Elegia
No derradeiro esquife perfumado,
Em que dormias, pálida e formosa,
Inclinando a cabeça silenciosa
Como um pequeno lírio desbotado,
Lembravas um sorriso imaculado,
Uma ilusão já morta, alguma rosa,
Que se evolasse desta vida ansiosa
Para as bodas do místico noivado.
Dormias… entre as tuas mãos pequenas
Alguém pusera um ramo de açucenas,
Um pequenino ramo delicado…
Pálido o rosto, as mãos brancas de neve,
Foi assim que eu te vi passar de leve
Como um pequeno lírio desbotado.
Eugénio de Castro
No derradeiro esquife perfumado,
Em que dormias, pálida e formosa,
Inclinando a cabeça silenciosa
Como um pequeno lírio desbotado,
Lembravas um sorriso imaculado,
Uma ilusão já morta, alguma rosa,
Que se evolasse desta vida ansiosa
Para as bodas do místico noivado.
Dormias… entre as tuas mãos pequenas
Alguém pusera um ramo de açucenas,
Um pequenino ramo delicado…
Pálido o rosto, as mãos brancas de neve,
Foi assim que eu te vi passar de leve
Como um pequeno lírio desbotado.
Eugénio de Castro
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