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8 de dezembro de 2012

210 - Fazer todos os produtos necessários para a limpeza da casa


Se no início deste desafio procurava soluções compradas mais amigas do ambiente do que as convencionais, à medida que fui pesquisando e aprendendo mais, fui mudando a minha maneira de pensar em relação a este assunto (e a muitos outros...). Comecei a substituir os produtos comprados (ainda que mais "verdes") por soluções caseiras, usando ingredientes simples, acessíveis e não agressivos, como o vinagre, o bicarbonato de soda, ...

O primeiro produto que substitui foi o limpa-vidros. Depois fui arranjando soluções para afugentar as traças,  as pulgas das gatas, e outros "bichinhos" que não são muito bem vindos em nossas casas...

Claro que há uma imensidão de receitas, para tudo e mais alguma coisa, por essa internet fora. Eu continuo fã dos meus livros de receitas caseiras.

Com meia dúzia de ingredientes podemos fazer todos os produtos necessários para a limpeza de uma casa:
Bicarbonato de sódio
Neutraliza os ácidos, funciona como desodorizante, combate a gordura, limpa alumínio, plástico, porcelana, aço inoxidável, ...
Vinagre
Desinfectante, permite dissolver depósitos de calcário e remover a gordura.
Bórax
Desodoriza, inibe o crescimento de bolores, aumenta o poder de limpeza do sabão ou dos detergentes.
Sumo de limão
Limpa vidros, remove manchas do alumínio, porcelana, ...
Sabão líquido natural para a louça
Neste post deixei uma receita. Remove a gordura.
Óleos essenciais
Além do seu perfume agradável, têm propriedades de complementam a dos outros ingredientes.

Aqui deixo-vos as que usamos neste momento cá em casa. Agora faço - quase sempre - tudo "a olho", mas estas são as medidas das receitas originais.

Spray multiusos
(para limpar todas as superfícies, excepto as de madeira)

½ c. de chá de boráx
250ml de água tépida
½ c. de chá de vinagre branco
½ c. de café de sabão líquido natural para a louça
5 gotas de óleo essencial de alfazema
3 gotas de óleo essencial de alecrim

Para limpar a casa de banho acrescento mais vinagre (3 c. de sopa) e substituo o óleo essencial de alecrim por 2 gotas de óleo essencial de eucalipto e 2 gotas de óleo essencial de limão.

Misture o bórax e a água num frasco vaporizador. Junte os restantes ingredientes e agite bem antes de cada aplicação.

Limpa-vidros
(aqui deixei mais receitas)

2 chávenas de água
1 chávena de vinagre branco
2 gotas de óleo essencial de limão (opcional)

Misture tudo num frasco vaporizador e agite bem antes de cada aplicação.
Utilize papel de jornal para a limpeza dos vidros.
(Não se devem limpar os vidros quando bate o sol, pois ficam com brilho azulado)

Limpa-móveis (de madeira)

1 parte de azeite extra virgem
1 parte de sumo de limão

Misture num frasco vaporizador e agite bem antes de cada aplicação.

(as receitas com sumo de limão devem guardar-se, no máximo, durante 1 semana, as restantes duram bastante tempo. Lembrar de agitar antes de usar, porque podem ganhar depósito.)

Limpa-soalhos

10l de água quente
60ml de vinagre branco
15 gotas de óleo essencial de alfazema

Misture todos os ingredientes num balde grande e passe o chão com uma esfregona.

Limpa-chão (mosaicos)
(aqui deixei mais receitas)

2 c. de sopa de bicarbonato de soda
2 c. de sopa de sabão líquido natural para a loiça
125 ml de vinagre branco
10 l de água quente
10 gotas de óleo essencial de eucalipto
5 gotas de óleo essencial de limão

Misture todos os ingredientes, excepto os óleos essenciais, e mexa bem. Junte os óleos e volte a mexer. Aconselham a, depois de passar o chão com este produto, a enxaguar com água limpa. Eu não o faço.

“cif”

3 c. de sopa de bicarbonato de soda
3 c. de sopa de bórax
1 c. de chá de sabão líquido natural para a loiça
5 gotas de óleo essencial de alfazema
5 gotas de óleo essencial de eucalipto

Misture os ingredientes num recipiente de vidro. Molhe as louças sanitárias e aplique o produto com uma esponja ou um pano. Enxague bem.

Estes são os habituais. Para situações pontuais ou problemas inesperados socorro-me das minhas bíblias... 

Por exemplo, para limpar o forno - que usamos esporadicamente - uso bicarbonato de soda:
pulverizo o forno com água quente, espalho uma camada fina de bicarbonato de soda na base do forno e volto a borrifar com água quente. Deixo ficar durante a noite. Em seguida esfrego bem com um esfregão de arame e enxaguo.

Também já tinha falado aqui de soluções naturais para desentupir canos.


E se acham que gastam muito tempo nas limpezas da casa,
aproveitem as dicas da Jamie (como limpar a casa uma vez por mês) e da Rita (speed cleaning).

Boas (e verdes) limpezas!

15 de setembro de 2011

196 - Comprar algodão hidrófilo biológico


Foi por mero acaso que encontrei o algodão da marca francesa Bocoton (adoro o nome! Experimentem dizê-lo em voz alta, "à portuguesa" e, de preferência, com pronúncia portuense...).

Como estava a dizer, andava eu "num recado" pelo Jumbo - onde vou cada vez menos (assim como a outras grandes superfícies) - quando, ao passar por um dos corredores dos produtos de higiene e beleza, o meu eco-radar (...) disparou.

Já andava há algum tempo a pensar em como substituir o algodão em rama que estava quase a acabar. Como só me maquilho quando o rei faz anos, uma embalagem dura imenso tempo, porque praticamente só uso o algodão para fazer... cotonetes (e não, não é bom para limpar feridas: gaze é o ideal).

É verdade, depois de ter decidido comprar uns "esqueça as cotonettes", percebi (como também me disseram algumas seguidoras do blog... infelizmente após a minha compra...) que aqueles são bons para raspar cera (que imagem bonita!) e não para secar os ouvidos após um duche... Agora a Dmail até tem outros, mas não vou mais nestas modernices.

Assim, apesar de ter encontrado - como disse na altura - uns cotonetes em que o "pauzinho" é de papel enrolado (com o nome fantástico de Pinoca) e de a Ana ter referido uns da marca Auchan (Jumbo) com algodão biológico e a haste de papel (que não vi por lá), decidi manter os resíduos no mínimo possível: reservando - junto do algodão - um fósforo, palito (sem a ponta bicuda...) ou - como no meu caso - o "esqueça as cotonettes" (que é de metal), é só pegar num pedacinho de algodão e enrolar à volta da extremidade do suporte e pronto! Utiliza-se e no fim deita-se fora só o algodãozinho.

Parece rebuscado? Difícil? Desnecessário? Olhem que não! Pelo menos comigo funciona muito bem. E se no princípio não me saía, à primeira, um cotonete perfeito, agora em segundos faço todo o processo. Ainda por cima, trabalhamos a perícia manual...

De qualquer maneira já sabem que há cotonetes amigos do ambiente, não só da marca Auchan, mas também da Bocoton: tem também discos desmaquilhantes (se bem que, neste caso, deve haver outras soluções ainda mais sustentáveis, como um paninho ou desmaquilhantes líquidos...) e o algodão em bolas que comprei.


O algodão é não OGM, cultivado sem pesticidas sintéticos. É branqueado com água oxigenada (e não cloro) e, claro, é proveniente do comércio justo, respeitando o ambiente e os agricultores. Até o saco é biodegradável, feito de amido de milho não OGM! E é giro, com uns cordéis, o que permite a sua reutilização depois de vazio.

Se ainda tiverem cotonetes com a haste em plástico para gastar, depois de os utilizarem cortem as pontinhas e deitem a haste para o ecoponto amarelo. Podem até ter um mini ecoponto na casa-de-banho como a Ana (antes de mudar para os cotonetes biodegradáveis).

2 de fevereiro de 2011

189 - Usar um elixir oral natural

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Confesso que não sou grande seguidora de elixir oral. Sempre usei escova de dentes, fio dentário (os dentistas não gostam que se diga fio dental...) e, há já alguns anos, raspador de língua. Mas elixir nem por isso... Mas faz parte dos hábitos diários do Zé Manel e as embalagens de plástico começaram-me a afligir. Por maior que seja, esvazia-se num instante, não há como as recarregar e não têm muita reutilização.

E é mesmo necessário, usar o elixir?

Pelo que eu li é mais um complemento, por isso é provável que algumas pessoas precisem mais do que outras. Normalmente - e preferencialmente - é o(a) dentista que indica esta necessidade (como aconteceu com o Zé Manel). Hei-de perguntar-lhe da próxima vez que o visitar.

Quase todos os elixires de venda são coloridos, "com sabor a...", refrescantes, "com agentes branqueadores", ... e já sabemos o que tudo isto significa: químicos sintéticos (corantes, conservantes, adoçantes???, ...). E, quase todos, contém álcool (em até 75% do volume total), que seca e irrita as mucosas da boca, o que pode até provocar mau hálito (???) e tornar os dentes mais sensíveis. Além de virem, normalmente, em embalagens de plástico, claro.
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Solução? Procurar um elixir mais "verde" (e não estou a falar da cor) ou... adoptar uma receita mais simples (caseira) e natural. Além dos livros de que já falei aqui algumas vezes, tenho um novo (é, mais uma árvore para plantar...), um investimento feito com o prémio do green blogger award (obrigada!): 1001 remédios naturais, de Laurel Vukovic, DK - Civilização, Editores. Cheio de receitas para tudo e mais alguma coisa e simples de se fazerem.

Assim, fiz uma recolha (dos meus livros e da internet) de alguns elixires que podemos fazer em casa. Aqui ficam alguns, é só escolher!

Sal marinho
- 1/2 colher de chá sal marinho num copo de água morna
O sal é um anti-séptico suave, fortalece as gengivas e neutraliza o ácido que ajuda à formação do tártaro. Se tiver úlceras na língua pode fazer bochechos com esta mistura várias vezes ao dia.

Sal marinho e limão (sem tequilha...)
- juntar umas gotas de limão à "receita anterior" para branquear (o sal neutraliza o ácido)

Camomila
Fazer uma infusão de camomila e utilizá-la, fria, para bochechar (é desinfectante).

Elixir de salva
250ml de água a ferver
2 colheres de chá de salva seca
1/2 colher de chá de sal marinho
(tanto a salva como o sal são anti-sépticos suaves, adstrigentes - tonificam - e aliviam inflamações)
Verter a água sobre a salva, tapar e deixar em infusão durante 15 minutos. Coar, juntar o sal e deixar arrefecer. Bochechar com cerca de 60 ml. Utilizar no prazo de 2 dias.
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Elixir de menta
250ml de água
1 colher de chá de glicerina vegetal
1 colher de suco de aloé vera (amacia as gengivas)
6 gotas de óleo essencial de hortelã-pimenta (combate as bactérias)
Misturar tudo e guardar num recipiente tapado. Agitar antes de usar. Utilizar nos dias seguintes.

Elixir de ervas
250ml de água a ferver
2 colheres de chá de hortelã-pimenta seca
1 colher de chá de sementes de anis (refresca o hálito)
1/2 colher de chá de tintura de mirra (fortalece as gengivas, é anti-séptica e conservante)
Verter a água sobre a hortelã-pimenta e as sementes de anis. Tapar e deixar em infusão até arrefecer. Coar e adicionar a mirra. Guardar o elixir num frasco e agitar antes de usar.

Se precisar de refrescar o hálito pode mastigar:
- salsa fresca;
- sementes de funcho;
- sementes de anis;
- folhas de hortelã ou hortelã-pimenta (ou beber uma chávena de chá das mesmas, ou bochechar um copo de água morna com uma gota do seu óleo essencial).

Também há (na internet) receitas com água oxigenada, mas optei por não as colocar (e não as usar!). A água oxigenada (peróxido de hidrogénio) pode causar lesões nas gengivas.
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25 de dezembro de 2010

186 - "If it's yellow let it mellow..."

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... e o resto desta sugestiva expressão (ainda que não muito "bonita") pode se encontrada aqui, por exemplo.

Tudo se resume a não puxar o autoclismo quando fazemos xixi (adoro esta palavra...) por isso não há grande coisa a dizer...

Mesmo com um autoclismo de dupla descarga, ou com um contrapeso para controlar as descargas, há um grande desperdício de água só para fazer desaparecer sanita abaixo a nossa urina, que - ironicamente - é constituída por 95% de água... É estéril quando é expelida e praticamente inodora. Claro que se a deixarmos ficar muito tempo... mas acreditem que - pelo menos aqui em casa - tem corrido bem. A casa de banho não tem, nem remotamente, nenhuma parecença olfactiva com um urinol público...

A quantidade de água ingerida tem influência (e a nossa dieta também) na cor e odor da urina, claro, mas também aqui esta opção tem um ponto positivo: podemos estar mais a par da quantidade de água que devemos beber!

Uma versão ainda mais ecológica está, pelos vistos, a ser experimentada nalguns países: "if it's yellow let it mellow... or use it as fertilizer"! Fazer a separação e recolha da urina separadamente e usá-la como fertilizante (é rica em fósforo) é uma maneira não só de reutilizar a própria urina e poupar água, mas também de não fazer desaparecer as reservas naturais deste nutriente.

Imaginem estas sanitas (e respectivo sistema de recolha) a serem usadas em todas as cidades do mundo!
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Não me lembro onde, nem quando, mas já usei uma sanita Nomix e na altura (não fazia a mínima ideia para que servia, claro) achei um pouco estranho, confesso...

Se quiserem uma solução mais radical e polémica (não, não estou a falar das casas de banho secas, tradicionalmente chamadas de "a casinha", uma solução para quem, por exemplo, tem uma casa com quintal ou jardim...) podem sempre reutilizar a urina logo em vossas casas...
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28 de outubro de 2010

179 - Limpar com regularidade os sifões e os filtros


Como prevenir é mais ecológico que remediar, o primeiro passo é evitar que as canalizações cá de casa entupam.

Supostamente, devemos, regularmente (quando notamos que a água não escoa tão bem), inspeccionar e limpar os sifões do lava louças e lavatório e a caixa (sifão) do chão do quarto-de-banho.


Como até já limpamos o filtro da máquina de lavar roupa ainda olhei para a tampa do sifão do lava louças... mas perdi logo o entusiasmo todo! Assim, como queremos evitar ao máximo tão interessante tarefa (além dos benefícios ecológicos desta medida, claro...) temos o máximo cuidado com o que deitamos pelos canos cá de casa.

Na cozinha temos a sorte de o lava louças ter uma espécie de balde pequeno perfurado que recolhe qualquer detrito sólido que consiga passar pelo tampinha do ralo (desculpem-me mas não me estou a lembrar dos nomes técnicos das coisas...) e assim é extremamente difícil algo passar e entupir os canos. E, claro, que nunca deitamos gorduras pelo ralo abaixo (reciclamos tudo o que é óleo/azeite)!

No quarto-de-banho só tenho que ter cuidado com os cabelos que (principalmente nesta altura do ano) ficam depois do banho (mais eficiente só se rapar o cabelo como o Zé Manel...). Também não deitamos nada que não seja "suposto" pela sanita abaixo.

Uma das medidas de prevenção é, uma vez por mês, deitar uma boa quantidade de água a ferver pelos canos da casa... (principalmente pelos mais problemáticos). E para o fazerem podem usar, por exemplo, a água de cozer massa. Assim não desperdiçam nem mais água nem mais energia!

Se a prevenção não correu bem, o mais ecológico método é o velhinho desentupidor de borracha. Normalmente costuma ser suficiente (de preferência coloque um pano entre o ralo e o desentupidor. Se não o fizer vai perceber o porquê desta dica...).



Se precisar de algo mais... não use soda cáustica! Há várias receitas caseiras, ecológicas (só não o são mais porque gastam alguma água), para dissolver o que quer que seja que está a impedir a passagem da água:

1ª - Sabão ou detergente da louça e água a ferver
(só se os canos ainda não ficarem com água até ao ralo - ou mais até...)
É só deitar um pouco de sabão no ralo do cano entupido, seguido de água a ferver. Normalmente funciona se o problema for gordura em excesso;

2ª - Fermento e água a ferver
Colocar 2 colheres de sopa de fermento em pó no ralo do cano entupido e despejar uma panela de água a ferver por cima.

Depois a mais eficiente, ou melhor, as mais eficientes (há muitas variantes) são as que usam sal, vinagre e bicarbonato de sódio:

3ª - Deite ¾ copo de bicarbonato de sódio pelo ralo, em seguida ½ copo de vinagre. Cubra o ralo com um pano velho e deixe actuar durante 30 minutos. No final do tempo deixe correr um pouco de água morna. Esta já experimentei (não nos nosso canos...) e resulta;

4ª - Junte 1 copo de vinagre, ½ copo de bicarbonato de sódio e 2/3 colheres de sopa de sal. Deite pelo ralo e cubra durante 30 minutos. Para terminar, deixe correr um pouco de água morna;

5ª - Junte ½ copo de sal, ½ copo de vinagre e ½ copo de bicarbonato de sódio e deite no cano entupido, seguido de uma panela de água a ferver.

Atenção que o bicarbonato e o vinagre reagem e fazem "espuma e vapor"!

Se nada disto resultar, existem outros métodos mais elaborados (uns desentupidores mais apetrechados, varetas, mangueiras, ...) ou até a hipótese de chamar um desentupidor(a) - senhor(a) que faz desentupimentos.

Os químicos (muito poluentes) devem ser sempre a última solução!

E devo confessar que até fiquei com vontade de um dia ficar com a sanita entupida (de coisas mais ou menos limpas...) só para testar este método hilariante:

Material
cerca de 1 cm de folhas de jornal ou qualquer papel (tamanho A3).
Passos
1 - Colocar as folhas de jornal sobre o assento e fechar o tampo;
2 - Subir sobre o tampo com os dois pés e pressionar - dar pulinhos leves (!!!) - como se fosse um desentupidor;
3 - Sem sair de cima do tampo, porém sem fazer o movimento anterior, puxar o autoclismo, se necessário duas vezes.
E pronto, já está!!
Importante: Caso esteja muito acima do peso, peça ajuda para outra pessoa subir e pressionar o tampo do sanitário.
Obs.: o papel utilizado fica intacto.
...

23 de outubro de 2010

174 - Usar um copo menstrual ao invés de tampões ou pensos


Caros representantes do outro belo sexo, vou falar de higiene íntima feminina. Com algum detalhe. Se acharem que é informação a mais - como diz um amigo meu - passem este post à frente... mas mostrem-no às mulheres na vossa vida.

Quando deixei de usar pensinhos diários, apercebi-me de que os pensos (e tampões) "tradicionais" não são nada saudáveis, nem para nós, nem para o ambiente. Mas só depois encontrei informação verdadeiramente aterradora (estarei a exagerar???). Está quase toda bem resumida no site do centro vegetariano.

Desde o número assustador de pensos ou tampões que uma mulher usa, em média, durante a vida - de 10 000 a 15 000 - até à poluição que o seu fabrico produz (sem falar da que acontece depois de os usarmos...), passando pelo mal que podem fazer a nós. Palavras como "dioxinas" e "parede vaginal" na mesma frase não pode ser um bom sinal! Nós nem sabemos os "ingredientes" dos nossos pensos e tampões (não é informação obrigatória) e no entanto colocamo-los numa das zonas mais sensíveis (e absorventes) do nosso corpo. Bem lá dentro, no caso dos tampões!!!

Solução?

os pensos (e tampões...) naturais, biodegradáveis, em algodão biológico, sem cloro ou químicos prejudiciais (por exemplo, uma embalagem de 14 pensos higiénicos "regular" da Natracare custa 2,25€). Mas continua a questão da embalagem e do destino final a dar-lhes.

Depois existem várias (aqui, aqui, aqui, ...) opções de pensos reutilizáveis, laváveis (até na máquina), em algodão ou flanela, que parecem ser do agrado de muitas mulheres, mas a mim - apesar de até serem giros - não me seduzem, como já tinha dito no post sobre os pensinhos diários... Talvez por me lembrar das toalhinhas que a minha mãe conta que usava enquanto adolescente e do desconforto que lhe causava. Ou porque não me parece prático para quando se está fora de casa (trocar de penso e guardar o usado, durante o dia, na carteira...). Mas para quem se sente bem com eles, há até um passo-a-passo para os fazer.

O que sobra [além da opção de usar duas cuecas (???)]?

A maior invenção desde a roda (agora sim, estou a exagerar um bocadinho...): o copo menstrual ou copo de mestruação ou, como dizem as nossas irmãs do outro lado do oceano, o cole(c)tor menstrual...


Sim, já tenho o meu, já experimentei, uso e não quero outra coisa!

Devo confessar que ao princípio a ideia não me parecia muito tentadora (apesar de eu até ser uma moça mais de tampões) mas realmente é um receio infundado.

O meu copo é da Lunette, via pegada verde*. Há, pelo menos, uma dezena de marcas (as mais conhecidas são a Mooncup e a The Diva Cup). A escolha parece difícil: encontrei um site/fórum - muuuuito completo - sobre tudo o que nos possa ocorrer relacionado com este tema. Há vídeos comparando copos de diferentes marcas, desde a caixa exterior até ao comprimento da pega, ... Enfim, tanta informação só nos deixa indecisas. Qual a melhor maneira de escolher? Por indicação de quem já usa...

Sinceramente? Toda esta informação é, também, quanto a mim, completamente desnecessária. Só nos faz sentir que deve ser algo muito complicado, difícil mesmo para alguém já profissional no uso de tampões. Quando abri a minha caixinha (muita gira e já guardada para reutilização), senti-me como quando tive na minha mão a minha primeira caixa de tampões... Nervosa (nessa vez, gastei 10 até acertar...)!!! O folheto é como a informação na net, muito elucidativo mas deixa-nos apreensivas antes da primeira utilização.

E, deixem-me que vos diga, não custa nada!


É muito fácil de colocar (claro que vamos melhorando com a prática, como em tudo), não há fugas (acreditem, fiz todos os movimentos possíveis e imaginários...), o tirar - na primeira vez - parece um pouco estranho, devido ao vácuo (hmmmm!!!...), mas é incrível como rapidamente melhoramos a destreza (ainda só o usei em duas menstruações). Lava-se facilmente, e é muito mais higiénico (agora só o pensar em usar pensos faz-me torcer o nariz) e não se enche assim tão facilmente... Até podemos dormir com ele (a não ser que o sono se prolongue para lá das 12 horas!)

Não vale a pena estar a explicar-vos pormenorizadamente (mas se precisarem de algum esclarecimento, escrevam-me), se não estou a contradizer-me...

É prático (até traz uma saquinha toda catita para o transportarmos) e económico (dura pelo menos 5 anos e custa cerca de 30€, façam lá as contas). E claro, muito mais ecológico!

Experimentem, não vão querer outra coisa (podem pensar que hoje é só exageros da minha parte, mas olhem que não)!!!

* também já se vendem nas farmácias e lojas "Terra Pura"

22 de outubro de 2010

173 - Correr a cortina do chuveiro para que seque devidamente...


... e não seja necessário gastar água (e outros ingredientes) e energia a lavá-la!

Pensava eu que não precisava de me preocupar com a cortina do chuveiro (o nosso quarto de banho é bem arejado), afinal... ao fazer uma daquelas belas limpezas mais profundas descobri umas manchinhas cinzentas, bem visíveis sobre o amarelo da cortina!

Afinal não temos deixado a cortina bem esticada!!!

Segundo uma reportagem que li num dos números da revista Gingko (não sei precisar qual, e não a encontro), estudos na área das neurociências dizem que 21 dias seguidos é o tempo necessário para adquirirmos novos hábitos. Portanto, durante um mês (pelo sim, pelo não...) cada um de nós vai certificar-se, todos os dias, que puxou bem a cortina do chuveiro depois do duche. Se falharmos um dia... teremos que recomeçar a contagem.


E como tirar as tais manchinhas, sem prejudicar o meio ambiente?

Coloquei a cortina - de plástico (eu sei, eu sei, mas foi comprada antes deste desafio...) - de molho em água quente e vinagre (partes iguais) e depois esfreguei as manchas com um esfregão verde. Saiu bem (até porque eram pequenas e claras) mas se estiverem num "grau bolorento mais avançado" devem esfregar-se com uma parte de bórax e cinco de água. Esta opção também ajuda a prevenir a formação de bolor. Ainda segundo o meu fantástico livrinho "O Lar ecológico" - de que falo muitas vezes - outra maneira de prevenção é, depois de lavado, deixar o cortinado de molho em água com sal (o que eu fiz). Outra hipótese, como li algures na internet, é ter à mão um borrifador com vinagre e duas vezes por semana borrifar a cortina.

Ah! E as águas que usei nas lavagens foram reutilizadas no autoclismo...

E é agora que vou comprar um belo feto para o nosso quarto de banho...

18 de setembro de 2010

169 - Deixar, definitivamente, de tomar banho


Sim banho, banho de banheira...

Não estavam a pensar que me ia deixar de lavar, pois não?
("olha, passou-se com o desafio", "Eu bem disse que ela não ia aguentar". Ui, então é que a minha mãe pensava: "pronto, a minha filha virou hippie...")

Não fiquem muito chateados, não me batam... tenho que confessar o meu pecado ambiental. Até ao ano passado, mais ou menos por esta altura, eu tomava, todos os anos, o meu banho de imersão. Sim, eu, que me arrepelo toda com o desperdício de água, tomava um banho de imersão quando passava uns dias em casa da minha mãe!!! Era só um por ano, mas tomava-o.


É que lá há uma grande (para mim, que sou baixa, claro...) banheira de pés, em ferro fundido, das antigas!
E a casa fica numa aldeia de Amarante (imaginam o calor abrasador?!).
E não há nenhum rio ou riacho (ou mesmo tanque) por perto, onde caiba (ou tenha permissão para entrar...) uma pessoa.
E eu desidrato quando fico algum tempo longe do Mar (pronto, nesta parte, estou a exagerar um bocadinho... é uma desidratação emocional!)

Estão ver?...

Há lá coisa melhor, numa situação destas, do que me enfiar-me numa banheira cheiinha de água fresca e ficar lá horas e horas a fio (esta parte é um ponto a favor, não é?...)???

Não, não há, asseguro-vos. Dá para flutuar (...), treinar a apneia, ler, divagar, dormitar, ...

Mas, pronto, não faço mais, prometo!


Vou pedir à minha mãe para arranjar o pequeno tanque de pedra que tem no pátio, para o poder encher de água que - depois do meu banho anual (assim, se calhar até podem ser mais...) - pode ser reutilizada para a rega (porque eu só uso produtos não poluentes...).

Perdoem-me, está bem?...

12 de julho de 2010

163 - Adoptar um gel de banho natural


Lição de hoje: não ir à compras com pressa. Nada, nada ecológico...

Como estava com pressa e o nosso gel de banho estava no fim, quando vi o gel de banho zero % da Sanex - sem parabenos, sem corantes, numa recarga ecológica (-73% de plástico), com o rótulo ecológico europeu, nem pensei (ou olhei) duas vezes. E eu, que tinha dito - e escrito - que não comprava mais nada sem ler as letras pequeninas, agarrei-o e trouxe-o!!!


Só em casa é que me dediquei a ler as tais letras pequeninas...

Pontos positivos

- vem numa recarga, o que permite poupar os tais 73% de plástico (enchendo a embalagem do gel anterior, seja da sanex ou não...);
- não contém parabenos, nem corantes, nem phtalatos, nem phenoxyethanol, ...
- o rótulo ecológico europeu certifica, neste caso, que o gel causa um impacto mínimo nos ecossistemas aquáticos, cumpre os critérios estritos de biodegradabilidade e reduz os resíduos de embalagem;

Pontos nada, nada positivos...

- alguns dos ingredientes:

-- água (bom);
-- sodium laureth sulfate (ou SLES, que, juntamente com o sodium lauryl sulfate ou SLS, aparece muitas vezes como derivado de cocos, mas que, aparentemente, é sintetizado com derivados de petróleo. Apesar de as "entidades oficiais" afirmarem que o facto de ser potencialmente cancerígeno é uma lenda urbana, a verdade é que tem muitos efeitos secundários: causa irritação nos olhos, descamação do couro cabeludo (similar à caspa), irritações cutâneas, ...). A minha pergunta: como é que este ingrediente aparece num produto certificado com o selo ecológico europeu??? Não é prejudicial para o meio ambiente? Encontrei um relatório sobre o uso do SLES para limpar solos contaminados com petróleo. Isto poderá querer dizer que não é poluente? Quem for da área poderá ter a amabilidade de me explicar? Mas, mesmo que não seja poluente, o facto de ser prejudicial para nós não conta?!...
-- glicerina (espero que de origem vegetal, mas neste momento já não digo nada...);
-- cocamidopropyl betaine (nesta listagem aparece com aquele símbolo quadrado de cor laranja com uma cruz preta. É semi-sintético, derivado de óleos de coco... Aqui refere, por exemplo que é proibido - para cosméticos - no Canadá e é suspeito de "entoxicar" o ambiente!);
-- sodium choride (inocente);
-- coco-glucoside (inocente, mas parece que não há estudos);
-- parfum (natural???!!!...);
-- sodium lactate (inocente, a não ser que sejam veganos: é derivado do leite);
-- ácido lácteo (idem);
-- sodium benzoate (não é tóxico para o ambiente, mas aparecem as palavras cancro, neurotóxico, ... em estudo feitos em animais. Mais uma vez é proibido - para cosméticos - no Canadá...);

- eu também ia referir o facto de achar estranho o gel ser transparente. Aprendi a fazer sabonete e sabonete líquido com a Sylvia (o príncipio é o mesmo do gel de banho...) e o resultado é um líquido cremoso, de um amarelo apetitoso, mas nada transparente. Mas neste momento este pormenor já não me parece tão importante. O que me leva ao último ponto...


- a Sanex, que pertence à empresa Sara Lee, aparece em várias listas de marcas e empresas que testam em animais (aqui, aqui, aqui, só para referir algumas...)!!! Arghhhhhhh!!! E eu que, há anos, tenho o cuidado de não comprar produtos de marcas que testam em animais (antes de "só" comprar marcas ecológicas (...) até andava com uma lista actualizada na carteira, para tirar dúvidas)! Ahhhhhhhhh!!!! No relatório ambiental público da empresa não encontrei informação sobre este facto. Falam da água, dos desperdícios, de energia, das embalagens, mas nada sobre os animais.

Eu até tinha uma pesquisa feita sobre várias marcas ecológicas, naturais, biológicas (...) de gel de banho e afins, e também de várias lojas on-line que vendem produtos de limpeza pessoal amigos do ambiente, mas depois destes choques consecutivos, acho que hoje vou ficar por aqui.

Sugestão para as lojas virtuais: disponibilizem a ficha técnica dos vossos produtos porque, pelo menos eu, não compro mais nada sem saber o que representa cada ingrediente!

Vou - como bem sugeriu (no facebook) o Fernando Ramos - dedicar-me aos sabonetes... Perdi a minha confiança no rótulo ecológico europeu e estou seriamente a pensar mudar-me para o Canadá...

7 de julho de 2010

158 - Colocar um peso no autoclismo para controlar as descargas


Esta medida ainda é mais fácil do que a de colocar um redutor de caudal nas torneiras...

Claro que quem tem um autoclismo com dupla descarga não precisa de o fazer. Mas quem, como nós, tem um do tempo da outra senhora, na verdade não precisa de o substituir, para reduzir os gastos de água.

O primeiro passo é reduzir o volume do autoclismo, algo que já tínhamos feito antes deste desafio, colocando, dentro do depósito, uma garrafa de plástico de 2 litros (cheia de água). Esta é a maneira mais simples, mas há outras soluções para quem tiver alguma coisa contra a pobre da garrafa... Há uns sacos (também de plástico...) que fazem precisamente a mesma coisa (aqui e aqui). Não vejo a necessidade de comprar um acessório, quando podemos reutilizar um objecto (que de outro modo ia para o lixo) para a mesma função, mas talvez dê jeito para autoclismos onde não caiba uma garrafa...

Mais interessante me parece esta ideia (ver a página 8 do documento), uma espécie de dique que permite reduzir a capacidade do depósito (entre 6 a 8 litros), sem o fazer perder eficiência.

O passo seguinte é transformar um autoclismo simples num autoclismo com dupla descarga, coisa que acabámos de fazer...

Tão rápido e eficiente! Basta colocar um "peso de autoclismo" ou contrapeso (o nome depende da marca). O nosso é da ecomeios (ver a página 12 do documento) e custa 13,50€, mas há muita escolha (aqui, aqui e aqui, por exemplo, e provavelmente também em casas da especialidade. Confesso que aí não procurei).


Todas as marcas explicam como colocar o contrapeso (há modelos para autoclismos com manípulo lateral ou central), embora não seja necessário, de tão fácil que é... É mesmo só pendurar.


Também têm gráficos com a quantidade de água (e o dinheiro) que poupamos com um gesto tão simples. Basta ver que, num autoclismo tradicional, sem o contrapeso, uma descarga gasta uns 10 litros de água (sim, isso tudo). Com o contrapeso, cada descarga gasta 2 litros. É mais do que suficiente para um chichi... E quando é preciso uma descarga maior (...) basta repetir o gesto ou manter a mão no manípulo durante mais tempo. Mal o soltemos a descarga pára. Funciona perfeitamente.

Claro que há modelos bem mais elaborados (substituindo todo o mecanismo interior), mas, a não ser que o existente esteja avariado, não vale a pena complicar, acreditem!

Quando visitei o meu irmão em S. Francisco achei interessante esta solução (o simple flush) mas ainda não a vi por cá:


22 de fevereiro de 2010

114 - Substituir os pensos rápidos por gaze


Eu e o Zé Manel somos socorristas voluntários do núcleo da Maia da Cruz Vermelha Portuguesa (embora "de baixa" neste momento) e como aprendemos na nossa formação, pensos rápidos não devem fazer parte do saco de um socorrista que se preze. Mas como "em casa de ferreiro espeto de pau"... usamo-los nos nossos pequenos acidentes domésticos.


Há uns tempos, ao usar um, pus-me a reflectir na quantidade de desperdício que traz atrás: a embalagem individual (em papel colado) em que vêm, os pedacinhos de papel (ou plástico) que protegem a parte colante, o próprio penso que é feito principalmente de plástico e cola (nada amiga do ambiente) e a caixa de cartão onde estão guardados. Como posso reduzir tudo isto?


Não, os pensos em spray também não me parecem boa ideia...

Investigando o saco do meu imão mais novo (também socorrista), que se abastece na Bastos Viegas (através da internet), "descubro": uso gaze em rolo (e não as compressas de gaze esterilizadas que usualmente os socorristas usam e que vêm em embalagens individuais de plástico e papel...) e adesivo tipo papel, também em rolo. E com um bocadinho de paciência e uma tesoura até improvisei um "penso rápido" tão pequeno como os de compra (e de onde é acham que surgiu a ideia de os criar?...)

É um regresso às origens, "nada de novo", eu sei. Mas habituamo-nos às soluções mais imediatas e esquecemos as outras.

É menos prático? Um bocadinho. É regredir? Hum... não o vejo dessa maneira!

11 de janeiro de 2010

72 - Adoptar um detergente para a sanita completamente natural


Hoje voltei ao Jumbo, porque fiquei com o bichinho dos tais produtos ecológicos da marca Auchan. E vim triste! Não porque não os tenha encontrado. Encontrei-os, sim: todos os produtos ecológicos de limpeza estão na mesma zona da loja (uma boa ideia), em meia dúzia de prateleiras estreitinhas... Como só vi uns poucos da Ecover, ainda menos da L'arbre Vert e apenas um da linha ecológica da Auchan (precisamente o detergente para a sanita) procurei um funcionário, que amavelmente me explicou que quase todos os produtos ecológicos estão a ser descontinuados!!! Não me soube dizer porquê, mas normalmente isto acontece com os produtos que não têm procura (não me parece que 3 marcas estejam com problemas ...)! Daqui a minha tristeza.


Espero que seja local, o que não deixa de ser triste, e que o mesmo não esteja a acontecer noutras lojas do grupo.

Trouxe o detergente para experimentar, até porque é mais barato do que o da Ecover (3,77€), e para, modestamente, contribuir para a procura destes produtos.

O gel wc ecológico da Auchan (1,49€) tem o rótulo ecológico europeu, o que já dá alguma garantia. Não traz muita informação sobre a composição ("entre outros ingredientes menos de 5% tensioactivos aniónicos" e perfume). Só em casa vi, em letras pequeninas, que o perfume é sintético, o que normalmente não é bom sinal. Tenho aprendido que quase sempre que aparece a palavra perfume/fragância, a não ser que diga o contrário (como nos produtos ecover), é de evitar tal produto porque pode conter químicos (que não têm que estar descriminados) prejudiciais. Mas como a eco-label parece ser rigorosa vou, até prova contrária, acreditar que os analisaram e os aprovaram.

A wc pato também tem um detergente ecológico, também ele certificado pela eco-label. Custa, no Continente online 1,89€ (aqui o da ecover custa 3,55€!).

De qualquer maneira, como a minha tendência passa, cada vez mais, por fazer os meus produtos, sempre que possível, procurei receitas caseiras e naturais para substituir este tipo de detergentes.

Assim sei que não têm perfumes sintéticos nem tensioactivos... e que são completamente naturais!

Entre várias (com bicarbonato de sódio, vinagre, ...) encontrei aqui uma receita que gostava de experimentar e que vou mostrar à Sylvia, a especialista em produtos naturais, para ver se ela a aprova:

- 30 folhas verdes de eucalipto;
- 1 litro de álcool a 70%;
- 5 litros de água morna;
- Pedaços de sabão ou sabonete.

"Amassar bem as folhas de eucalipto e juntar o álcool e meio litro de água morna. Deixar de molho, de um dia para o outro, num recipiente fechado para não evaporar. No outro dia, derreter as sobras de sabonete, juntar os 5 litros restantes de água morna e juntar ao líquido do eucalipto que estava de molho."

8 de janeiro de 2010

69 - Substituir o champô habitual por outro natural e biológico


Fui ao Jumbo, tal como tinha dito quando comprei o detergente para a roupa biológico, procurar os produtos de limpeza amigos do ambiente da marca Auchan.

Como não estou habituada a este hipermercado e não sei o sítio das coisas (e também porque agora o faço em todos os sítios onde vou) ia em passo de passeio à "coca" de produtos "verdes".

Descobri, por exemplo, que a serradura para gatos da Prop'chat custa aqui 4,99€. No Continente custa 7,35€!!! Terá sido engano? Ou tem a ver com o facto do Jumbo pertencer ao grupo Auchan, francês e a serradura também ser francesa?... Sou bastante leiga nestes assuntos económicos mas uma diferença de preço tão grande parece-me escandalosa.

Bom, depois disto, tornei-me realmente "fã" do Jumbo ao passar no corredor dos produtos de higiene. Tem uma linha de produtos de higiene pessoal amiga do ambiente, de uma marca espanhola, a naetura Organics, certificada pela Ecocert. Têm tónico, óleo vegetal, champô e gel de banho... Na verdade fiquei tão entusiamada com os champôs que nem vi bem os outros produtos.



O que comprei (também serve como gel de banho) é para tratamento do couro cabeludo (ouro sobre azul para mim): não tem nenhum ingrediente de origem animal, nem derivado de petróleo, 100% dos ingredientes são de origem natural, sendo 14% provenientes de agricultura orgânica. E claro, é certificado. Ah! E a embalagem é em PET "do mais reciclável" e 1% das vendas é destinado a uma ONG na Índia. Atrevo-me a dizer que melhor só se fosse português (ou feito em casa, mas champô ainda não aprendi a fazer). Uma embalagem de 500ml custa 9€, o que está dentro do preço médio dos outros champôs. Atenção que a maior parte dos champôs vêm em embalagens de 250/300ml.

Já o experimentei e gostei. O cheiro à árvore do chá (já o conhecia de produtos da Bodyshop) é agradável, não faz muita espuma - o que é bom sinal - e embora não tenha resolvido imediatamente (óbvio!) o problema do meu couro cabeludo, não o piorou (ao contrário de outros châmpos ditos de tratamento). E o cabelo ficou bonito e sedoso, como dizem nos anúncios.

(e, no Jumbo, fiquei sem tempo para procurar os tais produtos de limpeza ecológicos. Tenho que lá voltar...)

26 de dezembro de 2009

56 - Tomar duche com água tépida


Não é que seja como os meus irmãos e tome duche com a água a ferver (quando um deles sai da casa-de-banho, parece o D. Sebastião a emergir do nevoeiro...), mas, agora no Inverno, aumento sempre a temperatura da água. O Zé Manel consegue tomar duche com água menos quente do que eu, mas acho que não chega a morna...


Já tomei banhos em água bem fria. Acho que o "pior" foi na aldeia de Montes, Vila Real, em Fevereiro, nas águas do rio que vinha geladinho da serra coberta de branco... Ao mergulhar a cabeça parecia que ma estavam a apertar com ferros! Houve outra vez que, também numa actividade dos escuteiros, estava (em Fevereiro, claro), com a minha amiga Liliana, a lavar-me na fonte da aldeia de Marialva. Uma senhora, com pena das duas meninas a tiritar, ofereceu-nos a sua casa de banho para tomarmos duche. Que maravilha, pensámos, até abrir a torneira e a água ser... fria! Apercebi-me depois, várias vezes, em casas de aldeias portuguesas: casa de banho apetrechada com tudo, mas só com água fria. A instalação de água quente comporta outros gastos.

Há uns anos vi, na televisão, um senhor com os seus 80 anos a gabar-se de, durante toda a sua vida, ter tomado banho, todos os dias do ano, no fontanário público da aldeia (que aparecia como fundo, coberta com um espesso manto de neve), e nunca ter apanhado sequer uma constipação. E realmente o senhor tinha um ar rijo, saudável e mais novo do que a sua idade real.

Bom, mas enquanto não consigo mentalizar-me para tomar um duche abrindo apenas a torneira da água fria (algo que requer uma técnica e traz imensos benefícios para a saúde, além do que advém, claro, de se gastar menos energia e - suspeito - água também) vou diminuindo a temperatura progressivamente ao longo do duche:

"Enfio-me" debaixo do chuveiro com a água um pouco acima do tépido (claro, que "tépido", "morno", é muito subjectivo. O meu tépido é o frio de um dos meus irmãos), e começo logo a reduzir até um pouco mais frio. Depois de me ensaboar, recomeço no tépido "menos" e continuo a reduzir até acabar, durante 1 segundo, com a torneira quente toda fechada e um grito.

Mas a sensação posterior é óptima! Sem frio e revigorada.

E é óptimo para o meu couro cabeludo sensível que, segundo ordens médicas, não pode receber água quente...

18 de dezembro de 2009

48 - Lavar os dentes com um copo de água


Antes:
abria a torneira - molhava a escova - fechava a torneira - colocava pasta na escova - escovava os dentes e limpava a língua (com o raspador) - abria a torneira - enchia a mão em concha com água e bochechava - repetia o último passo - lavava a escova e o raspador - fechava a torneira.


Agora:
abro a torneira - encho um copo de água (de 25cl) - fecho a torneira - molho a escova na água do copo - coloco pasta na escova - escovo os dentes e limpo a língua - bochecho com a água do copo - lavo a escova e o raspador com o resto da água.

Experimentem das duas maneiras (colocando, na primeira, a tampa no ralo do lavatório...) e vejam a diferença no volume da água. Pensem só, tendo em conta que lavamos os dentes três vezes por dia (pelo menos a maior parte de nós), na redução do gasto de água só com esta pequena alteração.

Mesmo usando um copo de 33 cl...

4 de dezembro de 2009

34 - Adoptar papel higiénico reciclado


Às vezes compramos papel higiénico reciclado, outras vezes não. Isto até hoje, claro.
Como já sabia que a Renova tinha papel higiénico reciclado (lembram-se das toalhas de papel reciclado?) encaminhei-me para o corredor respectivo e tive uma agradável surpresa! O Continente (muita publicidade faço eu a este hipermercado) tem papel higiénico reciclado da marca... Continente!



Uma embalagem de 18 rolos (que equivalem a 36 dos normais), de dupla folha, custa 4,92€.

Trouxe para experimentar. E foi aprovado pelos dois habitantes desta casa que o usam.

Depois lembrei-me. O único problema em relação às "marcas brancas" é que não sabemos de onde vêm os produtos. Enquanto que a Renova é uma das 9 empresas portuguesas que tem o selo ecológico europeu e publicita que o seu papel ecológico é feito apenas com papel recuperado, recolhido em sítios que não distem mais de 300 Km da fábrica e é compactado para que um camião consiga levar mais carga, não sei nada sobre o papel reciclado da marca Continente. Até pode vir do outro lado do mundo. Ou da fábrica da Renova?

Para a compra ser realmente consciente devia ter comprado o papel da Renova. E a diferença de preço nem é muita, 12 rolos (que também equivalem ao dobro) custam 3,69€. Se fossem do Continente custariam 3,28€.

Quando acabarem os 18/36 rolos que comprei, mudo, conscientemente, de marca...

26 de novembro de 2009

26 - Deixar de utilizar cotonetes


Eu uso cotonetes.

Independentemente dos movimentos pró e contra o uso dos cotonetes, eu utilizo diariamente estes pequenos apetrechos de higiene. Não estou a falar do jeito que dão para limpar o rímel esborratado, coisa que uso esporadicamente (daí o esborratar...). Não, estou a falar de usar cotonetes para limpar os meus sensíveis ouvidos. Tão sensíveis que, para se protegerem (estou a repetir o que me disse o senhor doutor) criam cera, bastante cera... Por isso todos os dias, depois do meu duche, eu uso estes pedacinhos de algodão enrolados à volta de um tubinho de plástico, um para cada ouvido (e não, não espeto o cotonete no ouvido, até chegar ao tímpano...). E depois, claro, lixo, embora me interrogue: "será que se puser no ecoponto, há maneira, durante o processo de separar o algodão do plástico?" Também o poderia fazer eu antes de os deitar fora, claro...


Mas, como a ideia é reduzir o meu impacto, fui procurar cotonetes mais respeitadores do ambiente...

Há cotonetes com o "pauzinho" em madeira, mas não me parece melhor ideia. Também há um spray para limpeza dos ouvidos (hummm...). Depois encontrei - sempre na net - uns com o suporte em papel enrolado, e também há a hipótese de o algodão ser biológico.

Mas nenhuma destas hipóteses me parecia suficientemente boa.

Até que me lembrei de um pequeno catálogo que a minha mãe recebe (deve ser das poucas coisas que nunca apareceram na nossa caixa de correio), cheio de imensas coisas perfeitamente dispensáveis mas tão, tão úteis...

Tinha a ideia de lá ver algo para limpar os ouvidos. Fui procurar e voilá!

O catálogo é da D-mail, empresa italiana de venda por catálogo, pelos vistos com muito sucesso no nosso país.

E tem um "esqueça os cotonettes!", conjunto de dois (um para cada ouvido?) - o que lhes hei-de chamar? - substitutos de cotonetes, supostamente mais eficazes, seguros e reutilizáveis!

Boa!

Devo admitir que ainda não os comprei, não só porque ainda tenho meia caixa de cotonetes para gastar, mas porque ainda não fui à loja que a marca tem no Porto, na rua Damião de Góis. Como vou por lá passar durante a próxima semana, achei mais "ecologicamente responsável" não fazer uma viagem de propósito para comprar 1, ou melhor, 2 cotonetes.

Mas depois vos direi qual a sensação de os usar...

20 de novembro de 2009

20 - Deixar de usar pensinhos diários


Não sabia, mas o uso dos pensos diários não é recomendado por muitos ginecologistas, pois aumenta o risco de infecções!!!

A juntar a esta importante informação, o facto de serem compostos por vários materiais (causadores do tal aumento de risco de infecção), entre plástico, algodão branqueado com cloro, cola, não os tornam nada, nada agradáveis nem biodegradáveis.

E na verdade, este é um hábito relativamente recente. Comecei a usá-los, há uns anos, no fim da menstruação, depois fui prolongando o seu uso, até os colocar todos os dias. Sem ter para isso nenhuma razão específica.

Tendo em conta que tomo banho todos os dias, e às vezes até mais do que uma vez, e uso, normalmente, roupa interior de algodão, não me parece nada difícil pôr de parte este "adereço". Pelo menos não tem sido. A minha última caixa de pensos diários acabou há uns dias e, claro, não comprei mais nenhuma.


De qualquer maneira fica sempre a hipótese, em caso de necessidade, de usar os pensinhos da Natracare. São fabricados com materiais derivados da celulose das plantas e não de petroquímicos. Não são branqueados com cloro, o algodão é biológico e são 100% biodegradáveis. Aparentemente perfeitos! Uma embalagem de 22 pensos custa 2,75€. Enviando um email dizem-nos quais os locais, na nossa área, onde vendem os produtos desta marca.

Também encontrei, em vários sítios da net, pensinhos diários de algodão, reutilizáveis (laváveis). Têm padrões coloridos, molas em vez de cola... A mim não me cativaram. Até porque deixo de deitar fora para passar a lavar mais uma peça de roupa por dia...

Por isso, para mim, a solução é: nada!

18 de novembro de 2009

18 - Tomar duche às escuras


Esta é uma medida fácil e entusiasmante!

Além de deixar de acender a luz para tomar duche (quando o faço à noite, porque como tenho luz natural na casa de banho, de dia já não se justificava) hoje também deixei de acender a luz para lavar os dentes - mas não para os limpar com o fio dental; para fazer xixi (esta não aconselho aos homens, a não ser que se sentem...): não só na minha casa de banho mas em todas (e digo todas porque como os muitos líquidos que em mim entram têm acesso directo à bexiga, preciso muitas vezes de ir ao w.c.) as que fui durante o dia, excepto, claro, aquelas onde há sensores de movimento... Deixei de acender a luz também ao entrar no meu prédio: só tenho que subir um lanço de escadas (na verdade meio lanço), e as janelas deixam entrar a luz do candeeiro público que está bem em frente à nossa entrada. Deixei de acender a luz (acendia só o piloto do exaustor) quando vou à cozinha buscar algo como um copo de água.


Por hoje foi tudo, mas amanhã vou descobrir novas situações para não acender a luz!

17 de novembro de 2009

17 - Passar a usar pasta de dentes natural


Vou começar pelo fim.

Se quiserem mudar de pasta de dentes, para uma mais "eco-correcta", podem, dentro das pastas de dentes tradicionais, comprar pasta de dentes Couto, fabricada em Portugal desde 1932: não é testada em animais, os ingredientes principais são à base de extractos de plantas e não contém LSS (Lauril Sulfato de Sódio*). Só descobri isto hoje...

Andei mais de uma semana nesta demanda de encontrar uma pasta de dentes natural: sem LSS, adoçantes artificiais, fluoreto (excesso de flúor prejudica os dentes), álcool etílico, corantes, sabores sintéticos nem conservantes...

Em nenhum supermercado ou hipermercado onde fui se vende uma opção natural de pasta de dentes, pelo menos eu não encontrei (acho que fui a todas as cadeias, excepto ao intermarché).

Por outro lado todas as ervanárias têm, no mínimo, uma pasta de dentes natural, biológica, mas custa, pelo menos, o dobro das tradicionais!!! Normalmente compro as da oriflame, marca sueca que não testa em animais, por cerca de 1,5€. As das ervanárias e de sítios da internet como, por exemplo, esta, custam 4€/5€.

Eu já sei que tudo o que é biológico é mais caro (e nem me apetece falar agora sobre isso) mas o que é demais...

Vi uma notícia sobre uma planta - "unha de gato" - estudada numa pesquisa realizada pela Faculdade de Odontologia da Universidade Nacional Maior de São Marcos, em Lima, Peru, que permitiria fabricar uma pasta de dentes sem o uso de químicos, igualmente eficaz, e acessível a todos (o que interpreto como: não custará 2 ou mesmo 3 vezes mais). Mas não encontrei mais nenhum desenvolvimento sobre esta hipótese.

Assim, como neste passado sábado participei numa oficina de produtos naturais, onde aprendemos a fazer pasta de dentes e desodorizante, resolvi o meu problema desta maneira: a partir de agora faço eu a minha pasta de dentes. E asseguro-vos: é agradável ao paladar, fácil de fazer e fica mais barata do que as das ervanárias (e até, talvez que as tradicionais; ainda não sei, mas quando fizer cá em casa, faço as contas). E não tem nada prejudicial nem à saúde nem ao ambiente. E lava bem os dentes e as gengivas, claro. E testemunhei a sua eficácia a longo prazo no sorriso reluzente e saudável da Sylvia, a formadora!


* Dizer que o LSS é cancerígeno parece ser uma lenda urbana, embora tenha encontrado muitas e diferentes opiniões. No entanto a DECO diz que "o LSS não passa de um agente para fazer espuma, que visa sobretudo eliminar os excessos de gordura, tanto da pele como do cabelo. Grandes concentrações e um contacto prolongado com esta substância pode, na realidade, provocar irritações na pele e nos olhos, pelo que alguns dermatologistas aconselham produtos com outras composições."
Então é dispensável, não?
Porque na verdade é a ideia da espuma que nos agrada: faz muita espuma, lava melhor...