[Duvido que o Presidente chinês vá ligar muito, mas pronto, também não custa nada subscrever]
Sunday, September 30, 2007
Solidariedade com a Birmãnia
[Duvido que o Presidente chinês vá ligar muito, mas pronto, também não custa nada subscrever]
Publicada por Miguel Madeira em 19:45 0 comentários
Seringas nas prisões
Atendendo a que o consumo de droga não é punido com prisão (apenas com multa, apreensão de objectos, proibição de andar em más companhias, etc.), de certeza que já ninguém está na prisão por se injectar (logo, alguém que se injecte na prisão não está a cometer o crime pelo qual foi condenado). Admito que Alberto Gonçalves se esteja a referir aos presos que foram condenados por fazerem assaltos armados com seringas, mas não sei se haverá muitos assaltos nas prisões (logo, que esses presos usem essas seringas para voltar a "cometer o crime por que foram condenados").
Publicada por Miguel Madeira em 19:24 2 comentários
Marxismo e "regiões longinquas a tremer de frio"
BPL poderia explicar em que parte da teoria marxista se fala em deportações para "regiões longinquas"? Em que livro de Marx ou Engels tal é abordado? Recorde-se que BPL apenas fala em "marxismo" (não em "leninismo", "luxemburguismo", "trotskismo", "estalinismo", "bordiguismo", "maoismo, etc.).
Publicada por Miguel Madeira em 16:15 0 comentários
Recordando o passado
Entre outras coisas, estas leis declararam ilegal "escrever, imprimir ou publicar" qualquer critica ao Presidente ou ao Congresso (criticas ao Vice-Presidente - cargo que era ocupada por Thomas Jefferson, da oposição - continuaram a ser legais). Também atribuiam ao Presidente poder para deportar qualquer estrangeiro que considerasse "perigoso".
Esta legislação suscitou grande oposição, e 1800-1801, quando Jefferson derrotou Adams nas eleições, todas as pessoas presas ao seu abrigo foram perdoadas e libertadas.
Publicada por Miguel Madeira em 15:42 0 comentários
Os Estados prisionais
Número de presos por 100.000 habitantes (extracto; dados de 2006):
1014____Texas (in 1999) (governor George W. Bush)
1013____Louisiana (2001)
715_____United States of America (2001)
584_____Russian Federation
554_____Belarus
487_____Cuba
416_____Ukraine
402_____South Africa
388_____Singapore
267_____Namibia
253_____Tunisia
248_____Taiwan
210_____Poland
204_____Chile
194_____Iran
189_____Hong Kong (China)
178_____Czech Republic
177_____Greenland (Denmark)
176_____Jamaica
174_____Israel
173_____Libya
169_____Brazil
169_____Mexico
161_____New Zealand
158_____El Salvador
146_____Lebanon
142_____United Kingdom: England & Wales
129_____Portugal
126_____Colombia
125_____Republic of (South) Korea
121_____Egypt
119_____China
116_____Canada
Publicada por Miguel Madeira em 01:07 0 comentários
Saturday, September 29, 2007
Informação sobre a Birmânia (II) - blogs locais
Burmese Daze
dawn_1o9's Xanga Site
Como a ligação informática da Birmania ao resto do mundo costuma ser desligada, imagino que estes blogs possam ficar facilmente desactualizados - apenas o primeiro tem entradas de dia hoje, 29 de Setembro.
Publicada por Miguel Madeira em 23:01 0 comentários
Lutas laborais na India e leis "anti-xenofobia"
No geral concordo com este comentário do Molly'sBlog:
[No entanto, convém distinguir entre leis punindo discursos racistas - às quais, em principio, sou contra - com leis punindo mais severamente crimes cometidos com motivação racista: aí, já acho que faz sentido punir mais severamente um assassínio ou uma agressão se forem feitas com motivação racial, seja quias forem as raças envolvidas]
Publicada por Miguel Madeira em 22:25 0 comentários
Uma análise de classe às eleições no PPD/PSD
Os representantes puros e duros do "grande capital" (Borges, Ferreira Leite e as "terceiras vias") ficaram a ver.
Publicada por Miguel Madeira em 17:47 1 comentários
As coisas parecem estar a aquecer na Venezuela
El hecho sucedió la mañana de este jueves 27 del corriente mes, cuando los trabajadores petroleros del estado Anzoátegui se movilizaban hacia el edificio de la Corporación Venezolana de Petróleo (CVP), que agrupa a las empresas mixtas, para hacer entrega de su reclamaciones, exigencias y opiniones sobre las discusión del contrato colectivo petrolero al ministro Rafael Ramírez, quien haría acto de presencia en esta entidad. Los trabajadores fueron reprimidos por la policía del estado Anzoátegui con bombas lacrimógenas y balas, con el lamentable resultado de un trabajador herido de bala por la espalda, no se sabe el estado de salud actual del compañero trabajador pero se tiene conocimiento, que al momento del traslado al centro de asistencia medica iba en condiciones delicadas.
Ante este hecho abominable, al mejor estilo represivo de la Cuarta República, los trabajadores petroleros del país, exigimos al Ministro de Interior y Justicia Pedro Carreño, que de una explicación al respecto ya que como él mismo señalaba en recientes declaraciones a los medios de comunicación nacional que “la política de gobierno venezolano en materia de seguridad no podía ser represiva”, porque sí lo es para con los trabajadores que se movilizan en defensa de sus derechos elementales como el de gozar de un contrato colectivo digno.
Entre tanto los trabajadores petroleros de Anzoátegui, hacen un llamado al resto de los trabajadores al servicio de la industria y demás sectores del aparato productivo privado y al servicio del Estado, a movilizarse en repudio a este tipo de acciones represivas, contrarevolucionarias y que coartan el derecho a la legitima protesta del movimiento organizado de los trabajadores en defensa de sus derechos.
"Repudiamos el brutal atropello a nuestros compañeros petroleros de Anzoátegui": Iván Freites, dirigente petrolero de Falcón
Stalin Pérez, de la UNT / CCURA y editor de Marea Clasista: Repudiamos la represión a los trabajadores petroleros
Orlando Chirino rechaza categóricamente represión a los trabajadores petroleros en Puerto La Cruz
"Con represión nos retribuyen a los que producimos la riqueza del país y defendimos a PDVSA en el paro golpista", afirma dirigente sindical petrolero de Puerto La Cruz
Apoyo internacional a los trabajadores petroleros reprimidos por la Policía de Anzoátegui
Sindicalistas del sector público condenan agresión policial contra trabajadores petroleros anzoatiguenses
"Los noticieros de VTV deben abrirse también para las víctimas de la represión a los trabajadores petroleros, no sólo para el Ministro y la policía", afirma dirgente sindical
Sitrapetrol del Estado Bolívar, se solidariza con los petroleros de Anzoátegui
Ministro Rafael Ramírez repudió incidente ocurrido con trabajadores en Anzoátegui
Qué ironía!!!... el jefe de la policía que reprimió a los petroleros ayer, vive en las residencias de la meritocracia golpista
Medios alternativos, en solidaridad con los trabajadores petroleros, proponen jornada nacional contra la "criminalización de las luchas del pueblo"
La UNT de Cojedes repudia represión contra trabajadores petroleros en Anzoátegui
Para os antecedentes, ver aqui, aqui e aqui.
Publicada por Miguel Madeira em 02:58 0 comentários
Friday, September 28, 2007
Ainda acerca da Blackwater no Iraque
Publicada por Miguel Madeira em 15:21 0 comentários
Uma análise de um economista aos protestos na Birmânia
Publicada por Miguel Madeira em 14:19 0 comentários
Wednesday, September 26, 2007
The Talent Myth
Um post de Chris Dillow:
(...)
One reason for this is that customers and employers want consistency, guaranteed delivery, predictability. And this requires that people work well within the limits of their talents.
If you had to go into hospital for a minor operation, who would you rather perform it - the brilliant surgeon for whom the operation is a dull routine one, or the young and mediocre one for whom it's challenge requiring full use of their talent?
Even in football and music - two areas where "talent" is most valued - this is true. Many musicians feel frustrated because their audience wants to hear their well-known work which they can perform in their sleep rather than their newer more adventuous work. Many footballers can thrive by cutting out tricks - ask Joe Cole; even Cesc Fabregas reins in his full skills.
A second reason is that, as Adam Smith pointed out, the division of labour is the key to economic progress. We get rich by specializing, as this both raises productivity through incessant practice, and allows comparative advantage to generate gains from trade. But this specialization stifles many of our talents. The musician who becomes a lawyer never fully unlocks his musical talent. The cricketer who becomes a doctor lets his cricketing talent wither.
As A.N. Whitehead said, "civilization advances by extending the number of important operations which we can perform without thinking about them."
And then there's capitalism. Capitalism is all about maximizing profit. All profits come from power. And this means disempowering talented workers. As Harry Braverman showed in one of the best books ever written, capitalism requires that workers be robbed of their skills.
And this is why Brown's words are not only stupid, but perniciously stupid. In pretending that economic progress and human flourishing can always coexist - especially under capitalism - he's ignoring one of the most important and profound trade-offs of all.
Ver também a continuação.
Publicada por Miguel Madeira em 22:04 0 comentários
Tuesday, September 25, 2007
Fábrica de bicicletas ocupada na Alemanha (III)
Publicada por Miguel Madeira em 00:42 2 comentários
Fábrica de bicicletas ocupada na Alemanha (II)
BICYCLE PLANT UNDER WORKERS' CONTROL:
The 135 colleagues of the bicycle factory Bike Systems GmbH in the Thuringian Nordhausen who have occupied the factory since the 10th of July, 2007 decided to resume the production of bicycles under self-management. To achieve this aim 1,800 binding orders on bicycles must be received before October 2nd. So the colleagues are working together with the anarcho-syndicalist union FAU (Freie Arbeterinnen und Arbeiter Union-Free Workers' Union) which has formed for this campaign the internet page www.strike-bike.de .
For more than two months the staff have kept the factory in the south of the Harz Mountains occupied in a triple shift. They want to prevent the definite dismantling and sale of the factory. The filing for bankruptcy as of August 10th faces long odds: The factory is exploited and run down. The hall was emptied except for the coating line. the staff receives unemployment compensation and hopes for a new concept and a new investor.
THE "STRIKE BIKE- SOLIDARITY BIKES FROM NORDHAUSEN:
During the occupation and in the wake of discussions during the visits of solidarity people the colleagues of the factory developed the idea to initially take up production under self-management for a short time. Because it is not only the point to only prevent the removal of the last machines and to wait for a new investor, the idea of a "Strike-Bike" met with more and more response. Now the opportunity arises to show the ability for the workers to develop their own concepts and to self-manage production and distribution. If all goes well and 1,800 advance orders are collected for the bicycles produced under self-management, we will spread the idea of solidarity and bolster colleagues in similar situations to not let themselves be restructured to zero. By whomsoever !
The staff receives assistance in solidarity from the member of the anarcho-syndicalist union Freie Arbeiterrinnen und Arbeiter Union (Free Workers' Union) which will become active in the whole of Germany to spread the knowledge of the striking bicycle workers and to support the sale of the 'Strike-Bike'. For more information go to http://www.strike-bike.de
For background information and the history of the occupation see http://www.labournet.de/branchen/sonstige/fahrzeug/bikesystems.html
To get in contact with the staff and to take orders see:
Bikes in Nordhausen e.V.
c/o Andre Kegel
Bruno-Kunze-Str 39- 99734 Nordhausen
Telefon 03631-622-124 and 03631-403-591
Fax 03631-622-170
email fahrradwerk@gmx.de
For further information about the FAU-Strike Bike solidarity Group see spokesperson
Folkert Mohrhof
-mobile 0179-4863252 and:
from Monday to Friday 10:00 am to 3:00 pm
+49- 40- 20906896
The original unedited communique can be seen at the Libcom link given above
MOLLY COMMENTS:
THIS is the sort of thing that all rational anarchists should celebrate, encourage, support and publicize as widely as possible. With all its limitations this is about 2,000 light years closer to the anarchist idea of "direct action" than dozens upon dozens of set piece theatrical confrontations with police at various "summits". NONE of these little spectacular (in the situationalist sense) acts of theatre ever accomplish more than building an illusion of a movement while at the same time demonstrating to those outside of the charmed circle that anarchists are more than slightly demented because they like to lose battle after battle after battle. The workers at this plant do actual real direct action. It is actions that actually accomplishes something, that has at least a reasonable chance of success. It is not symbolic play acting. Yes... there are problems with this action by the German workers. In the present configuration of forces it can only be temporary. It is a delaying action while waiting for the "new investor". Its great success will be that it will show that workplaces can be managed without bosses, and it will show this to a particularly "conservative" audience in Germany. The "legend" will live on after the reality has died. Molly wants to call attention to a certain aspect of this dispute. The workers at the plant receive unemployment payments". This means that they can hold out much longer and "take the chance" of trying to restart production under self-management. This advantage is the result of the German state having a long tradition of a "tamed social democracy". This is not necessarily the case in other countries. Here in Canada the workers would have been cut off long ago, assuming that they could ever have collected EI. In a country such as Venezuela, ruled by a pseudo-populist demagogue the workers would have had the choice of one of three options: 1)integration into a nationalized system at much lower wages ,2)simply being ignored just like Canada or 3) being subjected to the full force of a much more violent repression if the owners of the factory were "bum buddies" of Chavez (part of the 'BoliBourgeoisie' as it is called down there). Molly thinks that this is further proof of her contention that a mild and tamed social democracy is the best environment in which to build libertarian socialism. NO...no demands for nationalization, but many demands that make peoples' lives easier whether they are in struggle or not.
It would be interesting to compare and contrast these sort of things in Germany with the "recuperated workplaces" in Argentina. Germany is not Argentina. Argentina today is not Spain circa 1936. The terrain for the struggle for liberty changes. Both the Argentinian examples and the German one as well depend far too much on the benevolence of the state. THIS is where Mutualism supplements syndicalism. There will be no more "sudden overturns". Just a long and grinding struggle. The "Revolution" today is not Blitzkrieg. It is trench warfare. Initiatives such as those of the German bike workers are a great advance. What is needed is the financial muscle to support such initiatives. This can only be provided by Mutualist credit organizations. Only such things can offer the financial muscle to make self-management not just a holding action until a new boss is found but rather a viable alternative to the cloying arms of the state. Can our present Credit Unions be reformed so that they can provide such support ? Are other institutions needed ? What will they be ? All these are open questions. How do we escape dependence on the state ?
Publicada por Miguel Madeira em 00:10 0 comentários
Monday, September 24, 2007
Fábrica de bicicletas ocupada na Alemanha
The 135 colleagues of the bicycle factory Bike Systems GmbH in the Thuringian Nordhausen, who keep the factory occupied since 10th of July 2007, decided to resume the production of bicycles in self-management. For this aim 1,800 binding orders on bicycles must be received till 2nd of October. So the collegues are working together with the anarcho-syndicalist union FAU (Freie Arbeiterinnen- und Arbeiter-Union – Free Workers-Union), which formed for this campaign the internet page www.strike-bike.de.
Since more than two month the staff keep the factory in the south of Harz Mountains in three shifts occupied. They want to prevent the definite dismantling and sale of the factory. The file for bankruptcy from 10th of august is against long odds: The factory is exploited and ran down, the hall was emptied except for the coating line. The staff receives unemployment compensation and hopes for a new concept and a new investor.
The „Strike Bike“ - Solidarity-Bikes from NordhausenIn the time of occupation and in the wake of discussions during the visits of solidary people, the colleagues of the factory developed the idea to initially take up the production in self-management for a short time. Because it's not the point to only prevent the evacuation of the last machines and to wait for a new investor, the idea of an own ”Strike-Bike“ meet with more and more response. Now the opportunity arises to show the ability to develop an own concept and to self-manage production and distribution.
If it goes well to collect 1,800 advance orders for the bicycles produced in self-direction, we spread solidary ideas and bolster the colleagues in similar situations, not to let themselves easily being restructured to zero. By whomsoever!
The staff gets assistancy by the solidary members of anarcho-syndicalist union Freie Arbeiterinnen- und Arbeiter-Union (Free workers-union), which will become active in whole germany to spread the knowledge of the struggle of the bycicle-workers and to support the sale of the „Strike-Bike“.
More Informations can be received at: www.strike-bike.de
for background informations and history of the occupation:
www.labournet.de/branchen/sonstige/fahrzeug/bikesystems.html
To get in contact with the staff and to take orders
c/o. André Kegel,
Bruno-Kunze-Str. 39 - 99734 Nordhausen
Telefon: 03631 - 622 124 and 03631 - 403 591
Fax: 03631 - 622 170
eMail: fahrradwerk (ät) gmx.de
For further informations about the campaign of the FAU-„Strike Bike“-Solidaritygroup:
Spokesperson:
Folkert Mohrhof
- mobile 0179-4863252 and ...
respectively monday till friday from 10 am till 3 pm:
+49 40 - 20 90 68 96
presse (ät) strike-bike.de
[Via Mutualist Blog - mais exactamente, dos "shared items" - e BradSpanglar.com.]
Publicada por Miguel Madeira em 23:58 0 comentários
Pets and Persons
Publicada por Miguel Madeira em 15:08 0 comentários
Sunday, September 23, 2007
A quadrilha de Alberto Gonçalves
Vamos analisar isto aos pedacinhos:
"que venera Trotsky, que idealizou os modernos campos de concentração" - sinceramente, não faço ideia de quem, na direcção do Partido Bolchevique, teve a ideia de começar a meter os opositores em "campos de concentração"; até pode ter sido Trotsky; mas, de qualquer maneira, não sei se terá havido grande "idealização" envolvida: os campos de concentração do regime comunista, na sua essência, eram uma continuação dos trabalhos forçados da Rússia czarista. A diferença seria apenas de quantidade - mais presos que no tempo dos czares.
"os modernos campos de concentração, que encarceraram milhões de pessoas, que morreram às mãos de criminosos, que tentaram impor as maravilhas do autêntico socialismo, que é a utopia do dr. Louçã" - a maior parte dessas pessoas morreram após 1923; como Louçã (acha que, pelo menos desde 1923, esses regimes deixaram de ser o "autentico socialismo", parece-me que os «criminosos que tentaram impor as maravilhas do que Louçã considera "Estado operário degenerado/deformado"» mataram muito mais. Poder-se-à discutir se os defensores do "autêntico socialismo, versão Louçã" não teriam morto tanta ou mais gente se tivessem tido a oportunidade, mas o certo é que não a tiveram.
"a utopia do dr. Louçã, que ama Hoxha" - com esta passagem, Alberto Gonçalves demonstra que não passa de um pateta. Terra chamando Alberto Gonçalves, Terra chamando Alberto Gonçalves: Louçã é trotskista, Hoxha permaneceu um estalinista assumido até ao fim dos seus dias!
Ainda mais, vindo de alguém que se queixa que "a escola trocou a transmissão de conhecimentos pela partilha da ignorância", essa tal ignorância de história das ideias politicas leva a pensar como é que se tiram cursos de sociologia (ou ele estaria já a basear-se na sua auto-avaliação?).
Já que estou com a mão na massa, vou criticar mais umas coisinhas.
A respeito do processo UE vs. Microsoft:
"A Microsoft, para cúmulo da desvergonha, adiciona software gratuito ao Windows e ao Office, e o consumidor, na sua cegueira, recebe os brindes com satisfação."
E se escrevêssemos "A Microsoft obriga os seus clientes a pagar por software adicional quando compram o Windows e/ou o Office, mesmo que não o queiram"? Já não soa tão bem, pois não? Mas é isso que se passa - se o software adicional é distribuído "gratuitamente" junto com o Windows, isso quer dizer que os custos de produção (nomeadamente de desenvolvimento) desse software vêm incorporados no preço do Windows (ou seja, até os utilizadores do Firefox pagam os custos de desenvolvimento do Internet Explorer).
Poderá ser argumentado que é mais cómodo (nomeadamente em termos de redução de "custos de transacção") para o consumidor que o software da Microsoft seja vendido em bloco, em vez de termos que estar a escolher, no acto de compra, que programas queremos ou não, e a calcular o preço em cada situação possível. Seria um bom argumento, mas não tem nada a ver com a conversa de Alberto Gonçalves de "brindes gratuitos".
A respeito do Dia Europeu sem Carros:
"Apesar dos preços aplicados em Portugal insinuarem o contrário, o automóvel é um produto de venda livre. O consumidor que adquire um carro fá-lo na presunção de que o poderá utilizar, a gosto, nas vias públicas destinadas ao efeito. A presunção, embora apoiada na lei, depara-se com obstáculos arbitrariamente levantados pelos poderes políticos. Uma vez por ano, dezenas de autarquias resolvem aderir ao Dia Europeu Sem Carros."
Pode haver muitos argumentos contra o Dia Europeu sem Carros (até eu acho que tende a ser uma fantochada que funciona como publicidade a favor do uso do automóvel). Mas essa de "o automóvel é um produto de venda livre. O consumidor que adquire um carro fá-lo na presunção de que o poderá utilizar, a gosto, nas vias públicas destinadas ao efeito", francamente... Qual é a ligação entre haver liberdade de adquirir um bem e, por isso, dever haver liberdade para fazer o que quiser com ele? Por essa ordem de ideias, também não deveria haver código da estrada (pelo menos para as pessoas que compraram carros em regime de venda livre); e, como as aparelhagens de som também são de venda livre, também não deveria haver limites ao ruído.
Publicada por Miguel Madeira em 22:25 0 comentários
Saturday, September 22, 2007
O caso do milionário russo que investe no futebol inglês
Falo de Alishar Usmanov, o milionário russo-usbeque que comprou parte do Arsenal.
O antigo embaixador britânico no Uzbequistão, Craig Murray, publicou, a 6/09/2007, no seu blogue, o post "Alisher Usmanov, potential Arsenal chairman, is a Vicious Thug, Criminal, Racketeer, Heroin Trafficker and Accused Rapist" (uma cópia pode ser encontrada aqui).
Face às pressões dos advogados de Usmanov, a empresa aonde o blogue estava alojado, primeiro apagou o post, e, mais tarde, todo o blogue (por isso, se no parágrafo anterior, clicarem em "no seu blogue", não vão parar a lado nenhum). Outro blogue, que re-postou o texto, foi pouco depois, também apagado (ou seja, também não o vão encontrar lá). Parece que o apagamento do segundo blogue levou também ao apagamento de uns quantos blogues que não tinham nada a ver com o assunto (parece que partilhavam a mesma conta, ou coisa assim).
A este respeito:
Wealth (n). Impunity., no Ministry of Truth
Public Service Announcement URGENT HEADS-UP, no Chicken Yoghurt
Estes posts do Obsolete
Publicada por Miguel Madeira em 01:53 0 comentários
"- Os moços não sabem nada"
"- Os programas escolares estão infantilizados"
Esta conversa é recorrente sempre que se fala da educação em Portugal - mas ao ver o concurso "Sabe mais do que um miúdo de dez anos", concluo que as pessoas que dizem isso, ou são parvas, ou são ignorantes.
Pelos vistos, agora faz parte do programa da primária: os satélites de Saturno (coisa que eu nunca aprendi na escola), o elemento neutro da multiplicação (coisa que eu só aprendi no primeiro ano do ciclo), o elemento absorvente da multiplicação (também só aprendi no primeiro ano do ciclo e a minha mãe nunca aprendeu), a magnetite (coisa que eu nunca me lembro de ter falado na escola), o calendário juliano (penso que, antes, isso era programa do liceu), etc.
Se atendermos a que, hoje em dia, toda a gente entra na escola com 5-6 anos, enquanto no meu tempo ainda houve alguns que entraram com 7 (e era essa a idade com que toda a gente entreva nos tempos do "ensino exigente" do Estado Novo), então só se pode concluir que o ensino é muito mais puxado do que era antigamente (e não menos, como é de bom tom dizer-se).
Ecada vez tenho mais curiosidade para saber quais seriam os resultados deste exame.
Publicada por Miguel Madeira em 00:26 0 comentários
Friday, September 21, 2007
Uma visão de esquerda sobre a nova constituição venezuelana
Hacia un régimen más bonapartista
Es importante destacar que la reforma constitucional tiene como uno de sus ejes el aumento de la concentración de poderes en la figura de Chávez. Si el sistema de gobierno venezolano es presidencialista, con la actual reforma alcanzará un grado mayor de bonapartismo. En la reforma no sólo se prolonga el período presidencial de 6 a 7 años, sino que se define la reelección inmediata continua tantas veces quiera someterse a votación. Recordemos que Chávez ya está en su segundo período presidencial, siendo que cuando hubo relegitimación de poderes ya se había sumado un año más a su primer período presidencial. El sistema plebiscitario le acentúa las características bonapartistas a todo un sistema de gobierno.
En el caso de la “Fuerza Armada Bolivariana”, según la reforma, se arroga la facultad para promover oficiales en todos los grados y jerarquías. Chávez exige ejercer “Suprema Autoridad Jerárquica en todos sus Cuerpos, Componentes y Unidades”. Obsérvese que Chávez no necesita aprobación previa de la Asamblea Nacional para todas sus designaciones. Se concentra así todo el poder militar administrativo en la figura del Presidente, dependiendo todo del visto bueno de Chávez para cualquier ascenso. Habla de “milicia popular”, pero no es más que el cambio de nombre de la ya tradicional Reserva Nacional, que está directamente bajo su comando.
Chávez, en la reforma, también se autoasigna, sin intervención alguna del Parlamento, crear Provincias Federales, Territorios Federales y/o Ciudades Federales, algunas bajo el pomposo nombre de “Comunas”; crea por intervención directa las figuras de más Vicepresidentes que actuarán, con poderes directos del Ejecutivo sin elección popular alguna, en esos nuevos territorios. Esto es lo que da en llamar la “nueva geometría del poder”. Obsérvese que ya el Vicepresidente en Venezuela no es electo en la fórmula del voto universal, y no lo serán tampoco los nuevos Vicepresidentes que actuarán con toda autoridad y rindiendo cuenta únicamente al Presidente. Enfaticemos que Chávez está habilitado para gobernar por decreto por un año más, pudiendo esta facultad ser renovada. ¿Para qué Asamblea Nacional con tantos poderes en la figura presidencial?, se preguntarán muchos. Con la reforma el Ejecutivo tendrá las manos libres bajo un régimen cada vez más bonapartista y podrá regimentar sus políticas sin rendir cuenta ni siquiera a la Asamblea Nacional.
Y por si fuera poco, el Presidente asume el control de todo el tesoro público, pasa a depender directamente del Ejecutivo de hoy en más del Banco Central y de todas las reservas, como así también del ya controlado Fondo de Estabilización Económica, que se suma al control completo que ya tiene de PDVSA.
Del “poder popular”, solamente las palabras
Para poder disfrazar la nueva concentración de poderes, Chávez habla del “Poder Popular” elevado a rango constitucional, de los consejos comunales, etc. Pero esto no se trata más que de una estafa, pues los ya controlados consejos comunales dependerán política y económicamente de la figura presidencial directamente. Si existiera alguna autonomía en algún consejo comunal, estos perderán toda facultad al ser cooptados y dirigidos directamente desde el Estado. Ya hemos visto cómo el gobierno ha intentado encorsetar los sindicatos limitando bajo todas las formas su independencia, con el objetivo de tener maniatado al movimiento obrero. Hoy intenta crear la figura de los “consejos laborales” dentro de las fábricas, extendiendo los tentáculos del Estado vía dichos organismos, como así también en todas las organizaciones barriales populares. Por supuesto, está el bocadillo de la reducción de la jornada laboral a 36 horas, pero que está lejos de transformarse en realidad en un país donde la economía informal se acerca al 50% de la población económicamente activa, e incluso en el sector formal el índice de trabajo precario alcanza niveles elevados.
La superación de la crisis del régimen de dominio abierta en febrero de 1989, exige de parte del gobierno denodados esfuerzos para recomponer su orden, luego del proceso de luchas que han tenido lugar en Venezuela. Una vez calmados los ánimos de los sectores de la burguesía ligados al gran capital, parcialmente derrotados en el 2002 y 2003 gracias a la acción protagonizada por los grandes sectores populares y la clase obrera, se prepara ahora un reordenamiento que le dé un cauce al proyecto político del gobierno nacional. De ahí la necesidad de una reforma constitucional desde las alturas del régimen burgués, que pueda facilitar la formación de un bloque social con el empresariado devenido hoy en “nacionalista” y “patriótico”, que junto a la nueva casta política que hoy administra el Estado, lleven la voz cantante.
Pero justamente los sectores mayoritarios que inclinaron la balanza a su favor -e indirectamente del gobierno- son convidados de piedra en la decisión de cuáles son las transformaciones necesarias y quién debe encabezarlas. Esto precisamente no es objeto de discusión de la reforma. Categóricamente decimos que no es otorgando “poderes especiales” al presidente con aderezos del llamado “parlamentarismo de calle”, que pueda avanzarse en la resolución de las demandas fundamentales de los trabajadores y el pueblo. Como planteamos desde la Juventud de Izquierda Revolucionaria, más allá de los intentos de presentar la reforma como una “profundización” de revolución alguna; esta no pone en primer plano las demandas del conjunto de los explotados y oprimidos, por el contrario, significa el avance en el terreno legal de una política que busca evitar que los trabajadores tengan una política propia e independiente del Estado y su “socialismo con empresarios”.
Publicada por Miguel Madeira em 16:27 0 comentários
Aquilino Ribeiro
Publicada por Miguel Madeira em 15:08 0 comentários
"Comunismo de conselhos" (II)
Textos-chave:
- Open Letter to Comrade Lenin, de Herman Gorter, em resposta ao texto de Lenine, O Esquerdismo, Doença Infantil do Comunismo
- Workers Councils, panfleto de Anton Pannekoek (não confundir com o livro)
- Workers Councils, livro de Anton Pannekoek (não confundir com o panfleto)
Sites:
- Biblioteca Virtual Revolucionária, secção "Comunismo de Conselhos"
- Comunistas de Conselhos (em galego)
- libcom.org - uma mistura de textos anarquistas e "conselhistas" (penso que predominantemente anarquista)
- Socialisme Ou Barbarie (secção do site anterior)
- Class against Class - uma mistura de textos autonomistas e "conselhistas"
- Left-Wing Communism Subject Archive
- For Communism - John Gray Web Site
Publicada por Miguel Madeira em 01:05 0 comentários
Thursday, September 20, 2007
"Comunismo de conselhos" (I)
Agora, vejo dois contra-argumentos que podem ser levantados:
No entanto, há um ponto que deita por terra esta tese: é que as taxas de juro activas (dos empréstimos) são mais altas que as passivas (dos depósitos). O que é que isso implica? Entre outras coisas, que uma empresa que recorra a capitais próprios tem menos custos financeiros que uma que recorra a capitais alheios - para a empresa que usa capitais próprios, o custo (neste caso, o custo de oportunidade) do capital corresponde ao dinheiro que se deixa de ganhar por ter o dinheiro na empresa em vez de em aplicações financeiras (p.ex. depósitos a prazo); para a empresa que recorre a capitais emprestados, o custo corresponde aos juros que tem que pagar pelos empréstimos. Ora, como os juros dos empréstimos tendem a ser maiores que os dos depósitos, os custos para as empresas com poucos capitais próprios tenderão a ser maiores. Assim, temos que, mesmo que a auto-gestão seja eficiente, um grupo de trabalhadores dificilmente se pode despedir do emprego e criar uma nova empresa para competir com a do ex-patrão - onde têm o capital para isso? [aqui um artigo, em pdf, concluindo que o acesso ao capital é das principais condicionantes do auto-emprego; já agora, ver também este post já de há uns meses n'O Insurgente e o meu comentário].
Efectivamente, há dois casos de sucesso das cooperativas de trabalhadores - as regiões de Mondragon (no Pais Basco - alguém têm em casa electrodomésticos da Fagor?) e Emilia Romagna (em Itália), mas em ambas o problema do acesso ao capital é minimizado por as cooperativas já existentes financiarem a criação de novas empresas (sistema que só funciona a partir de uma certa massa critica). Entre os defensores do "controlo dos meios de produção pelos trabalhadores" têm sido propostos vários sistemas para tentar ultrapassar esse problema, como o mutualismo, o micro-crédito ou o que alguém chamou "comunismo de risco", mas duvido da viabilidade desses sistemas para uma transformação social em larga escala, embora possam ser uteis numa estratégia de "construir o novo sistema dentro do velho".
[Divagando um pouco, desconfio que a diferença entre taxas de juro activas e passivas afecta muito mais a nossa sociedade do que parece à primeira vista - p.ex., se não fosse essa diferença, quase não haveria razão para a gravidez na adolescência provocar frequentemente abandono escolar]
b) Pode-se também argumentar que isso é, em grande medida, uma questão de tamanho - numa pequena empresa, mesmo que formalmente organizada segundo os princípios da hierarquia capitalista, os trabalhadores podem ter mais participação efectiva na direcção do seu trabalho do que num "colectivo igualitário" de milhares de pessoas (até porque, com muita gente - por mais "reuniões de base" que se faça - acaba por aparecer sempre alguma delegação de poderes). E o "comunismo de conselhos", que pretende, a longo prazo, um regime socialista mundial, é especialmente vulnerável a essa critica (e a critica que faço aqui aos trotskistas, acerca das "200 reuniões", também se aplica aos comunistas de conselhos). Por isso, por um lado, até prefiro o anarquismo, com a sua defesa da máxima autonomia local, do que o "comunismo de conselhos" (ou outras ideologias semelhantes em termos de objectivo final, como o trotskismo ou o "comunismo de esquerda"), com a sua defesa da planificação centralizada; mas por outro, há situações em que a planificação central é necessária; também diga-se que o comunismo de conselhos tem uma posição ambivalente - ou "dialéctica" - na questão centralização/descentralização: a sua posição é , mais ou menos, defender uma planificação centralizada sem uma direcção centralizada (no texto do "conselhista" Helmut Wagner - apenas conheço uma versão on-line em galego - a criticar o anarquismo espanhol, o ultimo capitulo, "Modo de Produção Bolchevique versus Modo de Produção Comunista" gira à volta desta contradição e de como o autor a pretende superar).
Seja como for, repito o que já escrevi muitas vezes - a minha posição entre o(s) marxismo(s) anti-burocrático(s) e o anarquismo é um bocado de agnosticismo.
Agora, há outro argumento que pode ser usado contra o "comunismo de conselhos", que já não tem a ver com o seu modelo de sociedade mas com a estratégia para lá chegar: a sua linha de recusar totalmente participar no "sistema", defendendo o boicote às eleições, o abandono dos sindicatos (por estes "estarem feitos com os patrões"), etc. parece ser suicida em termos de eficácia, e nesse ponto eu discordo de forma quase total deles.
Publicada por Miguel Madeira em 01:04 3 comentários
Wednesday, September 19, 2007
Panteão Nacional
Publicada por Miguel Madeira em 15:14 0 comentários
Tuesday, September 18, 2007
A libertação dos presos preventivos
Ora, se esses presos forem efectivamente condenados, a sua libertação actual apenas significa que, após a condenação definitiva, ficarão mais tempo presos do que ficariam - ou seja, em vez de ficaram, digamos, 15 anos na cadeia a partir de hoje, ficam 15 anos na cadeia a partir da data da condenação definitiva. Fará assim uma grande diferença, em termos de efectividade da punição? Afinal, ficar 2 anos em liberdade aguardando julgamento e depois 15 anos na cadeia não é necessariamente um castigo mais "brando" do que ficar 2 anos em prisão preventiva aguardando julgamento e depois mais 13 anos na cadeia (se calhar, até poderá haver pessoas que achem pior).
Há um argumento que pode ser usado - o perigo de fuga, mas penso que isso poderá ser minimizado com recurso à vigilância electrónica (sinceramente, não sei se o novo CPP permite a aplicação da pulseira electrónica nesses casos, mas imagino que o permita).
Publicada por Miguel Madeira em 23:50 0 comentários
Monday, September 17, 2007
Iraque: Governo proíbe actividade de sociedade de segurança privada EUA
Esta é a
Já agora, um artigo (já velhinho) de Paul Krugman relacionado com assunto (e mais outro).
Publicada por Miguel Madeira em 23:00 5 comentários
Aquecimento global (II)
Publicada por Miguel Madeira em 13:48 0 comentários
Aquecimento global (I)
Among policy wonks like me, there is a broad consensus. The scientists tell us that world temperatures are rising because humans are emitting carbon into the atmosphere. Basic economics tells us that when you tax something, you normally get less of it. So if we want to reduce global emissions of carbon, we need a global carbon tax. Q.E.D.
The idea of using taxes to fix problems, rather than merely raise government revenue, has a long history. The British economist Arthur Pigou advocated such corrective taxes to deal with pollution in the early 20th century. In his honor, economics textbooks now call them “Pigovian taxes.”
Using a Pigovian tax to address global warming is also an old idea. It was proposed as far back as 1992 by Martin S. Feldstein on the editorial page of The Wall Street Journal. Once chief economist to Ronald Reagan, Mr. Feldstein has devoted much of his career to studying how high tax rates distort incentives and impede economic growth. But like most other policy wonks, he appreciates that some taxes align private incentives with social costs and move us toward better outcomes.
Those vying for elected office, however, are reluctant to sign on to this agenda. Their political consultants are no fans of taxes, Pigovian or otherwise. Republican consultants advise using the word “tax” only if followed immediately by the word “cut.” Democratic consultants recommend the word “tax” be followed by “on the rich.”
Yet this natural aversion to carbon taxes can be overcome if the revenue from the tax is used to reduce other taxes. By itself, a carbon tax would raise the tax burden on anyone who drives a car or uses electricity produced with fossil fuels, which means just about everybody. Some might fear this would be particularly hard on the poor and middle class.
But Gilbert Metcalf, a professor of economics at Tufts, has shown how revenue from a carbon tax could be used to reduce payroll taxes in a way that would leave the distribution of total tax burden approximately unchanged. He proposes a tax of $15 per metric ton of carbon dioxide, together with a rebate of the federal payroll tax on the first $3,660 of earnings for each worker.
The case for a carbon tax looks even stronger after an examination of the other options on the table. Lawmakers in both political parties want to require carmakers to increase the fuel efficiency of the cars they sell. Passing the buck to auto companies has a lot of popular appeal.
Increased fuel efficiency, however, is not free. Like a tax, the cost of complying with more stringent regulation will be passed on to consumers in the form of higher car prices. But the government will not raise any revenue that it can use to cut other taxes to compensate for these higher prices. (And don’t expect savings on gas to compensate consumers in a meaningful way: Any truly cost-effective increase in fuel efficiency would already have been made.)
More important, enhancing fuel efficiency by itself is not the best way to reduce energy consumption. Fuel use depends not only on the efficiency of the car fleet but also on the daily decisions that people make — how far from work they choose to live and how often they carpool or use public transportation.
A carbon tax would provide incentives for people to use less fuel in a multitude of ways. By contrast, merely having more efficient cars encourages more driving. Increased driving not only produces more carbon, but also exacerbates other problems, like accidents and road congestion.
Another popular proposal to limit carbon emissions is a cap-and-trade system, under which carbon emissions are limited and allowances are bought and sold in the marketplace. The effect of such a system depends on how the carbon allowances are allocated. If the government auctions them off, then the price of a carbon allowance is effectively a carbon tax.
But the history of cap-and-trade systems suggests that the allowances would probably be handed out to power companies and other carbon emitters, which would then be free to use them or sell them at market prices. In this case, the prices of energy products would rise as they would under a carbon tax, but the government would collect no revenue to reduce other taxes and compensate consumers.
The international dimension of the problem also suggests the superiority of a carbon tax over cap-and-trade. Any long-term approach to global climate change will have to deal with the emerging economies of China and India. By some reports, China is now the world’s leading emitter of carbon, in large part simply because it has so many people. The failure of the Kyoto treaty to include these emerging economies is one reason that, in 1997, the United States Senate passed a resolution rejecting the Kyoto approach by a vote of 95 to zero.
Agreement on a truly global cap-and-trade system, however, is hard to imagine. China is unlikely to be persuaded to accept fewer carbon allowances per person than the United States. Using a historical baseline to allocate allowances, as is often proposed, would reward the United States for having been a leading cause of the problem.
But allocating carbon allowances based on population alone would create a system in which the United States, with its higher standard of living, would buy allowances from China. American voters are not going to embrace a system of higher energy prices, coupled with a large transfer of national income to the Chinese. It would amount to a massive foreign aid program to one of the world’s most rapidly growing economies.
A global carbon tax would be easier to negotiate. All governments require revenue for public purposes. The world’s nations could agree to use a carbon tax as one instrument to raise some of that revenue. No money needs to change hands across national borders. Each government could keep the revenue from its tax and use it to finance spending or whatever form of tax relief it considered best.
Convincing China of the virtues of a carbon tax, however, may prove to be the easy part. The first and more difficult step is to convince American voters, and therefore political consultants, that “tax” is not a four-letter word.
Publicada por Miguel Madeira em 13:15 0 comentários
Saturday, September 15, 2007
"carece de fontes"
Isto dá vontade de pôr aqui uma etiqueta "à wikipedia", a dizer "carece de fontes" ou "citation needed". Que exemplos o Henrique Raposo tem de progressistas europeus a desculpar a excisão, com o argumento que se deve respeitar as culturas locais? [realço o "europeus" - não me responsabilizo pelo que pode sair dos departamentos de "estudos étnicos" das faculdades norte-americanas].
P.S. se calhar os leitores já estão a pensar que eu tenho algo contra o Henrique Raposo. Não - o que se passa é que, como os posts dele normalmente não têm comentários, só os posso criticar aqui.
Publicada por Miguel Madeira em 22:41 0 comentários
Dalai Lama, lider religioso?
Acho que há aqui um ponto que seria conveniente focar - o Dalai Lama NÃO é um líder religioso. O líder espiritual da seita dos "Barretes Amarelos" é o Ganden Tripa; o Dalai Lama era o líder temporal do Tibete (claro que, sendo o antigo Tibete uma teocracia, o líder temporal era também um religioso, mas não era o líder religioso - da mesma forma, há uns anos atrás Khatami era o líder temporal do Irão e é um religioso, mas não era "o líder religioso").
Mais um ponto: no blogue da Atlantico, Henrique Raposo escreve que o Dalai Lama "[é] a modos que o Papa de 300 milhões de crentes". Mesmo que o Dalai Lama fosse o líder religioso, não percebo aonde HR foi buscar esse número. Há para aí 6 milhões de tibetanos no Tibete; mais 150 mil tibetanos na India; mesmo somando os ocidentais que se tenham convertido ao "lamaismo", duvido que isso desse mais do que, digamos, 15 milhões de crentes; eventualmente, poderíamos contar também os mongóis, que professam uma variante do budismo tibetano - mais 2 milhões e meio de pessoas (a que podemos somar mais 4 milhões de mongóis na Mongólia Interior). Ou seja, mesmo com muito esforço, nem chegamos aos 30 milhões de crentes, quanto mais aos 300 de HR.
Publicada por Miguel Madeira em 02:45 0 comentários
Friday, September 14, 2007
Este nunca deve ter lido os livros nem visto a série
Publicada por Miguel Madeira em 16:14 0 comentários
Internet vs. jornais
Publicada por Miguel Madeira em 11:43 0 comentários
Ainda sobre a "oferta diversificada"
a) dificilmente, à escala de um município haverá um comércio dominado só por um tipo de lojas. O que poderá haver é uma má distribuição, com um tipo de comércio todo num bairro da cidade, outro tipo noutro, etc. Assim, como a "diversidade" é sobretudo um objectivo a atingir a nível de bairro, faz mais sentido que sejam as juntas de freguesia a regular o comércio local (ou, se estivermos a pensar numa sociedade radicalmente diferente da actual, devem ser as "assembleias plenárias de moradores" de cada bairro a decidir quais os "colectivos de trabalhadores" que vão funcionar nesse bairro)
b) a gestão municipal (sobretudo se o município for muito grande) pode ter efeitos perversos - como não é prático, para os decisores municipais, estar a decidir que lojas deverá haver em cada rua, a tendência será, "para simplificar", dividir a cidade em "áreas" e planear, a nível de cada área, que actividades lá deverão existir. Ou seja, a regulamentação feita a nivel de grandes áreas pode ter o efeito de estimular (em vez de combater) a excessiva especialização por bairros.
Publicada por Miguel Madeira em 00:22 0 comentários
Thursday, September 13, 2007
"Chinatown"
"A favor deste comércio ameaçado, são muitos os argumentos que se podem aduzir: a morte lenta de certas zonas, a falta de segurança, o descuido do espaço público; o importantíssimo papel deste comércio na coesão social, na sustentabilidade e na identidade de tantos bairros lisboetas; a obrigação de gerir a ocupação e a distribuição do espaço de modo a garantir uma oferta diversificada e equilibrada e, por fim, uma equidade nas condições em que estas actividades se desenvolvem."
Isso poderão ser bons argumentos contra os centros comerciais e as grandes superfícies, mas, na maioria, não me parecem fazer sentido contra as lojas chinesas:
a) "a morte lenta de certas zonas, a falta de segurança, o descuido do espaço público": o que causa isso é deixar de haver "comércio de rua" e, logo, menos movimento. Mas o que é que as lojas chinesas têm a ver com isso? Elas estão na rua, como as outras - quem ia à rua fazer compras no "comércio tradicional", continua a ir à rua fazer compras na "loja chinesa". Mais - como as "lojas chinesas" são mais baratas, haverá mais gente a fazer lá compras (e, portanto, movimento na rua) do que com o "comércio tradicional".
b) "o importantíssimo papel deste comércio na coesão social, na sustentabilidade e na identidade de tantos bairros lisboetas" - eu penso que o comércio que tem esse papel são mais as mercearias e cafés, que não estão em competição com as "lojas chinesas. Mas, mesmo que houvesse por aí uma carrada de mercearias, cafés, padarias, etc. "chinesas" (como acontece com os coreanos - ou os portugueses... - noutros países), em que é que o espírito de bairro era afectado por o dono da mercearia ser chinês?
c) "a obrigação de gerir a ocupação e a distribuição do espaço de modo a garantir uma oferta diversificada e equilibrada" - por fim, um argumento que poderá ter alguma lógica. Realmente, faz algum sentido que se procure que, numa dada zona, haja um mínimo de restaurantes, sapatarias, livrarias, lojas de animais, etc. (e, nas suas "ruas privadas", os centros comerciais fazem exactamente isso). No entanto, não sei se isso não seria melhor tratado a nível de juntas de freguesia do que do município. E, seja como for, parece-me haver uma contradição entre isso e, depois, querer criar um bairro só de lojas chinesas.
d) "e, por fim, uma equidade nas condições em que estas actividades se desenvolvem" - eu nem percebo bem aonde MJNP quer chegar com isto.
Finalmente, fará sentido esta distinção entre "lojas chinesas" e "comércio tradicional"? - afinal, uma "loja chinesa" é muito parecida com o "comércio tradicional" de aldeia, com as suas lojas que têm (ou tinham) de tudo.
Publicada por Miguel Madeira em 23:37 2 comentários
Wednesday, September 12, 2007
O Tibete dos Lamas
Friendly Feudalism - The Tibet Myth, de Michael Parenti
E o "outro lado do outro lado":
A Lie Repeated - The Far Left’s Flawed History of Tibet, no Students for a Free Tibet
Agora, uma questão que me ocorre: imagine-se o Tibete não tinha sido ocupado pela RPC - que, sendo uma ditadura comunista com uma politica pró-capitalista, é um regime de que é "politicamente correcto", em quase todos os quadrantes, dizer mal - mas sim por um regime pró-ocidental.
Quantos artigos não seriam escritos a dizer que os defensores da "causa tibetana" seguiam os mitos do "bom selvagem", eram "relativistas culturais pós-modernos", tinham "um ódio à civilização moderna, à razão e à ciência e uma admiração pelo obscurantismo religioso" e que "Hitler também admirava a civilização tibetana e que a esquerda radical caviar comunga com os nazis o ódio nihilista aos valores ocidentais"?
Publicada por Miguel Madeira em 18:22 7 comentários
Tuesday, September 11, 2007
Sindicatos e desigualdade
How much can trades unions do to reduce inequality? I ask because Polly writes:
If unions had been stronger over the past 20 years, we would not have slid back to the same level of wealth inequality as 1937, nor would the top 3% own three times the wealth of the entire bottom half of the population.
Publicada por Miguel Madeira em 13:16 0 comentários
Novas músicas
Ventos del Pueblo, de Victor Jara (que, como todos sabem de certeza, foi um cantor chileno executado - depois de lhe terem partido as mãos - na sequencia do golpe de Pinochet)
Ay ahlili, de Lounes Matoub, um cantor cabila que se destacou pelas suas músicas de oposição tanto ao regime argelino como ao islamismo politico. Em 1994 esteve alguns dias sequestrado pelo Grupo Islâmico Argelino. Em 1998 foi assassinado, numa acção reivindicada pelo GIA; no entanto grande parte dos cabilas responsabilizam o governo argelino.
Publicada por Miguel Madeira em 01:47 0 comentários
Have the Portuguese police treated Madeleine's parents fairly?
Publicada por Miguel Madeira em 00:37 3 comentários
Monday, September 10, 2007
"Anti-semitismo árabe"
Mas a minha objecção não é essa - é mesmo quando Botelho escreve "O Estado de Israel não existiria, mas o antisemitismo árabe não precisa de Israel para odiar os Judeus. Os ataques a Israel são o efeito, não a causa". De certeza que existe um anti-semitismo árabe independente de Israel (tal como também existe um anti-semitismo português, e de certeza que também haverá anti-semitas no México). Mas existirá um anti-semitismo árabe relevante independente de Israel? Não tenho nenhuma cronologia exacta das relações árabe-judaicas, mas parece-me que, na Palestina, só começou a haver conflitos significativos entre as duas comunidades após a proclamação da Declaração Balfour, anunciando o propósito de estabelecer um "lar nacional judeu" na Palestina (pelo menos, parece não ter havido problemas significativos antes de 1920, e esses tiveram directamente a ver com a questão do "lar nacional judeu"). No mundo árabe em geral, até penso que havia menos anti-semitismo que, p.ex., na Europa oriental (se não fosse assim, até duvido que, no século XIX, alguma vez os judeus perseguidos na Rússia tivessem começado a imigrar para os territórios da Palestina - iriam fugir do sal para a salmoura?). E a existência de enormes comunidades judias nos países árabes até meados do século XX parece indicativa que o ambiente lá era (ou tinha sido, nos séculos anteriores) menos hostil que na Europa.
Poder-se-á argumentar "Pronto, até 1920, os árabes talvez nem fossem particularmente anti-semitas; mas a partir daí tornaram-se, e esse anti-semitismo teria se mantido mesmo que o Estado de Israel não se tivesse concretizado"; talvez; mas, atendendo que sociedades multi-étnicas costumam funcionar na base das alianças flutuantes, acho que era provável que (caso o "projecto Israel" tivesse sido abandonado) as alianças e inimizades entre grupos étnicos e religiosos na zona em breve se tivessem recomposto com base noutro padrão qualquer. Veja-se o caso do Libano, em que, nos anos 80, druzos e maronitas enfrentaram-se em batalhas violentas nas montanhas do Shoufe, enquanto na "Revolução dos Cedros" participaram ambos entusiasticamente nas manifestações anti-sírias.
Publicada por Miguel Madeira em 19:44 0 comentários