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Tive sempre, ao longo dos tempos, uma simpatia muito particular pela realização levada a cabo pelo extinto Grupo Desportivo da CUF do Barreiro, os seus Jogos Florais, que captavam o interesse de prosadores e poetas de vários cantos do mundo.
Como já tive oportunidade de o referir, o figueirense António Sousa Freitas fez parte do júri duma das suas edições, e aqui vai mais um lote de poemas premiados nos XV Jogos Florais, realizados em 1972:
Quadras:
1.º prémio:
Sendo o mar quase infinito
Cabe num lenço dos meus
Nesse lenço que eu agito
Quando te aceno um adeus.
Dimas Lopes de Almeida
2.º prémio:
Quando a vida me deixar,
Quero na campa encimado,
Este verso lapidar:
Aqui jaz… contrariado”!
António dos Santos Coentro
3.º prémio:
É alcatruz duma nora,
Teu coração, desconfio:
Se agora deita por fora,
Em seguida está vazio.
Dimas Lopes de Almeida
Menção honrosa:
Amiga, amiga a valer
A minha sombra, essa sim,
Que haja lá o que houver
Nunca se afasta de mim.
António dos Santos Coentro
Menção honrosa:
Para quê tanto mentir,
Tanto ódio, tanta guerra,
Se ninguém pode fugir
Aos sete palmos da terra?!...
Francisco Salvação Nobre
AJM
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