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7 de outubro de 2013

216 - Comprar uma bicicleta "verde"...


Como devem ter reparado a minha pausa prolongou-se para cá de meados de setembro e - apesar das mudanças não estarem completas (as obras demoram sempre mais tempo do que o previsto...) - já estava a sentir falta do "365 coisas..." e, claro, de vocês!

Neste período houve mais mudanças para além das referentes à casa e que implicam eu poder andar mais de bicicleta e menos de carro (boa, boa!!!). Também o Zé Manel anda mais de bicicleta e como, nos nossos tempos de lazer, queremos passear os dois juntos e só tínhamos uma (e andar sentado no quadro não é nada confortável...) resolvemos comprar a segunda. E claro, decidi logo investigar e procurar a bicicleta mais amiga do ambiente...

Por si só uma bicicleta já é "ecológica", mas há umas mais do que outras...

Gostava de vos dizer que comprámos esta (sim é de cartão), mas ainda não está à venda:


Ou esta (quem diria que o bamboo é tão caro?!...):


Ou ainda esta (parece-me - do que li - a mais "verde"...):


Mas não.

Entre a (ainda) inexistência de uma, o preço de outra, e o facto da última "estar" no Brasil, resolvi procurar uma bicicleta caseirinha, isto é made in Portugal.

E apaixonei-me - à primeira vista  - por esta:



"É a tua cara!"disse logo o Zé Manel... e assim assinou a sina de herdar a minha bicicleta anterior!

A minha nova menina é o modelo Sport Classic, da Órbita, empresa de Águeda com mais de 40 anos. E tive o prazer de a comprar na Velo Culture, uma charmosa loja "à antiga", em Matosinhos (há outra em Lisboa).

E não, não tive nenhum desconto por estar a fazer publicidade... As coisas boas são para partilhar, certo?

E entretanto lembrei-me que a minha primeira bicicleta também foi uma Órbita, como esta (mas branquinha):


No nosso caso não se justificava, mas as bicicletas eléctricas - apesar de terem uma bateria de lítio - podem ser uma escolha sustentável, se implicarem menos viagens de automóvel, não é? E esta, por exemplo, carrega-se simplesmente pedalando:


5 de junho de 2013

o Espírito da Terra


Há uns tempos relembrei e partilhei um dos livros da minha infância, que provavelmente me influenciou no que concerne à nossa ligação com a natureza. Se é que se pode usar a palavra ligação, pois se por um lado nós somos parte integrante da natureza (o que tornaria o termo desnecessário), por outro andamos dela tão afastados que é como se nos tivéssemos desligado.

Há uns dias li uma notícia (que partilhei na página do "365 coisas..." no facebook) sobre o facto de que o abraçar árvores estava cientificamente provado como positivo... para nós. Notícia que me provocou sentimentos opostos. Claro que fico contente por este estudo (e respectiva notícia) mostrar a importância da natureza no nosso equilíbrio e também por, talvez, aumentar o número de pessoas que  - como eu - andam por aí a abraçar as árvores que lhes saem ao caminho... Por outro fico triste quer por ser necessário um estudo científico para que haja uma "desculpa" para andar por aí a abraçar as árvores, quer porque a lógica é a dos benefícios que nos traz a nós, humanos. Porque se assim não fosse, abraçar árvores só porque sim, ou melhor, porque seria altamente benéfico para as mesmas... era tolice...

E esta notícia recordou-me um outro livro que teve um grande impacto em mim, desta vez lido durante a adolescência: "A Fala do Índio", de Teri C. McLuhan, publicado em Portugal pela Fenda Edições.

Sendo hoje o dia mundial do ambiente, achei apropriado partilhar com vocês as palavras sentidas de uma velha sábia wintu (índios da Califórnia), na altura em que a terra onde vivia era devastada pela exploração das minas de ouro:

«Os brancos nunca gostaram da terra, do gamo ou do urso. Quando nós, os índios, caçamos, comemos toda a carne. Quando andamos à cata de raízes, fazemos na terra buracos pequenos. Quando queimamos a erva por causa dos gafanhotos, não damos cabo de tudo. Abanamos as bolotas e as pinhas. E só aproveitamos a lenha do chão. Ao passo que o homem branco revolve o solo, abate as árvores, destrói tudo. A árvore diz: "Pára, estou ferida, não me faças mal". mas ele abate-a e serra-a. O espírito da terra tem-lhe ódio. Ele arranca as árvores e até as raízes lhes abala. Serra as árvores. Tudo isto lhes faz mal. Os índios nunca fazem mal, ao passo que o homem branco dá cabo de tudo. Faz explodir os rochedos e deixa-os espalhados pelo solo. A rocha diz: "Pára, estás a ferir-me". Mas o homem branco não presta atenção. Quando os índios utilizam as pedras, apanham-nas pequenas e redondas, para com elas fazerem lume e cozinharem. Como poderia o espírito da terra gostar do homem branco?... Onde quer que ele lhes toque, nela há-de deixar uma chaga.»



Vamos abraçar as árvores, vamos deitar-nos na terra, rebolar na erva, deixar o vento penetrar-nos nos poros, mergulhar nas águas do lagos, rios e oceanos. Vamos (re)encontrar o Espírito da Terra e, talvez assim, possamos deixar de cometer tantas atrocidades contra o planeta que nos abriga.

Nota-se que sou uma optimista/sonhadora/ingénua inata, não nota?...

11 de novembro de 2012

Florestar Portugal


Lembram-se deste post e da minha lista de 101 livros a ler?

Estando neste momento a ler "Por quem os sinos dobram", do grande Hemingway, deparei-me com um excerto que achei adequado para partilhar aqui, principalmente nesta altura, em que se aproxima o dia da iniciativa "Florestar Portugal", inserido na Semana da Floresta Autóctone.

"(...) Mas os pinheiros são uma floresta de tédio. Tu nunca viste uma floresta de faias, nem de carvalhos, nem de castanheiros. Isso é que são florestas. Nessas florestas cada árvore é diferente da outra, todas têm um carácter próprio, beleza. Uma floresta de pinheiros enfastia. (...)"


Actual, apesar de ter mais de 70 anos, não? E podemos substituir/acrescentar eucaliptos aos pinheiros... Cerca de 1/3 do território nacional é ocupado por "floresta". As espécies que ocupam mais espaço? Em primeiro lugar o pinheiro-bravo, depois o eucalipto e em terceiro o sobreiro...

Um outro projecto valioso é o "Futuro - o projecto das 100 000 árvores", que, nesta altura, tem actividades a precisar de voluntários todos os fins-de-semana (para quem andar pelo norte...).

Divulguem, participem!



22 de agosto de 2012

Sugestão - mapa


Perguntaram-me, por email, por onde tinha andado (mais especificamente...).
Deixo-vos - literalmente - o nosso mapa. Espero não me ter enganado, nalguma estrada mais escondida, a marcar o nosso percurso. E, claro, apesar de não estar marcado, o início da viagem foi no Porto... No regresso ficamo-nos por Mancelos - Amarante, onde há um turismo rural fantástico, extremamente exclusivo... a casa da minha mãe!



17 de agosto de 2012

Sugestão


Vim aqui num pulinho deixar-vos uma sugestão. Se ainda não foram de férias e se ainda não têm destino (ou mesmo se quiserem um programa para um fim-de-semana) partam pelas estradas deste nosso belo país. Foi o que fizemos: percorremos o norte/nordeste de Portugal. Começámos no Gerês, percorremos partes de Trás-os-Montes e voltámos pelo Douro Internacional. Mas, claro, há muitos caminhos a descobrir, por esse Portugal fora... E, às vezes, bem perto de casa!

Andámos pelas estradas secundárias, algumas tão secundárias, "esquecidas por Deus", que o alcatrão já foi comido pelo uso. Passámos por aldeias aninhadas nas encostas das nossas serras, envelhecidas mas orgulhosas e descobrimos que aqui, tal como o pequeno Astérix e os seus gauleses, as gentes irredutíveis resistem, não aos romanos, mas ao abandono e ao esquecimento dos que partiram em busca de uma vida melhor. Sim, porque por aqui ela é dura, arrancada, a cada dia, à natureza agreste. Fomos loucos o suficiente para, em pleno agosto, andarmos pelas terras secas e duras de Trás-os-Montes, onde no pico do dia a temperatura atinge os 40 º e, num mundo suspenso, somos os únicos seres vivos (e, lá está, loucos) que se avistam durante quilómetros e quilómetros. Mas fomos recompensados com paisagens de cortar a respiração, com a surpresa de encontrar um rio fresco ao dobrar da curva, com o vento morno do final da tarde, com o repouso numa pequena loja de estrada ou no café central que existe em todas as vilas. E enchemo-nos de pó e de ar puro e de silêncio.


 gerês


barragem do alvão


vila flor


linha (desactivada) do tua

torre de moncorvo


torre de moncorvo


algures por trás-os-montes 


albufeira do peneireiro


o douro 


pinhão

30 de julho de 2012

205 - Deixar o aviso de "Não incomodar" na porta do quarto do hotel


Em casa não mudamos os lençóis da cama todos os dias, por muito bem que saiba deitar numa cama acabadinha de fazer de lavado... Nem trocamos as toalhas de banho todos os dias. Nem aspiramos o quarto todos os dias.

Também não precisamos de o fazer quando ficamos num hotel, pousada, casa de turismo, ...

Não custa nada.

Alguns hotéis já estão sensibilizados para esta questão (até porque também é económica...). Fiquei, há uns tempos, num hotel que tinha o habitual aviso de "Não incomodar/Do not disturb", mas na outra face deste tinha a opção (caso o pendurássemos na porta) de os funcionários limparem o quarto e fazerem as camas, mas sem mudarem lençóis e toalhas. Na altura tirei uma fotografia ao aviso para vos mostrar, mas recentemente perdi tudo o que tinha no meu disco externo (snif!!!).


Nas casas de turismo rural onde já ficamos - por este nosso Portugal fora - tem funcionado falar com a pessoa responsável e explicar-lhe o que pretendemos. Normalmente ficam surpreendidas, com aquela cara "lá vêm estes maluquinhos do ambiente...", mas depois de abarcarem o alcance da medida, costumam ficar satisfeitas...

Quando não há outra hipótese, resta deixar o famoso aviso "Não incomodar" pendurado na porta. Claro que a cama vai ficar por fazer, mas... é assim tão mau? Pensem na quantidade de água (e detergentes) e energia que se poupa (e a quantidade de lençóis e toalhas que duram mais tempo). Vá lá, provavelmente estão de férias...

E, claro, aproveitem para sensibilizar os responsáveis do local onde estão, seja na recepção, seja através do livro de sugestões/opiniões ou daquelas folhinhas que costumam estar nos quartos para darmos a nossa opinião sobres o hotel.

E deixo-vos com uma ideia do peso que tem, em termos ambientais, a indústria hoteleira (neste caso são números referentes aos EUA), divulgados no âmbito de uma campanha de sensibilização para esta questão:




15 de julho de 2012

Os (bons) parques urbanos...


... são lugares fantásticos para, quem vive na cidade, apreciar um pedacinho da beleza que pode haver quando o Homem conversa harmoniosamente com a Natureza.

Temos a sorte de morar quase ao lado do Parque da Cidade do Porto, que não fica absolutamente nada atrás de outros parques urbanos por esse mundo fora! Bom, pelo menos dos que eu conheço.




E um dos prazeres simples da vida é estar deitad@ sob uma árvore e sentir a carícia do sol coado pelas folhas...

21 de outubro de 2011

"Ir à natureza"


Apesar de vivermos numa cidade, acabamos por não sentir - totalmente - o afastamento do natural de que se ressentem os que vivem entre blocos e ruas: vivemos na franja do Porto, bem perto do belo parque da cidade e do mar, num bairro cheio de árvores onde se ouvem mais os pássaros do que os carros.

Ainda assim precisamos, de vez em quando, de espraiar o olhar pela imensidão das serras, escutar apenas o vento, inspirar ar mais limpo. Talvez porque desde cedo (com os escuteiros) nos habituamos a caminhar - dias seguidos - por "montes e vales", a acampar sob o céu nu, a sentir os ritmos da natureza.

Costumamos, os dois ou com amigos, um dia ou (se possível) um fim-de-semana por mês - pelo menos... - fazer o nosso recarregamento de baterias e "ir à natureza"...

Há tantos sítios lindíssimos em Portugal, lugares onde ainda é possível esquecer o tanto que temos estragado o que nos rodeia...

Uma das zonas de que mais gostamos é Trás-os-Montes, mais especificamente o Parque Natural de Montesinho. É uma terra de contrastes, onde tão depressa percorremos um caminho envolto em árvores brilhantes de água que coam o sol, como atravessamos um campo onde torrões de terra vermelha brotam secos do solo. Onde a um vale primaveril se segue um silencioso monte árido.

Como o outono está atrasado ainda não podemos apreciar os vibrantes vermelhos e amarelos que pintam o Parque por esta altura (nem saborear castanhas apanhadas do chão...) mas, como podem ver nas fotos, até na secura de um verão que não acaba esta terra é bonita.

montesinho
(mais fotos aqui)

Mais a norte, mais a sul, com sol, com frio, saiam de casa e embrenhem-se na natureza. Amando algo é mais difícil destruí-lo...

20 de setembro de 2011

197 - Deixar de ver televisão


Estive a fazer contas e neste momento estou há 53 dias sem ver televisão, excepto curtos visionamentos em casas de outros.

E foi muito natural: fomos de férias, para longe de todas as tecnologias, e quando voltámos não sentimos vontade de ligar a caixa... até agora!

Bom, na verdade, o Zé Manel sentiu... ligou-a para ver um jogo de futebol (ele diz que jogos de futebol não contam!)

Não está a custar nada. Há uns tempos, já tínhamos decidido ligar a televisão só depois das 22h, por causa do bi-horário, (e, já na altura, o futebol era a excepção... Até parece que o Zé Manel é fanático, mas não é, acreditem. Às vezes até nem se lembra de que a equipa dele está, ou vai, jogar...).

Depois, pelo mesmo motivo, decidi usar, sempre que possível, o computador à noite. Infelizmente não posso fazê-lo "apenas" à noite - como pensei - sob o risco de dormir menos do que o necessário...

Ao pesquisar para esse post, encontrei vários estudos sobre os malefícios de usar televisão, computador, consola, ... antes de dormir. Agora encontrei um (apoiado por mais uns quantos) que conclui que ver 1h de televisão diária reduz a esperança de vida em 22 minutos (o estudo refere que quem vê 6h de televisão, por dia, pode ver a sua esperança de vida reduzida em quase 5 anos).

Seis horas por dia a ver televisão???

Como o meu tempo a ver televisão já não era muito, e tenho sempre coisas para fazer, não fiquei com nenhuma sensação de tempo para encher, mas...

.. o meu receio é fraquejar quando vier o frio e a chuva e a vontade para ficar enrolada na manta a vegetar.

Já por isso estou a criar (ou a "repescar") hábitos saudáveis e saborosos (...), que possam ser feitos enrolada na manta...:

- ler mais (estou a fazer uma lista de "livros a ler");
- voltar a desenhar (algo que adoro fazer e que tenho desleixado);
- insistir no tricotar: quando me decidi a fazê-lo, a coisa parecia bem encaminhada, mas afinal ainda não se tornou num verdadeiro prazer (mas eu quero, a sério!!!)


Se passa - seja mais ou menos - tempo em frente à televisão e quer deixar de o fazer (ou reduzir), deixo-lhe uma lista de "51 coisas para fazer em vez de ver televisão" (para todos os gostos, idades, condições, ...), onde estão algumas de que me lembrei e outras trazidas de sites diversos, todas elas - espero eu - aliciantes:

01. leia mais: para si, para as crianças, para alguém que já não pode;
02. passeie: sozinho, acompanhado, com o cão;
03. inscreva-se em aulas de algo que gostaria de aprender ou aperfeiçoar: cozinhar, tricotar, pintar, dançar, …;
04. dedique-se à jardinagem, ainda que só em vasos;
05. cozinhe uma refeição gourmet;
06. dê um passeio de bicicleta;
07. visite um museu;
08. faça exercício: em casa, no ginásio, na rua: nadar, correr, ...;
09. medite;
10. faça voluntariado;
11. organize as suas fotografias - e pode fazer os seus próprios álbuns;
12. faça um bolo - ou bolachas;
13. converse: com um amigo, familiar, companheiro, ...;
14. monte um puzzle;
15. namore, namore, namore;
16. aprenda uma língua nova;
17. ouça rádio - ou a sua música;
18. faça uma equipa com os seus amigos, familiares, vizinhos: futebol, andebol, voleibol, ténis, …;
19. dance;
20. aprenda a tocar um instrumento musical;
21. faça uma caminhada num parque/reserva natural;
22. brinque com o(s) seu(s) filho(s);
23. aprenda a identificar e aprecie as estrelas;
24. visite uma feira de velharias e/ou de antiguidades;
25. convide, para um chá por exemplo, alguém com quem já não está há muito tempo;
26. (re)descubra os jardins/espaços verdes na sua vizinhança;
27. organize uma festa;
28. encontre o seu passatempo: crochet, costura, bricolage, pintura, origami ...;
29. redecore uma divisão da sua casa - ou duas, ou três, ...;
30. veja o pôr do sol ou o nascer do sol - ou ambos;
31. ligue - e converse - com os seus familiares que se encontram longe;
32. alugue um filme antigo;
33. faça uma horta (até na varanda...);
34. volte a estudar;
35. escreva: uma carta, um diário, um poema, um conto, um livro, ...;
36. faça lembranças para oferecer;
37. experimente “aquela” receita;
38. vá até à biblioteca;
39. brinque com o(s) seu(s) animal(is) de estimação - ou adopte um;
40. visite a sua cidade;
41. jogue: damas, xadrez, trivial pursuit, jogo da glória, ...;
42. saia com os amigos;
43. participe num grupo de teatro amador;
44. faça um piquenique;
45. organize uma noite de jogos de cartas;
46. junte-se a um clube de leitura ou inicie um;
47. faça palavras cruzadas;
48. arranje uns binóculos e observe e aprenda a identificar pássaros - ou borboletas...;
49. fotografe;
50. vá a um concerto, a uma peça de teatro, ao cinema;
51. FAÇA ALGO ARROJADO (mas lembre-se que a prisão não é - presumo - um sítio agradável. E, provavelmente, tem televisão...)!!!

30 de maio de 2011

195 - Ter uma horta... na varanda


Tudo começou com as primeiras aromáticas, há cerca de um ano. Depois adoptámos uma família de minhocas... Fiz as minhas primeiras sementeiras...



E agora temos uma pequena horta na nossa varanda: em vasos temos óregãos, hortelã, alecrim, aipo, cebolinho, manjericão, mirra (hei-de experimentar fazer incenso), fisalis (oferecido bem pequenino), arruda (para "captar" as lagartas, afugentar alguns insectos e, para quem for supersticioso, o mau-olhado... ), 2 pés de tomates-cereja, saponária (não a árvore das nozes, ...), cravos-túnicos (para afugentar mais bichinhos indesejados); num canteiro feito pelo Zé Manel com restos de madeira não tratada, há alfaces diversas, mais cebolinho (as carteirinhas têm muitas sementes...) e rúcula. E o nosso plátano, uma sardinheira, e uma begónia herdada com, provavelmente, mais anos do que eu. Nada mau num espaço com 2,0m por 1,0m, "hem"?

E o tamanho (da varanda) não é desculpa, nem não ter varanda... Há soluções verticais originais, tanto para o exterior...


... como para o interior.


Para rentabilizar o espaço da nossa varanda - que não tem paredes - comprei simples suportes para floreiras, onde coloquei os vasos, do género destes:


E não há falta de informação, até porque as hortas urbanas estão na moda. Quase todas as cidades têm iniciativas, umas camarárias, outras de associações ou até de pequenos grupos de pessoas, para aproveitar espaços mais ou menos abandonados, transformando-os em belas hortas familiares.

Existem cada vez mais hortelões e "hortelãs"... E muitos deles partilham as suas experiências aqui pela blogosfera, ajudando quem (como eu) ainda é uma "hortelinha". Além do blog da semente à árvore, de que já falei aquando das sementeiras, há outros como o trumbuctu, o jardim com gatos, o cantinho verde, ... e muitos outros (também gosto deste e deste, em inglês), com dicas, calendários, sugestões úteis tanto para quem tem uma horta como para quem tem apenas uns vasos. E claro, as redes sociais permitem colocar dúvidas e, muitas vezes, ter uma dezena de respostas úteis, num curto espaço de tempo, e também ter acesso sobre formações na área (horta em casa, jardim de guerrilha, cidade das hortas, ...).

Temos sempre os livros. Este parece-me muito engraçado (e útil), este e este são bem apelativos e gráficos, e eu fiquei interessada neste e neste... Claro que tenho sorte e já tenho acesso, não só a literatura técnica (às vezes até técnica demais...) mas também a uma conselheira: a minha mãe que, como já disse algumas vezes, se dedica à agricultura biológica. E encontram-se, incluindo nalguns quiosques, dois deliciosos "almanaques anuais", verdadeiras preciosidades de sabedoria popular: O Borda d'Água e O Seringador (E também há O Novo Seringador, mas ainda não estudei as diferenças).

Para começar convém estudar a varanda (parapeito, floreira, ...) que vai acolher a horta. Que tipo de exposição solar tem (convém "apanhar" sol durante 5 a 6 horas por dia), se está protegido do vento ou, caso tal não aconteça, se é possível instalar protecção (rede, cerca, ...). Depois, que tipo de recipientes vai usar: aqui apresentam explicações detalhadas sobre o tipo de canteiros que se pode/deve construir, com medidas, materiais, ... Se nunca plantou nada pode seguir estes passos (ou este vídeo) sobre como começar uma pequena horta ou jardim de aromáticas num vaso. Neste site (e neste) pode escolher - e conhecer melhor - o que plantar. Pode até desenhar a sua horta. Muito giro! (O que a gente encontra pela net...). E é regar, cuidar, para depois poder apreciar os frutos do seu trabalho. As nossas alfaces (e a rúcula) são muito saborosas! E que não nos/vos aconteça como ao Sandro, que não conseguiu escoar a produção...

(a carteirinha trazia sementes de diferentes tipos de alface, todas óptimas!)


Claro que tudo isto só faz sentido se for biológico. E penso que é uma premissa geral para quem se mete nestas andanças porque pelos vários blogs e grupos onde "viajo", toda a gente (salvo erro) tem o cuidado de não usar químicos, procurando "ingredientes" e soluções o mais naturais possível: biológico, permacultura, calendário lunar, entre outros, são termos comuns pelas hortas virtuais. Ainda tenho muito que aprender!

Por isto, uma das minhas primeiras preocupações foi: " E a poluição, senhores?" Sim, porque moro na cidade, porque as plantas absorvem "coisas" do ar... Aliás foi quando vi as hortas do Mike, em New York que fiquei mais consciente deste problema: é que a poluição atmosférica naquela cidade vê-se. Então depois de um nevão, é ver as partículas pretas a cobrir a neve imaculada, em horas...

E não é que a minha preocupação tem fundamento?

O programa Biosfera já fez um episódio sobre este assunto. Ainda tentei ver a qualidade do ar por estas bandas, no sítio da Agência Portuguesa do Ambiente, mas, ou é "um pouco confuso" para mim ou estava preguiçosa... e não percebi quase nada. Mas fiquei mais descansada quando alguém entendido me disse que a minha hortinha está numa zona boa: temos muitas árvores à volta, temos um pulmãozinho mesmo ao lado (o parque do Inatel) e um belo pulmão um pouco mais abaixo (o Parque da Cidade) e logo a seguir o Mar!!! Por isso parece que as minhas alfaces são saudáveis. A água (reutilizada da lavagem dos vegetais, do início dos duches, ...) - também fica sempre em repouso 24h antes de ser usada na rega.

O que vos posso dizer mais? É muito boa a sensação de ver despontar algo que semeamos, observar esses delicados rebentos crescerem viçosos, enterrar as mãos na terra, apercebermo-nos das pequenas alterações ao longo dos dias... Ai, que bonito...

E como as imagens podem ser inspiradoras aqui deixo hortas para todos os gostos, das muitas encontradas por essa net fora... A imaginação não tem limites!


esclarecedora...


arrumadinha


projectada...


..."espontânea"!


apertadinha (como a nossa...)


reutilizando garrafas de plástico, assim...


... ou assim!


à medida


reutilizando uma sapateira


esta solução tem fãs entre os arquitectos... também "se dá" no exterior!


sacos-horta transportáveis, para quem não fica muito tempo no mesmo sítio!


17 de setembro de 2010

168 - 10 maneiras simples de me sintonizar com a Natureza



A Andreia lançou-me o desafio de escrever sobre 10 coisas de que goste muito. Sou novata aqui pela blogosfera mas acho engraçado um certo ambiente de comunidade que se cria com pessoas com quem vamos trocando impressões, opiniões, sugestões, ... e achei boa ideia aceitar o seu repto, adaptando-o um pouco, é certo, de modo a se inserir no espírito deste blog e poder ser mais uma medida.

Assim resolvi escolher 10 coisas que gosto de fazer e que me sintonizam com a Mãe Natureza, que me relembram que sou privilegiada por poder vivenciar este belo Planeta.

Na verdade não são coisas novas para mim mas algumas delas já não faço há algum tempo... Porque muitas vezes estamos desligados do Mundo à nossa volta e esquecemo-nos que acções simples e (quase) sem custos nos podem dar tanto prazer.

E que tal também aceitarem este desafio? Peguem num papel (de rascunho...), ou pode ser mesmo aqui no computador, façam ao vosso top 10 e levem-no "à risca"!


1 - mergulhar no mar (o daqui do norte, que aprendi a amar) e ficar o máximo de tempo debaixo de água, apreciando este outro mundo onde me sinto tão bem. Repetir até ficar com as pontas dos dedos engelhados;

2 - num dia de mar calmo, ir "boiar" de olhos fechados, entregando-me ao sabor das ondas (tomando as devidas precauções, ou seja, dizer ao Zé Manel: "vou boiar, se vires que me estou a afastar grita por mim..."). Só sair da água quando ficar com as pontas dos dedos engelhados ou os meus dentes começarem a bater, o que acontecer primeiro...;

3 - encontrar uma bela encosta, e rebolar - pelo meio das ervas - por ela abaixo (tendo o cuidado de verificar primeiro se não há pedras muito grandes...);

4 - escolher um local longe das luzes artificiais (no Gerês, bem lá em cima, é óptimo) e observar (e contar...) a "chuva de estrelas" (perseídeas) que ocorre em meados de Agosto;

5 - subir às árvores e ficar empoleirada nos ramos (e se for o caso saborear um fruto colhido no momento);

6 - ir às amoras e vir embora sem nenhuma, mas com a língua azul...;

7 - ficar sentada na praia, ao pôr-do-sol, sentido os últimos raios de sol no rosto e, de olhos fechados, escutar as ondas do mar;

8 - Caminhar descalça sobre a erva (sabiam que é um bom "remédio" para o jet lag?), de preferência com a terra húmida;

9 - Dormir ao relento, bem longe da "civilização" (o Gerês é um sítio óptimo...) e acordar, bem cedo, com os primeiros sons da manhã;

10 - Subir ao alto da montanha (...) e ficar apenas a sentir o vento!


Vou, também eu (parece uma corrente... mas das boas...), lançar este desafio a outros autores de blog que - cada um à sua maneira - também se preocupam com o Ambiente (e que valem a pena ser visitados!):

4 de julho de 2010

155 - Arranjar uma lanterna que funcione sem pilhas


Eu já tive uma lanterna de dar à manivela (igualzinha a esta!), mas com mudanças, coisas arrumadas em caixas num sítio, outras noutro, não sei onde pára. O mais correcto é dizer que eu tenho uma lanterna de dar à manivela, mas não sei dela...

E como neste momento estou a precisar de uma lanterna (com uma certa urgência) vou ter que arranjar outra. E claro, tem que ser amiga do ambiente!

O Zé Manel ainda tem a dele, um pouco diferente. Em vez de se dar à manivela, tem que se pressionar (com alguma rapidez) uma espécie de alavanca:


Há à venda em vários sítios, incluindo, claro, na internet (aqui, aqui, por exemplo).

Apercebi-me, ao procurar a minha nova lanterna, que as lanternas ecológicas (de bolso ou não) devem estar na moda (e ainda bem!), porque não falta oferta!

Há as "mistas" para os que tiverem medo que o "método ecológico" não funcione... como esta, que tem que ser abanada durante 30 segundos, para dar 5 minutos de luz, mas que também pode funcionar a pilhas.

Há as solares, que também são mistas (pelo menos as que encontrei: esta, esta, esta, esta e esta, por exemplo) porque necessitam de pilhas.

Mas como quero uma que seja o mais possível ecológica vou voltar às de manivela.

Na Decathlon tem-nas de vários tamanhos e feitios. Até tem uma boa para quem faz campismo, ou para quem costuma ficar muitas vezes sem electricidade em casa, que serve como candeeiro (em vez de um petromax, por exemplo).
Comprei, por 10€, uma lanterna de bolso (verde) que por cada minuto de "manivela" me dá 6 de iluminação "em modo forte". Para mim, serve perfeitamente. E o preço nem é desculpa, há umas que custam 4€!


Para as crianças (ou os fãs da Lego, como eu), esta marca tem uma lanterna de manivela com a forma de um dos seus bonecos!
Também uma óptima prenda para os mais pequenos é esta caixa que permite construir a nossa própria lanterna!

E apaixonei-me por esta lanterna (verdadeiramente solar) que ainda permite reutilizar garrafas:



Só é pena não ser de bolso...