Não é brincadeira de 1º de abril! Lucas di Grassi largou em 15º, fez uma parada extra por terem quebrado sua asa traseira e venceu o ePrix do México de Formula E! Desta vez a vitória da ABT Audi Sport não foi anulada! É verdade! E que corrida, senhoras e senhores!
Como acabei de dizer, o brasileiro ainda na primeira volta, teve a sua traseira enchida por Stéphane Sarrazin. Como deu a "sorte" de terem acontecido outros acidentes, o safety car entrou no traçado pela primeira vez na prova e ele aproveitou para is aos boxes, voltando à pista ainda na volta do líder, mas em último.
Algumas voltas mais tarde, outro safety car e di Grassi, com um carro ainda com boa carga, mas que não estava rendendo muito, resolveu ousar novamente na estratégia, fazendo sua troca de carro bem mais cedo que os demais. Uma ou duas voltas depois, Jérôme D'Ambrosio, da Faraday Future Dragon, fez o mesmo.
Começava ali uma aposta alta iniciada por um e copiada por outro. Ambos teriam que contar com a sorte de mais entradas do safety car e bandeiras amarelas. Bem, pelo menos di Grassi conseguiu. Após as paradas de todos, o vice campeão assumiu a liderança, para não mais sair desta, até vencer, atravessando a linha de chegada pela última vez hoje com apenas 1% de bateria em seu carro. Já D'Ambrosio não conseguiu poupar energia o bastante e acabou caindo para o 13º lugar.
O pódio foi completado por Jean-Éric Vergne, que fez uma excelente prova pela Techteetah, e o não menos competente Sam Bird, da DS Virgin, respectivamente.
Cabem ainda outras observações, claro. Esse ePrix como um todo foi sensacional. Começando pelas zebras da pole position, e já vou dizer o porquê do plural.
Companheiro de equipe do vencedor, Daniel Abt havia anotado o melhor tempo na classificação. O que já era incomum, sem querer desmerecer o piloto, que aliás, melhora cada vez mais. Porém, na inspeção após as atividades, a direção de prova constatou que havia uma irregularidade na pressão dos pneus do alemão, anulando seu melhor tempo e, assim, ele caiu para último. E a pole foi herdada por outro improvável candidato: Oliver Turvey, da NextEV China, no dia do aniversário do inglês.
Dada a largada, Turvey a fez muito bem, dando um pulo para manter a liderança. Mas foi caçado por ninguém menos que José María López, da DS Virgin, que posteriormente conquistou a liderança quando Turvey teve um provável superaquecimento de bateria que desligou o seu carro automaticamente. Assim, Pechito ficou livre a passou a impor um forte ritmo.
O argentino, porém, teve um azar em conjunto com Sébastien Buemi. A propósito, o piloto da Renault e.Dams largou no meio do grid e, depois da troca de carro, reclamou bastante deste, de forma que é melhor eu não reproduzir aqui. Enfim, ambos, quase ao mesmo tempo, rodaram na curva 1, exatamente do mesmo jeito. Quase que o campeão suíço atingiu o tricampeão consecutivo do WTCC. Ainda assim, López terminou em 6º e Buemi, com seu péssimo carro, em 14º, fora da zonade pontuação. Pelo menos conseguiu 1 pontinho com a volta mais rápida. Vejam como ele esbanja felicidade com isso, agora que está apenas 5 pontos à frente de um di Grassi em ascensão.
E tem mais! Entre todas as lambanças, a duas voltas do fim, tivemos uma batida entre companheiros de equipe que estavam se estranhando bastante, brigando por posição no pelotão de frente: Felix Rosenqvist e Nick Heidfeld, da Mahindra. O alemão acabou em 12º, e o novato sueco, teve a sua corrida encerrada ali, com seu carro em frangalhos.
Outros abandonos foram de Maro Engel, da Venturi, Loïc Duval, da Faraday e António Félix da Costa, da Andretti BMW, que teve o mesmo problema de bateria que Tirvey.
Aliás, pelo menos o companheiro deste último, Nelsinho Piquet, marcou seus pontinhos em 9º. O brasileiro tinha carro para chegar ao pódio, mas pecou na estratégia.
Um abraço!