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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

De prendas de natal: a modos que sugestões




Como é sabido isto está mau para prendinhas. Ainda por cima a DECO aconselha a utilizarmos o subsídio de natal para uma emergência. Não se lembrou a DECO que já houve essa dita emergência e que o “governo” já esturricou, nem sei onde nem em que emergência, o meu dito subsídio.
Mas, pronto, uma boa prenda de natal aqui para a equipa da “aldeia” seria o Godinho Lopes e o Passos Coelho irem pregar para outra freguesia, ou, sei lá, darem uma volta ao bilhar grande. Isto sim, era a sopa no mel. Ou ouro sobre azul, ou uma coisa qualquer dessas.
Mas se não fordes sportinguistas e sejais simpatizantes da orda que nos vai desgovernando tendes outras sugestões. Já antigas, porque isto não está mesmo para modas. Mas que não devem estar esgotadas, e digo-vos, dei-me bem com elas.
Vêde aqui, aqui e aqui.
Deixo, aos visitantes deste blogue, os votos do melhor natal possível.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Enquanto que...


Enquanto o governo da nação procura soluções para enviar os portugueses excedentes para a emigração, enquanto os deputados não aprovam a redução de férias do pessoal, enquanto ainda podemos andar por aqui, nesta, embora pouco festiva, quadra sempre é tempo para ouvir, novamente, uma balada de natal, proposta pelo grande Graeme. Enquanto que...

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Natal. Uma sugestão para prendinha. E os tradicionais votos.



Pepetela é um dos grandes romancistas de língua portuguesa, com lugar de destaque na literatura lusófona. Foi vencedor do prémio Camões em 1997.
Numa época em que o país está ocupado, nada melhor para sugerir como prenda de Natal que o seu mais recente romance.
A acção passa-se em Angola, no século XVII, altura em que Portugal está sob a ocupação filipina. Uma situação, aliás, vivida actualmente, embora o ocupante seja outro. Aqueles pouco dados à História e que não se lembrem dos Filipes, não estranharão muito devido aos tempos actuais, perfeitamente similares.
Poder-se-ia dizer que o passado revisita o presente. É que está lá tudo, os colaboracionistas, os sobreiros, as sucatas, os bpn’s, embora os cenários e os adereços sejam outros.
É um pedaço de história que vale a pena relembrar, condimentado com o estilo irónico a que o escritor benguelense nos habituou.

Para os visitantes da “aldeia”, mesmo os colaboracionistas (fascistagem incluída), aqui ficam votos, não propriamente de um bom Natal, deixemo-nos de demagogias, mas do melhor Natal possível.
E aí vai uma prenda cá da "aldeia": os primeiros 3 parágrafos da obra em referência. Deliciem-se:

"Manuel Cerveira Pereira, o conquistador de Benguela, é um filho de puta.
O maior filho de puta que pisou esta miserável terra. Pisou no sentido figurado e no próprio, pisou, esmagou, dilacerou, conspurcou, rasgou, retalhou. O filho de puta admito ser apenas no figurado, pois da mãe dele pouco sei, até dizem ter sido prendada senhora e de bem. Embora quem tal crocodilo deixou crescer no ventre pomba não deveria ser, afirmam os entendidos. Mas mereço eu, desgraçado padre, julgar o ventre de donas bem casadas?
Ventres não se julgam, dão frutos, alguns podres."

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Eurest/Cavaco Silva, a mesma luta. Ou um (outro) conto de natal


A Eurest é uma empresa privada do ramo da restauração. Moderna, como não podia deixar de ser, acompanha os tempos: para ela, o lucro é mais importante que a dignidade humana. 
Cavaco (bpn) Silva é o presidente da república e candidato a presidente da república. Defende, como não poderia deixar de ser, o género de empresas como a citada, e o tipo de sociedade que elas formatam. 
Mas têm vergonha do que são e do que defendem. Tentam disfarçar. Daí as campanhas pelo direito à alimentação em que aparecem juntos. A caridadadezinha, já se vê. Teatro, é o que é.
Patrocinam é este género de contos de natal. Deprimente e ascoroso. Ora leiam:

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Uma balada de Natal

Graeme Allwright, que já tem actuado aqui na aldeia, traz-nos hoje uma bela e enternecedora balada de Natal.
De origem neo-zelandesa este cantautor e homem do teatro tornou-se mais conhecido pelas adaptações de canções de cantores populares da América do Norte como Bob Dylan, Leonard Cohen, Pete Seeger, Tom Paxton, Malvina Reynolds e outros, os quais divulgou ao público europeu.


Dans son manteau rouge et blanc
Sur un traîneau porté par le vent
Il descendra par la cheminée
Petit garçon, il est l'heure d'aller se coucher

Tes yeux se voilent
Écoute les étoiles
Tout est calme, reposé
Entends-tu les clochettes tintinnabuler

Et demain matin, petit garçon
Tu trouveras dans tes chaussons
Tous les jouets dont tu as rêvé
Petit garçon il est l'heure d'aller se coucher

Tes yeux se voilent
Écoute les étoiles
Tout est calme, reposé
Entends tu les clochettes tintinnabuler

Et demain matin, petit garçon
Tu trouveras dans tes chaussons
Tous les jouets dont tu as rêvé
Petit garçon il est l'heure d'aller se coucher

Tes yeux se voilent
Écoute les étoiles
Tout est calme, reposé
Entends tu les clochettes tintinnabuler

Et demain matin, petit garçon
Tu trouveras dans tes chaussons
Tous les jouets dont tu as rêvé
Petit garçon il est l'heure d'aller se coucher


sábado, 19 de dezembro de 2009

Um bom Natal, cheio de prendinhas



Mesmo em tempo de “crise”, o Natal não deixa de ser um tempo de prendinhas. É, desde há muito, menos um período de reflexão do que uma das várias épocas propícias ao aumento do negócio.
Confesso que também entro na onda, que também pratico as prendinhas. Até a mim próprio me ofereço algo extra, desculpando-me com a quadra.
E assim faço uma sugestão.
No ano passado foi um livro, desta vez é um disco, cuja capa reproduzo acima. São quatro belas e talentosas moçoilas que interpretam as palavras de um genial poeta.
Como se pode ver, ofereço-me sempre coisa boa. Até me apetece parafrasear um certo fumador de charutos: “Contento-me com o melhor”.
E aqui ficam, também e como não poderia deixar de ser, votos de um muito bom natal e um ano de 2010 (que se aproxima) um pouco melhor que 2009 a todos os visitantes desta aldeiazinha.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Ainda o Natal. Uma história de



Esta fotografia, surripiada ao blogue "O tempo das cerejas*" é de 1975 e da autoria do fotógrafo francês Gérard Bloncourt.
O título é "jovem desempregado no Norte" e bem podia ser de 1930, como de 1960, ou ainda de 2000. Ela diz-nos que o capitalismo enquanto regime político-social não resolve problema nenhum. É antes, ele próprio, um problema. E gravíssimo. Além do desemprego produz também a fome, as guerras, a desumanização das relações entre as pessoas. É, tout court, redutor da condição humana.
Esta história de natal é elucidativa. E de hoje, 25 de Dezembro, de 2008 depois de Cristo. Deveríamos parar um pouco para pensar, reflectir, enfim, partir para outra. Aconselho-vos a lê-la.
E a pensar, se não for muito incómodo.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Reflexões (não só poéticas) sobre o Natal

Não me apetecia falar sobre o Natal
Para não ter de lembrar a hipocrisia
Saber tantos no mundo a fazer mal
Querendo ser bonzinhos só nesse dia
-
Natal é amor feito justiça e verdade
Reúne a família nessa noite nesse dia
As crianças sonham com a igualdade
Que não existe como Jesus pretendia
-
Convido todos os homens a prosseguir
O exemplo que por Cristo nos foi dado
Vamos todos dar as mãos e conseguir
Esse sonho por demais tempo adiado
-
Chegou o tempo de exigir nossas regalias
Por vezes sonegadas de maneira imoral
Vamos unir-nos para que todos os dias
Sejam para todos o grande dia de Natal.



sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Prendas de natal: uma sugestão. Seguida de votos de um bom próximo ano



A acção passa-se numa só noite. A noite da consoada. O cenário são as ruas da capital do Império. O tema, nunca ou raramente explorado pela literatura portuguesa, o que me leva a pensar que os portugueses terão vergonha dessa época, o que será despiciendo, daí as tentativas de lavagem da História a que vamos assistindo, é, por isso um dos méritos deste prosador exímio: a luta clandestina contra a ditadura fascista que assolou o país. A que foi derrotada em 1974, entendamo-nos.
Um belo romance, sobre a luta, a solidariedade, a amizade. Também sobre medos e tristezas. E amores. Estes, correspondidos mas impossíveis, transporta-nos ao universo camiliano. Mas à fatalidade do velho mestre, José Casanova contrapõe a esperança…
A cena final recorda-nos inevitavelmente uma canção de Brel. Aquela em que se ouve:
“Heureux les amants séparés
Et qui ne savent pas encore
Qu’ils vont demain se retrouver”


O Belo não é necessariamente útil. Um livro é necessariamente útil. Então, como prenda de natal, um belo romance é assim a modos como juntar o útil ao agradável.
Para quem ainda não conhece, por distracção ou por não ser dado a estas coisas da literatura, José Casanova é um escritor a descobrir. Tem publicados mais dois romances, “O caminho das aves” e “O tempo das giestas”, estando neste momento a ultimar o quarto.

Aproveito a oportunidade para desejar a todos os visitantes desta humilde aldeia um bom natal e, já agora, um ano de 2009 que se não for igual ao 2008, pelo menos seja muito melhor.