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9 de maio de 2013

213 - Evitar comprar artigos em plástico


As nossas casas estão cheias de plástico. A vossa não?!... Experimentem fazer o que fiz. Percorri o nosso apartamento (cerca de 70 m2) de papel e lápis em punho e fui registando os objectos que contêm - na totalidade ou em parte - algum tipo de plástico.

Na cozinha e lavandaria, os electrodomésticos têm todos partes em plástico, do frigorífico à máquina de sumos. Os candeeiros de tecto tem plástico. As bacias, baldes, o apanhador e respectiva vassourinha, o espanador, são de plástico. O ecoponto tem partes em plástico (...), as caixas da areia das gatas são de plástico. As suas taças para a comida também... A quase totalidade das caixas para guardar alimentos - vulgo tupperware - são de plástico. As que são de vidro, têm a tampa... de uma espécie de plástico. As cuvetes de gelo, partes das garrafas térmicas, as colheres medidoras, o germinador, até as tampas das garrafas de alumínio para a água, são de plástico. A minha bicicleta, os nossos patins, algum calçado, têm partes em plástico.

Na casa de banho, a cortina do chuveiro é de plástico, os suportes e base do espelho do lavatório, partes das torneiras e do chuveiro são de plástico. O autoclismo, peça de museu, da marca Dilúvio (com este nome imaginem se não lhe tivéssemos reduzido o volume e colocado um contrapeso, para controlar as descargas...) é de plástico. Há frascos e embalagens de plástico, embora muito menos do que antes deste desafio e muitas delas já reutilizadas várias vezes. 

Na sala e no escritório, os  aparelhos (televisão, dvd, portáteis, impressora, discos externos, ...) são, em grande parte, de plástico, todos os candeeiros têm partes em plástico (nem que seja os fios e o interruptor...). O mesmo com o aquecedor a óleo. Há marcadores (e respectivas caixas) de plástico, as pastas tamanho gigante onde guardo desenhos e folhas são de plástico, telemóveis e carregadores contém plástico, a minha máquina fotográfica e acessórios... plástico. Quase todas as capas de cd e dvd são de plástico (apesar de os termos deixado de comprar).

No nosso quarto há menos plástico. Além dos casos referidos no parágrafo seguinte, encontro plástico no rádio do zé manel, na balança, no espelho de rosto e nos óculos de sol. Ah, e na bijuteria!...

Pela casa toda, tomadas, interruptores, cabos e fichas eléctricas, os temporizadores, partes dos estores interiores, são de plástico. Os estores exteriores são de plástico. As campainhas, na entrada do prédio, são de plástico.

E tenho a certeza que deixei escapar algumas coisas... Até porque há muito plástico "escondido"...

A nossa vida, para além da nossa casa, está cheia de plástico. E até parece positivo, nalguns casos: por exemplo, devido ao facto de uma parte dos componentes de um automóvel actual serem de plástico há menos gasto de combustível, logo menos emissões de CO2. E parece que os painéis solares são feitos de plástico...

O plástico é resistente, durável ("eterno"), maleável, ..., bonito, barato. Sim, eu bem sei... com todas as suas cores vivas, o plástico pode ser muito apelativo...

Mas... por ser eterno, não se (bio)degrada, perturbando os ciclos naturais. Já todo vimos imagens do que acontece, por exemplo, a animais marinhos que ingerem plástico. Podem rever algumas aqui, através do trabalho do fotógrafo Chris Jordan. E se forem à praia - no inverno (porque no verão são limpas) - na maré baixa...

fotografia de Jurnasyanto Sukarno

Resumidamente (podem ler mais aqui, aqui) o fabrico do plástico (a partir do petróleo) liberta químicos poluentes. A reciclagem parece não ser viável para todos os tipos de plástico e, pelo que percebi, não é possível transformar uma garrafa de plástico noutra garrafa de plástico pois o plástico reciclado é de qualidade inferior. Se, por exemplo for transformado num saco plástico e este for "abandonado", ao desfazer-se em pequenas partículas acaba por entrar na cadeia alimentar. O plástico correctamente recolhido e que não é reciclado é... incinerado (este artigo é muito interessante). O que, mesmo que permita a produção de energia, não me parece muito sustentável. Estejam livres para me corrigir, caso esteja a dizer alguma asneira. E, em relação aos bioplásticos (como pude descobrir quando falei sobre os sacos de lixo)... Bom, leiam os comentários ao post, onde alguns leitores ajudaram a desmistificá-los.

Mas, podemos viver sem plástico? PET, vinyl, PP, ... (mais sobre os tipos de plástico aqui)? Como disse antes, às vezes nem sabemos que os temos connosco. Há pessoas, como a Beth e a Taina, que se desafiaram a viver sem plástico (esta senhora parece ter desistido, pelo menos no que se refere aos desafio do plástico...), há sites de produtos - que supostamente - são melhores alternativas ao plástico, ... (devido à minha "experiência" só acredito depois de investigar...), e até se pode começar por "um dia sem plástico"!


Quanto a mim, como sabe quem por aqui anda desde o início (se não é o caso, aqui estão todas as medidas relacionadas com o plástico) tenho vindo a deixar de usar determinados "apetrechos" plásticos (cotonetes, palhinhas, ...) e a alterar hábitos para diminuir a quantidade que entra cá em casa, sendo o mais importante - quanto a mim - o comprar a granel, sempre que possível.

A propósito de precisar de uma tábua de cozinha nova e de ter sido tentada por umas muito giras, coloridas (e de plástico...) decidi deixar de adquirir objectos de/com plástico. Pode parecer um pouco radical, até tendo em conta que não se compram tábuas de cozinha todos os dias... Mas foi o meu momento de viragem, o que é que se há-de fazer? Vou evitar - ardentemente - que entre mais plástico cá em casa. Onde me levará esta decisão? Vou-vos mantendo informados... Para já não vou ter, de certeza, pedacinhos de plástico na minha comida, pois ando na senda de uma bela tábua de madeira ou de bambu.

26 de fevereiro de 2013

212 - Comprar pneus usados


Eu sei que este é um tema muito polémico (basta ver a quantidade de opiniões diversas em fóruns automóveis por essa internet fora) por isso esperei até poder falar com  - já o posso dizer - anos de experiência neste assunto, visto que quase desde o início deste desafio começámos a comprar pneus usados ao invés de novos.

Também gostaria de frisar que esta é a minha opinião, baseada na minha/nossa experiência (aliás, como sempre, mas hoje acho importante reforçar este facto).

Dito isto, nós estamos satisfeitos com a nossa escolha. Infelizmente o Zé Manel tem que fazer bastantes quilómetros quase todos os dias, pois ficou colocado longe de casa e o comboio nem sempre é opção.  Feitas as contas (num período de tempo igual ao período em que utilizávamos pneus novos) comprando pneus usados, gastamos menos dinheiro, não notamos diferença em termos de desempenho ou segurança e, muito importante, reduzimos o nosso impacto no ambiente, pois estamos a dar uma segunda hipótese a pneus que de outra forma iriam para o lixo (ainda que - como vou falar mais à frente - possam vir a ser reciclados. Mas isto continua a poder acontecer depois de passarem por nós...).

Há pneus recauchutados, reconstruídos (remold), semi-novos, usados, ... Posso estar errada, mas pelo que percebi o recauchutado é um pneu que só leva a banda de rodagem nova enquanto que, no caso de um pneu reconstruído, o exterior é todo novo, sobre o "esqueleto" do pneu antigo. Acho que aqui está uma boa explicação (embora haja quem distinga 3 tipos de "recuperação": recapados, recauchutados e remoldados). Penso que semi-novos e usados são a mesma coisa (mas corrijam-me se estiver errada), pneus que já foram usados mas ainda estão em bom estado (como, por exemplo, os pneus de um automóvel que sofreu um acidente e não tem recuperação. Mas os pneus não só não sofreram danos, como até tinham sido trocados há pouco tempo...)

Como disse no início, aparecem testemunhos para todos os gostos. Muitas pessoas a criticar e a rejeitar os recauchutados, os reconstruídos, os usados... A mim parece-me que as questões se prendem principalmente com o desempenho dos pneus quando conduzem a altas velocidades (ai, ai, ai)... Mas posso ter percebido mal... Por outro lado, há muitas pessoas a dizer que não sentiram diferenças entre os pneus recauchutados, ou os reconstruídos, ou os usados e os novos.

Enfim, é muito difícil chegar a uma conclusão baseada nos comentários que se encontram na net ("que novidade", dirão vocês...). No nosso caso temos toda a confiança em quem nos arranja os pneus, e acho que este é o melhor conselho que vos posso dar: encontrem um fornecedor de pneus em quem confiem... E não, não estou a ser irónica (nem inocente), já percebi - por comentários de amigos e conhecidos - que não é assim tão fácil. O máximo que posso fazer é dar-vos o contacto do nosso (se estiverem pelo Porto e arredores...)!

Entretanto, encontrei informação sobre pneus ecológicos e pensei que seriam feitos de materiais mais "simpáticos", mas são ecológicos devido à redução de emissões de CO2, economia de combustível, ... O que é óptimo também, claro, mas... E a notícia que refere a possível utilização de óleo de soja no fabrico de pneus, ao invés de petróleo, faz-me torcer o nariz, pois perdemos, a um ritmo assustador, áreas extensas de floresta tropical para plantações de soja, não se podendo considerar esta hipótese "simpática" para o ambiente, certo? É difícil, ao que parece, encontrar uma solução...

Para já vou continuar a "reusar" pneus e a aplaudir ideias como esta (portuguesa) de reciclar pneus para fabricar asfalto para a pavimentação de estradas, ou esta, de transformar pneus velhos em produtos substitutos da madeira (como, por exemplo, decks exteriores) além da mais conhecida em que a borracha dos pneus dá origem a pavimentos para recintos desportivos, infantis, ...

E, claro, não faltam ideias para reutilizar pneus...

aqui
aqui
aqui

e, muitas, muitas mais há, mas - às vezes - as mais simples são as melhores...


8 de dezembro de 2012

210 - Fazer todos os produtos necessários para a limpeza da casa


Se no início deste desafio procurava soluções compradas mais amigas do ambiente do que as convencionais, à medida que fui pesquisando e aprendendo mais, fui mudando a minha maneira de pensar em relação a este assunto (e a muitos outros...). Comecei a substituir os produtos comprados (ainda que mais "verdes") por soluções caseiras, usando ingredientes simples, acessíveis e não agressivos, como o vinagre, o bicarbonato de soda, ...

O primeiro produto que substitui foi o limpa-vidros. Depois fui arranjando soluções para afugentar as traças,  as pulgas das gatas, e outros "bichinhos" que não são muito bem vindos em nossas casas...

Claro que há uma imensidão de receitas, para tudo e mais alguma coisa, por essa internet fora. Eu continuo fã dos meus livros de receitas caseiras.

Com meia dúzia de ingredientes podemos fazer todos os produtos necessários para a limpeza de uma casa:
Bicarbonato de sódio
Neutraliza os ácidos, funciona como desodorizante, combate a gordura, limpa alumínio, plástico, porcelana, aço inoxidável, ...
Vinagre
Desinfectante, permite dissolver depósitos de calcário e remover a gordura.
Bórax
Desodoriza, inibe o crescimento de bolores, aumenta o poder de limpeza do sabão ou dos detergentes.
Sumo de limão
Limpa vidros, remove manchas do alumínio, porcelana, ...
Sabão líquido natural para a louça
Neste post deixei uma receita. Remove a gordura.
Óleos essenciais
Além do seu perfume agradável, têm propriedades de complementam a dos outros ingredientes.

Aqui deixo-vos as que usamos neste momento cá em casa. Agora faço - quase sempre - tudo "a olho", mas estas são as medidas das receitas originais.

Spray multiusos
(para limpar todas as superfícies, excepto as de madeira)

½ c. de chá de boráx
250ml de água tépida
½ c. de chá de vinagre branco
½ c. de café de sabão líquido natural para a louça
5 gotas de óleo essencial de alfazema
3 gotas de óleo essencial de alecrim

Para limpar a casa de banho acrescento mais vinagre (3 c. de sopa) e substituo o óleo essencial de alecrim por 2 gotas de óleo essencial de eucalipto e 2 gotas de óleo essencial de limão.

Misture o bórax e a água num frasco vaporizador. Junte os restantes ingredientes e agite bem antes de cada aplicação.

Limpa-vidros
(aqui deixei mais receitas)

2 chávenas de água
1 chávena de vinagre branco
2 gotas de óleo essencial de limão (opcional)

Misture tudo num frasco vaporizador e agite bem antes de cada aplicação.
Utilize papel de jornal para a limpeza dos vidros.
(Não se devem limpar os vidros quando bate o sol, pois ficam com brilho azulado)

Limpa-móveis (de madeira)

1 parte de azeite extra virgem
1 parte de sumo de limão

Misture num frasco vaporizador e agite bem antes de cada aplicação.

(as receitas com sumo de limão devem guardar-se, no máximo, durante 1 semana, as restantes duram bastante tempo. Lembrar de agitar antes de usar, porque podem ganhar depósito.)

Limpa-soalhos

10l de água quente
60ml de vinagre branco
15 gotas de óleo essencial de alfazema

Misture todos os ingredientes num balde grande e passe o chão com uma esfregona.

Limpa-chão (mosaicos)
(aqui deixei mais receitas)

2 c. de sopa de bicarbonato de soda
2 c. de sopa de sabão líquido natural para a loiça
125 ml de vinagre branco
10 l de água quente
10 gotas de óleo essencial de eucalipto
5 gotas de óleo essencial de limão

Misture todos os ingredientes, excepto os óleos essenciais, e mexa bem. Junte os óleos e volte a mexer. Aconselham a, depois de passar o chão com este produto, a enxaguar com água limpa. Eu não o faço.

“cif”

3 c. de sopa de bicarbonato de soda
3 c. de sopa de bórax
1 c. de chá de sabão líquido natural para a loiça
5 gotas de óleo essencial de alfazema
5 gotas de óleo essencial de eucalipto

Misture os ingredientes num recipiente de vidro. Molhe as louças sanitárias e aplique o produto com uma esponja ou um pano. Enxague bem.

Estes são os habituais. Para situações pontuais ou problemas inesperados socorro-me das minhas bíblias... 

Por exemplo, para limpar o forno - que usamos esporadicamente - uso bicarbonato de soda:
pulverizo o forno com água quente, espalho uma camada fina de bicarbonato de soda na base do forno e volto a borrifar com água quente. Deixo ficar durante a noite. Em seguida esfrego bem com um esfregão de arame e enxaguo.

Também já tinha falado aqui de soluções naturais para desentupir canos.


E se acham que gastam muito tempo nas limpezas da casa,
aproveitem as dicas da Jamie (como limpar a casa uma vez por mês) e da Rita (speed cleaning).

Boas (e verdes) limpezas!

23 de janeiro de 2012

201 - Procurar soluções caseiras/naturais para tratar o pé-de-atleta


Quase todos os livros de medicina natural, remédios naturais, ervas medicinais, ...,  têm um aviso semelhante a este (retirado do 1001 remédios naturais):

"Não tente diagnosticar ou auto medicar problemas de saúde graves ou prolongados sem supervisão médica. Não inicie um auto tratamento em simultâneo com um tratamento médico prescrito e não exceda as dosagens recomendadas sem primeiro procurar aconselhamento profissional. Consulte o seu médico se os sintomas persistirem. Se está grávida ou a amamentar, não utilize óleos essenciais ou medicamentos à base de ervas sem antes consultar um profissional."

Posto isto, a ideia é - antes de correr para a farmácia - tentar encontrar soluções caseiras e mais naturais (e muitas vezes ancestrais e esquecidas) para, neste caso, matar o fungo que provoca o pé-de-atleta e que, volta e meia, vem visitar o Zé Manel. Ele tem cuidado, anda sempre de chinelos nos balneários, nos chuveiros, mas... é karateca... portanto, treina descalço. Em vários sítios diferentes... E, na verdade, já experimentou vários tratamentos recomendados nas farmácias. Agora vamos experimentar outra abordagem, com menos químicos e menos embalagens.

Além do livro de que falo no início do post, tenho um outro, da mesma editora, bem pequeno mas cheio de informação, "101 sugestões - ervas medicinais", de Penelope Ody. Entre estes e um que herdei, das Selecções do Reader's Digest, "Guia prático de remédios e tratamentos naturais", tenho receitas para imensos problemas de pele: psoríase, herpes, verrugas, acne, ... e, claro, pé-de-atleta. Também na internet se encontram dezenas de receitas. O problema é escolher!

Fiz uma selecção com algumas receitas que utilizam ingredientes que, normalmente, temos em casa e que são simples de pôr em prática. Imagino que fazer um unguento com cera de abelhas, lanolina anídrica, óleo de maravilha emulsionado e óleo de árvore-do-chá (receita do "101 sugestões - ervas medicinais") assuste alguns...

Para já o Zé Manel está a fazer - por recomendação de um amigo formado em medicina tradicional chinesa - banhos de chá preto, todas as noites, e está a utilizar o spray antifúngico (ver receita mais abaixo). E já sente a diferença!


Aqui ficam mais sugestões. Pode combinar uma opção para "demolhar" os pés com uma solução para aplicação local, por exemplo. A ideia é manter o tratamento escolhido até erradicar o fungo (ou, se não estiver a obter resultados, experimentar um outro)!

Receitas com VINAGRE

Spray antifúngico
O vinagre de sidra restitui a acidez natural à pele, ajudando-a a tornar-se mais resistente ao crescimento de fungos. A alfazema é antimicrobiana e acalma a comichão e a inflamação. 
125 ml de vinagre de sidra 
1/2 c. chá de óleo essencial de alfazema 
Misture num frasco vaporizador e aplique uma vez por dia, após o banho. 

Banho de vinagre

Lave e seque bem os pés. Coloque partes iguais de água morna e vinagre de sidra numa bacia. Deixe-os uns vinte minutos de molho. Repita todos os dias. 

Soluções com BICARBONATO de SÓDIO

- Coloque bicabornato de sódio na zona afectada. Irá reduzir a humidade localizada, eliminando as condições ideais para o crescimento de fungos. 
- Aplique uma pasta de bicarbonato de sódio na área, especialmente entre os dedos. Misture 1 colher de mesa de bicarbonato de sódio com um pouco de água morna. Aplique e aguarde alguns minutos. Seque bem e coloque um pouco de amido em pó nos pés.

Sugestões com ALHO:
(experimente primeiro em casa, para ver se o cheiro é perceptível...)

- esfreque alho cru, ou espalhe alho em pó, na zona afectada; 
- corte alho cru em pequenos pedaços e coloque alguns nos sapatos (quando não os está a usar...);
- amasse alho com um pouco de óleo e aplique na área;
- coma mais alho...;
- coloque alguns dentes de alho esmagados numa bacia com água morna e um pouco de álcool. Mergulhe os pés nesta solução durante alguns minutos;
- esmague vários dentes de alho em azeite e deixe repousar entre um a três dias. Coe a solução, guarde num frasco escuro e aplique o óleo de alho nas zonas afectadas, uma ou duas vezes por dia;
- coloque lascas de alho previamente cortadas entre os dedos, durante uma hora. Repita todos os dias. Se esta abordagem lhe irritar a pele, interrompa-a ou diminua a duração do tratamento.

OUTRAS abordagens:

- faça um banho de chá de pau d'arco;
- Aplique sumo de limão 1 a 2 vezes por dia na área, e deixe secar;
- a própolis é tradicionalmente usada no tratamento de fungos. Aplique extracto ou tintura directamente sobre as zonas afectadas (cuidado porque pode manchar a roupa);
- aplique óleo de árvore-do-chá (tea tree) nas zonas afectadas; 
- Esmague raiz de gengibre e adicione a água em ebulição durante 20 minutos. Depois de arrefecer aplique directamente nas zonas afectadas duas vezes por dia com algodão ou um pano limpo;
- a canela pode ser adicionada a qualquer das soluções sugeridas em cima, por ter características anti-fúngicas, pelo que poderá, e deverá, adicioná-la também a banhos de chá de hortelã, manjericão, salva, tomilho, trevo vermelho ou limão;
- impregne o seu pé numa mistura de 2 colheres de mesa de sal por litro de água morna, durante 5 a 10 minutos; seque bem e repita até que o problema seja resolvido;
- a equinácia fortalece o sistema imunitário. Tome 1/2 colher de chá de extracto de equinácia 2 vezes por dia, durante 10 dias, faça um intervalo de 3 dias e repita o tratamento, durante mais 10 dias;
- aqui tem algumas sugestões à base de cravinho (cravo-da-índia).

E, claro, alguns CUIDADOS a ter para prevenir, ou ajudar a combater, o pé-de-atleta:

- use um calçado que permita uma boa transpiração dos pés; 
- use meias de tecidos naturais e o mais frescas possível (e para ajudar a manter os seus pés secos, mude de meias várias vezes por dia); 
- lave bem as meias (a temperaturas elevadas) para matar o fungo; 
- caminhe descalço sempre que for possível para que os pés respirem e apanhem sol (em superfícies “de confiança”...); 
- banhe os pés em água de mar ou com água e sal (e seque muito bem logo em seguida); 
- evite usar o mesmo calçado 2 dias seguidos e, se possível, coloque os sapatos ao sol - os raios ultra violeta matam o fungo; 
- seque muito bem os pés após o banho, principalmente entre os dedos (troque a toalha a cada banho, e não a utilize para secar o resto do corpo); 
- use, para lavar os pés, sabão à base de enxofre ou própolis, já que têm propriedades fungicidas; 
- nos balneários e espaços públicos, use chinelos de banho para evitar o contágio ou contagiar; 
- na alimentação, dê preferência a frutas e vegetais crus, cereais integrais (tudo muito bem mastigado), beba água com abundância, limite o consumo de açúcar (alimento preferido das leveduras e fungos), gordura e cafeína. Os ácidos gordos essenciais (como o ómega 3) favorecem a cura da pele; 
- se o problema piorar e começar a ter pus ou febre, consulte um profissional.

17 de outubro de 2011

199 - Encontrar um substituto vegetal para o óleo mineral que uso depois do duche


Sou um bocadinho preguiçosa no que toca a espalhar creme pelo corpo... daí que "antigamente" usava óleo mineral, vulgo óleo de bébé. É só espalhar umas gotinhas no corpo saído do duche, limpar com a toalha e já está!

Depois descobri, com a Sylvia, que o óleo mineral é um derivado da produção de gasolina (petróleo!!! bahhh...) e passei a usar o creme de corpo que aprendi a fazer numa das oficinas.

Mas (lá está...) no inverno passado o boião durou imeeeeenso tempo. Quando está frio, passar alguns minutos extra como vim ao mundo a espalhar creme dos pés aos pescoço não é propriamente um programa aliciante.

A antecipar a próxima temporada "fresca" comecei a procurar uma solução alternativa (mas equivalente...) ao óleo mineral: o óleo vegetal.

O único que encontrei à venda foi da Eucerin (à venda em farmácias) que - na minha lista - aparece nas empresas que não testam em animais. Mas um frasco de 125ml custa cerca de 14€, quando 500ml de óleo mineral custa, sensivelmente, 4€.

Ao olhar para os ingredientes daquele (óleo de girassol, óleo de amêndoa, óleo de jojoba, óleo de macadâmia) lembrei-me - quase em simultâneo - que tinha bastante informação sobre as propriedades de vários óleos (mais uma vez, aprendi com a Sylvia) e que na antiga medicina ayurvédica só usam no corpo o que também podem comer...

E decidi fazer o meu óleo vegetal.

Inspirei-me também no livro dos 1001 remédios naturais (de que já falei aqui) e criei a minha receita. Fui fazendo pequenos ajustes, e pretendo experimentar óleos diferentes, mas uso há dois meses o óleo que vou partilhar com vocês e estou extremamente satisfeita (até já parece um anúncio...).

Usei óleos "oleosos" (sim, existem óleos "secos", como o de grainha de uva ou o de cânhamo, por exemplo, bons para peles oleosas) porque a pele do meu corpo é mais para o seco, principalmente no inverno. Dentro dos oleosos escolhi os que vêm de mais perto: de Portugal ou de países europeus.

Não faço uma grande quantidade de cada vez: por uma questão prática (e de ironia...) reutilizei o frasco de 500ml do óleo mineral (tem uma tampa de segurança e não se parte, o que é bom porque o levo para muitos sítios) mas se o fizerem podem juntar vitamina E (é um antioxidante natural).

150ml de azeite virgem extra (português)
150ml de óleo de linho
150ml de óleo de amêndoas doces
10 gotas de óleo essencial de alfazema (biológico e português!) para, entre outras coisas, dar "cheirinho" (podem substituir por outro óleo essencial, cada um tem propriedades diferentes)

Não tem nenhuma técnica especial, é só colocar no recipiente e está pronto a usar (eu agito o frasco antes de cada utilização)! E custa, mais coisa menos coisa, 2,5€ cada 500ml...


Experimentem este, façam um ao vosso gosto, testem várias combinações e se tiverem alguma dúvida contactem-me.

30 de abril de 2011

192 - Encontrar um enchimento amigo do ambiente para os nossos "puffs"

Quando viemos viver para este apartamento os meus irmãos ofereceram-nos dois puffs (ou pufes...). Claro que sou eu que mais os uso. Como não sou lá grande Lady (...) estar sentada direitinha num sofá não é para mim. Como é que pode ser melhor do que estar confortavelmente enroscada num puff, a ler um livro, por exemplo?...


No outro dia, um amigo meu sentou-se num deles e atirou-me um "tens que encher estas coisas..." e nesse momento reparei que realmente estavam mais murchitos...

Ontem abri o fecho de um deles e... Arghhhhhhh!!! Fiquei rodeada de bolinhas de esferovite!!!!!!
Confesso, não me lembrava do recheio dos meus queridos puffs. A sério! Acho que sofri de amnésia super selectiva: até ao segundo em que nevou na nossa sala, eu tinha bloqueado esta (mais do que óbvia) informação...

E agora?

Eu, que desde que escrevi este post (leiam-no se quiserem mais informação sobre os pontos negativos do esferovite), fujo de tudo o que é de esferovite e me esfalfo para encontrar utilidade para as poucas coisas que aqui aparecem neste material, tenho, no meu lar, dois monstros comedores de esferovite para alimentar! (Hoje estou com a veia dramática bem activa...)


Toca a procurar um enchimento bem "verde", Ema!

E não é que há alternativas biodegradáveis?!

Primeiro encontrei um susbtituto à base de amido. Mas também encontrei um estudo que fala sobre o facto de este material servir de alimento a insectos, o que pode levar à disseminação de pragas através de embalagens, portanto esta solução não deve ter muitos fãs...

Encontrei depois, no Brasil, a Bioespuma, feita à base de óleo de mamona. Parece que também tem amido na sua composição... e penso que ainda está em fase de desenvolvimento.

Mas por lá já há empresas que comercializam os seus produtos em embalagens, biodegradáveis e compostáveis, de fécula de mandioca.

Também está em desenvolvimento uma solução à base de proteína de leite e argila, que foi descoberta por acidente.

Mas eu fiquei fã (pelo menos para já...) da solução desenvolvida por dois jovens americanos, à base de raízes de fungos e resíduos agrícolas, o Mycobond (podem ler mais aqui, aqui ou aqui).


Infelizmente não encontrei nenhuma destas opções por cá, nem em embalagens, nem em flocos, nem em bolinhas...

Ainda tive esperança de encontrar este enchimento, que reutiliza EVA - espuma vinílica acetinada. É verdade que é um material sintético, mas é uma maneira de não ir para ao lixo. Mas também não a encontrei por aqui.


Solução? Encontrei uma - pelo menos por agora.

Lembrei-me de que tinha um saco enorme cheio de "batatas fritas" de esferovite.


Aqui há uns bons anos recebia uns produtos de higiene e beleza, de uma marca aparentemente mais amiga do ambiente, que vinham em caixas de cartão cheias destas "batatas" (...). Como já sabia o mal que estas coisinhas podiam provocar, guardei-as (ou não fosse eu de guardar tudo...) na esperança de lhes dar uso. E lá fui eu ao armário das 1001 coisas. (Reparei que algumas batatas são amareladas. Serão de outro material que não esferovite?...)

Et voilá!!! Rejuvenescidos, e igualmente confortáveis, ficaram os nossos puffs!

Claro que quando voltarem a achatar vou ter que inventar outra solução, porque as batatinhas acabaram... Talvez triture rolhas de cortiça, o que acham?...

9 de abril de 2011

190 - Não ter um "porquinho mealheiro"...


... e não, não tenho nada contra os mealheiros, sejam de partir (embora na verdade estes não sejam muito amigos do ambiente) ou de abrir. Nem foi desta que me deu o badagaio e ando a defender os direitos dos porquinhos (mealheiros...).

O que está aqui em questão não é o receptáculo, seja de que forma for, mas o que guardamos lá dentro.

Quase todos nós tivémos, em pequenos, um mealheiro. O tal porquinho, o do Montepio, de barro, com aloquete ... Era uma boa aprendizagem, não era?

Cá em casa ainda temos este hábito. E não temos crianças... Pois é. A ideia foi "roubada" ao nosso amigo Pedro que, há uns anos, nos contou que ao fim de cada dia guardava todas as moedas que tivesse na carteira numa garrafa de 1,5l (excepto as de 2 euros porque, se não me engano, não cabiam no gargalo). Quando a garrafa ficava cheia rasgava-a e tinha um "pequeno subsídio" de férias. E recomeçava.

Achámos piada à ideia e resolvemos fazer o mesmo. Mas num mealheiro reutilizável. E também deixamos de fora as moedas de 1 euro (somos mais "modestos"...). Tem sido um processo engraçado. Até agora.


Imaginem que cada um de nós - ou cada família - resolve fazer o mesmo: guardar moedas (muitas) em casa durante meses, anos. O que acontece? É necessário cunhar mais moedas para continuar a haver circulação das mesmas. O que implica a extracção de mais matéria prima - a indústria de extracção de minérios é responsável pela poluição de terras e águas, destruição de paisagens, erosão, perda de biodiversidade. E ainda, como explicam neste artigo esclarecedor, na extracção de uma tonelada de níquel ou cobre, são produzidas 400 a 600 toneladas de resíduos. Assustador. Vem depois a sua transformação, que significa não só gastos enormes de energia, mas também a libertação de toxinas para o meio ambiente.

De repente o nosso "jogo" deixou de me parecer engraçado.

Não encontrei nenhuma informação sobre a reciclagem de metais para a cunhagem de moedas, por isso presumo que tal não exista. Enquanto continuarmos a precisar delas, o melhor é não as deixar parar em casa...

E quanto ao porquinho mealheiro? Se calhar temos que pensar em novas formas de transmitir determinados valores. Ou pensar em novos valores a serem transmitidos?...

E, definitivamente, há coisas que eu preferia não descobrir nas minhas pesquisas: mealheiros com porquinhos a sério?!

18 de janeiro de 2011

188 - Fazer velas com óleo de cozinha usado


Desde que descobri os perigos das velas de parafina que me vejo grega para encontrar velas amigas do ambiente (e da nossa saúde... o que, obviamente está interligado - mas este é outro assunto...). Velas de cera de abelha (e não pode ser qualquer cera de abelha) ou de óleos vegetais (e não pode ser qualquer óleo vegetal) não abundam por aí!

Eu sei (e já o disse por aqui): as velas são um anacronismo... mas um belo anacronismo, quanto a mim. Ainda nenhuma lâmpada conseguiu recriar a luminosidade, a atmosfera, da chama tremeluzente de uma vela.

Também desde essa altura fiquei à espera (bem atenta) de uma invenção portuguesa em evolução: uma máquina para transformar óleo de cozinha usado em... velas!

E ela chegou... e em Maio do ano passado fui uma das felizardas que ganhou a hipótese de ser cobaia na utilização da oon candlemaker. E, claro, apaixonei-me. Porquê? É linda, não gasta quase energia nenhuma, cerca de 80% do material usado na sua construção é plástico reciclado, não é testada em animais e faz óptimas (e duradouras) velas reutilizando o óleo das nossas cozinhas. E fá-lo de uma maneira verdadeiramente simples!


Depois de um mês de testes, testemunhos e de uma bela quantidade de velas, estava pronta para o próximo passo: escrever a minha carta ao pai natal. Sim, nunca na minha vida fiz o meu pedido ao senhor das barbas brancas tão cedo... E já não me lembrava de desejar tanto o dia 24 de dezembro (e eu adoro o natal, sempre)!

E como até me portei bem...

... estreei a minha oon candlemaker fazendo uma bela vela laranja (a da imagem já é outra), reciclando - também - um frasco de vidro!


Na verdade, quase não usamos óleo cá em casa, por isso tenho-o recolhido pelas cozinhas da família e amigos, contangiando-os a tal ponto que vou ter que começar a vender ou óleo ou velas...

E agora posso acender a minhas velas sem problemas de consciência (entre outros)!

A Raquel, mais conhecida como Topas, enviou-me um vídeo que ensina a fazer velas caseiras com óleo de soja e que, aparentemente, pode ser adaptado, utilizando-se óleo usado. Não tão rápido e prático como com a oon candlemaker, mas se calhar fica um bocadinho mais em conta... ou não!

(Se és meu amigo e estás a ler este post, ficas já a saber que provavelmente vais receber uma vela no teu próximo aniversário! Oh, estraguei a surpresa...)

25 de dezembro de 2010

186 - "If it's yellow let it mellow..."

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... e o resto desta sugestiva expressão (ainda que não muito "bonita") pode se encontrada aqui, por exemplo.

Tudo se resume a não puxar o autoclismo quando fazemos xixi (adoro esta palavra...) por isso não há grande coisa a dizer...

Mesmo com um autoclismo de dupla descarga, ou com um contrapeso para controlar as descargas, há um grande desperdício de água só para fazer desaparecer sanita abaixo a nossa urina, que - ironicamente - é constituída por 95% de água... É estéril quando é expelida e praticamente inodora. Claro que se a deixarmos ficar muito tempo... mas acreditem que - pelo menos aqui em casa - tem corrido bem. A casa de banho não tem, nem remotamente, nenhuma parecença olfactiva com um urinol público...

A quantidade de água ingerida tem influência (e a nossa dieta também) na cor e odor da urina, claro, mas também aqui esta opção tem um ponto positivo: podemos estar mais a par da quantidade de água que devemos beber!

Uma versão ainda mais ecológica está, pelos vistos, a ser experimentada nalguns países: "if it's yellow let it mellow... or use it as fertilizer"! Fazer a separação e recolha da urina separadamente e usá-la como fertilizante (é rica em fósforo) é uma maneira não só de reutilizar a própria urina e poupar água, mas também de não fazer desaparecer as reservas naturais deste nutriente.

Imaginem estas sanitas (e respectivo sistema de recolha) a serem usadas em todas as cidades do mundo!
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Não me lembro onde, nem quando, mas já usei uma sanita Nomix e na altura (não fazia a mínima ideia para que servia, claro) achei um pouco estranho, confesso...

Se quiserem uma solução mais radical e polémica (não, não estou a falar das casas de banho secas, tradicionalmente chamadas de "a casinha", uma solução para quem, por exemplo, tem uma casa com quintal ou jardim...) podem sempre reutilizar a urina logo em vossas casas...
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28 de outubro de 2010

179 - Limpar com regularidade os sifões e os filtros


Como prevenir é mais ecológico que remediar, o primeiro passo é evitar que as canalizações cá de casa entupam.

Supostamente, devemos, regularmente (quando notamos que a água não escoa tão bem), inspeccionar e limpar os sifões do lava louças e lavatório e a caixa (sifão) do chão do quarto-de-banho.


Como até já limpamos o filtro da máquina de lavar roupa ainda olhei para a tampa do sifão do lava louças... mas perdi logo o entusiasmo todo! Assim, como queremos evitar ao máximo tão interessante tarefa (além dos benefícios ecológicos desta medida, claro...) temos o máximo cuidado com o que deitamos pelos canos cá de casa.

Na cozinha temos a sorte de o lava louças ter uma espécie de balde pequeno perfurado que recolhe qualquer detrito sólido que consiga passar pelo tampinha do ralo (desculpem-me mas não me estou a lembrar dos nomes técnicos das coisas...) e assim é extremamente difícil algo passar e entupir os canos. E, claro, que nunca deitamos gorduras pelo ralo abaixo (reciclamos tudo o que é óleo/azeite)!

No quarto-de-banho só tenho que ter cuidado com os cabelos que (principalmente nesta altura do ano) ficam depois do banho (mais eficiente só se rapar o cabelo como o Zé Manel...). Também não deitamos nada que não seja "suposto" pela sanita abaixo.

Uma das medidas de prevenção é, uma vez por mês, deitar uma boa quantidade de água a ferver pelos canos da casa... (principalmente pelos mais problemáticos). E para o fazerem podem usar, por exemplo, a água de cozer massa. Assim não desperdiçam nem mais água nem mais energia!

Se a prevenção não correu bem, o mais ecológico método é o velhinho desentupidor de borracha. Normalmente costuma ser suficiente (de preferência coloque um pano entre o ralo e o desentupidor. Se não o fizer vai perceber o porquê desta dica...).



Se precisar de algo mais... não use soda cáustica! Há várias receitas caseiras, ecológicas (só não o são mais porque gastam alguma água), para dissolver o que quer que seja que está a impedir a passagem da água:

1ª - Sabão ou detergente da louça e água a ferver
(só se os canos ainda não ficarem com água até ao ralo - ou mais até...)
É só deitar um pouco de sabão no ralo do cano entupido, seguido de água a ferver. Normalmente funciona se o problema for gordura em excesso;

2ª - Fermento e água a ferver
Colocar 2 colheres de sopa de fermento em pó no ralo do cano entupido e despejar uma panela de água a ferver por cima.

Depois a mais eficiente, ou melhor, as mais eficientes (há muitas variantes) são as que usam sal, vinagre e bicarbonato de sódio:

3ª - Deite ¾ copo de bicarbonato de sódio pelo ralo, em seguida ½ copo de vinagre. Cubra o ralo com um pano velho e deixe actuar durante 30 minutos. No final do tempo deixe correr um pouco de água morna. Esta já experimentei (não nos nosso canos...) e resulta;

4ª - Junte 1 copo de vinagre, ½ copo de bicarbonato de sódio e 2/3 colheres de sopa de sal. Deite pelo ralo e cubra durante 30 minutos. Para terminar, deixe correr um pouco de água morna;

5ª - Junte ½ copo de sal, ½ copo de vinagre e ½ copo de bicarbonato de sódio e deite no cano entupido, seguido de uma panela de água a ferver.

Atenção que o bicarbonato e o vinagre reagem e fazem "espuma e vapor"!

Se nada disto resultar, existem outros métodos mais elaborados (uns desentupidores mais apetrechados, varetas, mangueiras, ...) ou até a hipótese de chamar um desentupidor(a) - senhor(a) que faz desentupimentos.

Os químicos (muito poluentes) devem ser sempre a última solução!

E devo confessar que até fiquei com vontade de um dia ficar com a sanita entupida (de coisas mais ou menos limpas...) só para testar este método hilariante:

Material
cerca de 1 cm de folhas de jornal ou qualquer papel (tamanho A3).
Passos
1 - Colocar as folhas de jornal sobre o assento e fechar o tampo;
2 - Subir sobre o tampo com os dois pés e pressionar - dar pulinhos leves (!!!) - como se fosse um desentupidor;
3 - Sem sair de cima do tampo, porém sem fazer o movimento anterior, puxar o autoclismo, se necessário duas vezes.
E pronto, já está!!
Importante: Caso esteja muito acima do peso, peça ajuda para outra pessoa subir e pressionar o tampo do sanitário.
Obs.: o papel utilizado fica intacto.
...

23 de outubro de 2010

174 - Usar um copo menstrual ao invés de tampões ou pensos


Caros representantes do outro belo sexo, vou falar de higiene íntima feminina. Com algum detalhe. Se acharem que é informação a mais - como diz um amigo meu - passem este post à frente... mas mostrem-no às mulheres na vossa vida.

Quando deixei de usar pensinhos diários, apercebi-me de que os pensos (e tampões) "tradicionais" não são nada saudáveis, nem para nós, nem para o ambiente. Mas só depois encontrei informação verdadeiramente aterradora (estarei a exagerar???). Está quase toda bem resumida no site do centro vegetariano.

Desde o número assustador de pensos ou tampões que uma mulher usa, em média, durante a vida - de 10 000 a 15 000 - até à poluição que o seu fabrico produz (sem falar da que acontece depois de os usarmos...), passando pelo mal que podem fazer a nós. Palavras como "dioxinas" e "parede vaginal" na mesma frase não pode ser um bom sinal! Nós nem sabemos os "ingredientes" dos nossos pensos e tampões (não é informação obrigatória) e no entanto colocamo-los numa das zonas mais sensíveis (e absorventes) do nosso corpo. Bem lá dentro, no caso dos tampões!!!

Solução?

os pensos (e tampões...) naturais, biodegradáveis, em algodão biológico, sem cloro ou químicos prejudiciais (por exemplo, uma embalagem de 14 pensos higiénicos "regular" da Natracare custa 2,25€). Mas continua a questão da embalagem e do destino final a dar-lhes.

Depois existem várias (aqui, aqui, aqui, ...) opções de pensos reutilizáveis, laváveis (até na máquina), em algodão ou flanela, que parecem ser do agrado de muitas mulheres, mas a mim - apesar de até serem giros - não me seduzem, como já tinha dito no post sobre os pensinhos diários... Talvez por me lembrar das toalhinhas que a minha mãe conta que usava enquanto adolescente e do desconforto que lhe causava. Ou porque não me parece prático para quando se está fora de casa (trocar de penso e guardar o usado, durante o dia, na carteira...). Mas para quem se sente bem com eles, há até um passo-a-passo para os fazer.

O que sobra [além da opção de usar duas cuecas (???)]?

A maior invenção desde a roda (agora sim, estou a exagerar um bocadinho...): o copo menstrual ou copo de mestruação ou, como dizem as nossas irmãs do outro lado do oceano, o cole(c)tor menstrual...


Sim, já tenho o meu, já experimentei, uso e não quero outra coisa!

Devo confessar que ao princípio a ideia não me parecia muito tentadora (apesar de eu até ser uma moça mais de tampões) mas realmente é um receio infundado.

O meu copo é da Lunette, via pegada verde*. Há, pelo menos, uma dezena de marcas (as mais conhecidas são a Mooncup e a The Diva Cup). A escolha parece difícil: encontrei um site/fórum - muuuuito completo - sobre tudo o que nos possa ocorrer relacionado com este tema. Há vídeos comparando copos de diferentes marcas, desde a caixa exterior até ao comprimento da pega, ... Enfim, tanta informação só nos deixa indecisas. Qual a melhor maneira de escolher? Por indicação de quem já usa...

Sinceramente? Toda esta informação é, também, quanto a mim, completamente desnecessária. Só nos faz sentir que deve ser algo muito complicado, difícil mesmo para alguém já profissional no uso de tampões. Quando abri a minha caixinha (muita gira e já guardada para reutilização), senti-me como quando tive na minha mão a minha primeira caixa de tampões... Nervosa (nessa vez, gastei 10 até acertar...)!!! O folheto é como a informação na net, muito elucidativo mas deixa-nos apreensivas antes da primeira utilização.

E, deixem-me que vos diga, não custa nada!


É muito fácil de colocar (claro que vamos melhorando com a prática, como em tudo), não há fugas (acreditem, fiz todos os movimentos possíveis e imaginários...), o tirar - na primeira vez - parece um pouco estranho, devido ao vácuo (hmmmm!!!...), mas é incrível como rapidamente melhoramos a destreza (ainda só o usei em duas menstruações). Lava-se facilmente, e é muito mais higiénico (agora só o pensar em usar pensos faz-me torcer o nariz) e não se enche assim tão facilmente... Até podemos dormir com ele (a não ser que o sono se prolongue para lá das 12 horas!)

Não vale a pena estar a explicar-vos pormenorizadamente (mas se precisarem de algum esclarecimento, escrevam-me), se não estou a contradizer-me...

É prático (até traz uma saquinha toda catita para o transportarmos) e económico (dura pelo menos 5 anos e custa cerca de 30€, façam lá as contas). E claro, muito mais ecológico!

Experimentem, não vão querer outra coisa (podem pensar que hoje é só exageros da minha parte, mas olhem que não)!!!

* também já se vendem nas farmácias e lojas "Terra Pura"

21 de setembro de 2010

172 - Ter um postura ecológica no cabeleireiro


Agora é oficial. Para a minha cabeleireira (e todas as pessoas presentes) eu sou louca!

Se quando lhe pedi para cortar "abaixo da orelha" o meu cabelo, que chegava a meio das costas, quase a matava do coração, agora ficou convencida de que realmente me falta qualquer coisa (além de cabelo...).

Ao ter cortado o cabelo e o querer manter curto, sem dúvida que diminui - tal como escrevi na altura - os gastos de água, energia e produtos para o cabelo. Mas por outro lado leva-me mais vezes ao cabeleireiro (ainda tentei que o Zé Manel o cortasse, mas ele negou-se completamente...), o que pode ser contraproducente.

Mas tudo tem solução...

De início passou despercebido.

Comecei por pedir para me lavar o cabelo com água completamente fria, mas como está calor, não estranhou.

Depois dei-lhe para a mão um frasquinho com o meu champô e expliquei-lhe que tinha um couro cabeludo muito sensível e que os produtos que ali usavam tinham muito químicos que o irritavam (compreensível) e que, acrescentei, poluiam os cursos de água e a vida aquática (primeiro olhar enviesado...).

Cortar o cabelo foi pacífico, apesar da minha cabeleireira fazer sempre um comentário alusivo ao lindo que o meu cabelo é e como ficava/ficaria bem comprido...

Quando terminou e lhe disse que não queria secar, instalou-se a guerra:

- Como não quer???? (deve ser o momento alto de todo o percurso...)
- Não, não vale a pena estar a gastar energia e tempo...
- Não se preocupe (ofendida) é para isso que aqui estou!
- Mas não vale mesmo a pena, seca ao ar, eu prefiro assim.
- ...
- Além de que a seguir vou até à praia... (e fui, passear - não menti - mas não entrei na água...)
- Pois (não muito convencida e olhando para mim com aquele olhar!)...

E ainda por cima fica mais barato (juro que não sabia!). Também por isso deve ter ficado chateada...

E parece que por cá ainda não existem salões com um selo deste género:



19 de setembro de 2010

170 - Afugentar os insectos com produtos amigos do ambiente


Como é obvio todos os insecticidas convencionais são poluentes, de um modo ou de outro. Basta ver que matam, quase imediatamente, os insectos...

Ora, eu não tenho nada contra as formigas, têm a sua função (e até me habituei a vê-las - tão queridas - nos desenhos animados...) mas não fiquei muito satisfeita quando resolveram vir explorar a nossa cozinha.


Na verdade até já tinha estranhado - em cerca de dois anos aqui - ainda não ter visto nenhuma (o apartamento é num rés-do-chão. Elevado, por isso não é mesmo rés ao chão... mas é suficientemente perto dos jardins e "prados" que envolvem o nosso prédio)!

Mas este ano têm aparecido mais insectos (mosquitos, aranhas, moscas,...), provavelmente porque temos plantas dentro de casa e uma verdadeira mata na varanda (em breve falarei dela...)!

Então, lá fui eu procurar uma solução amiga do ambiente e das formigas (está bem afugenta-as, mas não as mata!).

Também encontrei "receitas" caseiras que as matam, mas essas não têm lugar aqui!

Para se livrar das FORMIGAS

Colocar nos locais por onde passam e aparecem (em qualquer dos casos, trocar a cada duas semanas, para que o cheiro não se dissipe):
- cravos da índia;
- borra de café;
- sal;
- farinha de trigo (branca);
- cinza;
- ramos de menta ou gotas de óleo essencial de menta numa bola de algodão;
- bolas de cânfora:
- um limão cortado num pires. Variante: um limão bolorento (???) cortado em pedaços pequenos...:
- algumas gotas de um ou mais óleos essenciais de hortelã-pimenta, hortelã e citronela, vertidas numa bola de algodão.

Estas receitas devem ser para as mais resistentes:
- punhados de cravo-da-índia, folhas de louro e cascas de limão ou de tangerina - possuem óleos essenciais repelentes;
- Hortelã seca, pimenta-de-caiena e bórax:
----- 7,5 g de folhas secas de hortelã,
----- 35 g de pimenta-de-caiena em pó,
----- 30 g de bórax.

Pelos visto também ajuda lavar com água e vinagre (não sei a proporção) todos os sítios e objectos onde as formigas aparecem.

Fiquei surpreendida: com tantas coisas (baratas e fáceis de arranjar) que as formigas não gostam, para quê insecticidas?!

O que eu experimentei?
- A borra de café: espalhei ao longo do percurso desde a porta da varanda da cozinha até ao armário onde está o balde do lixo. E não a vale a pena dizerem-me para o despejar mais vezes, porque até pode estar lá dentro só uma casquinha de melão que elas vêm aos batalhões! No espaço de umas horinhas desapareceram quase todas! Como não me apetecia ter borra de café espalhada pelo chão mais tempo, peguei num limão já mirradito, cortei em 8 e coloquei os pedaços em pontos estratégicos (e espremi o sumo de alguns nas bordas do balde). Passada a noite andava uma formiga (provavelmente sem olfacto) perdida... como prevenção coloquei alguns cravos-da-índia na beira exterior da porta.

As moscas e mosquitos não são tanto um problema, porque temos uma gata caçadora de insectos, a Yari, mas há dias em que entram mais do que a conta dela e dias em que ela está de folga, por isso acho que vou experimentar fazer um belo ramo de louro, eucalipto e alecrim! Manjericão já tenho na varanda.


Como afugentar Moscas e Mosquitos

- embeber chumaços de algodão num pouco de lavanda e espalhe pela casa;
- citronela: o melhor para os ambientes é usar o óleo essencial aquecido num difusor. Se preferir cultive a citronela, pois é de fácil multiplicação e não requer grandes cuidados;
- espalhar pela casa tigelas com cascas frescas de limão e laranja misturadas com cravos secos;
- colocar, em jarras ou vasos, as seguintes ervas em molhos: sabugueiro, alfazema, hortelã, hortelã-pimenta, artemísia, poejo, arruda e abrotano (será que têm que ser mesmo todas? Não!!!);
- pendurar pedaços de raiz pegajosa de enula-campana nas portas, janelas, etc;
- espalhar pela casa (ou maceradas numa taça com água) folhas de louro, eucalipto, manjericão, alecrim.

E se o Gorgulho aparecer (nunca o vi!)... é só colocar folhas de louro nos recipientes de farinha, arroz, legumes secos, ...

Outra hipótese é a prevenção. Há uma série de plantas que são desagradáveis para os insectos que nos incomodam mas bem agradáveis para nós! Plantá-las em vasos nas janelas e varandas pode servir como barreira:

- a alfazema, a hortelã-pimenta e a tanásia ajudam a afastar as formigas;
- abrotanos, alecrim, aspérula-odorifera, calamo-aromático, cavalinha, cidreira, tanaceto, funcho, hortelã-pimenta, lupulo, macela, manjericão, manjerona, margaridas, pinheiro, poejo, rosas, salva, tomilho, arruda, violetas e erva-ulmeiro afastam pulgas, traças e outros insectos.

A questão aqui é ter espaço para mais uns vasos...

A receitas que aqui apresento foram retiradas dos meus livrinhos de conselhos ecológicos (de que já falei) e de alguns sites (este, este e este).

16 de setembro de 2010

167 - Usar apenas perfumes naturais


Eu sei, eu sei que os perfumes camuflam o nosso cheiro natural e que é o nosso cheiro que nos identifica e todas essas coisas... mas... eu sou "cheirinhas", adoro cheiros: o cheiro do mar, o cheiro da erva, das flores, das frutas, o cheiro das especiarias, da terra molhada, enfim... para mim um perfume é como uma peça de roupa (já dizia a marilyn...): há dias (nem todos, é certo) que gosto de sentir em mim um determinado "perfume": por exemplo, um que me traga à mente o cheiro de um prado... Sem ter que me ir rebolar no meio da erva para o manter durante o resto do dia...

Posto isto, mal comecei este desafio comecei a "temer" este dia. Quando comecei a pesquisar sobre cosméticos, produtos de higiene, produtos de limpeza, quando comecei a aprender mais nas oficinas da Sylvia, confrontei-me com o facto da palavra perfume estar sempre nas listas das "persona non grata" para o ambiente...

Já sabia que perfume implica um grau variado de ingredientes, normalmente - e na sua maioria - sintéticos, com grandes probabilidades de muitos deles serem prejudiciais (para mim e/ou para o ambiente) mas quando encontrei esta imagem...


... não consegui adiar mais. Como é que é? Contra os 15 a 33 químicos diferentes que podem ter os outros produtos ditos de beleza, um perfume tem cerca de 250!!! Já não consegui olhar da mesma maneira para os frascos de perfume que ainda andam pela nossa casa-de-banho...

Depois encontrei este relatório da Environmental Working Group, um estudo que revelou que várias marcas de perfume contêm pelo menos 10 químicos secretos (sim, secretos... os fabricantes têm o direito de manterem o segredo das fórmulas!!!) potencialmente perigosos para a saúde: de uma simples reacção alérgica à perturbação do funcionamento endócrino! 12 dos 17 perfumes testados contêm ftalato de dietilo, relacionado com o desenvolvimento anómalo dos órgãos genitais de bebés do sexo masculino e com problemas no esperma dos homens adultos (leiam esta resposta do parlamento europeu a uma pergunta sobre o uso deste químico nos cosméticos...)!

Portanto, além dos químicos oficiais, muitos dos quais já são prejudiciais para nós e para o ambiente, ainda podemos "apanhar" com outros, sobre os quais, pelos vistos, ninguém tem que apresentar contas! Agora, acho que já percebo porque é que ficava quase sempre com uma dor de cabeça quando permanecia algum tempo numa daquelas perfumarias onde podemos experimentar os perfumes que quisermos... imaginem fazer uma análise ao ar num local destes!

Na verdade. com muita pena minha, já não consigo saber o que contêm os meus perfumes porque as caixas já foram todas reutilizadas... Outro problema, embalagens a mais: o invólucro de plástico, a caixa de cartão, mais cartão para proteger o frasco que é em vidro e metal, normalmente, e quase impossível de ser reutilizado!

Solução?

Parece que há alguns (este também) perfumes com preocupações ambientais, mas como não consigo ter acesso à lista de ingredientes... Também não consegui encontrar mais informação sobre este projecto académico português: fazer um perfume (em grande escala) usando recursos naturais e tecnologias limpas.

Há uns bons anos ofereceram-me um perfume de flores artesanal, alentejano, que adorei (ainda tenho o cheiro na minha memória) mas já não me lembro nem do nome, nem do lugar, nem de que flores, ...

E que tal experimentar fazer? Há dois anos, participei, com a minha amiga Daniela, numa oficina de perfumes (inserida no programa do Ciência Viva no Verão). Aprendemos a extrair óleos por maceração, tal como está aqui muito bem descrito (é a mesma oficina...), mas foi um bocadinho frustrante (são precisos 5l de volume de plantas para conseguir cerca de 2 ml de óleo...)!


Entretanto encontrei este site cheiinho de receitas de perfumes (e não só) que, além da abrir o apetite para experimentar, veio comprovar a minha teoria: beber vodka deve ser como beber álcool etílico...

Ainda assim vou começar por uma receita mais simples, que aparece no livrinho O Lar Ecológico: a água de pétalas. Logo vos direi se cheira bem!

Água de pétalas
- pétalas de flores perfumadas (rosas e/ou afins...)
- água
- genebra (bebida feita com aguardente de cereais e bagas de zimbro)
Deitar um molho de pétalas num prato com água a ferver e deixar repousar um dia inteiro. Sem tocar no conteúdo, levá-lo (tapado presumo) ao frigorífico por mais dois dias. Flitrar e adicionar, por cada copo de água de pétalas, uma colher de café de genebra. Guardar no frigorífico.

Outra água de flores (recolhida não sem onde...)
- flores frescas (lavanda, flor de laranjeira ou madressilva)
- água
Introduzir as flores num copo ou frasco grande. Encher com água até as flores ficarem totalmente cobertas e deixar repousar durante a noite. Coar para uma panela e levar ao lume (brando) e deixar ferver um pouco. Deixar arrefecer e guardar num frasco (dura aproximadamente 1 mês).

Água de alfazema
- algumas flores de alfazema frescas
- álcool a 90º
Deixar secar as flores e colocá-las, durante uma semana, em ácool. Retirar as flores, aquecer a mistura e filtrar o líquido. Guardar num frasco bem fechado (não sei o tempo de duração).

Perfume com cheiro a chuva (semelhante às do site acima indicado)
- 2 copos de água destilada
- 3 colheres de sopa de vodka
- 5 gotas de óleo essencial de sândalo
- 10 gotas de óleo essencial de bergamota
Colocar a vodka num frasco e adicionar os outros ingredientes, mexendo bem. Deixar repousar durante 12 horas e armazenar num local seco (dura cerca de um mês).