que já assisti na vida.

Este filme, apesar de ser o cómico, é uma sátira perfeita aos tempos que correm: governantes que aumentam impostos a seu bel-prazer para fins que em nada interessam aos que os pagam. As minorias segregadas pela sociedade e os meios (até nada lícitos) que se veem obrigados a usar para garantir a sobrevivência. Ah, e um príncipe tão bonitão como tontinho, que só está ali para provar que, de facto, são as mulheres que dominam o mundo.

E no papel de Snow White (Snow, para os amigos), Lily Collins. A miúda saiu-se mesmo bem. E por aquilo que já vi de fotos dela, acho que devia adotar o estilo Branca de Neve, de cabelo preto e lábios de morango. Gira!

Tem uns efeitos especiais muito interessantes, sendo que a solução que deram ao espelho mágico foi, dos dois filmes, a minha favorita.

Como quase todas as comédias tem uma nota bem fraquinha no IMDb, 5,6/10, mas vale a pena ver, por mais que não seja pelas gargalhadas que vos poderá arrancar.


Snow White and the Huntsman


Quem aqui não é fã da saga Twilight? Eu! Mas assim que vi a bela da Branca de Neve no cartaz de adaga na mão pensei: quero ver este filme! Isso e a figura deslumbrante da Charlize Theron.
O filme é realizado por Rupert Sanders, e ao que parece é o seu primeiro filme (sendo que já anunciou uma sequela... enfim...). Como já disse a Branca de Neve é a Bella do Twilight (Kristen Stewart), o caçador é o Thor (Chris Hemsworth), a rainha é a oscarizada Charlize Theron e o príncipe... sinceramente ninguém neste filme quer saber do príncipe.

Este filme, sem qualquer dúvida, bate o outro por muitos pontos nas imagens lindíssimas que tem. Paisagens de cortar a respiração e de nos obrigar o tempo todo a sussurrar "que lindo!".
Por outro lado, mostra-nos uma rainha muito diferente. É má, sim, e muito. Mas a sua obsessão pela beleza não é simplesmente fútil: há toda uma história por trás, no fundo a caracterização de uma sociedade que só valoriza as mulheres bonitas e as descarta quando não se interessa mais por elas. Como li num sítio qualquer, e acho que foi a própria Charlize a dize-lo, é a sociedade que diz que os homens são como os vinhos finos, que melhoram com a idade, e as mulheres como as flores, que apodrecem rapidamente.

Mas, tenho que dizer que não fiquei particularmente fã do filme incutir a dicotomia "ai, não sei se fico com o louro, ai, não sei se fico com o moreno", o que parece ser uma constante nos filmes hoje em dia, e algo que persegue a pobre Kristen, que se calhar ainda hoje não sabe se prefere vampiros ou lobisomens (sei lá, não conheço a história).

A nota do filme no IMDb surpreendeu-me bastante, 6,6/10, mas penso que seja pelos efeitos especiais, que sinceramente não me convenceram na maior parte do filme. Uma das críticas apontadas ao filme foi precisamente o facto dos anões não serem anões, mas imagens de homens de tamanho standard alteradas por computador. Isso tem gerado alguma polémica, tendo Warwick Davis, que desempenhou já vários papéis, nomeadamente alguns nos filmes da série Harry Potter (Professor Filius Flitwick, Goblin Bank Teller, entre outras personagens), vindo a público dizer que isto é o mesmo que pintar atores brancos para desempenharem papéis de pretos.


Belas coincidências


Lily Collins fez a audição para o papel no Snow White an the Huntsman, mas não conseguiu o papel, tendo acabado por fazer o outro. Já Sam Claflin fez a audição para príncipe no Mirror, mirror mas não conseguiu o papel, tendo ido fazer de príncipe no outro. Bizarro, não?

terça-feira, 12 de junho de 2012

Jeff, who lives at home



Uma pessoa bem se esforça por salvar um dia de domingo de trabalho. E com o quê? Filme e pizza. O filme escolhido para domingo à noite foi então este filme de 2011, que conta a história de um homem de 30 anos que vive na cave da casa da mãe.
A história é simples: Jeff (Jason Segel), rege a sua vida por aquilo que aprendeu no filme Signs. Que nada acontece por acaso, que tudo está ligado. Todo o filme se passa em menos de um dia, com a aparente loucura de Jeff a liga-lo ao seu irmão Pat (Ed Helms) e à mãe Sharon (Susan Sarandon).

É uma comédia comovente, de despertar os sentidos. A verdade é que o filme não teve nada a ver com nada do que eu imaginava, com nada do que tinha visto antes sobre ele. Pensei que fosse mais "filminho" do que acabou por ser.
De salientar, no entanto, que não gosto muito do tipo de planos utilizados. Não sei bem explicar, mas é daqueles filmes que parece ter sido filmado de câmara ao ombro, com zooms estranhos e muito movimento. A mim, sinceramente, distrai-me.

Mas bom, não percam este filme, se puderem. Vale a pena, e no IMDb está com uma classificação de 7,0/10. Fica o trailer:

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Dark Shadows




Acabei de ver mais um filme do Tim Burton. É o seu melhor filme de sempre? Não, não é. Mas mais uma vez, a verdade é que gostei. E mesmo depois de ainda ter exclamado uma ou duas vezes "Ninja das Caldas!". O filme tem vampiros, lobisomens, vampiros que amam humanas. Terá o Tim Burton sido picado pelo mosquito do Twillight? Esperemos que não.

Mas porque é que gostei?

Para começar, e como qualquer filme do Tim Burton que se queira digno desse nome, tem uma fotografia fenomenal. Imagens lindíssimas, uma cor muito característica, caras pálidas e com uma caracterização sem falhas. Vê-se o salão principal ou a porta da entrada, o quão maiores são que as personagens que os utilizam, e não ha dúvidas de quem fez o filme.

Johnny Depp, que faz o papel de Barnabas Collins, não pode faltar. Bem como, claro, a sua (do Tim Burton) querida esposa Helena Bonham Carter, no papel de Dr. Julia Hoffman. E ainda Michelle Pfeiffer, como Elizabeth Collins Stoddard e Eva Green, como Angelique Bouchard. Ah, e Alice Cooper no papel de... Alice Cooper.

A história é simples: uma família no século XVIII que deixa Inglaterra e parte à conquista do Novo Mundo. Instala-se, prospera, funda uma cidade em torno do seu império. O filho, que se envolve com a empregada mas não a ama, desperta a sua ira. Vai se a ver, e a menina é bruxa. Mata-lhe os pais, mata-lhe a namorada, transforma-o em vampiro e, não contente, enterra-o, de onde só sai dois séculos depois. A América agora é hippie e mais rebelde do que conheceu, a família já não é próspera e é, digamos, um bocadinho disfuncional, e quem manda na cidade é a dita bruxa. E o pobre vampiro tem um amor para recuperar. E o resto é história.

O filme é muito divertido, seja pelos diálogos entre um vampiro do século XVIII e uma adolescente dos anos 70, seja pela empregada gagá ou por haver passagens secretas da mansão cheias de macramé.

Enfim sangue, vampiros, bruxas, fantasmas e miúdas muito giras. Afinal de contas ninguém espera menos do que estranho do Tim Burton, certo?

Com uns míseros 6,5/10 no IMDb, aqui fica o trailer:




Ah, senhor Burton: cenas de sexo copiadas da Buffy não, ok? É deixar a caçadora de vampiros em paz e não estragar, pode ser?

segunda-feira, 4 de junho de 2012

The Woman in Black


Ontem à noite vi este filme. Tinha ouvido revisões muito diferentes: há os que adoraram e os que detestaram. Dei-lhe o benefício da dúvida e, sem grandes expectativas para a desilusão não ser muito grande, lá decidi vê-lo. O filme é baseado no romance de Susan Hill, adaptado por Jane Goldman e realizado por James Watkins. A personagem principal, o advogado londrino Arthur Kipps, é interpretado pelo Daniel Radcliffe, que será, para sempre, o nosso Harry Potter. Depois da morte da mulher durante o parto do seu filho Joseph, agora com 4 anos, é lhe dado um ultimato pelo patrão. Só poderá manter o emprego se for bem sucedido numa tarefa, que consiste em viajar para a remota aldeia de Cryphin Gifford e examinar a documentação da falecida viúva Mrs. Drablow.

Cedo se percebe que há um mistério que envolve a casa e toda a aldeia (aliás, percebe-se logo na primeira cena do filme, mesmo antes de serem introduzidas as personagens). É mal recebido na aldeia, ninguém o quer ajudar, ninguém quer que vá à casa agora deserta. E as mortes de crianças começam.

Nã conto mais da história para não estragar. Quem já falou 10 minutos sobre cinema comigo sabe que o pior filme que vi em toda a vida foi O Escolhido. Quando comecei a ver segredos e dramas que envolvem toda uma aldeia temi o pior. Felizmente não chegou sequer perto da desgraça que foi o outro.

Enfim, a história é fraquinha mas consistente. Não deslumbra, mas não está mal pensada de todo. Os efeitos especiais são muito mauzinhos, mas felizmente não ocupam assim tanto do filme.

Não recomendo vivamente que o vejam, mas não deixa de ser um filme a considerar, para um dia que tenham menos que fazer.

Ah, gostei bastante da última cena do filme (com o seu quê de The Ring).

Entretanto, algumas curiosidades. A criança que faz de Joseph é afilhado de Daniel Radcliffe, sugerido pelo próprio. O romance onde foi baseado este filme já tinha inspirado um telefilme em 1989. Na altura, quem desempenhou o papel de Arthur foi Adrian Rawlins, o ator que fez de pai do Harry Potter nos filmes da série.

Este filme está com uma nota de 6,6/10 no IMDb. Fica o trailer:

quinta-feira, 10 de maio de 2012

The raven

Sabem quando não conseguem dizer se o prazer que têm em fazer qualquer coisa vem dessa coisa em si ou da maneira como a pessoa que está convosco vibra com essa coisa? Foi o que me aconteceu com este filme.

A sinopse da história já me tinha cativado, mas um determinado rapaz estava tão entusiasmado com o filme que o vi logo desde o início com outra emoção.

Enfim, voltando ao filme. É daquelas histórias que qualquer pessoa que já tenha lido e que goste de Edgar Allan Poe irá adorar: o próprio, como uma das personagens, vai ajudar a polícia a descobrir o assassino que está a pôr em prática as mortes que o próprio Poe inventou nas suas histórias. Confusos?

O filme pretende então contar os últimos dias da vida do escritor. E tudo isto não seria tão dramático se o amor da sua vida não acabasse envolvido nas teias do assassino. Com Poe a antever os passos do assassino e a acabar por se sacrificar pelo amor da sua vida.

Muito humor, raciocínios inteligentes, um ou outro anacronismo com convém num filme de época, um escritor na bancarrota (sim, é no século XIX, não é nos dias de hoje), passagens das histórias de Poe para os fãs, amor, miúdas giras, e claro, homicídios cheios de pinta.

Estão reunidos todos os elementos para um bom filme, que recomendo, e que tem uma nota de 6,7/10 no IMDb. Fica então o trailer:




Ah, e gosto da tagline:

The only one who can stop a serial killer is the man who inspired him.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Assim, assim

[Escrevi este post hoje de tarde enquanto esperava pelo metro.]

Há duas semanas fui ver um filme português que prometia. "Elenco de estrelas" era certamente a primeira impressão de toda a gente. Entenda-se por estrelas a nata da nova geração de atores, bem acompanhados de verdadeiras estrelas mais antigas.

O trocadilho com o nome do filme seria uma piada óbvia, e podia dizer-vos que o filme é assim, assim, mas, pelo contrário, gostei.

"Ah, mas tu és uma fácil, e vens sempre para aqui dizer que gostas dos filmes todos que vês". Não sejam maus, não é verdade, eu fui ao cinema ver O Escolhido (expressão de náusea).

Ok, mas deste gostei mesmo. Não é um filme óbvio, e de certeza que muitas pessoas saem sem saber o que achar, ou a não gostar. É um filme para se ficar com cara de WTF?!?!?! no fim. Eu fiquei.

O filme é uma espécie de Magnolia, onde personagens se cruzam umas com as outras no decorrer das suas vidas. E bom, não tem o Tom Cruise mas tem o Nuno Lopes (que na minha escala de paixonetas adolescentes está quase, quase lá).
Não dá para explicar exatamente a história, já que cada personagem tem a sua. Talvez se possa resumir a relações, já que todos os segmentos rodam à volta desse tema. Amizades, namoros, casamentos, traições, relações parentais, relações médico-paciente e o abandono dos idosos, homosexualidade, violência e mais alguns temas ainda. Tudo embrulhado com muita graça num grande novelo, que se vai desenrolando. Porque é que é tão estranho, então? Porque o novelo nunca se desenrola até ao fim. Fica tanto por dizer, tanto por saber, que o fim do filme mais parece pausa para intervalo. O que acho que mais me fascinou foi ter continuado durante um ou dois dias a completar histórias, a fechar ciclos e conversas. Será que era esse o objetivo? Não sei, mas comigo foi assim.

O elenco, como disse, é de luxo: Gonçalo Waddington, Joana Santos, Nuno Lopes, Albano Jerónimo, Miguel Guilherme, Ivo Canelas, Ana Brandão, Dinarte Branco, Rita Blanco, Cleia Almeida, Margarida Carpinteiro, entre outros.

No IMDb tem apenas uma nota de 5,1/10 (com muito poucos votos, diga-se) e a crítica não tem sido a melhor. O filme está rotulado como sem nexo, sem história, sem grandes diálogos, muito mais televisivo que cinematográfico. Os críticos esperaram mais e não têm poupado críticas ao filme.

Olhem, eu gostei. E fica o trailer para verem:



Ah, gostei muito da imagem. A simplicidade dos planos, o facto da cidade ser quase como uma personagem em si mas na verdade quase não aparecer.

domingo, 15 de abril de 2012

The intouchables


Conforme disse no último post, este era um dos filmes que queria muto ver, e hoje foi o dia. Havia aquele pequenino obstáculo de o filme ser em francês (não é, definitivamente, a minha língua favorita), e a verdade é que eu gosto mais de perceber o que estou a ouvir (o que o meu rudimentar francês não me permite na maioria das falas).

Adorei o filme! É baseado numa história verídica, e tem tudo o que podemos querer dele: tem boas atuações, tem uma lado humano fabuloso, é muito cómico. É um filme com uma dinâmica muito interessante, que cativa do início ao fim.

O filme foi escrito e realizado por Olivier Nakache e Eric Toledano, com François Cluzet (Philippe) e Omar Sy (Driss) nos principais papéis. O filme conta a história de um ricaço tetraplégico e do rapaz que ele contrata para o acompanhar.

É uma história muito bonita - vão preparados para rir muito - e certamente merecedora pelo menos de uma nomeação para os Oscars.

O trailer já estava aqui e tem 8,4/10 no IMDb.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Quero ver

Quero ver:




Quero ver:




Quero ver:




Quero ver:




E quero ver:




Já chega, não? Mas a lista é maior.

Obrigada pelas dicas! ;)