insignificante
por aqui, por ali, por acolá tenho, na simples qualidade de cidadão empenhado em criar as melhores condições para as vivências sociais e a afirmação cultural e cívica estado presente, e com essa dado o meu apoio a alguns candidatos e candidaturas.
em todos os casos não regateando a crítica e sugestão, que tem a ver com o conhecimento e experiência do tempo, dos tempos.
jogo por fora mas com empenho e por vezes fico constrangido por ver que erros monumentais são tolerados ou disfarçados por este ou aquele motivo, perspectivas são entortadas por este ou aquela razão, e os melhores candidatos são escondidos atrás de mediocridades.
não falo senão de casos em que já formulei estas opiniões aos próprios, com sentido de minimizar danos e arrancar com energia.
e, em todos os casos em que me envolvo, e estou a referir apenas autarquias, que de legislativas falaremos ou não noutra ocasião, que tudo está muito nebuloso,,,,conto palmilhar pedras e pedrinhas,,,
gostaria de também as palmilhar em lisboa,,,onde vejo tudo também nebuloso,,,onde houve uma sucessão de falhas que deveriam ser corrigidas com celeridade, para afirmação de cidadania,,,
em política nada é definitivo, em política o que conta são os processos, e o que desses resulta, em cada momento, e as ideias que marcam o tempo.
o tempo, ha o tempo,,,
Post Scriptum:
Li o Andanças I, que o companheiro de algumas dessas Camilo Mortagua, deu à estampa. Livro de memórias que ainda não partilho que desasombradamente expõe na primeira pessoa. Estórias da história que outros ou o tempo poderão avaliar, integrar no seu lugar. Documento fundamental para ler as oposições e também os homens dessas.
Como me disse no lançamento o II volume já provoca ansiedades... eu estou tranquilo na minha partilha de um grande abraço ao companheiro Camilo.
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Conversas, sardinhas, leituras compactas, jornais e revistas. Descanso, ginásio, escritas, muitas em preparação ou ideia, assim passaram estes dias de pausa, de reflexão, que continua.
Também projectos e esquematização de planos de acção.
A análise dos dados das eleições continua a chegar-me de muitos locais, do país, mas também de outros pontos da europa, e por entre a diversidade europeia verifica-se que um dos problemas estruturantes é a ausência de Europa, a impossibilidade de partidos europeus é uma das principais lacunas que devia ser corrigida, mas também a necessidade de um novo reagrupamento das famílias políticas europeias seria de toda a conveniência (e volto a referir o disparate absoluto que é o posicionamento do B.E. no grupo que reune os mais stalinistas partidos anti-europeus e outros que vivem noutro planeta, grupo que felizmente foi drásticamente amputado a nível do espaço europeu). Além do disparate que é a retirada dos conservadores ingleses do PPE, assim com a aceitação da integração neste do CDS, outras ligações que juntassem a famíla, ou parte desta, liberal e os verdes, ou parte destes seria de todo o sentido.
De qualquer forma no quadro da liberdade parlamentar que domina no P.E. essas interligações, que definem um espaço político/cultural serão feitas.
Em Portugal entramos noutro ciclo, que mereceu reflexão e muitas conversas, cruzadas, por estes dias.
Tirar lições do que se passou é imprescindível. No quadro do que se prenuncia como cenários pós-legislativas, que terão por sua vez também repercussões nas autárquicas bom seria que houvesse a capçacidade de dar passos no sentido daquilo que é necessário para romper com os bloqueios e definir outra política, encontrar novos protagonistas, que percebam e avaliem a sociedade sem estar determinados por lógicas de grupos ou determinantes doutrinários e obediências a chefes ou ideias vagas.
Voltarei a este tema, que alimenta quem gosta de pensar.
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Eleições....
Não há hipotese de negá-las, elas estão aí, à porta e o país já está em pane, de tudo.
Em breve, assim que as condições objectivas se predisponham voltarei aos meus vários empenhos e à sua substanciação, que será absoluta.
Em diversidade de circunstâncias locais, e em cada um dos vários locais onde deixo, ou deixei suor, trabalho e sentimentos não deixarei de dar contributo para o que acho melhor, tendo falhado a iniciativa política que com alguns avancei (um partido de independentes limitado no tempo e com autonomia para encorpar as listas genuínamente cívicas) terei que apoiar essas ou o que resultar desse espírito encarnado em listas de partidos.
Não vejo desde logo contraditório o empenho nas eleições europeias, onde defendo a possibilidade de partidos europeus (e eu próprio sou membro de um transnacional, o Partito Radicale) que possam quebrar a lógica patriótico/foleira que leva um socialista a apoiar um não sei o quê, mas que não se chama Bo, para a Comissão.
Partidos Europeus para eleições europeias, e não sendo tal possível o meu compromisso com quem defende as posições que me são mais próximas, pesem as divergências de pensamento e ideologia, que é o Miguel Portas e a Marisa Matias, que continuarão a sua acção cívica de disponibilidade e defesa intransigente dos direitos, numa Europa que se precisa mais.
Sou contra, aliás, tal não faria qualquer sentido nem nas europeias nem nas legislativas listas de cidadãos para concorrer a parlamentos que são ou serão responsáveis por nomear as funções executivas.
Não faz, para mim, qualquer sentido, listas de cidadãos para o Parlamento nacional, onde acho que tal abriria as portas ao mais bacoco populismo e para as quais acho que são os partidos que representam formas sociais de pensamento e gestão, que devem encontrar representação.
Isto dito tenho que referir que me encontro em linha de confronto com as lógicas partidárias, e a forma de organização dos poderes nos partidos e a sua gestão. Com, ou melhor contra, todos eles. Sou a favor de partidos Assembleia, orientados por regras claras e noções de transparência e rigor.
Não penso que os partidos esgotem a política e a sua representação e acho inconcebível que em vez de procurarem alargar essa em quadros não dogmáticos de pensamento e acção continuem a funcionar como alfobres de mediocridade e de lógicas clubistas.
Talvez vá de férias nesse período, as eleições legislativas, ou talvez não.
Neste momento não me reconheço em nenhuma entidade que a esta se disponha. A esquerda libertária (Castoridiana, está na cara) mas também não violenta (Gandhiana, claro, o que desde logo exclui terrorismos...) e liberal (e esse não tem senão o pensamento radical como referência) não se encontra representada, nem a sua sombra.
Veremos, como o tempo que passa.
P.S.
Sou, também, contra coligações entre grupos de cidadãos e partidos políticos (sendo nesse caso a proibição legal, do meu ponto de vista correcta!). Pois se se constitui um movimento de cidadãos que sentido faz esse coligar-se? Os partidos que convidem e integrem as pessoas individuais, como independentes, sendo assim a transparência total e sem subterfúgios.
Isto dito há que referir que a lei eleitoral autárquica continua a prejudicar as listas de cidadãos, seja em termos de processo de constituição, seja em termos de não utilização de símbolo próprio, seja em termos de transparência financeira.
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Já o sabia à algum tempo e motivou um "delicioso" quiproquo quando no final da Convenção do Bloco a felicitei pela minha expectativa pela sua nova posição, a língua é fonte de mal ou bem entendidos, a Marisa Matias é o número 2 da lista encabeçada pelo Miguel Portas, do BE, ao Parlamento Europeu.
Tenho a melhor opinião sobre ela, seja a capacidade intelectual, seja a disponibilidade social e empenho cívico.
O meu apoio já manifesto ao Miguel e ao Be, nesta eleição, reforça-se pela convicção que a Marisa será uma excelente eurodeputada.
Sobre a restante lista não se me oferecem grandes comentários, sendo que espero que o programa e as linhas de acção também reflictam o que é a excelente escolha de Fernando Nobre, da AMI, e não da Amnistia Internacional como vem na notícia da Lusa, para mandatário.
Os direitos humanos e os novos referentes ambientais no quadro da crise global dos sistemas serão certamente cuidados.
Tenho divergências que se tem aproximado, sem que eu me tenha movido, sobre o conceito de Europa, uma Europa política, social e transnacional, federalista e de valores, com o Bloco, mas como já disse a minha corrente política não tem expressão organizada em Portugal (liberais/libertários e socialistas) e no quadro da minha integração no Partito Radicale encontro perfeitamente apropriado o empenho onde encontro mais compatibilidade.
Hoje, já posso clarificar a tal posição de entusiasmo político.
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....o ano em curso.... vai-se apressando... por todo o lado... começam a ser apresentados os candidatos... e tenho que dizer que no mais dos casos é triste... são tristes os cenários... e os candidatos... são tristes as circunstâncias... por aqui e por ali... vão-me falando do partido autárquico, única hipotese para mim de marcar presença efectiva nos média e separar águas entre a miscelânea que irão ser as candidaturas de independentes, onde teremos bandidos do piorio que serão misturados com candidaturas sérias e que representam um novo espírito.
Por razões que ultrapassam a minha compreensão quem poderia ter a responsabilidade de dar expressão a esta iniciativa cívica e assim juntar espaços de intervenção desistiu ou achou por razões também menos claras que tal não seria viável. Também por razões que me ultrapassam se pôs de lado, pelo menos em Lisboa, que noutros locais ainda se poderá marcar diferença, uma candidatura que juntasse as forças sociais, políticas e partidárias debaixo de um chapéu de intransigência cidadã.
Tenho que referir que não encontro viabilidade numa candidatura independente que não reconheça as lógicas do país real, o peso dos média, e o esmagamento a que se confina na estratégia de isolamento e auto-suficiência.
Não vejo possibilidade de candidaturas que se dissociem dos grandes desafios que se colocam à sociedade portuguesa, antes das eleições autárquicas (e com isto não quero dizer senão que não é possível meter a cabeça na areia...) e que não reconheça que as lógicas partidárias e mediáticas lhe roubarão todo, todo o espaço de afirmação cidadã (que só seria possivel contrariar com o "partido" não partido autárquico ou num quadro de confluências e partilha de iniciativas) numas autárquicas sem tempos de antena e onde a barganha do espaço mediático será a dividir por 310 e por todas as listas, com os partidos à frente... no meio de Isaltinos, Aventinos, Felgueiras e quejandos.
Independentemente da minha posição pessoal não deixarei de tentar que o espaço de cidadania, que se espelha numa leitura das autarquias sem partidos e onde as lógicas de cidade, de transparência, participação e sustentabilidade, no quadro do que penso deve ser o novo paradigma de "design" urbano, seja protegido e que não assistamos ao enterrar das esperanças nessa possibilidade, por erros de voluntarismo ou de umbiguismo.
Ver claro, analisar os factos na prospectiva do seu enquadramento e ter capacidade de timonar o percurso requer os pés bem assentes na terra.
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Passei o fim de semana a assistir à Convenção do Bloco da Esquerda...
Por entre os contactos amistosos, solidariedades e discursos da pedra lascada continua a haver por ali uma ideia a caminhar, embora devagar, e percebe-se que caminha mais depressa pelos membros mais responsáveis que pelas bases onde se encontra o maior trogloditismo, e sem sequer chegar ao grupo minoritário da tal Fer que é de ainda antes da pedra, de qualquer pedra.
Falta recentramento nas políticas e mais bom senso nalguns detalhes (e menos sound bytes), embora haja matéria prima de grande qualidade, e não refiro só as pessoas por quem tenho apreço e estima pessoal.
Ficou no ar um espaço de discussão, alargado, sobre a Europa, e devo dizer que vejo com expectativa que se comece a discutir um programa de governo, que desde logo clarificará as idades da história.
Reafirmei, pessoalmente, ao Miguel Portas o meu apoio, (e me dizem terá uma excelente nº dois que tenho em consideração e que certamente poderá dar um contributo importante), e também o contributo da minha corrente política que não tem representação institucional, para um programa federalista q.b. e socialmente activo. Claro que continuo a ter as maiores reservas com o grupo político a que se "vincula" na Europa, mas a política também é a arte do possível...
Sobre as legislativas deixo para mais tarde o pensamento, embora continue convencido que vão ser mais... cedo.
E sobre as autárquicas,,, que posso dizer,,, apoiarei listas de cidadãos onde me pedirem o empenho e sejam inspiradas e participadas por quem defende os valores que acho importantes.
E apoiarei listas partidárias onde reconheça nestas qualidades de representação, independentemente de qual a força que as organiza.
O que se articula nalguns locais com o Bloco de Esquerda e noutros não.
Em Lisboa penso que será um caso difícil, sobre o qual terei ocasião de me pronunciar nos locais apropriados quando for essa questão suscitada. Só posso, desde já dizer que lamento, lamento muito que não seja possível o envolvimento do Bloco com a lista de cidadãos por lisboa, e que dado esse cenário tenho as maiores dúvidas e genuínas apreensões em relação à iniciativa cidadã.
Continuarei a reflectir, com os companheiros com quem mantenho pensamento político, e talvez seja a hora de me voltar a dedicar a outro activismo (aproveitei esta convenção para continuar a juntar forças pela paz, num quadro de referência alargado e tive satisfação por ser a Amnistia Internacional, que representei no encerramento, uma das 3 ou 4 em muitas, organizações, que mereceram aplausos genuínos).
No final um telefonema para a Cunha Baixa para saber de mais uma jornada de luta...
O activismo acaba por ser, é todo, o mesmo,,,
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Sondagem para Lisboa,
Valem o que valem, mas são melhores indicadores que palpites e projecções de conversa de café ou julgamentos de intençao.
Amanhã no Correio da Manhã será divulgada uma para Lisboa. Nos termos dessa o PS ficaria com 7 vereadores o PSD 4, o Movimento de Cidadãos com Helena Roseta, com o apoio do Bloco de Esquerda teria 3 e a CDU 1,5. O outro 1,5 (claro que o 0,5 é só porque não tenho a régua de calculo que deve arredondar para a CDU) caíria no maior resto, em principio o PS.
Infelizmente o cenário não será esse e os sonhos de uma alternativa cívica que responda a uma lógica de rigor e participação com a confluência de quem tem esses valores no quadro autárquico, onde não relevam ideologias globais, parece longe, muito longe de se concretizar.
Muita água ainda correrá sobre as pontes, sendo que há uma que ficará para Alcântara, por palpites, projecções, e conjecturas fora de tempo e oportunidade.
E falta estudar o impacto de não haver, em principio e neste quadro, voz cidadã seja nas europeias seja nas legislativas e as consequências disso numa eleições que serão compressas entre outras.
Não deixarei por mãos alheias o meu empenho, cívico, social e político.
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Editou o Público no início de Janeiro um artigo meu que resultava de diversas discusões e diversos acordos.
Por razões várias, que também poderão ter que ver com ventos que passam, ao contrário do que pensava em vez de se desenvolver a estratégia nesse pré-anunciada houve acrimónias e até insultos.
Não ambiciono senão defender a minha posição nos locais para os quais sou convidado (ou em lógicas de oposição onde faço valer a minha presença) e onde essa é pelo menos considerada para discussão, pelo que por aqui me fico...
Talvez encerrando um ciclo, que também é uma volta no caminho do conhecimento escrevinhei um texto sobre as questões sérias que me colocaram.
Aí o deixo, com duas notas finais.
A ideologia da “cidadania”
“Fazendo as palavras significar-se”
Adaptado de “Alice, do outro lado do espelho”
Ideologia é uma formatação teórica específica em defesa de situações de interesses determinados, que procura dar-lhes conteúdo social (incluindo nesse obviamente a economia e a organização do poder).
Não é uma religião nem um clube de futebol e é ou deveria ser compaginada com as mudanças sociais reais, e integrar os novos paradigmas de gestão. Ter adaptabilidade ou tempo e ao modo como este se processa.
Foi a critica mais substancial que recebi, normalmente vinda de gente que encara o partido e a suposta ideologia desse, como religião revelada, em relação ao partido “não partido” estrutura de suporte a movimentos de cidadãos que num quadro de orientações de rigor, respeito à palavra dada e lógicas de gestão sustentáveis se venha, eventualmente, a constituir.
Existem interesses específicos dos cidadãos que não querem senão a melhor gestão dos seus concelhos, com as orientações referidas e essa também implica uma lógica política de participação e uma visão social justa e solidária.
E é claro que não pode ser mais evidente a ideologia em que radica o esqueleto desta forma de intervenção social, que é o municipalismo nacional e a sua história de autonomia, e nesse âmbito os projectos nacionais só podem contradita-los.
E para alem de as autarquias não serem locais para disputa de linhas de “macro-estrutura” a cidadania permite começar a torpedear a máfia de interesses que se alicerça na tripeça clubes de futebol (ou outros) estruturas locais (ou outras) dos partidos e construtores civis (esses mesmos) que deveriam provocar mais acção da Procuradoria Geral da República, talvez para “lavar algumas mãos”...
A ideologia da “cidadania”, há que demarca-la de qualquer, todos, populismo que se pode esconder sob esta, ancora-se na defesa intransigente da maior participação democrática (é pois liberal!) e na mais ampla autonomia individual (libertária, pois então) e escora-se nos pilares da sustentabilidade social (socialista, é bom de ver).
É um rastilho liberal-libertário-socialista, cuja contextualização pode identificar um novo paradigma cívico e político.
Também recebi outras críticas, (a algumas só o tempo dará respostas...) a que não quero deixar de dar já alguma satisfação.
Não tenho a mínima dúvida que cada momento requer uma resposta diferente. (*)
E será nesse âmbito que na qualidade cidadã me empenharei nos diversos actos eleitorais. O tempo da tutela e da obediência a um partido/seita já passou.
P.S. 1
Embora haja mais oásis que desertos, este partido “não partido” só seria funcional com o impulso dos Cidadãos Por Lisboa e com a liderança de Helena Roseta. Não havendo esse... desde logo a iniciativa fica curta de bornal.
P.S. 2
Claro que a lógica de qualquer grupo de cidadãos tem vários pés, a "ideologia" de base, e desde já tenho que referir que penso essa cria fronteiras claras em relação a dogmatismos de pensamento, a estrutura em rede de organização que é uma teia de relacionamentos, e uma pessoa em torno da qual se articula (e não duas, desde logo isso deve ficar claro). É em relação a esses três elementos e todos eles devem ser bem oleados (para evitar o populismo é a única mézinha!). Claro que é fundamental antes, por exemplo de criar estruturas decidir caminhos e fazer o enquadramento desses e pensar nos cenários globais e nos calendários. É preciso pensar como uma montanha.
Acho que não faz sentido repetir o C.P.L., penso que o grupo que se juntou em 2007 só terá viabilidade se escolher o caminho de operacionalização de um partido/estrutura e se romper os quadros partidários e juntando os elementos que se reveêm no procedimento enunciado, sem tabús, nem preconceitos e se fizer essa aposta no âmbito de uma reflexão política que integre as várias eleições.
Perguntar-me-ão como? Pois já inventei coisas mais difíceis. Todas tive que abandonar. Em todas deixei amigos e continuidade
(*) Assino este texto na qualidade de inscrito em 2009 no Partito Radicale Transnacionale e Transpartito....
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Hoje, no Público, com uma edição ligeiramente diferente:
#Um partido “não partido” para dar voz à cidadania, resolvendo os enigmas! *
Será a proposta que penso deve ser feita aos cidadãos que em vários locais, em várias autarquias se disponibilizam, com programas claros que assentem em quatro pilares fundamentais, que são:
1- a participação cidadã a todos os níveis dos processos de decisão, seja no desenvolvimento das Agendas 21, seja na intervenção publica nas principais decisões dos concelhos, seja nos orçamentos participativos ou nos planos de ordenamento,
2- a transparência nos processos de decisão, que implica simplificação de processos, exigência na gestão e escrutínio financeiro rigoroso,
3- o respeito à palavra dada, que não é uma questão menor, mas sim deveria ser a base de toda a actividade política e cívica,
4- uma aposta na sustentabilidade, e esta é um compromisso múltiplo económico, social e ambiental,
A proposta deve ser incentivada pelos Cidadãos Por Lisboa e lançada como desafio noutros pontos do pais, para que nesses, nas suas condições específicas grupos de cidadãos, em total independência mas obedecendo aos critérios enunciados e esses também responsabilizam os cidadãos, no seu percurso cívico que os levantem como referência, por aqui, por ali, por acolá comecem a romper os bloqueios cívicos para o melhor exercício da cidadania.
Claro que desde logo esta proposta, esta iniciativa deve obedecer aos determinantes da lei dos Partidos Polítícos mas com habilidade e métodos claros pode-se criar uma estrutura que articule os movimentos cívicos sem qualquer outra tutela que não a destes compromissos.
E será desde logo claro que este partido “não partido” terá como enfoque esta disputa política, e mais, penso até que este “partido” deve ser formado com desde logo um horizonte de perenidade.
Assim que estejam concluídos todos os decorrentes legais das eleições autárquicas deve dissolver-se e substanciar assim a independência dos grupos de cidadãos de quaisquer tutelas.
Mas embora não deva estar disponível para outros envolvimentos, directos, nos cenários eleitorais que se apresentam para o próximo ano, esses não podem ser ignorados.
Hoje não se pode intervir nos municípios sem ter presente a dimensão européia (os projectos intermunicipais europeus, os financiamentos, as interligações) e sobretudo, e em Lisboa o sabemos bem, as políticas nacionais que muitas vezes contra os interesses da cidade, das cidades se estruturam.
Para cada eleição se devem organizar as forças que dêem conteúdo a uma idéia, um projecto social, uma perspectiva económica, que responda ás vontades dos e das portugueses/as.
Para caminhar o equilíbrio faz-se melhor com duas pernas.
Cidadãos mais um esforço...
Este texto resulta de conversas e discussões entre cidadãos, por vários pontos, locais do nosso pais, mas substancialmente tem que ver com o que estamos também a discutir nos CPL, mas, de momento só me responsabiliza a mim.
Desde já refiro que tenho interesse e empenho em que para Lisboa se volte a apresentar Helena Roseta com uma equipa de renovados empenhos, que apresente um programa articulado, que seja resultante como o anterior de muitas e variadas contribuições, e uma equipe que sem lógicas de protagonismos individuais se disponha a mobilizar para a próxima vereação e outros órgãos municipais as vontades de convergência, todas as vontades, sem quaisquer outros empenhos senão essa transparência e sentido cívico, e nos órgãos municipais exerça também maior criticismo face ao governo da Republica, e continue o que tem sido uma participação autárquica exemplar e assim o estabelecimento de âncoras de sustentabilidade para a Cidade.
Da cidade, talvez, para o universo...
#
* O título e a resolução dos enigmas, o começo da sua resolução, remetia para artigo anterior, em que referia que se falava por enigmas era porque os resolvia todos (remetendo para "O Princepezinho").
Pois em Janeiro, no quadro desta posição, começarão a ser solucionados!
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Estamos a caminhar, com a ajuda do garrote, para o fim de 2008.
É, para alguns, agora na passagem, paragem do solstício tempo de balanço e criatividade.
Arrisco, desde já, que em 2009 vai ser precisa muita, pesem todos os constrangimentos que sobre nós pesam.
Perdido na Beira, passada a Gardunha nevada, e o Alentejo em expectativa do ganado e das colheitas de se rentabilizar, numa fraternidade onde a companhia se constói sem outros objectivos, e onde companhias se estruturam, constróiem e plataformam, onde tive ocasião de estar com expoentes do tempo que é a luta dos homens e mulheres por um futuro de dignidade, referi que temos que estar disponíveis para inventar, construir uma alternativa que dê voz à cidadania, saiba o valor o trabalho, e preze as memórias.
Tive o prazer de descobrir que esse é um caminho desejado, por muitos, muitos dos presentes e que é um desafio para todos os que assumem responsabilidades no caminhar de ideias e na sua organicidade.
2009 vai ser um ano de grandes desafios, de tempos sem tempos, de esperanças e desilusões, de descobertas e fiascos. De novas amizades, reforço de antigas e se calhar de deixar algum lastro pelo caminho, porque as amizades se moldam ao saber do tempo e do envolvimento que nesse se gera, claro se juntarmos a memória melhor, mas a memória é também uma construção da vida de todos os dias.
Sei com quem vou estar, porque os caminhos teêm o seu samsara, e o nirvana nesses é o ideal inatingivel.
O que conta é o movimento, mas também é importante, é muito importante a sua solidificação em espaço civico de poder....
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Fala-se em pontes, algumas com perfis disparatados e sem enquadramentos adequados, como a TTT, seja no que diz respeito à sua precipitada opção rodoviària (como já aqui referi) seja no que se refere ao seu enquadramento ferroviário, que deveria ser melhor estudado, no que se refere às articulações com o TGV, que é decidido com precipitação sem que a opção de ligação a Madrid seja a melhor e sem que haja qualquer sentido na ligação Lisboa-Porto.
Mas fala-se também de pontes, de pontes à esquerda, de pontes no falar à esquerda, de pontes para construir esquerda.
Só se podem construir pontes se se perspectivar uma política nova, assente nos novos paradigmas emergentes, o ecónomico que é a falência das lógicas economicas baseadas na apropriação das mais valias e na euforia do capital financeiro a controlar mercados e opções políticas, o social que são as sociedades em movimento e adaptação a novas condições de vida e desde logo o choque que resulta da pressão sobre os recursos e os conflitos climáticos, o ideológico que são os novos fanatismos e pensamentos totalitários e claro a guerra, a guerra que nos condiciona o quotidiano e transforma a lógica securitária das nossas sociedades.
Só se podem construir pontes se todos estes factores forem articulados com novos pensamentos e formas de acção nas diversas instancias do social.
Só, só se constróem pontes se se construirem novas formas de intervir e conquistar poder e se estas se articularem e integrarem em discursos e linhas de ideias em movimento com vista a construirem novas formas de poder assentes em transparência, olhar nos olhos e respeito pela palavra.
Nos C.P.L. estamos atentos e discutimos novas formas de intervenção que na linha da cidadania local e da participação ancorem formas de intervenção que vão, também, mais além...
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Hoje,,, excelentes discussões e propostas bem elaboradas nos temas Economia e Cidades a que assisti no quadro do Forum das Esquerdas.
E numa Aula Magna, com talvez 400/500 pessoas discursos com nível e propostas para continuidade cívica. Um polo de esquerda que aspire poder e que não abandone a palavra mas mitologias e falsidades é fundamental para romper com o imobilismo de acção política desta nebulosa.
É para tal fundamental que os "Alegres" e os "Louças" se juntem com os "Rosetas" e todos os que defendem uma nova postura cívica.
Vejo com expectativa a evolução, lenta mas gradual do BE em relação aos "objectivos do milénio", i.e, em relação a uma grande convergência que se pode desde já consubstanciar nas listas cívicas para as autarquias e no apoio a essas por parte de BE.
Posso garantir pessoalmente o meu empenho em que essa disponibilidade seja integrada e que a cidadania, sem contratos nem barganhas, aumentará no espaço onde esta confluência for propicia.
Outro elemento já indiciado está todavia presente desde já.... que fazer uma vez que as eleições serão todas articuladas e não é possivel esconder as lógicas de intervenção?
Resposta, dentro de momentos,,,,
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Lisboa
Muita intriga e o poder dessa que é absoluto transpira em relação às eleições para o município mais importante do pais.
Venho hoje referir, do meu ponto de vista estritamente pessoal, que não envolve nenhum pensamento chancelado, o que penso deve ser a intervenção cívica necessária a desenvolver para em torno de uma candidatura que envolva os cidadãos criar condições para que a cidade seja governada com premissas, procedimentos e regras claras, transparentes e adequadas a um modelo de sustentabilidade.
Uma candidatura com lógicas de participação, democracia de organização e um programa refletido e que não ignore que o país não é só Lisboa e também tenha presente o quadro global das eleições que se irão disputar para o ano.
Desde logo refiro que é do meu interesse na polis e empenho cívico que os Cidadãos Por Lisboa e Helena Roseta voltem a apresentar um lista numa lógica como a acima referida.
Uma lista de cidadãos não é orientada por outra ideologia senão a da participação e da coerência dos seus membros em torno de um programa participado e não entra em lógicas de barganha de lugares entre quem e quem. Os mais qualificados, os que garantem que a carta chegue a Garcia, os com empenho claro, serão os escolhidos no processo.
Esta lista cidadã é, obviamente, independente de qualquer, qualquer partido e está excluída qualquer acordo ou coligação, aliás impedida por lei.
Mas há que referir que não havendo modelos ideológicos a balizar esta candidatura ela assenta em lógicas de exercício do poder e é pensada em torno de valores cívicos e políticos claros.
Aqui chegado poderia parecer que estava concluído o processo desta produção.
Mas....
Dito isto vejo com a maior simpatia e entusiasmo, e não escondo que penso que os horizontes dessa confluência são largos, o apreço que Francisco Louça manifestou para com uma candidatura CPL/Helena Roseta para Lisboa.
Os que me conhecem sabem que vejo com interesse o processo de evolução do Bloco de Esquerda, que gostaria de prever no sentido de reforço das causas cidadãs e liberais, luta pelos direitos todos e a sua ampliação, e inserção num espaço de influência e centralidade social, com as regras que julgo eficazes para o exercício de representação. Mas como S.Tomé...espero.
E sabem também que julgo perversa a presença dos partidos na vida autárquica e o conúbio destes (partidos ou seus caciques) com clubes de futebol e construtores civis ou outros coelhos ou outros mamíferos em busca da sua massa..
E a construção de bases de confiança assenta antes de mais na forma como se intervém e faz política, como se ouve e se sente, como se constrói alternativa, e se alarga o espaço social de referência desta. E no respeito à palavra, à palavra dada.
Outros grupos, outras entidades tem manifestado vontade de se empenhar com os CPL, todos terão a mesma atenção e testemunho da nossa parte, na medida das suas valências.
A discussão está lançada, os limites do campo onde se realizarão os confrontos são claros, e a cidadania é um dos caminhos.
Com as confluências que forem propicias, e piscando o olho a quem destas também tem o desprendimento de saber que o que importa não é onde se joga, nem o resultado em si mesmo, mas respeitar as regras e perceber que não há desarticulações nos processos que conduzem ao objetivo....bonito. O processo é tudo.
Tudo está articulado como os lados da bola.
P.S. Descobro com o tempo que ter um blog com algumas centenas de olhadas é uma forma confortável de ter posição, publicada, sem os riscos da posição pública, sendo que todavia esta que vou publicando é, por mim, auto-cerceada por haver limites e restrições que ficam nos almoços e nas conversas, entre os devaneios da vida, as depressões da época e as decisões que nesta se tomam.
Na linha do que escrevo, porque o que mais de desagrada com o passar do tempo é a incoerência e a desresponsabilidade. Dar a cara e o empenho pelas causas e direitos que defendemos é a linha de intransigência. Como dizia, ainda hoje ao almoço, foi, tem sido, bom e divertido este meu regresso à política nacional que tinha já deixado a troco das pequenas coisas locais e combates de causas (IVG, Direitos todos, Anti-proibicionismo). Mas assim como voltei nada me obriga a ficar, sendo que a palavra que tenho é só uma.
Labels: Cidadãos por Lisboa, Eleições 2009
Vou começar, aliás já comecei esta semana embora só para 25 pessoas, uma semana de #tournée#.
Amanhã, no Porto irei lançar o "Ambiente, letra a letra" e tenho prevista uma intervenção de fundo, sobre o tema do livro, a gramática generativa, e as formas de cultivar nessa a verdade. E as questões centrais para o movimento ecologista hoje e, também, os principais envolventes dos Direitos Humanos, agora que vesperamos o 60º aniversário da Declaração.
Nestes temas muita gente irá ficar arreliada, porque estamos em Dezembro e estou cansado de não nomear os nomes dos responsáveis. E porque a leviandade e irresponsabilidade cívica tem que ser nomeadas.
Irei, porque se tratará de uma tertúlia entre amigos referir qual o quadro que antecipo para o ano nestas matérias e claro referirei o programa que defendo para as eleições europeias e também assim o cenário que antecipo e gostaria de implementar para as autárquicas e a gestão da palavra local.
E porque o tempo está frio apresentarei propostas quentes e acolhedoras para quem utilizando a gramática generativa, trabalho para o qual Noam Chomsky deu o seu melhor contributo, se enquadra numa linha de pensamento que socialmente se alavanca nesta onda. Local, nacional e internacionalmente.
Em Aveiro, aí em confronto não necessáriamente em oposição, com o Prof. Adriano Moreira, na 4ª e nas Caldas na 5ª noutros envolvimentos irei continuar a construir pensamento que se compaginará com acção de acompanhamento da espiritualidade do povo em Barrancos com a procissão com a Nª Senhora.
E não deixarei por mãos alheias a simpatia que sem outra implicação senão essa, Francisco Louça dirige ao movimento Cidadãos Por Lisboa e a Helena Roseta.
A simpatia e o piscar de olho são isso mesmo. Simpatia e piscar de olho.
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1984????
Por vezes estamos transportados a esse, claro ao do Orwell...
Ontem falei para um simpático programa online, do meu velho amigo António Serzedelo.
Ele que é um homem informado ficou muito admirado, e mais teria ficado hoje ao ler nos jornais, salvo num rodapé perdido, por saber que não há posição da C.M.L. em relação ao Estudo de Avaliação de Impacto Ambiental da Terceira Ponte sobre o Tejo a articular-se com Lisboa.
E surpreendido ficou quando lhe referi que pelo menos 8 vereadores em 17 são contra, por defenderem uma ponte sem rodovia, dois são contra por defenderem uma articulação do parecer da C.M.L. com o P.D.M. (que está em secreto processo de revisão) e outro, bom o outro é o ex-Zé, agora quase vereador dependente do P.S. que não disse coisa com coisa.
Como aliás foi lamentável vé-lo a contribuir com a abstenção e o voto a favor para a aprovação das contas da EPUL e a negociata que é a colocação em mercado, sob ameaça que roçou a chantagem do Presidente, de património da E.P.U.L. para que essa não abra ...falência.
Os Cidadãos Por Lisboa honraram o voto anterior, mesmo projecto mesmo voto, e a sua lógica de política de transparência e objectivos sociais claros votando nos dois casos contra. Notável é que quem leia os jornais ou não saiba isso ou até fique com a ideia que o nosso voto foi outro...
Bom mas em relação à TTT o problema vai ser complicado. E não faz sentido não só ter uma vereação rachada ao meio, onde o voto maioritário só não é contra o parecer... por causa do tal vereador, e contra, também a Assembleia Municipal, sendo que neste caso não faz vencimento a doutrina que se esta espelha-se os resultados eleitorais da eleição para a Câmara a decisão seria outra. Pois não era!
Isto está a ser um fim do ano cheio de surpresas...e ainda não chegámos a Dezembro, mas os jornais, onde a ditadura, ou melhor o aconselhamento, das editorias e dos comissários ao serviço de interesses domina, vão conseguindo conter a verdade.
Mas esta é como a água....
E se, como não é impossivel, tudo aquilo que foi apresentado sendo factos...fossem...mentiras...
Pois os jornais contam com o esquecimento, mas hoje os meios de comunicação já não fazem só a opinião...por aqui...por ali... por acolá....vemos.... ouvimos...e construimos...novidades.
PS Em breve aqui http://www.vidasalternativas.eu/ se poderão ouvir esses 10 minutos ...em que falei sobre a NOVA ALCÂNTARA E A TTT.... muitas orelhas ficaram a arder
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O caso da bandeira nazi mostrada, como não podia deixar de ser uma vez que estamos na Madeira, por pessoa com deficiência e um colóquio da Amnistia Internacional na Mostra de BD da Amadora levam-me a aprofundar a discussão sobre os limites da democracia e da liberdade de expressão.
Sou, pelo fim de todas as limitações e acho absurda a limitação constituciuonal à expressão de organizações ou movimentos fascistas, acho absurda a criminalização pelo delito de opinião que é negar o Holocausto ou até as alterações climáticas (sem qualquer comparação, como é obvio!). Acho absurda a punição ou restrição de qualquer cartoon, mesmo os de pior (quem define?) gosto e sou muito liberal em relação mesmo à ofensa pessoal, sendo esta do meu ponto de vista a fronteira da liberdade de expressão, podendo ser passada mas sendo que deve estar tipicado na lei as punições exemplares de quem o fizer. O direito ao bom nome é absoluto.
(Mas chamar a alguém por exemplo lá vai um Jorge Coelho não pode ser matéria de queixa crime se for um notório e nepótico administrador de interesses espúrios!).
É obvio que ao defender toda, toda a liberdade de cada um defender as posições políticas que quiser isso não significa qualquer contemplação com quem defende a violência por palavras ou actos, que penso deve ser sancionada pelos tribunais com toda a força da justiça, e nenhuma transigência com discursos que sejam dessa justificadores.
Portanto o limite da liberdade é uma fronteira muito clara. Quem defende por outros meios que não a palavra as suas posições, por absurdas que possam ser, deve ser penalizado criminalmente. Uma bandeira, uma posição de vómito são isso mesmo, um reles trapo e uma posição com deficiência.
Julgo que este caso mostra claramente as diversas deficiências do sistema político e a necessidade de também neste introduzir transparência, já que haverá sempre gente sem senso, como este senhor do não sei quê nazi ou o Alberto João e a sua entourage. Todos iguais.
Claro que isto tem pano para mangas, a crítica a aspectos sociais de rituais religiosos, a discursos ideológicos de doutrinas que pretendem intervir no quotidiano e se acham acima da crítica, sejam o Papa, o Islão, ou o Buda (que como sabem é dos meus) é, deve ser total. Assim como a separação e o respeito que o quadro dos principios e filiações de cada um deve merecer (o tal dai a Cesar o que é ...)
A aceitação do debate, nos limites do confronto cívico, deve ser uma pedra de toque fundamental. E nesse a possível inducação (que para os lados da Madeira é generalizada) só pode ser sancionada moralmente e no quadro do relacionamento.
Não há volta a dar....
Infelizmente continuam a haver e gerarem-se muitos equivocos e gente que pensando que tem a verdade toda se recusa a perceber a multiplicidade da realidade e da vida, onde o conflito de posições e a crítica devem ter o âmbito mais alargado, para formar poder.
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O tempo não nos dá folga, o término de inumeros trabalhos, junto com movimentações sociais não nos permite folego...
Entre uma entrevista de duas horas, umas animações diversas, tratar de uns pareceres e alguns aconselhamentos, um artigo para aqui e outro para ali, umas coisas só imaginadas (oh,oh,oh), uma recepção e uma exposição, um jantar judaico (que me deixou água na boca e noutra vida comentarei) e um café com uma das melhores vistas de Lisboa, mais uns "complots" e barrigadas de riso (a ilusão do Santana), tudo isto e a preparação de viagens pelo país ou por outros lados da vida, tudo tudo isso, o power point de arte, os painéis de excelencia, e um dois livros na mesa de trabalho tiram-me o tempo para o tempo, e para usufruir a palavra e o espírito dessa.
Estamos a aproximar-nos de tempos vibrantes, a vitória do Obama (em si mesmo já importante) vai conduzir-nos a novos patamares de envolvimento social e de mobilização cívica (isso o mais importante)... e por cá... desconfiai da água que dorme....
Não é impossivel que aconteçam notícias inesperadas, nesta rede de mundos em que vivemos e nos cruzamos...
Sim, sim, nós podemos!
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Caminhando no “deserto” e a Europa aqui tão perto (II)
Referi anteriormente que a cidadania se irá, sem quaisquer comissariados centrais, assumir por aqui, por ali, por acolá, nas eleições autárquicas (a não haver nenhuma desvirtuação do voto na representação).
Mas no próximo ano teremos várias eleições, e se bem que já temos maturidade democrática para distinguir claramente o quadro de referencia e as competências que de cada uma delas resultam, não será possível desligá-las e não enfrentar com clareza e transparência o significado de cada uma delas.
Vou agora referir as Europeias, que não podem ser senão no inicio de Junho.
São europeias, infelizmente sem que partidos transnacionais, federalistas liberais e socialmente empenhados, libertários e usando o referente politico da não violência possam concorrer.
Voltei a inscrever-me no Partito Radicale, transnacional e transpartidico (transversal às nações e aos partidos), que representa um sentir por uma Europa politica assente nos valores da democracia, dos direitos humanos e de uma efectiva representação.
Penso que seria da maior utilidade discutir, no âmbito das eleições europeias a forma de sair do impasse constitucional e sou desde logo em favor de poderes constitucionais para o Parlamento Europeu.
Seria importante que temas como a Politica Agrícola Comum tivessem lógica europeia e assim saíssemos do proteccionismo que a domina, temas como os usos de pesticidas ou os transgénicos estivessem nas agendas e que a agricultura biológica e social fosse discutida num quadro europeu mas também da sociedade global.
Seria da maior importância que uma politica energética estruturada fosse equacionada, no quadro dos desafios que as alterações climáticas motivam e tendo em conta o estrebuchar final da tecnologia nuclear. Novos paradigmas de energia que assentem em mudanças no quadro da utilização e eficiência, novas alternativas de produção suaves, e sobretudo um reequacionar dos sistemas de transportes deviam ser discutidos também no quadro mundial dos produtos energéticos e das cleptocracias e autoritarismos que se baseiam nos produtores dessas matérias.
Seria da maior importância que na Europa se desenvolvesse uma politica clara e intransigente em relação aos direitos humanos e à sua observância e essa ser a base também das trocas com outros.
Muitos seriam, são do meu ponto de vista fundamentais.
Sei que, infelizmente, não teremos partidos europeus, embora a candidatura o possa ser, e que pior a discussão será fulanizada em torno dos partidos nacionais.
Só posso desde já dizer que os C.P.L.s não irão, certamente, intervir neste quadro eleitoral.
Somos cidadãos livres e eu desde já aqui fiz a minha declaração de interesse.
Dados estes factos, e sendo que não penso que haverá alterações deste enunciado, a não ser em eventuais pormenores, irei neste momento posso dizê-lo com toda a frontalidade voltar a apoiar a candidatura à qual dei o meu nome, voto e colaboração.
Diverte-me saber que estive muito longe dele, e em desafio a movimentos da paz soviéticos chegou ele a receber, para me proteger dos seus, mais pontapés e tabefes que eu... diverte-me saber que (até nessa altura!) sempre houve abertura da parte dele para ouvir e discutir, diverte-me que o caminho, este caminho já se tenha cruzado e que ele tenha tido um mandato interveniente e com responsabilidade politica e transparência.
Não terei qualquer hesitação, votarei no Miguel Portas e na lista do Bloco de Esquerda para o Parlamento Europeu.
A seguir:
Em Lisboa, que das outras és princesa (III)
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Hoje tivemos o momento chavez, nos três canais da televisão portuguesa. Sem edição e em directo, em todas ao mesmo tempo e durante cerca de 10 (dez) minutos ou mais o ministro da economia aquele bestunto do Teixeira e Santos esteve a dizer umas completas inanidades, com o objectivo de salvar o tal sistema financeiro, que pouco antes o Barroso dissera que só a economia real ( o trabalho, claro o trabalho e as mais valias reais deste) é que o poderia salvar da sua própria ficção.
Isto é inconcebível. Não sei como é que não cai o carmo e a trindade face a esta desfaçatez. E como é possível isto, isto invadir os nossos ecrans e qualquer aluno do 1º ano de economia, ou melhor qualquer cidadão que viva do seu trabalho perceba que aquilo foram só bujardas, sem qualquer lógica e nenhum sentido. Aqueles números parairavam no totalmente etéreo. Mas alguém acredita naquilo? Alguém acredita naquele gajo?
Isto está a ficar cada vez mais grave. No outro dia dei por mim a tentar (mas porquê?) convencer uma mesa de tetulia que não estavamos à beira da...guerra civil... que convictamente pessoas com um Q.I. claramente superior a este Santos me diziam estar iminente.
Não temos alternativa nenhuma, e tirem-nos esse tal Borges deste pesadelo, que faz lembrar os caminhos de mau a piau.
Infelizmente continuamos a seguir por caminhos sem direcção nem calçado apropriado. Precisamos cada vez mais de diagnósticos sóbrios, metodologias claras, transparência de procedimentos, envolvimento dos diversos actores sociais e regras e linhas de acção objectivas.
Vivemos uma crise sem precedentes e a capacidade e linhas de pensamento para alterar tudo isto continuam a desenvolver-se inorgânicamente por aqui, por aqui e por ali.
Se se articularem, só falta uma faísca, para pegar fogo à pradaria, é preciso é que aqueles que tem capacidade para usar o "fogo" o usem apropriadamente... eu comecei a juntar a minha gente...
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Cidadãos Participação Local, por aqui, por ali, por acolá... (I)
O tempo passa.... e à medida que passa e nós nele vamos percebendo que nem tudo é o que parece e que vivemos efémeros sucessivos.
Vivemos tempos em diluição.
A vida politica é um desses, feita essa cada vez mais de espuma, todos os dias a encolher a essencialidade das coisas... e a enfrentar a realidade cada vez maior dessas.
Em 2009 teremos eleições sucessivas...
vamos começar por aquelas nas quais as opções partidárias são menos fundamentais, porque a gestão de proximidade não se integra em modelos globais, porque a politica local não se orienta por opções ideológicas generalistas, e por tal nessas o “clubismo” partidário é menos exercido.
E só não é menor ainda esse “clubismo” porque a sua manutenção é imposta por todas as formas e ela é condicionante e mesmo determinante para a existência desses (partidos) dado ser a partir destas e dos poderes que a nível autárquico se geram que casos que poderiam compaginar-se como “mãos limpas”, mas a tal não chegarão, nascem e crescem.
O financiamento dos partidos, a perversão da ideia de serviço público, adulterada por lógicas de urbanismo “à pato bravo” e conluios de interesses com máfias do futebol e outras não só não é despiciendo como inclusive domina muita da vida local dos partidos.
Sair desse ciclo vicioso e viciado que adultera o funcionamento democrático da “res publica” não é fácil. Todos querem um bocadinho de poder e, ou condicionar outro.
Desde sempre que defendo colectivos independentes de cidadãos a retirarem o poder ou parte dele aos partidos e julgo mesmo que só separando claramente o modo e a forma de participação dos partidos na vida autárquica poderá dar sentido a essa gestão.
Defendo listas de cidadãos que se organizem, e essa sim é uma ruptura ideológica contra as lógicas de poder autárquico e o domínio das autarquias por conluios de lógicas feudalizantes, em torno do princípio da transparência e da informação pilares de uma gestão sadia e que para essa tenham por base os princípios da participação (Agendas 21, orçamentos participativos, gestão de proximidade e desenvolvimento de instrumentos de gestão partilhada) e claro, e desde logo é para mim fundamental o RESPEITO À PALAVRA DADA.
Esse implica clareza de propósitos, objectivos realistas baseados na realidade e na sensatez que a partir desta se pode gerar. Não há promessas, mas acção sobre a realidade na estrita observância da lei e respeito pelo direito. E empenho na sua modificação quando necessário e no alargamento dos direitos cidadãos, esse fundamental.
Por isso, para isso, porque entendemos que dar corpo à ideia de Cidadania Participada Localmente e em nome da coerência e dos princípios irei, iremos dinamizar, incentivar e apoiar grupos de Cidadãos Pela Participação Local, por aqui, por ali, por acolá....
Para o ano, se se mantiverem os actuais quadros legislativos para a disputa autárquica listas de cidadãos organizar-se-ão e estruturadamente, ou não, far-se-ão ouvir.
O exemplo de cidadania que os Cidadãos Por Lisboa, constituídos em torno de Helena Roseta, com princípios claros, uma filosofia de participação e acção cívica, e orientados por uma ideia de “uma cidade para as pessoas onde tenhamos o poder de viver e decidir sobre” esse serão eixo para outras rotações.
Do cereal faremos pão e construiremos os fornos com a dimensão apropriada para nos saciarmos. A nossa satisfação por metermos a mão nessa massa já é participação cidadã.
Mas para o próximo ano temos outros desafios, temos que estar prontos para outras produções. Individualmente ou enquanto colectivo, articulando o pensamento e a acção ou só compaginando o nosso pensamento com outros e outras ideias para o social existiremos.
Se a cidadania local se transversaliza em torno de uma ideia politica, essa não existe isolada do espaço social global.
Vamos ter eleições, outras no próximo ano.
Diz-nos um principio da sistémica que tudo está relacionado com tudo. Dando atenção aos pormenores os outros momentos cívicos não esqueceremos.
Os enigmas são criações de quem tem a chave para os resolver.
Nota:
Pelo país, por aqui e ali, existem excelentes autarcas, que do partido a, b ou c, colocam uma ideia de serviço público acima do interesse pessoal ou partidário e dão sentido a lógicas de sustentabilidade local. É claro que nesses locais, independentemente do partido a que pertence esse ou essa não estarei presente, a não ser para o ou a apoiar. As autarquias devem ser libertas da gangrena que lhes corrói a alma!
Próximo:
Caminhando no “deserto” e a Europa aqui tão perto (II)
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