insignificante
No dia 5 de Setembro irá realizar-se por terras beirãs o 1º Encontro Ibérico sobre Minas de Urânio.
Por estas terras mal tratadas por uma indústria, sem objectivo sustentável, que durante décadas ignorou a legislação que devia cumprir e fazer cumprir, por uma empresa do Estado (E.N.U.) que não cumpriu as suas obrigações, por onde a autoridade do Estado não está a fazer o que deveria pela recuperação das terras, pela ajuda às populações, pelas compensações adequadas a quem por lá trabalhou, por lá sofreu e por lá morre, por estas terras há quem não se cale.
Vamos desafiar os candidatos a pronunciarem-se, vamos confrontar os poderes a assumirem-se.
Hoje estive num agradável convívio em Viseu,,,
Labels: Urânio
Almocei hoje com um velho amigo.
Pensar as convergências de pensamento, de brincadeira, de entendimento, no decorrer de conversa que se prolongou com ajuda do também velho companheiro (e pensar que trouxe o 1º para Portugal...)Jameson, foi um prazer.
Os momentos da vida passam por estes nadas cheios de estórias, onde fazemos o quotidiano.
Depois estive pela C.M.L., onde tudo parece diferente....,
Labels: Camacho
"A filosofia analítica, da Idade Média, ao relacionar o pensamento com a palavra desvalorizou a visão como sentimental e infantil"
Este pensamento de Orhan Pamuk, no texto "Ver como uma criança" publicado ontem no El Pais vale o artigo, que anda entorno dele.
Pensar no nosso quadro racional só se concretiza em palavras? E mesmo quando imagens são suscitadas essas requerem objectivação verbal?
Talvez. Talvez sim, ou talvez não...
Conclui ontem livro que irá agora percorrer o caminho da impressão, das cores e das letras a serem alinhavadas para romper no mundo que lé...
Ontem também dei início prático às páginas web das empresas que no vento sustentam energias apropriadas e, também para essas, na véspera tinha esgravatado o processo que dará inicio a animação que em 24 imagens por segundo da energia contará realidade.
E tenho que confessar deixando em arquivo amizades que parece que pararam no tempo, ou desses outros tempos só são capazes de tempos mortos, penso dedicar-me, até as almejadas férias e também dar o meu tempo para dar empenho à continuação de uma gestão positiva e com luminosidade em Barrancos, à construção da cidadania CPL em Lisboa.
Já aqui chamei à colação:
http://www.adiferencaemlisboa.blogspot.com/ onde colaboro, e nos próximos tempos a fechar pontos de cruz e a prever outros vamos estar.
Que bons tempos venham nessa renda...
Labels: Trabalho
Enganos, trocas, inverdades, mentiras, palavras, palavras vão fazendo o mundo.
Hoje na conversa sobre um "principezinho" reaparecido lembrei-me da Alice, desaparecida do outro lado do espelho, e das baldrocas da asae, que vieram a próposito da/na conversa, e das formas de fazer realidade e do sonho dessa.
A realidade impôe-se, acabará por impôr-se ao frenessim mediático de que o mundo está feito.
Esta semana, no turbilhão de processos políticos, ainda tive tempo de ir a Caldas e falar numa interessante conferência "Os idosos e os Direitos humanos". Tinha um rascunho com algumas notas, de que usei metade, porque percebi que tinha muita densidade uma parte e essa ficou no borrão.
Abaixo deixo as notas usadas.
Tive ocasião de falar num painel de heróis, o que referi. O Fernando Nobre, que já salvou muitas humanidades nas vidas, cada uma que salvou, um homem que é um exemplo e que devia ser contado e louvado. A Maria de Jesus Barroso, que é como referi uma das heroínas portuguesas, que tem uma vida exemplar de serviço publico e empenho por causas, a maior das quais é a da liberdade e dos direitos. E é a mulher que acompanha a vida e luta do que penso que é o maior referente da democracia e do empenho por essa em Portugal, Mário Soares.
Foi bonita a conferência, o Conselho da Cidade, a secção do Oeste da Amnistia Internacional, o centro paroquial de Sta. Catarina que co-organizaram o evento estão de parabéns. A sala estava cheia, e salvo a desnecessária sessão de propaganda eleitoral da sra. vereadora das Caldas tudo esteve optimo.
(...)
Direitos Humanos,,,, dos Idosos
“Rugas no rosto moreno, ondas no lago sereno, vento repentino, ares de menino. Fugas de brigas de rua, luas e luas e luas, repentina paz, meu velho rapaz”
(Gilberto Gil. O Mar e o Lago, 1996)
Quando o cidadão deixa de pertencer à comunidade sendo essa exclusão, não um acto livre da sua escolha (e não resulte de ter cometido algum crime) perde a sua dignidade, qualidade essencial do homem.
A maior calamidade não é todavia a perda de direitos específicos mas a de uma comunidade disposta e capaz de lutar pela garantia desses direitos!
Direitos Humanos em geral.
1- Nascer desejado, o verdadeiro direito à vida
2- Viver com dignidade
Transversalidade, universalidade e bem estar social
3- Ter “boa morte”
(...)
Não morremos por termos nascido, nem por termos vivido, nem por termos envelhecido. Morremos de alguma coisa.
Sim todos os homens são mortais; mas para cada um deles, a sua própria morte é um acidente e, mesmo se a conhece e aceita, uma violência ilegítima. S.Beauvoir. "Uma morte suave"
Direitos humanos “abstractos”
a) não existe autoridade de garantia
A busca responsável de equilíbrio entre tutela e autonomia, prerrogativas e privilégios, juventude e senilidade, direitos e deveres é um desafio jurídico, além de social e ético.
Quem? Como? Quando?
b) estão sujeitos a “leituras”
Os Direitos Humanos, entendidos através do seu carácter universalizante, apreendidos como verdadeiro movimento de globalização, no qual são contemplados e sacralizados apenas necessidades e interesses constantes – ainda que historicamente expansíveis –, porque próprios da humanidade,
São, deveriam ser, a referência legítima à limitação do Poder, inclusive em plano internacional, e norteam condutas neste diálogo intercultural e intergeracional.
(..) A privação fundamental dos direitos humanos é antes de mais a privação de lugar, lugar que torne a opinião real e a acção eficaz.
Direitos específicos:
Direito a envelhecer.
Na nossa sociedade, a velhice difere de outras categorias etárias basicamente no que se refere a inúmeras perdas de relacionamentos afectivos (por afastamento ou por morte); profundas modificações familiares
Integração- Caso Barrancos, creche, guerra civil, etc
Economia de manutenção e voluntariado social
dificuldades quanto ao “mercado de trabalho” ou opção por uma segunda carreira, especialmente sob um sistema coercitivo de reformas e subemprego;
Saúde e autonomia. Todos envelhecemos!
batalha contínua contra doenças crônicas e debilidades orgânicas, proximidade da morte, ameaça à sexualidade, à inteligência e à integridade.
Politica e sociedade.
Em política, o indivíduo conserva durante toda sua vida os mesmos direitos e deveres. O Código Civil não faz qualquer distinção entre um centenário e um quadragenário.
(...)
Recomendo o seguimento de:
http://adiferencaemlisboa.blogspot.com/
porque o inesperado e o essencial podem ser inviziveis a outra informação publicada.
Labels: Cidadãos por Lisboa, CPL, Eleições
O afilhado do dr. Cardoso volta a bolsar.
É sabido que para ele a palhaçada não tem limites.
E sabemos que qualquer pretexto lhe serve para vomitar os seus disparates.
O seu padrinho Cardoso deve dar voltas na tumba, que era um fascista com educação. O seu afilhado, também responsável da União Nacional (o partido fascista nacional) é um fascista ordinário.
Sendo que não quero deixar de voltar a referir que sou pela retirada da Constituição da possibilidade de criação de organizações que defendam as ideias fascistas.
Aliás tal é um merro pró-forma, vide o vociferar deste fascistóide, que tem "audiência" e é eleito num sistema de colónia... e clientelismo de voto.
E também dar a independência a partes insulares do território nacional, que em referendum o desejassem, ou então colocar ordem democrática e respeito pelas instituições nos territórios insulares, todos.
Lugares, foi em torno de lugares que parece que toda a gente se fixou. Jornalistas e o que eles expressam, uma opinião mais interressada no trivial que no fundo, na ramagem que na semente.
Ontem repeti várias vezes a jornalistas que não estavam em discussão lugares, do 2, do vice-presidente, disto e daquilo.
Nunca estiveram. O que se discutiu foram políticas, e lógicas de organização.
E os termos em que se realizará um combate político, e as políticas para esse. Não se discutiu o que não tem discussão, o acordo só podia ser feito com essa transparência, da clarificação dos cabeças (1 e 2) e da lógica de hondt.
E claro que se discutiram outros formalismo e outros actos eleitorais autárquicos.
Só nisso houve discussão e felizmente convergência.
Porque em Lisboa o que se avizinha é uma luta entre valores.
Os nossos são os da transparência, do rigor de gestão, da sustentabilidade social e essa incorporando os valores republicanos do direito das maiorias que constituem as multiplas minorias que fazem a cidade, cívicas, políticas, raciais, sexuais, de um discurso claro em relação ao Estado central, e da participação.
Do outro lado? do outro lado,,, o quê?
Labels: Lisboa em Cidadania
Morreu o Hermínio da Palma Inácio
já estava fora do mundo à algum tempo, a última vez que o vi deambulava ele por oeiras, já foi à alguns anos. Era uma personagem histórico da estória, das estórias de que fez a sua vida aventurosa e idealista. Por ele, com ele, percorri muitos amigos e caminhanças, dele recordarei sempre a verticalidade e lisura.
Era um homem bom que já se tinha esquecido. Que deve ser recordado.
Labels: Palma Inácio
Esclarecimento:
Sempre que falo ou escrevo faço-o em meu nome.
Durante os curtos, ou não, períodos em que fui director ou dirigente de algumas organizações, e sobretudo daquelas que por razões que nunca procurei investigar, procuraram escamotear que delas era dirigente, sempre referi em qualquer intervenção que faça, o meu discurso é individual sendo que as ideias podem ser colectivas, mas nunca serão compartilhadas com homofobos, racistas ou outros tolerantes.
Não faria qualquer sentido, tendo deixado de ser membro, de uma qualquer organização, que reivindica-se a essa a pertença, e mesmo podendo interligar o discurso esse é ainda mais individual.
Talvez por contágio de ares de algum nucleo de Matosinhos as percepções das coisas, como nos dizia Simone de Beauvoir, que por estes dias releio, fujam da realidade que desagrada.
Essa continuará a galopar...
Labels: Matosinhos...e homofobias
Algumas notas:
1-Sobre os defensores da intolerância, seja em Matosinhos, seja na India. O fanatismo, a incapacidade de ouvir, aceitar o outro e a igualdade de direitos, de todos os direitos assume a forma de turba e deve provocar a total censura e radical oposição. Aqui fica:
http://videos.publico.pt/Default.aspx?Id=accbb5d8-6335-4683-89c1-b9110dfd7bb9
podia ser em Matosinhos...
2- Voltei a ver o inacreditável Mário Franco, inventor de uma organização mundial de juventude e grande sacador de verbas, com a conivência e benesse do partido socialista, em diversas fundações, agora na do impagável Lino. É um perfeito idiota que só a subserviência aos "bosses" o o seu jeitinho para a vigarice conduziu aqui. Lembro com saudades esses tempos em que esse bronco era motivo de barrigadas de riso. Alguns ainda hoje nos rimos...
3- Não existirá coerência por aí?
A Ana Gomes, que aprecio, cometeu (e da mesma forma o Miguel Portas!) um erro grosseiro ao concorrer à Câmara de Sintra (e a justificação do Miguel que só concorre a vereador, que se calhar é a mesma da Ana, é uma fraude, dado que ou se é cabeça de uma lista ou de um molho de bróculos!), assim como a Elisa Ferreira. Mas claro que todos eles só concorrem só a vereadores...
Não basta à mulher de César ser séria, e não há um mínimo de seriedade se não tomar já! uma posição sobre esta situação melindrosa.
4- Ando por aí e sinto, vejo que o descontentamento é geral, e infelizmente não há alternativas sérias para lhe pôr cobro. Dizem os meus amigos radicais que em Itália, e na Europa, a peste partidicrática vai alastrando. Estou cada vez mais convencido disso, e ainda este sábado em Barrancos tive um exemplo perfeito do erro que é sobrepôr eleiçoes e discursos, sobrepôr cidadania e lógicas locais e discursos etéreos e repetidos sobre sabe-se lá o quê, em nome de lógicas partidárias.
Em nome de lógicas partidárias limita-se o direito civil à participação e a mais democracia. Ouço com progressiva insistência da vontade de alterar o sistema de representação e a sua lógica de exclusividade partidária, assim como a vontade de alterar regras nessas estruturas. Vejo que a peste alastra mas também vejo, por aqui e ali que quem luta contra esse domínio não desiste....
Labels: Cidade e política
são, talvez, os encierros mais espectaculares do mundo. Hemingway foi um dos que os tratou, em livros cheios de duende, de relações, de sexo, de vida e morte, de política e de claro e escuro.
em Pamplona conheci o tempo sem tempo e uma canção a romper o escuro das noites dos punhais, em pamplona conheci vida e duende, bebida pela bufanda e andei pelo deserto, por aqui, por terras de Navarra percorri estradas e sentei-me nas praças.
hoje foi dia de encierro, de um tempo mágico que em redor da vida e da morte do toro, mítico e real todos os anos se transforma no seu entorno e nesse continua a transfigurar-se.
Pamplona, voltarei a Pamplona, voltarei,,,
Labels: Encierro
por aqui, por ali, por acolá tenho, na simples qualidade de cidadão empenhado em criar as melhores condições para as vivências sociais e a afirmação cultural e cívica estado presente, e com essa dado o meu apoio a alguns candidatos e candidaturas.
em todos os casos não regateando a crítica e sugestão, que tem a ver com o conhecimento e experiência do tempo, dos tempos.
jogo por fora mas com empenho e por vezes fico constrangido por ver que erros monumentais são tolerados ou disfarçados por este ou aquele motivo, perspectivas são entortadas por este ou aquela razão, e os melhores candidatos são escondidos atrás de mediocridades.
não falo senão de casos em que já formulei estas opiniões aos próprios, com sentido de minimizar danos e arrancar com energia.
e, em todos os casos em que me envolvo, e estou a referir apenas autarquias, que de legislativas falaremos ou não noutra ocasião, que tudo está muito nebuloso,,,,conto palmilhar pedras e pedrinhas,,,
gostaria de também as palmilhar em lisboa,,,onde vejo tudo também nebuloso,,,onde houve uma sucessão de falhas que deveriam ser corrigidas com celeridade, para afirmação de cidadania,,,
em política nada é definitivo, em política o que conta são os processos, e o que desses resulta, em cada momento, e as ideias que marcam o tempo.
o tempo, ha o tempo,,,
Post Scriptum:
Li o Andanças I, que o companheiro de algumas dessas Camilo Mortagua, deu à estampa. Livro de memórias que ainda não partilho que desasombradamente expõe na primeira pessoa. Estórias da história que outros ou o tempo poderão avaliar, integrar no seu lugar. Documento fundamental para ler as oposições e também os homens dessas.
Como me disse no lançamento o II volume já provoca ansiedades... eu estou tranquilo na minha partilha de um grande abraço ao companheiro Camilo.
Labels: Eleições 2009
Amieira,
por terras do grande pântano Alqueva, terras perdidas de sustentabilidade, mortas por um projecto sem sentido, e que expulsou os restos de vida e produção adequada na, da zona, por aqui e por ali vão-se encontrando resistentes de esperança.
Na Amieira aproveitando um dos únicos aspectos positivos do pântano (a sua utilização para recreio nautico) na marina há um simpático restaurante, com uma vista deslumbrante para o espelho d'água.
O pôr do sol deve ser de espanto. De espanto é também o espectacular conjunto escultórico ao pé da simpática praça de toiros. A melhor pega que já vi estilizada numa composição poderosa em todos os seus participantes.
Voltaremos a este espaço, onde se procurou deixar traços do sagrado....
Labels: Alqueva
Inacreditável,,,
A esta hora só pode ser ex-ministro. O gesto do sr. Manuel Pinho, além das permanentes anedotas que bolsa (aquela do fim da crise, por exemplo!), só pode ter tido como consequência, para não ajudar ao lume brando em que já está o governo e o partido que o apoia, a sua demissão.
Ou pelo seu pé ou por imposição do 1º ministro.
Fazer os cornos a um deputado da nação, ao plenário do parlamento, de facto é um gesto que não tem classificação e que mostra a qualidade do sr. Pinho.
Lamentável.
P.S.
Na hora que eu escrevia a demissão já devia estar a ser assinada. Bem feito! Mas teve que ser empurrado...
Pena outras anedotas não lhe seguirem o caminho da histrionia e levarem também o mesmo caminho....
A situação está desgraçada e a qualidade dos protagonistas afectada pelo calor,,,