Num blog assumidamente anti xuxa e anti socas, como é o Tapor, o dia de hoje não podia deixar de ser assinalado. Fomos dos primeiros a declarar a nudez do rei quando ele ainda vencia eleições com maiorias absolutas. Tudo o que de socas e dos xuxas se diz agora, tudo o que é ponto assente para quem consegue ter um mínimo de imparcialidade sobre a tenebrosa rede que nos desgoverna, foi anunciado pelo Tapor, praticamente desde que existe. Os ratos abandonam o navio, apoiantes de sempre do ingenheiro e dos xuxas apressam-se a desmarcar-se. Nós cá estamos, como sempre, a dizer o que sempre foi óbvio.
O dia de hoje é particularmente importante porque das manifs que decorreram em todo o país, é claro que a o povo, e não só a geração à rasca, já não suporta os xuxas. Foram 200 mil em Lisboa,80 mil no Porto, foram milhares noutras cidades do país. E foi pena que nalgumas delas, gente que passa o tempo a perorar contra os xuxas tenha preferido ver as manifs na TV. Teríamos sido mais ainda...
Hoje vi slogans sintomáticos como aquele que dizia «socas faz um favor ao país e entra em contra mão na A1», vi políticos como a joana amaral dias a quererem discursar na manif de Lisboa a a malta a mandá-la calar porque não queria políticos a falar, vi os Homens da Luta em grande a puxarem pelo pessoal e, sobretudo, vi milhares e milhares no Porto e em Lisboa. Reunir tanta gente depois da contra-propaganda da comunicação social do regime foi obra - ainda na sexta feira ouvi na antena 1 eduarda maio, a autora do best seller O Menino de Ouro, biografia oficial de zé socas, a atacar durante meia hora um dos promotores das manifs. Nunca tinha visto uma coisa assim, com a referida autora da grande peça biográfica citada, a dedicar todo o santo tempo da «entrevista» a tentar provar que as manifs são manipuladas. Curiosamente esta é a mesma senhora que me enjoa pela subserviência com que trata as figuras do regime.
Mas a malta, desta vez, pela primeira vez?, aguentou tudo e lá apareceu nas manifs. Não entendo como é que o governo nem assim se demite. Façam um exercício singelo - metam-se nas cabeças do socas, do santos silva, do silva pereira, da alçada, do teixeira, daquela gentinha toda... Conseguiam dormir descansados esta e as próximas noites? Não coravam de vergonha quando se vissem no espelho? Ao menos Guterres teve a hombridade de se ir embora. Estes, pelo contrário, só irão quando forem corridos. Felizmente esse dia está próximo - socas e os seus xuxas estão mortos e enterrados. E foi isso que hoje lhes dissemos.
Blog da RS.T - Real Esseponto do Tinto - Coimbra - Os Três Pastorinhos também bebiam o seu copito
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25/01/11
O País Onde Assumir é Assobiar Para o Lado, por Megatron
Portugal está em decomposição acelerada. O ingenheiro e os seus xuxas são os principais responsáveis pelo estado de lamaçal a que chegámos. Mas mesmo assim ainda existe uma curiosa espécie de português que, não podendo negar a evidência, isto é, a deplorável qualidade dos governantes xuxas, ainda atira para o ar com um deprimente: «pois é, estes são maus, mas os outros são iguais». Ora, para lá do intolerável amorfismo desta posição, autêntica palavra de ordem da inacção vegetal, acontece que isto, pura e simplesmente, não é verdade.O que é é certo, sim, é que «os outros», por muito maus que sejam ( e alguns são!) não são, nem de perto nem de longe, tão maus como estes!
Um exemplo, só mais um entre muitos: por piores que fossem, os antigos ministros e secretários de estado dos governos anteriores ao socas sempre conservaram a noção de que havia limites que, uma vez, reconhecidos publicamente deviam corresponder a demissões. Havia na democracia portuguesa ante-socretina uma espécie de consciência colectiva implícita das regras do jogo: responsável político de cargo relevante apanhado em falta demitia-se! Com zé socas perdeu-se este decoro mínimo. O que não é de estranhar uma vez que, se isto fosse levado a sério, o primeiro a ter que se demitir seria, obviamente, o ingenheiro das mil trapalhadas.
Agora vivemos mais um capítulo desta inconsciência larvar: um número desconhecido, mas elevado, de cidadãos portugueses foi impedido de exercer o seu direito de voto por falhas imputáveis directamente ao governo, mais precisamente ao Ministério de Administração Interna e ninguém, muito menos o ministro Rui Pereira, se demite! Parece que se vai abrir um inquérito e que se pede desculpas aos portugueses... O tanas! As desculpas são inaceitáveis, há é que assumir a responsabilidade desta vergonha.
Num país a sério o ministro rui pereira vinha à televisão na própria noite de eleições e demitia-se na hora. Por decoro, por decência, por vergonha. Num país de fancaria governado por zé socas e sus muchachos abre-se um inquérito, pede-se umas desculpas hipócritas, justifica-se a coisa com falhas técnicas (tanto choque tecnológico, tanto magalhães mais o raio que os parta a todos e, afinal estamos pior que no tempo da esferográfica) e adiante, siga o baile. E ainda dizem que os outros são iguais - tenham lá paciência mas não são! Por muito maus que sejam, esta impunidade nunca se tinha visto na história da democracia portuguesa. E, obviamente, este não é o primeiro caso: é só o último de uma longa história de inconsciência cívica.
Um exemplo, só mais um entre muitos: por piores que fossem, os antigos ministros e secretários de estado dos governos anteriores ao socas sempre conservaram a noção de que havia limites que, uma vez, reconhecidos publicamente deviam corresponder a demissões. Havia na democracia portuguesa ante-socretina uma espécie de consciência colectiva implícita das regras do jogo: responsável político de cargo relevante apanhado em falta demitia-se! Com zé socas perdeu-se este decoro mínimo. O que não é de estranhar uma vez que, se isto fosse levado a sério, o primeiro a ter que se demitir seria, obviamente, o ingenheiro das mil trapalhadas.
Agora vivemos mais um capítulo desta inconsciência larvar: um número desconhecido, mas elevado, de cidadãos portugueses foi impedido de exercer o seu direito de voto por falhas imputáveis directamente ao governo, mais precisamente ao Ministério de Administração Interna e ninguém, muito menos o ministro Rui Pereira, se demite! Parece que se vai abrir um inquérito e que se pede desculpas aos portugueses... O tanas! As desculpas são inaceitáveis, há é que assumir a responsabilidade desta vergonha.
Num país a sério o ministro rui pereira vinha à televisão na própria noite de eleições e demitia-se na hora. Por decoro, por decência, por vergonha. Num país de fancaria governado por zé socas e sus muchachos abre-se um inquérito, pede-se umas desculpas hipócritas, justifica-se a coisa com falhas técnicas (tanto choque tecnológico, tanto magalhães mais o raio que os parta a todos e, afinal estamos pior que no tempo da esferográfica) e adiante, siga o baile. E ainda dizem que os outros são iguais - tenham lá paciência mas não são! Por muito maus que sejam, esta impunidade nunca se tinha visto na história da democracia portuguesa. E, obviamente, este não é o primeiro caso: é só o último de uma longa história de inconsciência cívica.
20/01/11
Pergunta Naif, por Nelito
Dizem alguns «experts» de economia que o governo do ingenheiro fez um excelente negócio ao vender a dívida portuguesa a investidores estrangeiros a uma taxa de 7,3%. Excelente para quem - para nós ou para os investidores? Eu não me importava nada de comprar dívida portuguesa com uma taxa de juro de 7,3. É negócio que não há nenhum banco que me ofereça. Não posso porquê? Quem me dera ter os olhos em bico e chamar-me Ling Shan Po...
14/01/11
Esquizofrenia Política, por Mad Doctor
Acabo de ouvir na rádio as declarações de Manel Alegre num comício xuxa no interior do país. Depois de andar a criticar o cavaco por ser o pai da crise e por não se ter oposto às políticas que conduziram o país a este estado (mas as políticas de quem?), Alegre aparece agora, no dito comício, ao lado do primeiro ministro ingenheiro. Mas afinal quem é o responsável pelas políticas ruinosas que levaram o país a bater no fundo? Não é o ingenheiro? Então, se o cavaco devia ter feito algo para evitar isto, era ter demitido o governo... É isso que alegre quer dizer quando critica cavaco por não ter feito nada? Mas agora o alegre e o ingenheiro surgem lado a lado e eu já não percebo nada...
Depois ouço o Alegre a dizer sem corar, sem rir, sem chorar, que apoia o ingenheiro, o qual tem feito muito esforço para vencer a crise, e que está e estará sempre ao lado dele, incondicionalmente. Mas o alegre não é apoiado pelo BE que aponta o ingenheiro e as suas políticas como o pai da crise? Então qual é o alegre em que devemos acreditar: no alegre versão xuxa que apoia incondicionalmente o ingenheiro ou no alegre versão BE que critica a política ruinosa e anti-social do mesmo ingenheiro?
A posição de alegre, apoiado simultaneamente pelo BE e pelo ingenheiro e seus xuxas é indefensável. O homem parece padecer de esquizofrenia e não sei mesmo se estes exercícios de acrobacia mental não lhe custarão danos irreversíveis do ponto de vista da sua sanidade psíquica. Para seu bem, oxalá não seja eleito: ainda acaba na psquiatria a julgar-se Napoleão Bonaparte.
Depois ouço o Alegre a dizer sem corar, sem rir, sem chorar, que apoia o ingenheiro, o qual tem feito muito esforço para vencer a crise, e que está e estará sempre ao lado dele, incondicionalmente. Mas o alegre não é apoiado pelo BE que aponta o ingenheiro e as suas políticas como o pai da crise? Então qual é o alegre em que devemos acreditar: no alegre versão xuxa que apoia incondicionalmente o ingenheiro ou no alegre versão BE que critica a política ruinosa e anti-social do mesmo ingenheiro?
A posição de alegre, apoiado simultaneamente pelo BE e pelo ingenheiro e seus xuxas é indefensável. O homem parece padecer de esquizofrenia e não sei mesmo se estes exercícios de acrobacia mental não lhe custarão danos irreversíveis do ponto de vista da sua sanidade psíquica. Para seu bem, oxalá não seja eleito: ainda acaba na psquiatria a julgar-se Napoleão Bonaparte.
16/11/10
O Despertar, por Rolex
E de repente parece que o país acordou... Subitamente temos toda a gente a dizer mal do inenarrável sócrates, o pior governante português de que tenho memória, a maior anedota de toda a história política nacional. Mas o que foi que mudou entretanto?
Será que se soube recentemente do caso fripó? Da licenciatura que saiu no OMO? Da cova da beira? Das aldrabices permanentes? Do controlo dos media? Dos familiares duvidosos? Do edifício de luxo comprado pela mãe? Da entourage rasteira? Dos projectos das casinhas? Da face oculta? Dos boys? Não, tudo isto e muito mais que não me sobra fôlega para tanto, já se sabia há mais de um ano... Então porque é que só agora o país parece ter acordado? Porque é que de um dia para o outro as sondagens dão o homem e os seus xuxas nas ruas da amargura?
A resposta é, infelizmente, demasiado prosaica. Os portugueses sentiram, subitamente, que a incompetência de sócrates lhes foi ao bolso. E isso eles não perdoam. Pode um governante ser um patife da pior espécie - e não estou a dizer que é ou que não é o caso - que nada disso interessa. O único critério que faz realmente mexer os portugueses é apenas e só o peso do vil metal. Não deixa de ser um sinal, mais um, da nosa apagada e vil tristeza. Pobre povo este que tem necessidade de uma crise económica para ver a mais simples das evidências! Sócrates é no fundo o representante mais fiel deste povo que o elegeu duas vezes. Até na derrota...
21/09/10
Bandalheira, por Coqueteil Molotov
Fixem bem o jovem da foto da primeira página do Expresso. Este jovem é um símbolo. Uma espécie de bandeira, um testemunho vivo e expressivo da ideia de educação do governo do ingenheiro socas. O jornal conta a a história de Tó-Jó (chamemos-lhe assim, nem sequer fixei o nome), o aluno com a média mais alta de todo o Secundário: 20-valores-20, é obra! Há só um pormenorzito: esta média foi conseguida mediante a frequência nas espantosas Novas Oportunidades e a aprovação num único exame (de inglês). Tó Jó obteve 20 valores no exame de Inglês e com 20 valores ficou de média final. Com esta média Tó Jó entrou no Curso Superior que fiz, deixando, obviamente atrás de si, muitos outros colegas que perdeream o seu tempo a fazer os estudos secundários no ensino regular. E é possível? É.Vivemos no país disparatado e obsceno inventado pelo ingenheiro socas e sus incríveis muchachos xuxas!
Não é obviamente, o Tó Jó que eu critico. Limitou-se, apenas, a aproveitar uma aberração do sistema e fez muito bem. O que critico é um governo que é autor de uma coisa tão aberrante e obscena como as Novas Oportunidades, que permite um escândalo destes. O Tó Jó, de resto, nem sequer é caso único: o caso dele apenas deu brado porque a média de vinte valores que conseguiu deu muito nas vistas. Mas sabe-se que existem centenas senão milhares de alunos que, como o tó jó, aproveitaram a abébia e passaram a perna aos totós dos seus colegas do ensino regular que andam a perder quatro anos (se a coisa correr bem) para fazerem, como deve ser, o 9º, o 10º, o 11º e o 12º anos. Repito: totós!
Se o governo do ingenheiro permite que se passe pela porta do cavalo, se é possível fazer um só exame (à escolha) em vez de uns quantos, se se podem gastar 2 anos quando outros gastam 4, se se aprendem com êxito garantido conteúdos da treta em vez de coisas que interessam, com que legitimidade andamos a convencer os nosso alunos a frequentarem o ensino regular em vez das NO? Não estamos a enganá-los? Os professores das nossas escolas secundárias deviam aconselhar os seus alunos a deixarem o ensino regular e a passarem para as NO. Queria ver. Não passam porque são totós é o que é.
Toda esta história daria vontade de rir às gargalhadas se não fosse tão grave. E é vergonhoso que responsáveis do Governo ainda venham defender que isto está bem, que isto é «discriminação positiva» (sic) (mas de quem e porquê?) e que é muito delicado «fazer só um exame porque pode correr mal» (sic)... Incrível até onde chega a falta de decoro na apologia da mediocridade, da incompetência e da irresponsabilidade! Parabéns ao tó jó e a todos os tó jós deste país que passaram a perna a dezenas senão a centenas de estudantes que não entraram nos cursos que pretendiam porque foram ultrapassados pela malta das Novas Oportunidades.
Para o estado de ficção em que este país vive ser total, só faltava agora que se viesse a descobrir que temos um primeiro ministro que tirou a licenciatura no Omo, num domingo de Agosto, com trabalhos feitos em casa,com um mesmo professor amigalhaço a 4 cadeiras numa universidade compulsivamente encerrada porque estava ligada a actividades dúbias. Se isso fosse possível era pelo menos compreensível o caso do tó jó. Compreenderíamos, assim, porque é que a concepção que o governo xuxa tem da educação não é mais que uma sórdida, vergonhosa e irresponsável BANDALHEIRA!
Não é obviamente, o Tó Jó que eu critico. Limitou-se, apenas, a aproveitar uma aberração do sistema e fez muito bem. O que critico é um governo que é autor de uma coisa tão aberrante e obscena como as Novas Oportunidades, que permite um escândalo destes. O Tó Jó, de resto, nem sequer é caso único: o caso dele apenas deu brado porque a média de vinte valores que conseguiu deu muito nas vistas. Mas sabe-se que existem centenas senão milhares de alunos que, como o tó jó, aproveitaram a abébia e passaram a perna aos totós dos seus colegas do ensino regular que andam a perder quatro anos (se a coisa correr bem) para fazerem, como deve ser, o 9º, o 10º, o 11º e o 12º anos. Repito: totós!
Se o governo do ingenheiro permite que se passe pela porta do cavalo, se é possível fazer um só exame (à escolha) em vez de uns quantos, se se podem gastar 2 anos quando outros gastam 4, se se aprendem com êxito garantido conteúdos da treta em vez de coisas que interessam, com que legitimidade andamos a convencer os nosso alunos a frequentarem o ensino regular em vez das NO? Não estamos a enganá-los? Os professores das nossas escolas secundárias deviam aconselhar os seus alunos a deixarem o ensino regular e a passarem para as NO. Queria ver. Não passam porque são totós é o que é.
Toda esta história daria vontade de rir às gargalhadas se não fosse tão grave. E é vergonhoso que responsáveis do Governo ainda venham defender que isto está bem, que isto é «discriminação positiva» (sic) (mas de quem e porquê?) e que é muito delicado «fazer só um exame porque pode correr mal» (sic)... Incrível até onde chega a falta de decoro na apologia da mediocridade, da incompetência e da irresponsabilidade! Parabéns ao tó jó e a todos os tó jós deste país que passaram a perna a dezenas senão a centenas de estudantes que não entraram nos cursos que pretendiam porque foram ultrapassados pela malta das Novas Oportunidades.
Para o estado de ficção em que este país vive ser total, só faltava agora que se viesse a descobrir que temos um primeiro ministro que tirou a licenciatura no Omo, num domingo de Agosto, com trabalhos feitos em casa,com um mesmo professor amigalhaço a 4 cadeiras numa universidade compulsivamente encerrada porque estava ligada a actividades dúbias. Se isso fosse possível era pelo menos compreensível o caso do tó jó. Compreenderíamos, assim, porque é que a concepção que o governo xuxa tem da educação não é mais que uma sórdida, vergonhosa e irresponsável BANDALHEIRA!
26/08/10
Campanha Eleitoral, por Mau
O Brasil está em campanha eleitoral. Qualquer vulgo "gringo" repara logo nisso, porque torna-se complicado passar indiferente às pessoas com bandeiras a publicitar os deputados, os cartazes, as bicicletas com bandeiras e os panfletos que nos são dados em cada esquina.
Há uma infinidade de candidatos, desde o Wilson Perna-Torta à Mulher-Pêra, passando pelo nosso bem conhecido Romário ou pelo Bebeto. O que mais fama ganhou acabou por ser o Tiririca, um humorista que se candidatou... mas há muitos outros.
As grandes frases do Tiririca são:
"O que faz um Deputado Federal? Também não sei. Mas vote em mim que eu depois te conto!"
e
"Vote Tiririca. Pior do que está não fica!"
Alguns dizem que é falta de respeito. Que é uma vergonha e que há que levar a sério uma coisa séria como estas. Agora eu pergunto: não será maior falta de respeito candidatarmo-nos como Engenheiros e não dizermos que tirámos o curso a um Domingo e que a Licenciatura lhe calhou na raspadinha?
Não será maior falta de respeito candidatarmo-nos como uma personalidade importante e na verdade sermos o come-tachos, cola-cartazes típico da política portuguesa?
Não será maior falta de respeito mentir às pessoas que votam neles?
É que eu sinceramente acho estes gajos mais sérios do que os que temos em Portugal. Pelo menos são sinceros. E assim como assim as pessoas em Portugal votam nos seus clubes: votam no PS porque são do PS e no PSD porque são do PSD. Se mentirem tanto melhor: mais votos terão...
Mas eu continuo a preferir os Tiriricas...
Adenda ao post do Mau - Atenção ao vídeo que se segue. É um best of de alguns génios candidatos brasileiros e é imperdível. vejam mesmo, carago, IMPERDÍVEL!
01/06/10
Quanto futuro (não) temos, por Cão
A taxa oficial de desemprego ronda, à hora a que vos escrevo, os 10,8 por cento da população activa também oficial. Quero lá saber disso. Vem aí um mês inteirinho de mundial da bola. É certo que a selecção alegadamente nacional só vai durar três jogos, mas mesmo assim Sócrates e seus acólitos têm razões feriadas para curtir mais uma temporada à nossa pala, mesmo com este alegre tiro no pé desfechado a favor do poeta Alegre.
Tanto desemprego dá muito trabalho. Ou deveria dar. Mas como já não mandamos nisto (porque abdicámos de direitos e porque nos abstivemos de deveres), que se dane.
Onde agora moro, florescem os abates de fábricas e de lojas e de oficinas e de tudo o que outrora deu de comer a quem trabalhava. Em contrapartida, irrompem as grandes urbanizações quadriláteras a juros dispara(ta)dos. Grandes centros comerciais sobem do chão vários patamares para que o nosso insosso povinho tenha por onde passear sem poder comprar nada. A mocidade grafita as paredes, imit’hip-hops lá de fora e anda pelas ruas com as calças a expor o rebordo das cuecas e o traço longitudinal que de cima para baixo dá lugar ao apartamento das pernas. A velhice pasma nos centros de dia a alzheimerar ante a pimbalhada das televisões alegadamente nacionais. A maltosa de meia-idade, essa não sabe nem o que há-de fazer, nem como desfazer o que nunca deveria ter feito, isto é, abdicar sem luta de direitos e abster-se sem ética de deveres.
A coisa não está boa nem vai ficar melhor. Qualquer pequena ilusão só pode gerar desilusão ainda maior. Claro que nem pensar em revoluções. Já não temos educação cívica nem consciência crítica para uma atitude histórica dessa envergadura. Ou seja: já nem uma vassoura sabemos usar, neste tempo de aspiradores industriais.
Vale o mundial. Aqui onde moro, o gajo do café fia as minis e os tremoços, embora só por um mês, que é o exacto tempo que temos de futuro.
Tanto desemprego dá muito trabalho. Ou deveria dar. Mas como já não mandamos nisto (porque abdicámos de direitos e porque nos abstivemos de deveres), que se dane.
Onde agora moro, florescem os abates de fábricas e de lojas e de oficinas e de tudo o que outrora deu de comer a quem trabalhava. Em contrapartida, irrompem as grandes urbanizações quadriláteras a juros dispara(ta)dos. Grandes centros comerciais sobem do chão vários patamares para que o nosso insosso povinho tenha por onde passear sem poder comprar nada. A mocidade grafita as paredes, imit’hip-hops lá de fora e anda pelas ruas com as calças a expor o rebordo das cuecas e o traço longitudinal que de cima para baixo dá lugar ao apartamento das pernas. A velhice pasma nos centros de dia a alzheimerar ante a pimbalhada das televisões alegadamente nacionais. A maltosa de meia-idade, essa não sabe nem o que há-de fazer, nem como desfazer o que nunca deveria ter feito, isto é, abdicar sem luta de direitos e abster-se sem ética de deveres.
A coisa não está boa nem vai ficar melhor. Qualquer pequena ilusão só pode gerar desilusão ainda maior. Claro que nem pensar em revoluções. Já não temos educação cívica nem consciência crítica para uma atitude histórica dessa envergadura. Ou seja: já nem uma vassoura sabemos usar, neste tempo de aspiradores industriais.
Vale o mundial. Aqui onde moro, o gajo do café fia as minis e os tremoços, embora só por um mês, que é o exacto tempo que temos de futuro.
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19/05/10
Enapália 2010, por Rennie
Vivemos num país que bateu todos os records históricos de desemprego. Mas continuamos a ser «representados« por cerca de 300 parasitas parlamentares (salvo algumas excepções) pagos principescamente e sujeitos de regalias obscenas.
Estamos à beira da falência. Mas mantemos 18 governos civis, autarquias e juntas de freguesia desnecessárias, ministérios desnecessários (já alguém reparou que temos um Ministro para os Assuntos Parlamentares?!), dezenas e dezenas de empresas públicas e comissões regionais, de turismo e afins, tudo isto, simples ninhadas de acolhimento de filhotes políticos.
O governo xuxa anuncia aumento de impostos, primeiro por seis meses, depois até 2011, agora até 2013, mas com a possibilidade de se manterem até «haver necessidade». No entanto o mesmo governo mantém os projectos de construções faraónicas que não podemos pagar, como o tgv até ao Poceirão (!!), o novo aeroporto, a terceira travessia do Tejo e mais umas quantas auto-estradas, tudo, como é fácil de prever, em alegre derrapagem, tudo concessionado aos mesmos eternos suspeitos do costume.
Temos uma escola pública completamente de rastos que precisa de reformas urgentes (que não as sucessivas e irresponsáveis aberrações levadas a cabo pelos governos xuxas). Mas em vez disso o governo diverte-se a dar magalhães aos putos para que estes se entretenham a jogar o Fifa 2010.
Temos uma lei muito moderna e avançada que institui os casamentos homossexuais. E,ao mesmo tempo, há um portugal serôdio e ultramontano que penaliza profissionalmente uma professora que se posou, quase nua, para as páginas da Playboy.
Todo este aparato, toda esta aberrante inadequação entre o fundo e a forma, entre a imagem e o substracto que são hoje a essência do Portugal xuxialista, não podiam ter encontrado melhor símbolo que o primeiro ministro: fato Armani por fora, mas meias rotas e cuecas sujas, por dentro.
Pic da capa do álbum Enapália 2000 dos imortais Ena Pá 2000.
Estamos à beira da falência. Mas mantemos 18 governos civis, autarquias e juntas de freguesia desnecessárias, ministérios desnecessários (já alguém reparou que temos um Ministro para os Assuntos Parlamentares?!), dezenas e dezenas de empresas públicas e comissões regionais, de turismo e afins, tudo isto, simples ninhadas de acolhimento de filhotes políticos.
O governo xuxa anuncia aumento de impostos, primeiro por seis meses, depois até 2011, agora até 2013, mas com a possibilidade de se manterem até «haver necessidade». No entanto o mesmo governo mantém os projectos de construções faraónicas que não podemos pagar, como o tgv até ao Poceirão (!!), o novo aeroporto, a terceira travessia do Tejo e mais umas quantas auto-estradas, tudo, como é fácil de prever, em alegre derrapagem, tudo concessionado aos mesmos eternos suspeitos do costume.
Temos uma escola pública completamente de rastos que precisa de reformas urgentes (que não as sucessivas e irresponsáveis aberrações levadas a cabo pelos governos xuxas). Mas em vez disso o governo diverte-se a dar magalhães aos putos para que estes se entretenham a jogar o Fifa 2010.
Temos uma lei muito moderna e avançada que institui os casamentos homossexuais. E,ao mesmo tempo, há um portugal serôdio e ultramontano que penaliza profissionalmente uma professora que se posou, quase nua, para as páginas da Playboy.
Todo este aparato, toda esta aberrante inadequação entre o fundo e a forma, entre a imagem e o substracto que são hoje a essência do Portugal xuxialista, não podiam ter encontrado melhor símbolo que o primeiro ministro: fato Armani por fora, mas meias rotas e cuecas sujas, por dentro.
Pic da capa do álbum Enapália 2000 dos imortais Ena Pá 2000.
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05/05/10
«Acção Directa», por FP 24
Há dois tipos de espécimes na fauna chuchialista: a espécie grunha ou feroz e a espécie afável ou mansa. A espécie grunha do partido inclui, entre outras, personalidades como o próprio ingenheiro, o silva pereira, o santos silva, o lello, o vitalino canhas, a dupla pedreira & valter (uma associação ao melhor nível da dupla Bucha e estica, aqui numa versão parola), o vara e mais uns quantos.... Ultimamente, em nome do tal lifting que, segundo o ingenheiro dos projectos da covilhã, era necessário fazer no partido, surgiu uma nova fauna chucha: a espécime «mansa». Tal é o caso do patético assis que até nome de santo tem ou da actual ministra da educação ou dos bonacheirões da família soares e barroso..
Veio agora a lume mais um caso escabroso com um membro da primeira espécie, o deputado o açoreano ricardo rodrigues, figura com cargos oficiais na área socialista da ética e da justiça, o que é,reconheça-se, inteiramente revelador acerca do partido. O caso resume-se assim, cito:
«Confrontado com perguntas sobre as suas ligações a um antigo processo de burla nos Açores e a casos de pedofilia, o deputado levantou-se, enfiou os dois gravadores dos jornalistas nos bolsos das calças e saiu da sala , mas esqueceu-se que a entrevista estava a ser filmada, contou à Lusa um dos jornalistas, Fernando Esteves.»
Acho espantoso que o sr. deputado só venha falar nisto depois do Sábado publicar o filme na net. Se não houvesse youtube, o sr. deputado não faria comunicado nenhum, guardaria a indignação para os seus botões?
Acho fantástico o trabalho de efabulação linguística do sr. rodrigues: segundo o mesmo, as perguntas legítimas feitas pelos jornailstas que, no seu direito, querem saber quem é este alto responsável chucha para ética e a justiça, são qualificadas de «pressão intolerável»; usa o termo, cujo significado deve desconhecer por absoluto, «inquisitorial» a propósito das questões que lhe colocaram; fala em “violência psicológica insuportável».
E como é que se designa o acto que praticou de se apropriar indevidamente de gravadores que não lhe pertencem? Pergunta difícil. Eu não sei. Mas o sr. rodrigues sabe e refere-se a isso assim:“não vislumbrei outra alternativa para preservar o meu nome, exerci acção directa e, irrefletidamente, tomei posse de dois equipamentos de gravação digital”.
«Exerceu acção directa?» «Irreflectidamente tomou posse»? Estas expressões encerram, sem dúvida, uma nova fenomenologia. De agora em diante quando me chatearem com questões incómodas eu passo a exercer acção directa e prontos. Tomo, irreflectidamente, posse de coisas que não me pertencem e mai nada. E a expressão «acção directa» é impecável porque possui ainda uma ressonância justiceira esquerdista, faz lembrar aqueles grupos anarquistas e extremistas que advogavam a acção directa como forma de realização da ditadura do proletariado. Lindo, este homem sabe o que diz!
Este «irreflectidamente» é genial. Dá a impressão que o sr. ricardo pegou nos gravadores inconscientemente, sem dar por isso, e os meteu ao bolso. É verdade - e quem ver o vídeo pode confirmá-lo - que ele revela grande destreza e habilidade manual ao meter os gravadores dos jornalistas no bolso(na terminologia dele: exercício de acção directa). Será isso que quer dizer «irreflectidamente»? Como aqueles actos que nós fazemos diariamente sem darmos conta, pela força do hábito, como, por exemplo, poisar a chave de casa em cima do mesmo móvel, apanhar a escova de dentes de manhã sem sequer , sem olhar para ela, etc, etc? Pode ser...
Em suma: o sr. ricardo exagera. Dramatiza as perguntas que os jornalistas lhe fazem: pressão, inquisitoriais, violência, intolerável,só faltou que falasse em mais uma campanha negra... Já o acto de levar ao bolso gravadores que não lhe pertencem e não os devolver é menorizado e classificado como «acção directa» ou «tomada de posse irreflectida». O ps anda enganado ao dar a este senhor um cargo na área da ética - a sua área devia ser outra, como é bom de ver. Tivesse o ps um departamento de filosofia da linguagem e já tinha aqui o seu Wittgenstein...
Veio agora a lume mais um caso escabroso com um membro da primeira espécie, o deputado o açoreano ricardo rodrigues, figura com cargos oficiais na área socialista da ética e da justiça, o que é,reconheça-se, inteiramente revelador acerca do partido. O caso resume-se assim, cito:
«Confrontado com perguntas sobre as suas ligações a um antigo processo de burla nos Açores e a casos de pedofilia, o deputado levantou-se, enfiou os dois gravadores dos jornalistas nos bolsos das calças e saiu da sala , mas esqueceu-se que a entrevista estava a ser filmada, contou à Lusa um dos jornalistas, Fernando Esteves.»
Acho espantoso que o sr. deputado só venha falar nisto depois do Sábado publicar o filme na net. Se não houvesse youtube, o sr. deputado não faria comunicado nenhum, guardaria a indignação para os seus botões?
Acho fantástico o trabalho de efabulação linguística do sr. rodrigues: segundo o mesmo, as perguntas legítimas feitas pelos jornailstas que, no seu direito, querem saber quem é este alto responsável chucha para ética e a justiça, são qualificadas de «pressão intolerável»; usa o termo, cujo significado deve desconhecer por absoluto, «inquisitorial» a propósito das questões que lhe colocaram; fala em “violência psicológica insuportável».
E como é que se designa o acto que praticou de se apropriar indevidamente de gravadores que não lhe pertencem? Pergunta difícil. Eu não sei. Mas o sr. rodrigues sabe e refere-se a isso assim:“não vislumbrei outra alternativa para preservar o meu nome, exerci acção directa e, irrefletidamente, tomei posse de dois equipamentos de gravação digital”.
«Exerceu acção directa?» «Irreflectidamente tomou posse»? Estas expressões encerram, sem dúvida, uma nova fenomenologia. De agora em diante quando me chatearem com questões incómodas eu passo a exercer acção directa e prontos. Tomo, irreflectidamente, posse de coisas que não me pertencem e mai nada. E a expressão «acção directa» é impecável porque possui ainda uma ressonância justiceira esquerdista, faz lembrar aqueles grupos anarquistas e extremistas que advogavam a acção directa como forma de realização da ditadura do proletariado. Lindo, este homem sabe o que diz!
Este «irreflectidamente» é genial. Dá a impressão que o sr. ricardo pegou nos gravadores inconscientemente, sem dar por isso, e os meteu ao bolso. É verdade - e quem ver o vídeo pode confirmá-lo - que ele revela grande destreza e habilidade manual ao meter os gravadores dos jornalistas no bolso(na terminologia dele: exercício de acção directa). Será isso que quer dizer «irreflectidamente»? Como aqueles actos que nós fazemos diariamente sem darmos conta, pela força do hábito, como, por exemplo, poisar a chave de casa em cima do mesmo móvel, apanhar a escova de dentes de manhã sem sequer , sem olhar para ela, etc, etc? Pode ser...
Em suma: o sr. ricardo exagera. Dramatiza as perguntas que os jornalistas lhe fazem: pressão, inquisitoriais, violência, intolerável,só faltou que falasse em mais uma campanha negra... Já o acto de levar ao bolso gravadores que não lhe pertencem e não os devolver é menorizado e classificado como «acção directa» ou «tomada de posse irreflectida». O ps anda enganado ao dar a este senhor um cargo na área da ética - a sua área devia ser outra, como é bom de ver. Tivesse o ps um departamento de filosofia da linguagem e já tinha aqui o seu Wittgenstein...
28/04/10
Os Cola-Cartazes Nunca Venceram As Crises, por Índio
A cotação de Portugal caiu nas agências de Rating. Estamos mais pobres e em crise. Para salvar a Pátria o senhor ingenheiro reúne-se, responsavelmente, com outro jovem, responsável e moderno líder. E uma pessoa não pode deixar de pensar que isto é como chamar o velho Manca Mulas do velhinho liceu D. Maria para se reunir com outro sósia inútil para nos salvarem de uma ameaça qualquer.
Estamos com uma crise em cima e temos dois patetas ao leme, um deles, ainda por cima, perigoso e inimputável... Estamos lindos, estamos...
Estamos com uma crise em cima e temos dois patetas ao leme, um deles, ainda por cima, perigoso e inimputável... Estamos lindos, estamos...
16/12/09
A Tartaruga Supersónica, por J. Coelho
Hoje foi um dia especial! Porque foi a primeira vez, desde a última legislatura do ingenheiro, que um xuxialista, no caso o lopes da mota, se demitiu depois de um escândalo evidente. O ingenheiro não o fez depois do caso da licenciatura, nem das casinhas, nem da casa de luxo a metade do preço, nem da cova da beira, nem do fripó, nem da face oculta (uff, não há fôlego para tanta «campanha negra»); o armando não o fez depois do salto à vara (limitou-se a pedir uma «supensão» ou coisa parecida, mantendo os seus generosos vencimentos; o penedos não o fez, etc, etc, etc... Prontos, para abreviar, os xuxas inauguraram um desgraçado hábito político e ético que consiste em não assumirem as suas responsabilidades, mesmo quando as evidências são tão fortes que até fedem... Ora o lopes da mota, depois de muitos e muitos meses de vagarosa reflexão, conseguiu, enfim, chegar à conclusão óbvia: a de que não tinha o mínimo de condições para ocupar o cargo que ocupava, depois do que fez!
É claro que, para chegar a esta brilhante conclusão, precisou da ajuda inestimável da condenação que considerou provado que ele fez pressões intencionalmente sobre os magistrados do MP que investigam o caso fripó. Mas mesmo assim é de enaltecer a sua atitude. É que, comparado com a agilidade dos seus colegas xuxas, a sua velocidade - de tartaruga - é verdadeiramente supersónica.
No entanto, ainda me sobram algumas singelas questões acerca deste caso, como, por exemplo:
1. A moldura penal. 30 dias de suspensão por uma pressão num caso com esta relevância, importância social, ética e económica, parece-me uma paródia. Isto mais parece o conselho disciplinar de turma D que pune o menino zequinha com uns dias de suspensão. Se está provado que o homem fez o que fez, a punição não deveria ser muito, mas muuuito, maior?
2. Como é que um indivíduo que se presta a um papel tão infame como este foi indigitado por um partido político - o dos xuxas - para um cargo tão importante? Engaram-se? Querem ver que os nosso altos magistrados são nomeados pelo governo não pela sua competência mas por outros critérios mais sombrios? Não quero acreditar...
3. Afinal quem é que mandou o mota fazer tais pressões? Foi iniciativa pessoal dele? Ou cumpriu ordens de alguém? Se foi mandado quem éque, afinal, o mandou? E com que objectivo?
4. Se foi iniciativa pessoal dele, como é que se compreende que os xuxas, o governo e o ingenheiro nunca tenham vindo pedir-lhe satisfações, antes pelo contrário, ainda o defendam e enalteçam?
5. Apesar da punição, como é que, cito, «O Governo Português manifesta o seu reconhecimento pelos relevantes serviços prestados ao país no desempenho do cargo que agora cessa»? Então o homem faz uma coisa dessas e ainda é gabado? Note-se que esta é a postura xuxa padrão relativamente a outros casos, como o Face Oculta: nem uma palavra de condenação sobre eventuais actos de corrupção, antes a defesa dos arguidos, pretensamente inocentes e vitímas de sinuosas cabalas. Críticas, só aos magistrados...
6. E, finalmente, o que é que vai ser de Lopes da Mota, tadinho? Vai voltar para a santa terrinha e abrir uma mercearia de bairro? Ou vai ser recompensado com um alto cargo, como se nada disto se tivesse passado? Espero para ver e aceitam-se apostas...
É claro que, para chegar a esta brilhante conclusão, precisou da ajuda inestimável da condenação que considerou provado que ele fez pressões intencionalmente sobre os magistrados do MP que investigam o caso fripó. Mas mesmo assim é de enaltecer a sua atitude. É que, comparado com a agilidade dos seus colegas xuxas, a sua velocidade - de tartaruga - é verdadeiramente supersónica.
No entanto, ainda me sobram algumas singelas questões acerca deste caso, como, por exemplo:
1. A moldura penal. 30 dias de suspensão por uma pressão num caso com esta relevância, importância social, ética e económica, parece-me uma paródia. Isto mais parece o conselho disciplinar de turma D que pune o menino zequinha com uns dias de suspensão. Se está provado que o homem fez o que fez, a punição não deveria ser muito, mas muuuito, maior?
2. Como é que um indivíduo que se presta a um papel tão infame como este foi indigitado por um partido político - o dos xuxas - para um cargo tão importante? Engaram-se? Querem ver que os nosso altos magistrados são nomeados pelo governo não pela sua competência mas por outros critérios mais sombrios? Não quero acreditar...
3. Afinal quem é que mandou o mota fazer tais pressões? Foi iniciativa pessoal dele? Ou cumpriu ordens de alguém? Se foi mandado quem éque, afinal, o mandou? E com que objectivo?
4. Se foi iniciativa pessoal dele, como é que se compreende que os xuxas, o governo e o ingenheiro nunca tenham vindo pedir-lhe satisfações, antes pelo contrário, ainda o defendam e enalteçam?
5. Apesar da punição, como é que, cito, «O Governo Português manifesta o seu reconhecimento pelos relevantes serviços prestados ao país no desempenho do cargo que agora cessa»? Então o homem faz uma coisa dessas e ainda é gabado? Note-se que esta é a postura xuxa padrão relativamente a outros casos, como o Face Oculta: nem uma palavra de condenação sobre eventuais actos de corrupção, antes a defesa dos arguidos, pretensamente inocentes e vitímas de sinuosas cabalas. Críticas, só aos magistrados...
6. E, finalmente, o que é que vai ser de Lopes da Mota, tadinho? Vai voltar para a santa terrinha e abrir uma mercearia de bairro? Ou vai ser recompensado com um alto cargo, como se nada disto se tivesse passado? Espero para ver e aceitam-se apostas...
29/07/07
O Valor da Prata da Casa, por Medalhinha.
A Galinha da Vizinha é Sempre Melhor do Que a Minha… É este o lema dos parvalhões que se passeiam por S. Bento.
Opá!! Isto salta à vista… Pó Sócrates, a galinha da economia alemã é sempre melhor que a nossa, mas já lhe disseram que a galinheira deles é um bocado maior?? A galinha da Lei espanhola do Aborto é sempre melhor que o nosso crime contra a vida intra-uterina, mas já lhe disseram que os médicos portugueses não querem fazer abortos?? A galinha dos subsídios ao nascimento em França é sempre melhor do que a dos nossos abonozinhos de família, mas já lhe disseram que ele potenciou a Lei do Aborto?? Qual é a lógica?!!!! Podíamos estar aqui até amanhã, mas não é desta galinha que quero falar.
Estava a ver os meus e-mails…
Quem só vê a caixa de correio electrónico quando chega a casa, depois do jantar… ou não trabalha pó Estado, ou tem um emprego foleiro, com um patrão forreta e não tem net no trabalho.
É o meu caso…
É por isso que ando à procura de emprego. As minhas condições são: - net à borla; telemóvel pré-pago; automóvel da empresa e pouco trabalho, ah!! ou então, Funcionária Pública. Sei que não é fácil encontrar o “meu emprego perfeito”, por isso é que ainda estou à procura, mas porra, tenho uma licenciatura pré-Bolonha, numa universidade, supostamente estatal, daquelas que as propinas são trimestrais, onde os professores escrevem livros e chumbam alunos “porque sim”… Acho que até sei umas coisitas, e neste negócio com o Estado, até ficámos todos a ganhar, ele ficou mais rico e eu fiquei menos burra (bom!!, os meus pais ficaram mais pobres, mas isso não interessa nada…).
Mesmo assim, tenho um certo orgulho no canudo (e a minha mãe também!!), afinal entrei na UC – melhor universidade do país, no melhor curso do país (pelo menos publicaram um estudo disso na revista VISÃO!!!). Ora, se o meu conhecimento brotou de um sistema educacional estatal, alegadamente patrocinado pelo erário público, e socialmente entendido como melhor do que o sistema universitário privado, terá necessariamente que ser entendido pelo seu Patrono – o Estado – como o melhor sistema de educação superior.
Não podemos compreender que o Estado não entenda as suas Instituições de Formação Superior – Universidades Públicas – como as melhores do país, e não saiba que delas possam sair os melhores quadros técnicos superiores. Natural seria que o próprio Estado recorresse à contratação de alguns desses jovens licenciados (como eu, claro!!!), porque… a prata da casa é sempre uma escolha segura.
Mas ia eu a contar que, como ando à procura do “meu emprego perfeito”, recebo e-mails
com anúncios, e seguramente que um deles me encheu o coração de sentimentos contraditórios: comecei por sentir alegria (por finalmente encontrar algo interessante), mas à medida que ia lendo, fui tomada por náuseas e vómitos e, por fim, um profundo desgosto…
Aqui têm o anúncio….
Técnicos Superiores Consultores Juristas
Organização Estatal encontra-se a seleccionar 7 Técnicos Superiores Consultores Juristas para o seu quadro.
Compete aos Técnicos Superiores Consultores Juristas:
- Realiza estudos e outros trabalhos de natureza jurídica, conducentes à definição e concretização das políticas da organização;
- Elabora pareceres e informações sobre a interpretação e aplicação da legislação, bem como normas e regulamentos internos;
- Recolhe, trata e difunde legislação, jurisprudência, doutrina e outra informação necessária ao serviço em que está integrado;
- Pode ser incumbido de coordenar e superintender na actividade de outros profissionais e, bem assim, de acompanhar processos judiciais.
Local de trabalho:
- Lisboa 4 vagas
- Coimbra 1 vaga
- Porto 2 vagas
Requisitos:
-Licenciatura em Direito e Pós Graduação em Estudos Europeus ou Pós Graduação em Direito do trabalho, ou Mestrado em Direito do Trabalho.
Formalização de candidaturas:
Deverão ser enviados os seguintes documentos (em pdf ou outro formato) para o email, recrutamentogeral.gov@gmail.com;
-Comprovativo de habilitações de Direito;
-Comprovativo de Pós Graduação;
-C.V. detalhado.
Importante: No texto da mensagem referir de forma explícita qual a Universidade pela qual se licenciou, e respectiva formação complementar. Dar-se-á preferência a antigos alunos da UCP.
O que é que sentiram????????????????????????????? É não, é??? Náuseas e vómitos…Pois, foi como eu. Então um gajo anda a pagar ao Estado, montes de anos, por um canudo, enganadinho, porque lhe dizem que o ensino superior público é o melhor, mas depois, quando chega a altura de procurar emprego, descobre que o Estado afinal prefere contratar as prestações de pessoal formado no ensino superior corporativo!! Não que eu tenha algo contra a Universidade Católica Portuguesa.
É uma vergonha!
Pergunta: Onde é que está o Princípio da Igualdade (artigo 13º da Constituição da República Portuguesa)? Resposta: Que se foda!!!
Os quadros técnicos superiores que são formados pelas instituições do Estado não servem a este Governo, o que é natural porque nas universidades estatais não se é engenheiro por “dá cá aquela palha!”.
A galinha da vizinha é sempre melhor do que a minha…
Opá!! Isto salta à vista… Pó Sócrates, a galinha da economia alemã é sempre melhor que a nossa, mas já lhe disseram que a galinheira deles é um bocado maior?? A galinha da Lei espanhola do Aborto é sempre melhor que o nosso crime contra a vida intra-uterina, mas já lhe disseram que os médicos portugueses não querem fazer abortos?? A galinha dos subsídios ao nascimento em França é sempre melhor do que a dos nossos abonozinhos de família, mas já lhe disseram que ele potenciou a Lei do Aborto?? Qual é a lógica?!!!! Podíamos estar aqui até amanhã, mas não é desta galinha que quero falar.
Estava a ver os meus e-mails…
Quem só vê a caixa de correio electrónico quando chega a casa, depois do jantar… ou não trabalha pó Estado, ou tem um emprego foleiro, com um patrão forreta e não tem net no trabalho.
É o meu caso…
É por isso que ando à procura de emprego. As minhas condições são: - net à borla; telemóvel pré-pago; automóvel da empresa e pouco trabalho, ah!! ou então, Funcionária Pública. Sei que não é fácil encontrar o “meu emprego perfeito”, por isso é que ainda estou à procura, mas porra, tenho uma licenciatura pré-Bolonha, numa universidade, supostamente estatal, daquelas que as propinas são trimestrais, onde os professores escrevem livros e chumbam alunos “porque sim”… Acho que até sei umas coisitas, e neste negócio com o Estado, até ficámos todos a ganhar, ele ficou mais rico e eu fiquei menos burra (bom!!, os meus pais ficaram mais pobres, mas isso não interessa nada…).
Mesmo assim, tenho um certo orgulho no canudo (e a minha mãe também!!), afinal entrei na UC – melhor universidade do país, no melhor curso do país (pelo menos publicaram um estudo disso na revista VISÃO!!!). Ora, se o meu conhecimento brotou de um sistema educacional estatal, alegadamente patrocinado pelo erário público, e socialmente entendido como melhor do que o sistema universitário privado, terá necessariamente que ser entendido pelo seu Patrono – o Estado – como o melhor sistema de educação superior.
Não podemos compreender que o Estado não entenda as suas Instituições de Formação Superior – Universidades Públicas – como as melhores do país, e não saiba que delas possam sair os melhores quadros técnicos superiores. Natural seria que o próprio Estado recorresse à contratação de alguns desses jovens licenciados (como eu, claro!!!), porque… a prata da casa é sempre uma escolha segura.
Mas ia eu a contar que, como ando à procura do “meu emprego perfeito”, recebo e-mails
com anúncios, e seguramente que um deles me encheu o coração de sentimentos contraditórios: comecei por sentir alegria (por finalmente encontrar algo interessante), mas à medida que ia lendo, fui tomada por náuseas e vómitos e, por fim, um profundo desgosto…
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Organização Estatal encontra-se a seleccionar 7 Técnicos Superiores Consultores Juristas para o seu quadro.
Compete aos Técnicos Superiores Consultores Juristas:
- Realiza estudos e outros trabalhos de natureza jurídica, conducentes à definição e concretização das políticas da organização;
- Elabora pareceres e informações sobre a interpretação e aplicação da legislação, bem como normas e regulamentos internos;
- Recolhe, trata e difunde legislação, jurisprudência, doutrina e outra informação necessária ao serviço em que está integrado;
- Pode ser incumbido de coordenar e superintender na actividade de outros profissionais e, bem assim, de acompanhar processos judiciais.
Local de trabalho:
- Lisboa 4 vagas
- Coimbra 1 vaga
- Porto 2 vagas
Requisitos:
-Licenciatura em Direito e Pós Graduação em Estudos Europeus ou Pós Graduação em Direito do trabalho, ou Mestrado em Direito do Trabalho.
Formalização de candidaturas:
Deverão ser enviados os seguintes documentos (em pdf ou outro formato) para o email, recrutamentogeral.gov@gmail.com;
-Comprovativo de habilitações de Direito;
-Comprovativo de Pós Graduação;
-C.V. detalhado.
Importante: No texto da mensagem referir de forma explícita qual a Universidade pela qual se licenciou, e respectiva formação complementar. Dar-se-á preferência a antigos alunos da UCP.
O que é que sentiram????????????????????????????? É não, é??? Náuseas e vómitos…Pois, foi como eu. Então um gajo anda a pagar ao Estado, montes de anos, por um canudo, enganadinho, porque lhe dizem que o ensino superior público é o melhor, mas depois, quando chega a altura de procurar emprego, descobre que o Estado afinal prefere contratar as prestações de pessoal formado no ensino superior corporativo!! Não que eu tenha algo contra a Universidade Católica Portuguesa.
É uma vergonha!
Pergunta: Onde é que está o Princípio da Igualdade (artigo 13º da Constituição da República Portuguesa)? Resposta: Que se foda!!!
Os quadros técnicos superiores que são formados pelas instituições do Estado não servem a este Governo, o que é natural porque nas universidades estatais não se é engenheiro por “dá cá aquela palha!”.
A galinha da vizinha é sempre melhor do que a minha…
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