segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Para "provar"

Fazia um tempinho que não ouvia algo com um temperinho diferente. Na verdade, comecei a ouvir ano passado, antes do SWU, quando soube que a banda viria para o festival. Já havia escutado uma música, justamente por um jogo: Nascar 2004 de PS2 - um daqueles que fazem parte da lista seleta dos jogos que jogamos até "furar".


Falo do 311 (se diz "three-eleven"; falo como quem já errou o nome da banda várias vezes). Peculiaridades linguísticas à parte, os caras misturam um rock estilo Hardcore com aquela batida Ska e alguma (não muita) eletrônica. O resultado me agrada bastante.


Um sonzinho meio praiano e bem original. Pode até soar meio comercial, mas não é tudo que vende que é ruim, como muitas vezes é empregado de forma errônea. Vale investir um tempinho ouvindo, na minha humilde opinião. A música que disse conter no Nascar 2004 é essa  aqui , mas para ilustrar este post escolhi outra. Down, também excelente, e um pouco mais viajante.


Aproveitem-na:
 

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Uma morte anunciada


Era o que temia quando fiz  este  post, em Agosto do ano passado. Hoje, enfim, aconteceu. Desde o post citado, muita água correu debaixo da ponte. Sutil recebeu “voz de prisão”, Kimi Raikkonen voltou e Grosjean renasceu para a F1. Todos esses acontecimentos culminaram numa nova disputa entre Bruno Senna e Rubens Barrichello por uma vaga na F1, assim como na Brawn em 2009.

Dessa vez, quem levou a melhor foi “primeiro sobrinho”, numa decisão que todos sabiam que seria mais financeira do que técnica.

Rubens, mesmo não conseguindo patrocínios fortes, não desistiu e continuou dando manchetes para esta “guerra perdida” desde o fim da temporada, ainda em 2011. Colocando preto no branco: Bruno tem o sobrenome Senna (o que gera um interesse financeiro óbvio) e um futuro pela frente, Rubinho nenhum dos dois.

Faltou esperteza a Rubinho e às pessoas ligadas à sua carreira? Talvez. Minha opinião é: Por Sutil ou por Senna, Rubens não ficaria na Williams pelos dois motivos (grana e futuro) que citei acima. Um fim feio para uma bela carreira e um piloto dos mais competentes da história da F1. Por ter aceitado o fardo de ser um novo Ayrton Senna e ter perdido popularidade com o povão do Brasil depois de insucessos, talvez a memória coletiva não vá lembrar de Barrichello com o respeito que deve – inclusive por esse fim de carreira também.

Isso realmente é uma pena. Mas não dá pra dizer que Rubinho não tenha sua parcela de culpa em tudo. Pagou pra ver, e agora está fora da F1. Mil vezes melhor ter reconhecido que tinha poucas possibilidades de permanecer no fim do ano passado, e ter feito uma despedida digna da F1 em Interlagos. Perdeu a chance. Paciência.

E, enfim. Não veremos em Melbourne, pela primeira vez desde o próprio GP da Austrália (mas este em Adelaide) em 1992, o nome Rubens Barrichello figurando no grafismo da FOM. E pensar que nunca vi uma corrida ao vivo sem esse nome... Fará falta, se fará.

Antes de terminar um post como esse, é meu dever relembrar o dia que Rubinho me arrepiou e quase me fez chorar na frente da TV. 30 de Julho de 2000, uma manhã fria e cinzenta de inverno, último dia de férias para mim, aluno da terceira série que nunca tinha visto uma vitória brasileira na F1. Ela viria da forma mais incomum imaginável. 18º no grid, um começo de prova fulminante, louco na pista, chuva, acidentes, Safety Car, e, claro, a coragem ao permanecer na pista de pneus secos com o estádio ensopado e a floresta seca.





Por essa, e por inúmeras outras. Valeu, Rubinho!!


terça-feira, 10 de janeiro de 2012

De novo


Andar em posições intermediárias, e chegar a se classificar na última fila para uma corrida, até 2011, era uma grande novidade para Valentino Rossi. O italiano viveu no ano passado sua pior temporada no campeonato mundial, do qual participa desde 1996. 2011 foi o primeiro ano no qual Valentino não conseguiu sequer uma vitória. Melhor resultado? Um modesto terceiro lugar ainda no início da temporada, na França.

A situação de pegar uma moto tida como uma “bomba” com a missão de transformá-la em “carruagem” não é nova para ele. O título que o próprio diz orgulhar-se mais foi a bordo de uma moto que até um ano antes não havia conseguido nada melhor do que apenas um pódio. E que, por coincidência ou não, havia sido justamente na França, no degrau mais baixo, com Alexandre Barros. Falo da Yamaha de 2004, claro.

Em 2003, Valentino se sentia um prisioneiro (como suas comemorações insinuavam, inclusive) dentro dos consagradíssimos muros multinacionais da Honda. Tinha-se a ideia dentro do time de que era uma moto que poderia fazer qualquer um que estivesse sentado nela campeão. Rossi queria mostrar para ele, para os espectadores e para Honda que a moto não era tão importante assim. Topou o desafio da Yamaha... e a acertou a tempo de ganhar já a primeira corrida da temporada na África do Sul.

O título não foi tão facilmente conquistado no fim das contas como esse triunfo precoce pode dar a impressão que foi. Nas corridas seguintes ele encontrou grandes desafios nas Honda's de fábrica, como esperado. Sobretudo, na de Sete Gibernau – a quem derrotou ao fim do GP da Austrália para levantar o caneco.

Em 2010, Rossi sentia-se quase da mesma maneira que em 2003. Mas dessa vez quem o prendia não era uma fábrica, e sim seu companheiro de equipe, Jorge Lorenzo. Lorenzo copiava Rossi em tudo. Nas comemorações engraçadas, no macacão (uma perna branca e outra vermelha, enquanto Rossi sempre usou uma preta e outra amarela) e, claro, nos acertos mecânicos. Uma moto que Valentino desenvolvera ao longo de anos, era, de repente, sua maior rival.

Chegou à Ducati em 2011. Conseguiu um terceiro lugar como melhor resultado e um sétimo no campeonato. Me parece justo comparar as situações. Ou seja, o italiano enfrentará um desafio semelhante ao de 2004 em 2012. Poderá triunfar? Sim, como já fez... porém, há oito anos. É de sabedoria popular que oito anos pesam nas costas de qualquer humano.

Mas a pergunta é: Pesa na do eneacampeão mundial, The Doctor? O tempo dirá.