Fazia um tempinho que não ouvia algo com um temperinho diferente. Na verdade, comecei a ouvir ano passado, antes do SWU, quando soube que a banda viria para o festival. Já havia escutado uma música, justamente por um jogo: Nascar 2004 de PS2 - um daqueles que fazem parte da lista seleta dos jogos que jogamos até "furar".
Falo do 311 (se diz "three-eleven"; falo como quem já errou o nome da banda várias vezes). Peculiaridades linguísticas à parte, os caras misturam um rock estilo Hardcore com aquela batida Ska e alguma (não muita) eletrônica. O resultado me agrada bastante.
Um sonzinho meio praiano e bem original. Pode até soar meio comercial, mas não é tudo que vende que é ruim, como muitas vezes é empregado de forma errônea. Vale investir um tempinho ouvindo, na minha humilde opinião. A música que disse conter no Nascar 2004 é essa
aqui , mas para ilustrar este post escolhi outra. Down, também excelente, e um pouco mais viajante.
Aproveitem-na:
Formula 1 Countdown
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
Uma morte anunciada
Era o que temia quando
fiz
este post, em Agosto do ano passado. Hoje, enfim, aconteceu.
Desde o post citado, muita água correu debaixo da ponte. Sutil
recebeu “voz de prisão”, Kimi Raikkonen voltou e Grosjean
renasceu para a F1. Todos esses acontecimentos culminaram numa nova
disputa entre Bruno Senna e Rubens Barrichello por uma vaga na F1,
assim como na Brawn em 2009.
Dessa vez, quem levou a
melhor foi “primeiro sobrinho”, numa decisão que todos sabiam
que seria mais financeira do que técnica.
Rubens, mesmo não
conseguindo patrocínios fortes, não desistiu e continuou dando
manchetes para esta “guerra perdida” desde o fim da temporada,
ainda em 2011. Colocando preto no branco: Bruno tem o sobrenome Senna
(o que gera um interesse financeiro óbvio) e um futuro pela frente,
Rubinho nenhum dos dois.
Faltou esperteza a
Rubinho e às pessoas ligadas à sua carreira? Talvez. Minha opinião
é: Por Sutil ou por Senna, Rubens não ficaria na Williams pelos
dois motivos (grana e futuro) que citei acima. Um fim feio para uma
bela carreira e um piloto dos mais competentes da história da F1.
Por ter aceitado o fardo de ser um novo Ayrton Senna e ter perdido
popularidade com o povão do Brasil depois de insucessos, talvez a
memória coletiva não vá lembrar de Barrichello com o respeito que
deve – inclusive por esse fim de carreira também.
Isso realmente é uma
pena. Mas não dá pra dizer que Rubinho não tenha sua parcela de
culpa em tudo. Pagou pra ver, e agora está fora da F1. Mil vezes
melhor ter reconhecido que tinha poucas possibilidades de permanecer
no fim do ano passado, e ter feito uma despedida digna da F1 em
Interlagos. Perdeu a chance. Paciência.
E, enfim. Não veremos em Melbourne, pela primeira
vez desde o próprio GP da Austrália (mas este em Adelaide) em 1992,
o nome Rubens Barrichello figurando no grafismo da FOM. E pensar que
nunca vi uma corrida ao vivo sem esse nome... Fará falta, se fará.
Antes de terminar um
post como esse, é meu dever relembrar o dia que Rubinho me arrepiou
e quase me fez chorar na frente da TV. 30 de Julho de 2000, uma manhã
fria e cinzenta de inverno, último dia de férias para mim, aluno da
terceira série que nunca tinha visto uma vitória brasileira na F1.
Ela viria da forma mais incomum imaginável. 18º no grid, um começo
de prova fulminante, louco na pista, chuva, acidentes, Safety Car, e,
claro, a coragem ao permanecer na pista de pneus secos com o estádio
ensopado e a floresta seca.
Por essa, e por inúmeras outras. Valeu, Rubinho!!
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
De novo
Andar em posições
intermediárias, e chegar a se classificar na última fila para uma
corrida, até 2011, era uma grande novidade para Valentino Rossi. O italiano
viveu no ano passado sua pior temporada no campeonato mundial, do
qual participa desde 1996. 2011 foi o primeiro ano no qual Valentino
não conseguiu sequer uma vitória. Melhor resultado? Um modesto
terceiro lugar ainda no início da temporada, na França.
A situação de pegar
uma moto tida como uma “bomba” com a missão de transformá-la em
“carruagem” não é nova para ele. O título que o próprio diz
orgulhar-se mais foi a bordo de uma moto que até um ano antes não
havia conseguido nada melhor do que apenas um pódio. E que, por
coincidência ou não, havia sido justamente na França, no degrau
mais baixo, com Alexandre Barros. Falo da Yamaha de 2004, claro.
Em 2003, Valentino se
sentia um prisioneiro (como suas comemorações insinuavam,
inclusive) dentro dos consagradíssimos muros multinacionais da
Honda. Tinha-se a ideia dentro do time de que era uma moto que
poderia fazer qualquer um que estivesse sentado nela campeão. Rossi
queria mostrar para ele, para os espectadores e para Honda que a moto
não era tão importante assim. Topou o desafio da Yamaha... e a
acertou a tempo de ganhar já a primeira corrida da temporada na
África do Sul.
O título não foi tão
facilmente conquistado no fim das contas como esse triunfo precoce
pode dar a impressão que foi. Nas corridas seguintes ele encontrou
grandes desafios nas Honda's de fábrica, como esperado. Sobretudo, na
de Sete Gibernau – a quem derrotou ao fim do GP da Austrália para
levantar o caneco.
Em 2010, Rossi
sentia-se quase da mesma maneira que em 2003. Mas dessa vez quem o
prendia não era uma fábrica, e sim seu companheiro de equipe, Jorge
Lorenzo. Lorenzo copiava Rossi em tudo. Nas comemorações
engraçadas, no macacão (uma perna branca e outra vermelha, enquanto
Rossi sempre usou uma preta e outra amarela) e, claro, nos acertos
mecânicos. Uma moto que Valentino desenvolvera ao longo de anos,
era, de repente, sua maior rival.
Chegou à Ducati em
2011. Conseguiu um terceiro lugar como melhor resultado e um sétimo
no campeonato. Me parece justo comparar as situações. Ou seja, o italiano enfrentará um desafio
semelhante ao de 2004 em 2012. Poderá triunfar? Sim, como já fez...
porém, há oito anos. É de sabedoria popular que oito anos pesam
nas costas de qualquer humano.
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