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domingo, 17 de março de 2019

Arrumadinhos




Ás vezes aparecem assim, arrumadinhos.



By me

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Havaiana



Sapatos abandonados, inteiros ou em partes, aos pares ou solitários, já não são fáceis de encontrar.
Mas o cãopanheiro dá uma ajuda preciosa.

By me

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Sapatos perdidos




Em tempos tive “uma panca” por fotografar sapatos abandonados na rua.
Ainda tenho mas ou são mais raros de encontrar ou eu ando menos atento. Talvez que as duas coisas.
Certo é que no bairro onde morei, e durante anos, eu sabia sempre o dia e o local onde ir encontrar vários. Desirmanados, no passeio ou no asfalto, lá estavam de homem ou de senhora.
Era sempre no primeiro de Janeiro, de manhã, e no cruzamento de duas ruas específicas.
Comentado o caso com uma senhora romena que trabalhava num café que eu frequentava, disse-me ela que tinha a vaga noção de haver um país da sua região de origem que tinha a tradição de atirar fora um sapato velho aquando da passagem de ano. Um gesto simbólico, tão válido como qualquer outro que queira forçar o nosso ditado “ano novo, vida nova”.
Agora, aqui onde moro, as coisas são diferentes. Este bairro já não parece ser uma sucursal das Nações Unidas, na diversidade de origens e culturas. Pelo contrário, é um bairro consolidado, com tradições muito próprias e uma média etária mais elevada. Já não vejo as sextas-feiras repletas de trajes de cerimónia para acederem aos locais de culto das suas fés. Nem oiço falar tantas línguas díspares de quatro continentes e variadas cores de pele.
Mas, por outro lado, é normal entrar-se num tasco ou café e, em dando a saudação, a maioria responder por igual. E, na terceira ou quarta vez que lá se entra, já não ser uma resposta automática mas mais personalizada. E ver mais cabeças cobertas com boinas ou chapéus, tal como eu. E, em sendo sábado ou domingo, encontrar gente com guitarra e viola ou concertina, a cantar à desgarrada.
Deixei de encontrar sapatos perdidos na rua. Mas ganhei calor humano e relações cordiais. E esta fotografia, feita num primeiro de Janeiro, tem já uns bons dez anos, para que se saiba.



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domingo, 8 de abril de 2018

Chinelo



Por aqui também se encontram.
Não com a mesma frequência, mas vão aparecendo.

By me

domingo, 15 de outubro de 2017

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

O par



Por vezes ainda se encontram.
Mesmo à porta de casa e sem motivo aparente.

Vá-se lá imaginar (ou sonhar) porque estão os dois aqui e assim!

By me

quarta-feira, 24 de maio de 2017

terça-feira, 16 de maio de 2017

Estava ali



Estava ali, no meio de quase nada, numa solidão imensa só ultrapassada por aquilo que por vezes sentimos no meio da multidão.

E ficarei sempre sem saber o como chegou ali ou o de onde veio ou ainda o por que passou desde a caixa original até ao abandono final.

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domingo, 6 de novembro de 2016

Caído na linha



Caído solitário na linha.

Imagine-se o resto da história.

By me

terça-feira, 23 de agosto de 2016

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Fruta da época chique




Sim, porque disto também se encontra nos bairros chiques da cidade.

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terça-feira, 26 de julho de 2016

terça-feira, 26 de abril de 2016

Sem atacadores



Há certamente uma explicação para isto, mas não sei qual seja.
Boa parte dos sapatos que encontro caídos na rua, solitários ou emparelhados, estão sem os respectivos atacadores. E sendo certo que a esmagadora maioria deles já não estão em condições de serem usados, o retirar-lhes os atacadores é levar esse estado ao limite, como que impossibilitando de todo o seu uso por terceiros.

Ou é muita maldade, ou é muita sovinice ou é algo que não entendo.

By me

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Não são muitos...



... mas ainda os vou encontrando.

By me


quarta-feira, 4 de novembro de 2015

P&B



Há diversas explicações para isto. Suponho que só quem o fez o saberá com rigor.

- Zona de venda de droga. Talvez tenha começado por isso, mas acredito que os consumidores e negociantes não precisam de avisos que os polícias conheçam.
- Bulling colectivo. A vítima seria agarrada por uns quantos, os sapatos retirados e ali colocados. “Vai agora buscá-los, se puderes”.
- Arremesso de sapatos velhos como sinal de rompimento definitivo com o passado.


Seja como for, é sempre divertido encontrar sapatos abandonados. Ainda por cima em preto e branco.

By me 

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

A bota



Se eu tivesse cruzado o portão uns trinta segundos mais cedo, teria seguido naquele autocarro. Mas não segui.
Se eu tivesse seguido naquele autocarro, não teria estado ali na paragem uns bons vinte e cinco minutos à espera do seguinte. Mas estive.
Se estivesse de chuva, teria passado esse tempo abrigado sob o telheiro. Mas não estava.
Foi assim que, enquanto deambulava por ali, ora ao sol, ora fugindo dele, espreitando a curva na franca esperança de ver surgir o autocarro e matando o tempo com cigarritos, que o meu olhar vagueou por tudo quanto era visível, óbvio e bem exposto.
E quando tudo estava mais que visto, até porque a paragem é a do costume, que procurei espreitar onde não costumo, em busca do que quer que fosse que ocupasse a mente para além da impaciência.
No recanto, logo ali atrás do telheiro, mal visível a quem passe que o espaço para tal é exíguo, que tropecei em mais uma. Bem direita, quase escondida do sol, no meio de lixo e ervas e folhas secas e velhas, todas elas à espera de uma limpeza daquelas que só acontecem nas mudanças de estação ou quando os odores se excedem. Ou ainda quando os actos eleitorais se avizinham e são mais locais que nacionais.
Ficarei sempre sem saber como terá ido ela ali parar. Que o acesso a tal local nada tem de fácil ou de ocasional.

Encontro peças para a minha colecção de sapatos, botas, chinelos, pantufas e afins abandonados na rua nos locais mais esconsos, nos momentos mais insuspeitos e pelos motivos mais díspares.
Mas há uma tónica comum a todas as peças que encontro e registo:

Estar eu de alma aberta e atento ao que me cerca.

By me 

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Salto alto



Um dia alguém, no mundo virtual da web, disse que eu gostava de fotografar lixo.
Cumpre-me dizer que tal não é verdade.
Se o fosse, teria muito para fotografar em aterros sanitários, centrais de recolha de resíduos sólidos urbanos e afins. Teria já tido, certamente, profícuas conversas com os técnicos camarários, bem como aqueles que recolhem o lixo com os camiões, para saber quais as zonas mais “rentáveis”, tanto em termos de quantidade como de qualidade. Também já teria acompanhado os catadores de lixo, na sua triste azáfama diária, tentando perceber quais os seus critérios e quais os prédios ou ruas, das suas rondas, que mais proveitos lhes trazem. Provavelmente também teria já andado de caixote em caixote, abrindo as tampas e revolvendo os seus conteúdos, preparado para captar o “brinde” do dia.
Nada disto fiz e, acrescento, não tenho intenções de o fazer.
Aquilo que vai acontecendo é o eu ir tendo atenção ao que me cerca, umas vezes olhando para baixo, outras para cima, muitas vezes surpreendido com a originalidade do que se pode encontrar ao abandono nas ruas. Não forçosamente na categoria de lixo ou jogado fora, mas tão só abandonado.
Este meu interesse surgiu, se bem me recordo, de ter “tropeçado” num montão de roupa transbordando de uns sacos, encostados a um automóvel, bem afastado de qualquer contentor de lixo.
Consegui logo ali, entre o ver, o captar e o olhar de novo, conceber três ou quatros motivos para que tão insólito monte ali estivesse: uma mudança de domicilio e um esquecimento; uma desavença conjugal; o roubo de um apartamento…
De então para cá ficou-me o hábito e o divertimento. Em particular com calçado.
É daquelas coisas que não se jogam fora por dá cá aquela palha. Mesmo que já fora de moda, sempre se vão guardando, desde que usáveis, para uma outra estação ou moda. E mesmo os de criança, em ela crescendo, acabam por ser usadas por uma outra, da família ou não, com pé mais pequeno.
É que, e para além do preço do calçado, mesmo considerando as feiras de rua, sempre se fica com alguma afectividade para com aquilo que nos protege os pés. E se um sapato novo, por muito pouco que a tal se dê importância, é sempre um momento “diferente”, usar um sapato velho já feito ao pé é uma sensação de conforto à qual não damos por demais atenção, excepto quando algo corre mal.
A cada sapato, ou par de sapatos, que vejo abandonados na rua, atribuo uma qualquer estória, desde viagens a trabalho, de festas a desporto, de romances a raiva.
Conseguis imaginar este par a ir, ainda por estrear, a uma festa, a uma discoteca ou casa de alguém? E uma segunda ou terceira até ter entrado na categoria de “já não são novos” e passarem a transportar e suportar a sua dona no quotidiano de ir, estar e regressar do trabalho? Conseguis imaginar quem os usou a olhar pela janela, de manhã, e tentar adivinhar se irá ou não chover e se os pode ou não usar? Conseguis imaginar uma qualquer amiga mais íntima, ou bem pelo contrário, a constatar que os sapatos são novos e como lhe ficam bem (ainda que possa haver ironia na observação)? Conseguis imaginar estes sapatos, lado a lado, e de frente para uns outros masculinos, por sob uma mesa de um restaurante?

Acontece que raramente conto o que passa pela cabeça quando os vejo e fotografo. Acho que tem muito mais interesse deixar esse aspecto para quem quer que veja a imagem, usando a sua própria imaginação e experiências de vida para construir uma estória. É que, afinal, quem calça o sapato é que sabe onde lhe aperta!

By me

domingo, 5 de julho de 2015

De um lado e do outro





Nunca percebi porque é que, em deitando fora calçado, há o cuidado de lhe retirar os atacadores.

By me

sábado, 18 de abril de 2015

Atacado





E pronto!
A mania de se tirar os sapatos sem desatar os atacadores pode dar nisto: perder-se um, de relaxado que está, no meio da rua.
Ou talvez não.

By me