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quarta-feira, 19 de março de 2008

Reviver os últimos dias de Julho de 2007

Arthur C. Clarke
Arthur C. Clarke

(16 de Dezembro de 1917 – 19 de Março de 2008)

Morreu, em Colombo, Sri Lanka (onde vivia há mais de 50 anos) o pai de 2001 – Odisseia no Espaço (1968) de Stanley Kubrick, com quem partilhou a elaboração do argumento do filme baseado no seu conto The Sentinel (1948)

Quem não se recorda de O Mundo Misterioso de Arthur C. Clarke na televisão nos anos 80?

Nota: David Fincher irá levar ao grande ecrã a sua obra de ficção científica Rendezvous with Rama, publicada no ano do meu nascimento, 1972, (Rendez-vous com Rama, da colecção Argonauta da editora Livros do Brasil, com tradução do saudoso Eurico da Fonseca).

Em jeito de homenagem, ao homem que me pregou alguns sustos enquanto criança e me deixou literalmente siderado na adolescência, ficam os famosos créditos iniciais de O filme, com a abertura “Aurora” de Assim falava Zaratustra (Also Sprach Zarathustra) de Richard Strauss, dirigida por Herbeth von Karajan e interpretada pela Filarmónica de Viena:


sábado, 17 de março de 2007

Ninfetas e Mancebos – 1

Kubrick's Lolita
Na imagem (parte integrante do cartaz promocional) Sue Lyon, como Dolores Haze, mais conhecida por Lolita.
Filme de 1962 do Mestre Stanley Kubrick, com argumento de Vladimir Nabokov, baseado no seu romance homónimo de 1955.

Comentário: suponho que foi Walser (e a ele tenho recorrido com alguma frequência nos últimos tempos) que disse que se um escritor são é mau escritor, é, nesse caso, um escritor enfermo, mas se um escritor doente produzir obras boas, ele pertence ao grupo das pessoas sãs, através da sua escrita.

Quem fala da Literatura, pode estender a asserção aos outros domínios da arte.
Não estou com isto a questionar a avaliação da sanidade mental de Nabokov aos olhos dos filisteus, aliás isso pouco lhe importava, mas a assumir um comportamento desviante que se corporiza na arte, a tal válvula de escape freudiana.


Contudo, esta é a minha convicção, as obras de arte potencialmente derrogadoras da concepção moral estabelecida numa dada sociedade num dado momento, nada mais são que o produto da criatividade de alguém que, irreverentemente, nos transmitiu de forma exaltada determinada concepção, mesmo que o produto final encerre uma certa forma de messianismo ou pretensões dirigistas. Assaz diferente é o uso e abuso dessas tais mensagens derrogadoras por uma qualquer chusma de reputados criativos, cuja obra criada apenas serve alguém cujos objectivos são unicamente mercantilistas e apenas dela se serviram para que a mais do que antecipada polémica produza resultados (económicos) na sua conta de exploração trimestral. Isso não é arte, é tão-só e somente um abuso da liberdade de expressão.