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Até porque, dizer que estou "morrendo" de dor não me traz qualquer alívio.
Mas, nesta semana em especial, a coisa ficou feia, ou, "o bicho pegou" - como preferirem.
O Ateliê esteve fervendo. Além dos trabalhos normais, peguei uma encomenda de última hora.
Nove peças para um quarto de bebê. Mil detalhes.
E exatamente nos ultimos dias, depois de ficar sem energia elétrica, de ter que sair inesperadamente e dos netos estarem de férias, a dor chegou sem convite.
Achei que ia endoidar. Pensei em ir ao hospital, tomar uma dose cavalar de remédios para dor, deitar na cama e dormir sem hora para acordar... mas não era possível...
"Dor da ponta dos pés ao último fio de cabelo" !!!
Já ouvi e li esta expressão muitas vezes. Até já achei impossível tanta dor assim. Exagero de gente fresca. Putz... aconteceu comigo...
Fiz alongamentos, Pilates, até comi doce para ver se me distria... e a dor não ia embora...
Cumpriu seu ciclo... doeu, doeu e de repente desapareceu...
Eu fiquei me sentindo um lixo. Sem forças e sem vontade de me mexer.
Que loucura!
Ainda bem que não acontece todos os dias.
A gente fica moída, como se tivesse passado por um moedor de carne, como se uma carreta bitrem tivesse passado por cima de cada articulação. Demora um pouco a voltar ao normal.
Conto isso, não para fazer terrorismo, não para que me achem coitadinha, mas para dizer que a gente consegue superar, embora no momento em que acontece a vontade é entregar os pontos.
"Dor compartihada é dor diminuida." Falem dela. Não deixem que a dor cale vocês.
Beijos. Fiquem bem. Neli Alves