A águia é chamada de “rainha dos céus” ou de “rainha das aves” pela sua soberania, beleza e imponência. Por isso é frequentemente associada a coragem e força. Simboliza nobreza, majestade, liberdade, agilidade e outras virtudes. Sua figura é usada para representar liderança e destacar o espírito vitorioso.
Na mitologia grega, a águia é o símbolo de Zeus, o mais poderoso dos deuses. Na cultura celta é símbolo do renascimento e renovação. Para os antigos egípcios, era o símbolo da vida eterna. Na mitologia escandinava e alemã a figura da águia obtém a preferência do deus Odin, que se esconde na escuridão da noite e nas nuvens tempestuosas.
A águia, como símbolo da força, da grandeza e da majestade, foi usada nos exércitos, figurando nos estandartes de Ciro, rei dos Persas e mais tarde, durante o segundo consulado de Mário, encimando as lanças que eram insígnias das legiões. As águias romanas, de madeira a principio, foram depois de prata ou ouro.
Uma pessoa com talento, perspicácia, inteligência e com excelente visão de negócios é chamada de águia. A “visão de águia” é uma expressão usada em estratégias empresariais para definir quem consegue atingir o topo: pessoas com habilidade de ver além do óbvio e com atitudes firmes para agirem diante de qualquer obstáculo.
As mensagens de motivação, confiança e aumento da autoestima são muitas vezes transmitidas através de analogias com o comportamento soberano e capacidade de renovação dessa ave.
Existem muitas espécies de águias, mas todas se destacam pelo grande porte, com comprimento de até um metro, plumagem vasta, bico curvo e grandes olhos. Possuem uma capacidade visual extraordinária, oito vezes mais precisa que a visão humana. Enxergam a sua presa de muito alto e se alimentam geralmente de pequenos mamíferos, répteis ou peixes.
Por ser capaz de altos vôos, representa também a proximidade de Deus, sendo considerada mensageira divina. Para muitas culturas, o animal traz proteção espiritual. Na Idade Média, a águia foi diretamente associada à visão de Deus, pois a oração seria como as asas da águia, que se elevam irresistivelmente na direção da luz.
A águia é considerada o Pai do Xamã. Conta a história que o Xamanismo nasceu na Sibéria, e que houve uma época em que esses povos não se entendiam. Uns trabalhavam muito, outros viviam em estado de letargia e aconteciam muitas mortes. Pediram um sinal para o Criador e Ele enviou uma águia, mas ninguém prestou atenção nela. Então, ela voltou ao céu e falou que ninguém entendia suas palavras. O Criador pediu que retornasse à Terra e, no retorno, a águia copulou com uma mulher. Desse nascimento surgiu o Primeiro Xamã, que também foi o primeiro a compreender a linguagem da águia e de outros animais.
Para o Xamanismo a águia é a guardiã do Leste, direção dos visionários, onde mora o fogo e local onde tudo se inicia. É onde buscamos a Visão. Para os nativos norte-americanos, ela é a Grande Águia Dourada e é o poder do Grande Espírito, a conexão com o Divino, representando a habilidade de se viver no reino espiritual e ao mesmo tempo permanecer em conexão e equilíbrio com o reino terrestre. A pena da águia é um grande instrumento de cura.
É um dos símbolos do Cristianismo, ao lado do homem, leão e do touro. Esses quatro animais constituem o que a arte sacra chama de Tetramorfos, isto é, que representa os quatro pontos cardeais, os quatro evangelistas, os quatro elementos e o conjunto espaço-tempo. Por ser símbolo do intelecto claro e da contemplação, já que o olhar da águia fixa a luz do sol, esse pássaro foi escolhido como símbolo de São João e de seu Evangelho.
A águia vive em média setenta anos. Quando chega ali pela metade da existência, seu bico fica enfraquecido e gasto, suas unhas também, enquanto suas penas tornam-se muito pesadas com a sujeira acumulada nesses anos, fechando-se ao peito e dificultando-lhe o vôo.
Para sobreviver, deve tomar uma grande decisão: deixar as coisas como estão e morrer, ou desafiar a dor mudança. Normalmente, o instinto de sobrevivência fala mais alto.
A grande ave voa ate uma fenda do penhasco, junto ao paredão, fazendo ninho onde possa se abrigar de outros predadores e inicia um verdadeiro ritual de renascimento. Primeiro, bate o velho bico nas pedras ate arranca-lo e passa a esperar que nasça um novo. Depois, começa a arrancar com o novo bico as unhas, uma a uma. Quando as novas unhas surgem, usa-as, juntamente com o bico novo, para arrancar as penas
endurecidas de seu corpo.
Então, recupera condições e retorna o vôo livre da vida. Lições para os humanos: visão, mensagens espirituais, grandeza, clareza, inspiração e novos começos.
Todas as belas ilustrações forma selecionadas do DEVIANTART e os créditos estão lincados aos álbuns de seus respectivos autores.