sábado, 5 de outubro de 2013

Eis Que Morreste


 
Eis que morreste. Mortalmente triste
Divaga a flor da aurora entre os teus dedos
E o teu rosto ficou entre as estátuas
Velado até que o novo dia nasça.
 
Se nenhum amor pode ser perdido
Tu renascerás -- mas quando?
Pode ser que primeiro o tempo gaste
A frágil substância do meu sono.

 
Sophia de Mello Breyner Andresen
Coral


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