insignificante
Um debate muito rico entre três octogenários das plantas.
Mas.... qual a definição de exótica e quando passa a ser invasora? Qual a integração da lógica do produtivismo neste quadro e a disseminação "natural"? E como se erradicam as espécies ameaçadoras para os ecossistemas?
Questões que não são abordadas....
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De Miguel Boieiro:
"O cajueiro é uma pequena árvore tropical que, por
enquanto, não vegeta na Europa, mas o seu fruto seco, o caju, é por demais
conhecido. Referira-se que o nome caju (planta frutífera) provém do idioma tupi que depois se
transmitiu à língua portuguesa e daí ao inglês (cashew). No entanto, em
francês denomina-se anacarde (coração invertido, do grego) O seu nome científico foi designado
por Anacardium occidentale, espécie
da família botânica das Anacardiaceae."
Um excerto de mais uma magnífica descrição ora desta:
quem quiser receber os doutos contributos que para conhecimento maior ele envia aos amigos é só dizer.
Labels: Miguel Boeiro, Plantas
Vou ficando velho.... e sem paciência.... eis um livro notável a que faltou editor que o limpasse de muita palha, e algumas incoerências, além de faltas e mesmo absurdos.
Li-o com uma sensação de já lido, talvez....
retive, ninguém fala nisso?, a Lei do Património Vivo, que terá que ser extensiva às tradições culturais da ruralidade, que têm, obviamente animais, que são mortos para serem comidos, a matança do porco, ou as corridas, nalguns casos, também, relacionadas com a gastronomia, tema muito mal explorado, ou nem sequer neste livro.
Labels: Livros, Património Vivo, Plantas
Uma osga no muro
Um insecto passa
Slurp.
e uma nertera. Passou um fim de. Gracias.
Labels: Haikus, nertera, Plantas
Muitos dos livrinhos desta colecção são simpáticos, generalistas e até com coisas novas.
Este é o caso:
um livro com curiosidades, algumas novas, outras não, algumas ficaram de fora. Mas um trabalho de alguma investigação e de mérito, para continuar.....
Labels: Jardim Botânico, Livros, Plantas
Gengibre Azul, foto Raimundo Quintal
Labels: Plantas
Este ano só uma das plantas é que sobreviveu aos tempos agitados e parecia muito fraca a colheita, e foi:
talvez 100 gr, depois do primeiro desbaste, agora vai para o secadeiro.
Mas muito, muito resinosa. Vamos ver, lá para o Natal.....
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Acabo de ler este simpático livro:
que me acompanhou no último mês. Estórias cultas e algumas engraçadas, uma escrita cara, e algumas ideias. Plantas e animais, também!
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Enquanto a época das colheitas está aí, este ano com muitas perdas.... vamos lendo a habitual:
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Já há, julgo, uma tradução.
um messias, sem crenças, a não ser na capacidade da vida e na vitalidade da domesticação (os ignorantes do Ministério da Educação duvidam, talvez por acreditarem na criação divina!) das plantas.
Um livro de verão, mas com estórias para todas as estações.
Labels: Livros, Plantas
" nosso mundo é vegetal antes de ser animal" . "Respirar, soprar... é o que nos contêm".
Entre folhas, raízes e flor vamos descobrindo o universo, e o mundo que somos, nesse, esse.
um livro colossal, de ligações e integrações no pensamento das plantas!
Labels: Livros, Plantas
Termino este muito interessante livro, na lógica de glossário histórico, sobre a Viagem das Plantas.
Nele descobrimos informações e novidades, corrigimos ideias generalistas e confirmamos muitas coisas.
Um livro, mais um livro para a cabeceira!
tudo se relaciona com o que comemos...
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A planta é um Mirtilo Magenta, enviada pelo meu estimado Raimundo Quintal:
o artigo, interessante, embora a necessitar de melhor aprofundamento de Andrea Duarte:
http://agriculturaemar.com/producao-de-cannabis/
Num dia em que as costas se dispensavam....
Labels: Canhamo, Cannabis, Plantas
Envia-me o meu velho amigo, desde o tempo em que nos cruzámos na luta contra o alargamento do campo de Tiro de Alcochete, Miguel Boeiro, que é também um indefectível do naturismo e de uma alimentação vegetariana, onde temos espírito em sintonia, embora eu seja um heterodoxo alimentar, e sendo o Miguel adepto de línguas inventadas área em que não partilho as suas ideias ( como não as partilho politicamemente!) tenho-o em simpatia e estima nos acordos e em paz nos desacordos.
De textos que dele recebo com regularidade retiro hoje de uma comunicação que apresentou no Encotro da Agrobio esta parte:
(...)
Vejamos, sem
exaustão, alguns exemplos de vegetais silvestres disponíveis que podem ser
utilizados na nossa alimentação:
Silva – Saberão as pessoas que
os rebentos da silva entram lindamente numa sopa de vegetais? E que as amoras
silvestres são ótimas para confecionar infusões e compotas?
Urtiga – Quem diria que, com as
urtigas tenrinhas, se pode fazer o melhor esparregado do mundo e que misturadas
com outras hortaliças dão uma rica sopa?
Saramago – Antes de espigar esta
crucífera entra na panela como se fosse nabiça.
Mostarda-negra – Outrossim, com
esta crucífera que prolifera em terrenos medianamente salinos. As sementes
proporcionam o molho de mostarda e constituíam o único picante popular antes
dos descobrimentos marítimos.
Catacuzes – Já experimentaram
comer uma sopa de feijão com catacuzes? Vão um dia ao festival das sopas de
Montemor-o-Novo e logo me dirão o que acham deste pitéu!
Tengarrinhas –Uma sopa de grão
com os talos deste cardo endémico da península ibérica é de comer e chorar por
mais!
Espargos-bravos – Eles surgem no
outono, aquando das primeiras chuvas. É agora a altura de os apanhar enquanto
não vêm as geadas. Servem para fazer omeletes ou um belo arroz que nada fica a
dever ao conhecido arroz de grelos.
Acelga-marítima – Com as suas
grandes folhas aveludadas, substituem perfeitamente a sopa de espinafres.
Espinafre-neozelandês – Não
sendo uma planta europeia, aclimatou-se e medra por todo o lado. Vamos
aproveitá-lo? É boa para sopas e esparregados.
Chaga ou capuchinha – Esta
planta, que encontramos com facilidade em terrenos arenosos, contém um
antibiótico natural. Podemos utilizar as flores nas saladas crudívoras que
ficam com uma apresentação notável quanto à mistura de cores e paladares. Os
pequenos frutos conservados em vinagre funcionam como se fossem alcaparras.
Crisântemo coroado – É uma
planta tipicamente mediterrânica muito estimada no extremo oriente. Quando jovem,
aproveitam-se as folhas para sopas. Quando floresce, as pétalas desta composta
dão um toque de “finesse” as saladas.
Conchelos – De sabor a pepino,
são crocantes e muito agradáveis nas ementas crudívoras.
Azedinhas – E por falar em
saladas, que tal polvilhar a salada de alface com folhas verdes de azeda em
substituição do vinagre?
Salicórnia – Esta planta
halófita, que cresce abundantemente nos sapais, pode ser comida crua como
aperitivo ou cozinhada para substituir o sal.
Figo-da-índia – Deste fruto
espinhoso tudo se pode aproveitar. A polpa para compotas, o suco para tomar às
refeições e até as sementes que, depois de secas e moídas, se podem adicionar
às farinhas panificáveis, pois são muito proteicas. Também as parras jovens,
depois de extraída a capa espinhosa, podem entrar nos estufados.
Tupinambo – Não é endémico mas
dá-se cá muito bem e até se pode tornar invasor. Os seus tubérculos substituem
vantajosamente as batatas no tocante à alimentação dos diabéticos.
Erva-príncipe – Tanto as folhas,
como os rizomas, podem ser cozinhados, funcionando como especiaria fina.
Cavalinha – Quem diria que esta
erva áspera pode ser usada em culinária? Pois é! Depois de seca e moída dá para
polvilhar a comida. Não é um tempero “por aí além”, mas acarreta um aporte de
silício que faz muita falta ao organismo humano.
Beldroega – É muito utilizada no
sul, entrando em sopas, açordas e saladas.
Bolotas de azinheira – Eram
abundantemente consumidas no Alentejo, nos tempos da fome. Descascadas,
cozidas, desfeitas em puré com um pouco de leite e adoçadas com geleia de
marmelo, proporcionam uma “mousse” espetacular.
Alecrim, alfazema, manjerico, menta-piperita, calaminta,
poejo, orégão, hera-terrestre, hortelã-da-ribeira –
Tudo labiadas aromáticas utilizáveis por cozinheiro que se preze, como
adequados temperos.
(...)
Hoje temos que voltar à austeridade alimentar e para essa o uso das plantas é uma opção de sabor, de qualidade e de sustentabilidade social.
Um abraço para o Miguel
Labels: Miguel Boeiro, Plantas