domingo, 18 de dezembro de 2011

OFF: Goodbye 2011



É. Depois de mais de 100 posts, me despeço daqui em 2011. Foi um grande ano, muito melhor do que a encomenda. Fomos à Jovem Pan entrevistar um repórter que viaja o mundo acompanhando a F1, fomos lá de novo pegar o tão sonhado boné do Fisichella (xD), vimos uma das melhores corridas de todos os tempos no Canadá, fiz alguns posts dos quais relendo tenho um grande orgulho em ter escrito (outros nem tanto) e, não bastasse tudo, ainda vimos o GP do Brasil na faixa.

Era o ano que precisava pessoalmente depois do passado. Fazer faculdade, arranjar o primeiro emprego, ter o sabor do que é a carreira que eu escolhi seguir, saber como é comprar algo com sua própria grana... enfim, viver de fato. Na verdade, estou muito feliz com tudo que tem me acontecido. Não vou falar que não podia ser melhor porque nada nunca é perfeito, mas foi quase lá. Faltaram umas coisinhas, na verdade. Mas tem certos tipos de fracassos que já estou meio acostumado, por mais comodista que pareça.

Há também, claro, os pontos negativos do ano, como a perda de Super Sic durante uma madrugada/manhã que nem era pra eu estar na frente da TV assistindo àquela prova. Um dos meus pilotos favoritos desde sempre nos deixou de uma forma terrível. Além também de Dan Wheldon, outra perda sentida. Ambos vão fazer falta em 2012 (principalmente, no meu caso, Simoncelli).

Mas seguiremos, como não poderia ser diferente. Ano que vem voltamos com as corridas, umas musiquinhas pra regar a vida e muito mais disposição. Continuaremos no Twitter confabulando sobre a vida e outras coisas.

Que 2012 seja tão bom quanto 2011.

Keep your mind on the moon, motherfucka!



Falow’s!

domingo, 4 de dezembro de 2011

Lástima


Alguém morreu? Não. Mas, de fato, muita história morreu. Com a Newman/Haas, se foi boa parte da Indy. História; um passado de glórias, grandes corridas, disputas apertadas e grandes emoções. Digo: É impossível, ao olhar pra história da categoria, ignorar a equipe Newman/Haas.


Foi o novo e audacioso projeto escolhido por Mario Andretti para ingressar após se desligar totalmente da F1, ao fim da temporada de 1982. Com a equipe do ator Paul Newman e do ex-piloto Carl Haas, o ítalo-americano conseguiu o título de 1984 e uma pole position na Indy 500 em 1987.


Seu filho, Michael, também fez história por lá, conquistando seu único título em 1991 e o segundo lugar na Indy 500 do mesmo ano - depois de uma grande luta com Rick Mears da Penske, que acabou concedendo a Rick sua quarta e última vitória por lá. 


Em 1993, talvez a melhor temporada do time, com não menos que Nigel Mansell ao volante. Mesmo perdendo uma corrida (em Phoenix, sua primeira em um oval, devido a uma batida nos treinos) o inglês foi campeão em Nazareth, com uma corrida de antecedência e cinco vitórias na conta.


O tempo passou, e depois de algumas performances errantes do time do meio ao fim dos anos 90 com Michael Andretti, Paul Tracy e Christian Fittipaldi, chegou Cristiano da Matta. O mineiro ganhou sua primeira corrida pelo time logo na primeira oportunidade, no México em 2001. Dois anos e 10 vitórias depois, da Matta seria campeão e iria para a F1.


Os últimos títulos do time viriam com o francês Sebastien Bourdais de 2004 a 2007, na amputada ChampCar. Mesmo assim, a equipe voltou à Indy (ou IRL, como queiram) em 2008, na correção de um tiro no pé dado pelo IMS e pela CART na categoria em 1996. No primeiro ano, na segunda prova, já voltavam a ganhar com Graham Rahal, no chuvoso GP de St. Petesburg. Com outra vitória, em Detroit com Justin Wilson no fim do ano, a equipe mostrava a que viera.


Mas numa categoria como se tornou a Indy/IRL, ser bom e ter qualidade não é só o que importa. Tem que ter quem banque, tem que ter alguém que veja no seu piloto ou na sua equipe algum interesse comercial. No caso da Newman/Haas, ele foi perdido quando o McDonald’s deixou o time no fim de 2009, deixando Graham Rahal a pé e fazendo com que o único carro do time durante o ano todo de 2010 fosse o do inexpressivo Hideki Mutoh – pay-driver dos mais escancarados.


Mesmo com todas as dificuldades financeiras, em 2011 o time alinhou com dois pilotos bons. O veterano Oriol Servià e o novato James Hinchcliffe. James se mostrou um piloto promissor durante o ano, conquistando três quartos lugares e o título de novato do ano. Servià fez mais do que se esperava dele, três pódios e uma excelente quarta posição no campeonato.
Tudo, sem ter os recursos que tinha uma equipe como a Andretti Autosport ou a Penske, equipes com as quais Oriol e James disputavam boas posições no fim da temporada.


Em suma, o que aconteceu é realmente uma pena.


Mas quem mais perde com o fim do time, além dos pilotos, é a Indy. A Indy, que cada vez mais vai se “Nascarizando” atrás de grana e contratos milionários, que não são traduzidos em um grid mais qualificado, corridas menos artificiais e ganho de popularidade. Afinal, há quanto tempo não vemos ovais como os de Kentucky, Texas e Iowa com toda a extensão das arquibancadas preenchida? Arrisco dizer que nunca.


Indy. Está aí uma categoria que perde pontos comigo a cada ano que passa.