Bíblia

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Uma Bíblia latina manuscrita em 1407 AD.

A Bíblia é uma coleção de pequenos livros registrando a história do mundo antigo, de Israel, da vida de Jesus Cristo, e da igreja cristã primitiva. Ela contém 66 livros, 39 no Antigo e 27 no Novo Testamento[1], escritos por 40 autores diferentes ao longo de mais de 1.500 anos.[2] Nenhum outro livro na história é tão popular, ou tão reverenciado, nem tão diverso em seu contexto como as vidas dos que o escreveram.

Devido a ser valorizada como a almejada palavra de Deus, a Bíblia foi melhor preservada e traduzida em mais línguas do que qualquer outro livro na história. Os manuscritos nas línguas originais contêm as mais antigas línguas escritas na Terra, e ela também contém uma das sequências genealógicas mais antigas que se tem conhecimento de existir, abrangendo cerca de 4.000 anos. Simplesmente não há outro livro em existência que ofereça melhor registro cronológico do início da história da Terra.

Todos os criacionistas concordam que a Bíblia é história, e não mitologia ou alegoria, porque o texto em si é tão obviamente histórico em estilo e conteúdo a menos que de outra forma implicado no texto através de uma exegese histórico-gramatical.

A palavra "Bíblia" teve suas origens no antigo porto fenício chamado Byblos, que foi assim chamado como resultado do comércio e fabricação de material de escrita com base no papiro ou cana byblos, amplamente utilizado na antiguidade para fazer pergaminhos e livros. A palavra grega biblos foi baseada nisso, e ela veio a ser a palavra para livro (um pequeno livro era chamado biblion), e pelo segundo século dC, os cristãos gregos tinham chamado as Escrituras de τα βιβλία, ta Biblia ("os livros"), o que foi transferido para o latim, abandonando-se a partícula ta; a palavra percorreu o seu caminho para o francês antigo, onde o plural foi abandonado em favor do singular, tornando-se, portanto, a palavra Bíblia em português ou Bible em inglês.[3][4][5]

Canonicidade

A Bíblia é uma coleção de escritos antigos, compostos de 66 livros separados, escritos ao longo de aproximadamente 1.600 anos, por pelo menos 40 autores distintos. O Antigo Testamento contém 39 livros escritos a partir de aproximadamente 1500 a 400 aC, e o Novo Testamento contém 27 livros escritos a partir de aproximadamente 40 a 100 dC. A Bíblia judaica (Tanakh) é o mesmo que o Antigo Testamento cristão, com exceção do seu arranjo dos livros. O Antigo Testamento original foi escrito principalmente em hebraico, com alguns trechos em aramaico, enquanto o original do Novo Testamento foi escrito em grego comum.[6]

O Antigo Testamento

Manuscrito do século 11 da Bíblia hebraica com Targum.

O Antigo Testamento, também chamado de Bíblia Hebraica (hebraico: כִּתְבֵי הַקּדֶשׁ, Kitvei HaKodesh, As Sagradas Escrituras) ou Tanakh (hebraico: תנ״ך, Tanakh, acrônimo para Torah, Nevi'im, e Ketuvim)[7], consiste de trinta e nove livros. Os próprios livros foram escritos originalmente em hebraico, e mais tarde no aramaico, linguagem da Palestina. O Antigo Testamento no idioma grego foi escrito após a conquista de Alexandre, o Grande em torno de 130 aC e é conhecido como a Septuaginta. Isto implica uma data ainda mais antiga para um cânon do Antigo Testamento estabelecido geralmente aceito situando-se dentro do século quinto ao terceiro século aC (400 a 200 aC).

O Novo Testamento

O Novo Testamento é uma coleção de vinte e sete livros e cartas, escritos por testemunhas oculares e por pessoas que alcançaram o depoimento de testemunhas oculares.[8] Sendo que os mais antigos manuscritos existentes são em grego e no contexto da helenização que ajudou a desenvolver a cultura do primeiro século da Palestina, os estudiosos concluíram que o Novo Testamento foi escrito originalmente em grego. Concluído antes de 100 AD, a ênfase do Novo Testamento é a vida, os ensinamentos, a crucificação, a morte, a ressurreição e o dom da salvação de Jesus Cristo.

Tradução Literal

Algumas traduções da Bíblia em português são estritamente representações das palavras nas línguas originais palavra por palavra ou o mais próximo possível, o que é chamado de tradução literal. Outras Bíblias em português mantêm um tom popular, permitindo parafrases. Por exemplo, a Nova Versão Internacional (NVI) difere na escolha das palavras usadas quando comparada com a Almeida Revista e Atualizada (ARA). A tradução literal da ARA tornou o texto o mais próximo possível às línguas originais.

Divisão em capítulos e versículos

A divisão da Bíblia em capítulos é atribuída a Hugo de Sancto Caro, um cardeal católico romano por volta do ano 1240. A divisão dos capítulos do Antigo Testamento em versículos é atribuída ao Rabino Mordecai Nathan, um famoso professor judeu, por volta de 1445 dC. Robert Stephens fez a divisão em versículos do Novo Testamento no século XVI.[9]

Livros da Bíblia

A tabela a seguir lista os livros do Antigo e do Novo Testamentos, que estão ligados ao índice pesquisável em BibleGateway.com

Antigo Testamento

Novo Testamento

Versões da Bíblia

Português

Inglês

Grego

Latim

Referências

  1. Unger, Merrill F. In: Harrison, R. K.. The New Unger´s Bible Dictionary. Chicago: Moody Press, 1988. p. 169-171. ISBN 0-8024-9037-9
  2. Slick, Matthew J. (1995). The Bible (em inglês). Christian Apologetics and Research Ministry. Página visitada em 6 de Maio de 2012.
  3. Unger, Merril F. Unger's Bible Handbook, Moody Press, Chicago, IL, 1967, p. 143. ver também Unger's Bible Dictionary, Moody Press, Chicago, IL, 1966.
  4. Moulton, James H., and others. A Grammar of New Testament Greek (dois volumes), editada por Wilbert Francis Howard, T&T Clark Publishers, Harrisburg, PA (1985); publicado originalmente em 1920, Edinburgo, Escócia.
  5. Blass, Frederich, and others. A Greek Grammar of the New Testament and other early Christian literature, traduzido por Robert W. Funk; University of Chicago Press, Chicago, IL (1961); German edition Grammatik des Neutestamentlichen Griechisch Friedrich Rehkopf, editor, 14th edition. Göttingen: Vandenhoeck & Ruprecht, 1976.
  6. History of the Bible por All About The Journey.
  7. Unterman, Alan. Dicionário Judaico de Lendas e Tradições. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1992. 278 p. p. 50. ISBN 85-7110-243-0
  8. Lecture with Dr. Peter Williams on the evidence that builds a case for eyewitness accounts in the New Testament By Lanier Theological Library. Mar 23, 2011
  9. Smith, William. Smith´s Bible Dictionary. Nashville: Holman Bible Publishers, 1979. p. 438. ISBN 0-87981-033-5

Ligações externas

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