SILÊNCIO ENSURDECEDOR
«Respeito muito o estilo das pessoas, mas há estilos que podem acabar por revelar-se nocivos à própria função.
Explico melhor.
Sempre discordei que o Presidente fosse, no final dos jogos, com a equipa e o treinador, agradecer, em pleno campo, aos sócios; por uma razão elementar, as vitórias são dos jogadores e da equipa técnica, eles é que são as estrelas e a eles é que são devidos os encómios.
O Presidente não tem que ir a reboque de uma celebração que não é a sua, assumindo os louros de um protagonismo que não é, nesse caso – noutros será com certeza – merecido, nem justificado.
Os sucessos são dos jogadores; nos insucessos e nos momentos difíceis, quem tem de dar o peito às balas é o Presidente e só ele, as vezes que for preciso.
Não faz sentido ir recolher, mesmo que por tabela, os aplausos dos sócios e adeptos, quando as coisas correm bem, e, quando correm mal, guardar silêncio, condescender que outros arquem com o embaraço da explicação, ou pior, desabafar no facebook.
O empate com o Tondela em Alvalade, provocou uma legítima desilusão dos sócios, concretizada numa assobiadela, como há muito não se via; no ano anterior verificou-se igual resultado, mas não houve essa reacção.
A explicação é simples: o primeiro empate caiu do céu ao Tondela, nos últimos minutos de um jogo, mal arbitrado, em que o Sporting tinha, com muito empenho, dado a volta ao marcador; neste empate, em minha opinião, não se viu esse empenho, daí o compreensível desagrado.
Ora, com tantos canais de comunicação que o clube tem, em nenhum deles o Presidente se acha devedor de uma palavra, de um gesto que serene a ansiedade, que, como se sabe, nesta emoção colectiva que é o futebol, facilmente assenta arraiais? Será que os sócios têm de digerir estas frustrações sozinhos?
A qualidade dos dirigentes vê-se sobretudo quando as coisas não correm bem.»
(Carlos Barbosa da Cruz, O canto do Morais, in Record)«Respeito muito o estilo das pessoas, mas há estilos que podem acabar por revelar-se nocivos à própria função.
Explico melhor.
Sempre discordei que o Presidente fosse, no final dos jogos, com a equipa e o treinador, agradecer, em pleno campo, aos sócios; por uma razão elementar, as vitórias são dos jogadores e da equipa técnica, eles é que são as estrelas e a eles é que são devidos os encómios.
O Presidente não tem que ir a reboque de uma celebração que não é a sua, assumindo os louros de um protagonismo que não é, nesse caso – noutros será com certeza – merecido, nem justificado.
Os sucessos são dos jogadores; nos insucessos e nos momentos difíceis, quem tem de dar o peito às balas é o Presidente e só ele, as vezes que for preciso.
Não faz sentido ir recolher, mesmo que por tabela, os aplausos dos sócios e adeptos, quando as coisas correm bem, e, quando correm mal, guardar silêncio, condescender que outros arquem com o embaraço da explicação, ou pior, desabafar no facebook.
O empate com o Tondela em Alvalade, provocou uma legítima desilusão dos sócios, concretizada numa assobiadela, como há muito não se via; no ano anterior verificou-se igual resultado, mas não houve essa reacção.
A explicação é simples: o primeiro empate caiu do céu ao Tondela, nos últimos minutos de um jogo, mal arbitrado, em que o Sporting tinha, com muito empenho, dado a volta ao marcador; neste empate, em minha opinião, não se viu esse empenho, daí o compreensível desagrado.
Ora, com tantos canais de comunicação que o clube tem, em nenhum deles o Presidente se acha devedor de uma palavra, de um gesto que serene a ansiedade, que, como se sabe, nesta emoção colectiva que é o futebol, facilmente assenta arraiais? Será que os sócios têm de digerir estas frustrações sozinhos?
A qualidade dos dirigentes vê-se sobretudo quando as coisas não correm bem.»
Com o natural aplauso, da justa excepção daquela insignificante franja melada verde lima, que a grande maioria dos sportinguistas, de forma tolerante, indulgente e contemporizadora, remeteram para o desprezível gueto de párias da grande nação leonina, Carlos Barbosa da Cruz não necessitaria de vir a terreiro vomitar o ódio, a azia ou mesmo o asco que o novo poder em Alvalade lhe provoca.
Há quase quatro longos anos que todos aprendemos a conhecê-lo. Não passará de um insignificante e reles esporo de cogumelo venenoso que o vento arrasta pelos ares, sempre à espera que a "mãe natureza" lhe proporcione as condições ideiais para germinar, reproduzir-se e... desaparecer.
"A qualidade da oposição dentro de qualquer instituição, vê-se sobretudo quando as coisas correm mal"!...
Mas, porém, todavia, contudo, os termos em que a sua pretensiosa crónica foi colocada, terão tido o condão de reforçar a sensação que me ficou no final do último jogo em Alvalade: teria preferido ver Bruno de Carvalho a enfrentar sózinho a "curva sul", depois de ordenar o regresso de técnicos e jogadores ao balneário!...
Talvez os apupos e assobios se tivessem transformado, quiçá "milagrosamente"... em aplausos!...
Talvez não fosse preciso mais nada até Março!!!...
Leoninamente,
Até à próxima
Se o Bruno de Carvalho tivesse dito alguma coisa diziam que ele era um incendiário e que estava a desestabilizar o Sporting. Como nada disse malham, na mesma. O que este Barbosa quer é o lugar do Bruno de Carvalho...
ResponderEliminarNestas alturas em que está toda a gente muito irritada e ansiosa, mais vale não dizer nada. O que tem de ser dito é lá dentro, dando mais confiança aos jogadores e alertando para que a equipa tem de melhorar os seus resultados.
Note-se que há ali jogadores que nada sabem sobre o futebol português e sobre a necessidade do Sporting perder poucos pontos ao longo do campeonato. A reacção do Campbell ao seu golo frente ao Tondela espelha isso.
A resposta tem de ser dada dentro do campo e os Barbosas que se lixem.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarCaríssimo Aboim Serodio, vejo-me pela primeira vez confrontado com esta "questão". Nesta resposta, tentarei descobrir consequências, sendo certo que dela não virá qualquer mal ao mundo. Esteja tranquilo.
ResponderEliminarGrande abraço.
Acabo de ensaiar o "erro" do meu amigo e concluí que a partir do seu clic em "notificar-me", todos os seus comentários seguirão para o meu endereço electrónico, até que o meu amigo anule a ordem. Julgo que bastará "ensaiar" novo comentário, voltar a clicar em "notificar-me" e desfazer a ordem segundo as instruções da janela que aparece.
EliminarEsteja tranquilo, que eu estarei atento e nada de mal acontecerá a qualquer de nós, informáticos humildes...
Caríssimo Álamo, já lhe estou a dar trabalho a mais e, até porque escrevi "inadvertidamente" com um "v" em vez do "d" vou apagar o meu comentário até porque tenho que ouvir o LFV que está para os benfiquistas como o Marcelo para os portugueses! E logo eu que não sou nem uma coisa nem a outra (oficialmente, ça va de soi!).
EliminarAbraço