insignificante
Ontem, na Avenida, foi um mar, um imenso mar de gente, compacta, feliz, cada um com a sua luta, todos com o mesmo 25 de Abril, sempre, fascismo nunca mais.
Goistei de quase tudo e retivemos estas duas:
a luta contra o extractivismo, a mineria no Barroso.
E a honra a tantos dos nossos heróis de todos, vivos ou mortos por eles, com elas cantam as nossas almas. Vozes ao alto!
Labels: 25 de Abril, manifestação
A cerca de vinte cinco quilómetros de Barrancos,
entre Zahinos e Vilanueva del Fresno está o local, onde, ainda em processo
judicial, se aprestam a prospectar (para saber a quantidade!) urânio.
É altura de nos juntarmos à manifestação
ibérica que no dia 30 de Maio se irá realizar em Vilanueva del Fresno contra
esse desastre ecológico que pode ser a morte das nossas terras. Os gases
radioactivos (o radão) e as águas contaminadas por lixiviados radioactivos chegarão aos nossos campos e ribeiras, e
também ao Guadiana, se a prospecção se concretizar em acto.
Pelos municípios extremenhos afectados (alguns
mais distantes que Barrancos) a mobilização é intensa. E em Zahinos as casas
estão quase todas em pé de guerra e até, até a Igreja!
Com as populações mais, também, afectadas
temos que construir uma oposição em todas as frentes.
Labels: manifestação, Uranio, Urânio
Faz parte da normalidade, as manifestações sucedem-se.
Esta era pela Televisão pública:
ia animada...
e fez-me lembrar as últimas em que estive, talvez com o FAPAS e os bombos de Lavacolhos...
e, também nesta, TShirts engraçadas...
Labels: Madrid, manifestação
Afinal o dia estava propício para uma passeata.
E lá fui.
Fiquei com a ideia, de saber algo de contagens, que o número andou entre as 100.000 e as 150.000 pessoas máximo, não percebo porque é que uma passeata excelente, que correu bem tem que ser afundada com divagações absurdas sobre números totalmente irrealistas.
O Terreiro de Paço não encheu, embora houvesse muita flutuação, e o ambiente foi simpático.
A falta de direcção política foi notória, as palavras de ordem absurdas, na maior parte, deviam ter ficado pela Grandola e a velhinha, que não quer dizer nada, do "povo unido".
As outras eram disparates irrealistas, que desfiguravam o protesto pelo seu desenquadramento com a realidade, se o FMI se for embora quem é que fica para pagar os salários?.
Mas vale a pena passear numa Lisboa tomada pelo peão, onde se podem ver os prédios e as gentes, partilhar conversas e rever amizades.
O governo não se vai demitir, no país todo não terão chegado aos 300.000 os manifestantes, e estou quase certo que não deveria haver mais que meia dúzia que estariam de acordo sobre o que fazer (além dos que sabem muito bem o que querem e nós não!).
Mas a situação deve levar protesto, a incapacidade do actual governo (mas quando tivemos um governo capaz? ainda se lembram?) deve merecer todos os protestos. Infelizmente essa é exactamente a mesma de todas as oposições (continuam a brincar com o pagode a pedir um governo de esquerda, dos comunistas e seus amigos... mas onde... e como...e claro a maioria dos manifestantes estaríamos presos....).
Isto está mesmo nas últimas. Lá vamos, marchando e gozando...porque rir recorda-nos coisas tristes...
Labels: Crise, manifestação
No dia 2 de Março passarei um dia tranquilo, a ler e a escrever.
Passarei certamente o dia a juntar o meu pensamento a tantos pensamentos que nesse dia percorrerão as ruas, as praças deste país que Abril descobriu para a vida e a sua continuidade.
Como já aqui referi vejo com simpatia e também apreensão estas manifestações, com intenções sinceras, mas facilmente manipuláveis, por algum grilo ou pior que isso pelos que nos podem levar para as piores catacumbas do século passado.
Vivemos outros tempos, demos esperança à esperança e ergamos as canetas e deixemos uma mensagem a um poder que nos conduz como um rebanho para um gulag, mas não nos deixemos conduzir...
e não esqueçamos que o mais importante é uma alternativa, que caminhe!
Labels: Crise, manifestação