quinta-feira, 21 de setembro de 2023
O banco
terça-feira, 19 de setembro de 2023
Vertical/horizontal
Brincando com uma 35mm.
Sugestão: Veja-se o filme “Yi-Yi”, de Edward Yang, feito em
2000 e objecto de prémio de melhor realizador no Festival de Cannes 2000.
Entre outros aspectos, observe-se como ele faz enquadramentos
de acção verticais num suporte horizontal convencional. Brilhante e sugestivo.
Pentax K1 mkII, Pentax-M 35mm 1:2
By me
sábado, 16 de setembro de 2023
terça-feira, 5 de setembro de 2023
quinta-feira, 10 de agosto de 2023
Ampulheta
Aquelo dispositivo de dois depósitos ligados que, ao ser
invertido, a areia cai de um para outro, servindo de contador de tempo.
Por comparação pessoas há que, ao inverte-las, nem areia
cai.
By me
sábado, 22 de julho de 2023
Aviso
“Genesis 1
3Deus disse: “Faça-se a luz!”. E a luz foi feita. 4Deus viu que a luz era boa e separou a luz das trevas. 5Deus chamou à luz “dia” e às trevas “noite”. E houve tarde e houve manhã: primeiro dia.”
Mais detalhe, menos detalhe, esta ou aquela tradução, os livros sagrados das três maiores confissões religiosas (Judaísmo, Cristianísmo, Islamísmo) contam o mesmo.
O que nos pode levar a concluir que quem não respeitar a luz como coisa sagrada desrespeita Deus, seja ele qual for.
Fica o alerta para os fotógrafos.
Pentax K7, Tamron Adaptal2 90mm 1:2,5
By me
sexta-feira, 7 de julho de 2023
segunda-feira, 3 de julho de 2023
Revoluções
Temos sabido pelas notícias sobre as manifestações de
violência contestatária em França.
Sejamos honestos: o ou os motivos originais para esta onda
de contestação já se perderam ao longo desta semana. Sobra a contestação pela
contestação numa sociedade que não resolveu ainda problemas antigos que passam
pela recuperação (ou não) da guerra, do colonialismo, dos guetos, das elites
num país supostamente igualitário...
As reações institucionais a esta onda de contestação
violenta aconteceram há dois dias, salvo erro.
No meio de tudo o que foi destruído e dos confrontos entre
autoridade policial e manifestantes, foi incendiada a residência de um autarca,
não sei já em que cidade.
Foi perante isto que os políticos franceses usaram o termo “inaceitável”.
Porque os manifestantes ousaram tocar na elite política. Não lhes bastou
destruirem lojas e instituições oficiais. Não lhes bastou ficarem ruas inteiras
com carcaças de carros queimados e mobiliário urbano reduzido à ínfima
essência. Ousarem tocar num político, num eleito, num membro das elite
governativa, isso já é inaceitável e contra isso se unirão todas as forças de
investigação e repressão.
Aos franceses devemos a Revolução Francesa e o conceito “Liberdade,
Igualdade, Fraternidade”. Que está por cumprir, pois haverá sempre por lá uns
mais iguais que outros. Também lhes devemos a Comuna de Paris, que teve o
desfecho que conhecemos.
Entre mosquetes e cassetetes, gadanhas e petardos, Bastilhas
e Maios ’68, as revoltas têm sido e serão muitas. E enquanto a expressão “piet
noir” não for algo tão antigo quanto um qualquer trisavô, elas continuarão a
existir.
Desde que as elites não sejam postas em causa, ou a mostarda
ou pólvora lhes subirá ao nariz.
By me
terça-feira, 27 de junho de 2023
domingo, 25 de junho de 2023
Em torno desta imagem, duas histórias: o objecto e a fotografia
O objecto
Comprado numa feira de velharias em segunda mão, quem mo
vendeu não sabia para que servia. Nem eu.
Trata-se de um mecanismo de corda que, em escolhendo um
tempo entre zero e dez segundos, e tendo encolhido a haste inferior, a solta no
final desse tempo. É de fabrico Suisso, e foi-me vendido com o estojo de
cabedal de origem pelo preço de um maço de cigarros. Dos baratos.
Não me pude queixar, principalmente por se tratar de objecto
cuja finalidade desconhecia.
Cerca de uma hora depois, o mais que tinha encontrado na net
foi a data de fabrico (1922), algumas fotografias com e sem a embalagem de
cartão original e até o esquema mecânico interior. Mas não a função. Mas acabei
por dar com a coisa, depois de dar trabalho às células cinzentas entre orelhas.
Trata-se de um temporizador fotográfico invertido. Por outras
palavras, ele não faz começar um exposição mas antes a termina, no máximo de
dez segundos, deste que tenhamos ajustado a câmara para “B”. Aplicavel num cabo
disparador de “bicha”, para evitar movimentos parasitas na câmara. Ou mesmo directo
no botão do obturador, se este tiver uma gola onde prender a haste. Algo impossível
de usar nas câmaras actuais.
Peça rara, que irá para a minha coleção de peças raras e
antigas.
A fotografia
Só há um coisa mais difícil de fotografar que mecanismos ou
cutelaria em metal polido: Mecanismos ou cutelaria em metal polido. Tudo quanto
é luz ali se reflete, como num espelho, e controlar esses reflexos não é coisa
nem fácil nem rápida. Mas eles devem existir para mostrar o material de que são
feitos os objectos.
Neste caso a coisa é mais complicada, já que haveria de
mostrar a escala de tempo ajustável, bem como uma outra de afinação. Ambas
rasgadas na superfície de metal e igualmente polidas e reflectoras. Indo mais longe,
haveria que ter algo visível no enquadramento que desse uma escala de tamanho
do referido objecto. Optei pela mão de madeira, que permite uma multiplicidade
de posições.
Já quanto ao metal, optei pela minha abordagem incial do
costume: a luz haveria que vir de cima e de trás. Mas para evidenciar as
inscrições, haveria que usar uma luz razante, tão tangencial quanto possível. Que,
de caminho, não apenas evitaria que a superfície ficasse um bloco de luz como
se refletiriam nos bordos, criando volume. Usei uma da esquerda e de cima e um
espelho de baixo e da direita que a refletia em oposição de 180º.
Propositadamente, deixei ficar algum pó na superfície
metálica para ajudar a defini-la. O mesmo em relação aos reflexos que nela se
vêem. Já o fundo deveria ter algo colorido para evidenciar a ausência de cor do
metal.
Foi barato o objecto, considerando que usei mais de uma hora
para o conhecer e mais de hora e meia para o fotografar.
Todos os prazeres fotográficos fossem assim.
Pentax K1 mkII, Tamron Adaptal2 90mm
By me