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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
sexta-feira, 22 de julho de 2011
Alguém explique,
por favor, aos senhores que andam no meu ginásio que escusam de se mirar no espelho sempre que levantam pesos. É que os músculos não crescem logo após o exercício.
terça-feira, 19 de abril de 2011
O padre Manel
O padre Manel foi quem casou os meus pais. Não sendo o padre da minha paróquia, acabei por só assistir a missas celebradas por si em circunstâncias especiais, como casamentos.
Lembro-me particularmente daquele, devia eu ter pouco mais de dez anos, em que na altura do sermão - os seus sermões eram conhecidos por serem ousados e sem papas na língua - referiu que, habitualmente, os homens adoptavam dois tipos de comportamento para com as suas mulheres: ou se serviam delas para as mostrar aos amigos (o típico: a minha é maior que a tua) ou, pelo contrário, escondiam-nas dos olhares de terceiros, por ciúmes ou sentimento de posse (inseguranças, no fundo). Que num e noutro caso a mulher era tratada como objecto, quando na verdade deveria ser tratada como sujeito, de igual para igual.
Obviamente que com pouco mais de 10 anos achei aquele sermão um pouco exagerado (sobretudo dito na própria celebração de um casamento). Mas passados 20 anos, o padre Manel morto há cerca de metade, compreendo finalmente o que quis dizer.
Estava eu no outro dia na passadeira do ginásio quando entrou um casal pouco mais velho que eu. E depressa compreendi que o senhor estava muito mais aplicado na coreografia de fazer com que a mulher não ficasse ao lado de nenhum homem na passadeira, na bicicleta, na elíptica, do que propriamente no desempenho do seu exercício. E não percebo porquê. Não me parece que alguém que esteja a correr se vá pôr a apalpar quem corre a seu lado e, no caso de a querer comer com os olhos, tanto faz quer esteja a seu lado como a meio metro de distância.
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Lá vem ele outra vez com as suas teorias
Ontem tive oportunidade de observar com atenção no ginásio as movimentações dos halterofilistas (wannabe). E chego à conclusão que na infância não brincaram o suficiente com Legos. Em 24 minutos de passadeira, 12 de top, 24 de bicicleta e mais 20 de encíclica (na verdade é elíptica, eu é que lhe chamo assim), foi vê-los a andar de trás para a frente, a escolher pesos, a levar pesos, a montá-los, amontoá-los, a encaixá-los. Agora levantá-los que é bom...
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