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Afasto-as do poema com a Alma
por haver um rio entre as muralhas
onde os olhos se misturam com uma pronúncia muda
invoco o oceano íntimo que trago no peito
percorrendo a lucidez das superfícies nuas
amo o princípio evidente das coisas, dos seres
uma pedra, a boca, a baga desigual
na saliva dos homens dissolvendo os dias
uma pedra, a boca, a baga desigual
na saliva dos homens dissolvendo os dias
Vou encontrando a luz, palavra ou barca
atravessando o dia até ao lugar do visível
atravessando o dia até ao lugar do visível
por detrás dos olhos onde todas as águas se diluem
e encontram
Gisela Ramos Rosa, 2-07-2011
e encontram
Gisela Ramos Rosa, 2-07-2011