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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Apito Encravado

Por falta de tempo, por redundância de argumentação, deixo aqui ficar dois parágrafos de um artigo de MST, sem alegações e demais comentários:

«Entretanto, das célebres “revelações” do “livro” de Carolina Salgado, uma havia que parecia a mais fácil e mais urgente de investigar: a de que fora ela própria, por inspiração de Pinto da Costa, quem organizara e comandara o pelotão de linchamento que agrediu violentamente o vereador de Gondomar, Ricardo Bexiga. Era fácil de investigar porque, inadvertidamente, a testemunha fatal se incriminara a si própria, na ânsia de incriminar Pinto da Costa; e urgente, porque se tratava do mais grave dos crimes arrolados em todo o processo. É verdade que, ao entrar nos detalhes da operação, a história dela começava logo a não bater certa: disse que, por precaução, haviam destruído previamente as câmaras de vigilância do parque de estacionamento onde a agressão teve lugar, mas não teve o cuidado de confirmar se o parque tinha câmaras de vigilância – não tinha. Mas, mesmo que desta mentira circunstancial resultasse a crença na mentira de toda a história, não se compreende como é que o Ministério Público não a acusou por crime de falsas declarações e denúncia caluniosa.
Pelo contrário, o Ministério Público, escudando-se na falta de provas, acaba de determinar o arquivamento do processo. Ou seja: a testemunha-chave do Ministério Público merece credibilidade quando acusa Pinto da Costa, mas já não a merece quando se acusa a si própria. E assim se resolve o problema de poder manter como testemunha-chave alguém que deveria figurar como arguida num outro processo e por crime mais grave.»
Miguel Sousa Tavares, “Apito Encravado”, A Bola, 12/02/2008


Nota: É também isto, Francisco, uma agressão confessada que fica impune.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Miss Congeniality

A Arquivadoria… perdão, a Procuradoria-Geral da República representada pela equipa especial da Super Magistrada MJM, especialmente atenta aos furacões do mundo do futebol, decidiu arquivar o inquérito relativo às agressões perpetradas por desconhecidos contra o vereador da Câmara de Gondomar Ricardo Bexiga em pleno parque da Alfândega em 25 de Janeiro de 2005.

Já agora, que se me permita a formulação de uma ingénua pergunta:
Mas, então, não houve uma emergente escritora – o vórtice aglutinador de todas as simpatias da Procuradoria, do Correio da Manhã (Cofina), da Dom Quixote e da mais fina nata artístico-opinativa lisboeta – que confessou, sem que fosse alegada falta ou vício na formação da vontade, haver ordenado a um conjunto de caridosos capangas uma valente tareia no dito vereador?

Com este arquivamento, passou-se, assim e sem qualquer tipo de decoro ou honradez, um certificado de legitimidade irrevogável à tão lusa impunidade.


Meus caros, este país é uma vergonha!