insignificante
Tuesday, June 30, 2009
 


Verão abafado
Com chuvas tropicais
Corpos cansados
 
Saturday, June 27, 2009
 
Há algum tempo escrevi este texto, que não tendo encontrado eco de publicação e estando a ser discutido em vários locais e com várias pessoas aqui hoje trago, antes de férias....

Um programa para salvar Lisboa, Uma ideia para a cidadania

No âmbito do meu apoio a Helena Roseta e aos CPLs no desenvolvimento da sua acção política na C.M.L. e no quadro de um percurso em que colaborei com alguns dos mais notáveis expoentes cívicos e políticos da cidadania e do ambiente, num momento de vários impasses, que resultam alguns deles de uma proposta política que fiz no inicio do ano não se ter concretado (um partido não partido para dar voz a listas sustentadas de cidadania, provisório e perene), venho lançar algumas ideias que do meu ponto de vista deveriam ser a base para pensar uma nova, outra cidadania e encontrar para essa os pontos de articulação para construir o futuro.

Deixo-as aqui em embrião , certo que não são senão um mantra para o pensamento e um estímulo para quem se quiser empenhar na sua implementação.
Se bem que pensadas para Lisboa são, em muitos dos casos uma boa base para fazer cidade, para construir cidadania.
Outras haverá. Com mais espaço e tempo poderão crescer.

Questões, tópicos para construir Cidadania

I- Desenvolver uma ideia de cidade/espaço.
É necessário sairmos da ideia, da lógica da cidade função e caminharmos para a cidade fruição. Entender esta como espaço de vida e de prazeres, de estar e ser. Uma ideia para a cidade, para as cidades tem que passar pelo empenho e a proximidade, e isso já é uma alteração de paradigma
II- Pensar uma ruptura no discurso urbano, baseada na reabilitação, reocupação, reestruturação. reciclagem, rehabitação, recuperação, revitalização, reapropriação, recirculação, revisitação do espaço e da forma de fazer cidade.
Entender que as cidades, os concelhos tem um passado e que é mais no nosso re-olhar para esse que antecipamos o futuro, nestes momentos de crise cívica e económica é aí que devemos re-criar sentidos de acção.
III- Alterar as relações e os paradigmas de relacionamento da cidade com a AML e o governo, procurando uma lógica de sinergias e articulação global.
Não é difícil perceber que não existe nenhum lógica global e articulada entre os vários poderes que fazem a cidade. E há que por fim a isso. Já. Ou a cidade acaba.
IV- Investir nos instrumentos de participação, orçamento, discussão publica, agenda 21, descentralização administrativa (numa lógica de reformulação das actuais freguesias).
Alterar as lógicas de participação, clarificar e ter como imperativo procedimentos claros e transparentes, re-vitalizar a polis.
V- Implementar um programa na lógica de desenho em construção, e reconstruir o PDM nessa orientação a partir de uma cor central (verde) com traços gerais de sombra.
Não é possível ignorar as alterações globais na forma de desenvolver a cidade, e continuar a desenvolver os modelos de planeamento ignorando a estrutura geológica, os eixos edáficos, a morfologia e os ventos. Não é possível continuarmos a fazer os PDMs como se o mundo tivesse parado.

E no Curto prazo, em Lisboa é necessário dar voz à:
I- Suspensão das grandes obras e inviabilizar a sua celeridade (aeroporto, TGV, Terceira Travessia do Tejo, Novo Terminal portuário e obras anexas), que foram, conforme denunciámos durante este mandato todas, TODAS ELAS, orientadas, estruturadas por imperativos políticos, articulados com interesses financeiros identificados, ao arrepio de lógicas de prospectiva e visão de futuro.
Elefantes brancos condenados num mundo em mudança.
II- Investir na re-habilitação urbana, compreendendo o investimento sócio-ambiental, e energético como prioritário e central
Só neste ponto se pode ter como certo que se pode dar a viragem fundamental na economia, gerir com lógica de proximidade e estabelecer pontes para um equilíbrio cívico e uma melhor vivência social
III- Alterar em conjugação com os agentes desse o sistema de transporte público urbano e as ligações na área da AML
Claro que não havendo interligação destes o que temos actualmente é a politica do avulsismo, onde a Carris não se articula com o Metro, este se sobrepõe á CP e os privados ignoram tudo, Desmintam-me por favor
IV- Recuperar a ligação ao Rio e articulação desse com a Estrutura Ecológica da cidade
Este é todo um programa que desde à muito acarinho com a inspiração do Prof. Gonçalo Ribeiro Telles e tantos outros que não se pode perder entre hortas isoladas e quiosques avulsos e intervenções pontuais, mas que se deve articular em centralidades fundamentais e continuums espaciais
V- Dar particular atenção aos graves problemas sociais da cidade.
E mais nada. Porque o bem estar social e a felicidade individual são a base da cidadania.

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Thursday, June 25, 2009
 
Barroco Tropical, de José Eduardo Agualusa

Há sempre um barroco, tropical nas nossas vidas. E esse encontra, pode encontrar, algum momento, alguma palavra neste romance desse.
Estórias reais, e haverá mais real que a ficção desta, ou não, e o que é irreal? percorrem o texto que conduz o leitor ao imaginário e ao que não o é que é a crua realidade.
Com uma escrita suculenta, neste barroco fica um pouco da vida, de alguma vida e dos seus protagonistas, também ficcionados, e em busca. Talvez de Godot?
Mais um passado futuro conjurado por entre a sua invenção.
Saravá!

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Monday, June 22, 2009
 
Que seja um conservador, apaniguado da Igreja de Roma, que contrata (ilegalmente) meninas de programa e que participa em orgias em que o consumo (ilegal) de cocaína, e outras substâncias afins é vulgar é só mais um exemplo da hipocrisia cívica e do desvario humano em que vive alguma dita classe política.
Como frequentar o parque Eduardo VII e ter um discurso moral contra a homosexualidade ou pretender constituir família, num quadro de orientação cristã e utilizar preservativos ou meios contracepcionais ou sabe-se lá.
Que fique claro sou favorável a legalização da prostituição e a um estatuto de dignidade e segurança social para aqueles que exercem esta actividade, e acho que o tema deve ser enquadrado socialmente e que só a educação pode superar esta situação ( e hoje o que se designa por prostituição tem fronteiras muito, muito largas) e lutar eficazmente contra as mafias de carne branca e o proxenetismo.
E como já aqui perorei diversas vezes também a favor da legalização de todas, todas as drogas, enquadradas em lógicas globais e campanhas efectivas sobre o seu uso, e claro e desde já a legalização da Maria, sobre a qual quero relevar um muito bom projecto-lei do Bloco da Esquerda-
Tudo isto porque parece que em Itália se começa a tirar a máscara do Cavaleiro, e dos que o rodeiam, que se sabe desde há muito que estão envolvidos em negociatas #largas#,,, e porque em Portugal a homofobia, a ausência de principios, as confusões no uso da linguagem e dos discursos e as incoerências destes são dominantes.
Confundir a nuvem com Juno, trocar alhos por bugalhos, tergervisar na defesa dos príncipios e não ser coerente com eles, é o barro de que é feita a terra.
Felizmente alguém vai soprando...

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Hoje no começo, no Funchal, de mais uma reunião da Comissão Baleeira Internacional lembrei o meu saudoso amigo Humberto da Cruz que acompanhei numa destas, nos anos 80.
Na altura Portugal era observador e ainda caçávamos cachalotes nos Açores (na Madeira a actividade já se tinha transformado em museu!). Lembro-me que foi por a LPN defender esta que deixei a organização.
Hoje nos Açores uma sólida actividade de etno-turismo alimenta e viceja no arquipelago à passagem ao largo destes magníficos mamíferos.
Nos Açores a actividade de caça era residual e não tinha nenhuma ligação etno-social.
E na Noruega defendi o oposto, a manutenção da caça à baleia fundamental para manter as comunidades inui e as suas vivências.
Não há preto e branco na conservação da natureza.
A ilustrar um filhote de lince, que reaparecerá, ou não, pelas terras de Barrancos. Assim haja coelho ou melhor coelha para o alimentar.

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Saturday, June 20, 2009
 
Muita gente nova, muita gente bonita, muito bom astral. Estive no Principe Real, na Marcha do Orgulho LGBT, onde algumas, largas centenas de participantes deram inicio a uma animada Marcha.
Entre amigos e amigas, companheiros de muitas lutas por todos os direitos devo dizer que me comocionou, e embora tenha referido a pessoa da minha estima que não voltaria a referir a AI neste blog (procurai Direitos Humanos!) não posso deixar de assinalar, uma forte presença de gente nova claramente identificada com a organização, que embora não estivesse entre as organizações promotoras se fez representar institucionalmente, com a respectiva faixa.
O tema da Marcha era... o casamento, a igualdade no acesso ao casamento.
Para bom entendedor....
Fiquei comovido, sendo que, como desde logo referi, só o tempo é que não acertou nos dados....

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Friday, June 19, 2009
 
Com a presença de várias, muitas organizações de defesa e promoção dos Direitos Humanos e muitos, certamente muitos activistas desses, vai-se realizar amanhã com partida do Principe Real pelas 17.30 a Marcha do Orgulho Gay.
Só faz falta quem está.
No dia em que se sabe que a homofobia institucionalizada na Lituânia é severamente condenada como atentado aos Direitos Humanos por várias organizações internacionais, e esta é, claramente, seja em que modalidade seja um vilania e um trogloditismo cultural, irei estar presente.
Também na minha qualidade cívica, de membro do Partito Radicale Transnacionale, de intransigente activista pelos direitos humanos, de todos os direitos humanos.
E porque a homofobia é além de tudo uma vergonha e um medo.

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Thursday, June 18, 2009
 
Voltei ao zen.
Depois de um dia tropical, como já passei na Malásia, na Tailândia ou no Brasil, agora em Barrancos, numa magnífica iniciativa do CPR (Conselho Português para os Refugiados) e a Câmara local.
Nesta vimos um excelente filme sobre a guerra civil espanhola # Refugiados em Barrancos # e a solidária atitude do meu povo. Por esse passou a memória do primo Fernandes, médico de Barrancos, um autêntico herói, com foi todo o povo, na defesa do direito à vida de centenas, milhares de refugiados de um conflito sem alma, onde se davam vivas à morte.
Ver com saudade o Zé Baralha, e com emoção o Ti Marujo e a Tia Remédios, com outros que contextualizam os discursos da história por entre as fotos que ficaram nesta.
No final da sessão que também foi de sauna, as emoções encheram-se da alegria do presente com os poemas do grupo de refugiados de todo o mundo e a chuva, poderosa e redentora.
Hoje respostas a tristezas da vida. A semeaduras que um dia brotarão.
Os direitos civis, os direitos humanos são como a ervinha que teima em romper no meu pátio...

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Tuesday, June 16, 2009
 
Um núcleo (em Matosinhos) ao arrepio dos Direitos Humanos

Não há reis nem reisinhos na luta pelos direitos humanos, nem esses tem outra linha de exclusão ou referência senão os principios.
Não são elementos enformadores desses nem a Cartilha do Marialva, nem a Constituição Soviética, ou quem a acompanha, ou as fatwas e os preceitos da republica do Irão.
Claro que defender esses, e esses claro que remetem os homosexuais para um limbo de inexistência, ou de negação de direitos, ou até dado tal só poder ser doença (curiosamente tanto no Irão como na União Soviética, até há pouco de grande estima por membros do tal nucleo da Amnistia que se encontra à margem dos direitos humanos, era ou é considerado doença e até punida com a morte), defender esses textos e seus derrivados é matéria de exclusão da defesa dos direitos humanos.

Um dia contarei aqui a história de como um dos 1ºs nucleos da AI não se formou,,, porque houve quem entre os fundadores desses defendesse(defendia) a pena de morte,,, contarei o caso por profilaxia.
Hoje a re-leitura de um dos textos fundacionais dos direitos cívicos (Senso Comum, de Thomas Paine) lembrou-me que:

" a lei é expressão da vontade da comunidade. (...) deve ser a mesma para todos, quer proteja, quer puna, e sendo todos iguais a serus olhos, todos são igualmente dignos de todas as honras, lugares e empregos, de acordo com a sua diversa capacidade, sem nenhuma outra distribuição senão a criada pela sua própria virtude e qualidade".

No século XVIII já a homofobia excluía quem a defendia do universo dos direitos cívicos.
Já no século XVIII a homofobia, o racismo, a tolerância com essas atitudes estavam excluídas do âmbito da defesa dos direitos cívicos, dessem os que a defendem a volta que dessem, nem com a ajuda do sr. de Matosinhos e dos seus correlegionários, sim dos seus correlegionários, lá chegam. Talvez antes pelo contrário....
As organizações não existem para defender ideias, nessas há muita gente que ou não as tem ou tem algumas que são contrárias ás que a mesma deveria postular. As organizações são formas de poder no espaço e no tempo, que podem acompanhar ou não a forma de essas caminharem.

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Sunday, June 14, 2009
 
Conversas, sardinhas, leituras compactas, jornais e revistas. Descanso, ginásio, escritas, muitas em preparação ou ideia, assim passaram estes dias de pausa, de reflexão, que continua.
Também projectos e esquematização de planos de acção.
A análise dos dados das eleições continua a chegar-me de muitos locais, do país, mas também de outros pontos da europa, e por entre a diversidade europeia verifica-se que um dos problemas estruturantes é a ausência de Europa, a impossibilidade de partidos europeus é uma das principais lacunas que devia ser corrigida, mas também a necessidade de um novo reagrupamento das famílias políticas europeias seria de toda a conveniência (e volto a referir o disparate absoluto que é o posicionamento do B.E. no grupo que reune os mais stalinistas partidos anti-europeus e outros que vivem noutro planeta, grupo que felizmente foi drásticamente amputado a nível do espaço europeu). Além do disparate que é a retirada dos conservadores ingleses do PPE, assim com a aceitação da integração neste do CDS, outras ligações que juntassem a famíla, ou parte desta, liberal e os verdes, ou parte destes seria de todo o sentido.
De qualquer forma no quadro da liberdade parlamentar que domina no P.E. essas interligações, que definem um espaço político/cultural serão feitas.
Em Portugal entramos noutro ciclo, que mereceu reflexão e muitas conversas, cruzadas, por estes dias.
Tirar lições do que se passou é imprescindível. No quadro do que se prenuncia como cenários pós-legislativas, que terão por sua vez também repercussões nas autárquicas bom seria que houvesse a capçacidade de dar passos no sentido daquilo que é necessário para romper com os bloqueios e definir outra política, encontrar novos protagonistas, que percebam e avaliem a sociedade sem estar determinados por lógicas de grupos ou determinantes doutrinários e obediências a chefes ou ideias vagas.
Voltarei a este tema, que alimenta quem gosta de pensar.

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Friday, June 12, 2009
 

Legalize IT!

É um dos pontos negros do livro dos discursos de Barack Obama " Uma História Americana", edição Esfera do Caos:
A leviandade com que aborda a política sobre as drogas e a negligência em relação ao anti-proibicionismo.

Talvez para reforçar a compreensão e interpretação dos dados sobre esta questão retive e reli da pilha de livros em progresso a #bíblia do canhamo# de Jack Herer "O Rei Vai Nú" editado pela Via Optima.
Excelente manual sobre o produto, a sua história, os seus diversos usos, as políticas sobre o mesmo, nos seus vários ângulos. De facto a bíblia.

Com um interessante anexo sobre Portugal, sobre o qual eu completaria várias páginas...
Cada vez mais penso que é um elemento fundamental do liberalismo político e determinante do grau de liberdade cívica e dos direitos humanos que lhe estão associados a defesa intransigente do anti-proibicionismo radical, em relação a todas, todas as drogas.

Neste livro o caso, por onde se deveria sem hesitação começar desde já, da MariaJuana é incontornável, na argumentação, no escorramento da posição e na reflexão, que só é escassa na articulação entre o narco-tráfico e as mafias internacionais ligadas também ao comércio de armas, branqueamentos de capitais e infiltrações nas sedes de poder internacional (onde muitos dos anti-proibicionistas medram...).

Penso que deve ser um tema a desenvolver no quadro do que devem ser as opções políticas para as próximas eleições, sejam legislativas sejam autárquicas.

A questão dos coffee-shops e o reforço da incipiente legislação nacional que dá alguma respiração ao consumidor e uma reflexão sobre as salas de chuto (que considero um paliativo, neste momento necessário), o incremento das lógicas profiláticas e de esclarecimento sério, paralelo com o estabelecimento de pontos de apoio, não ligados às autoridades policiais para casos mais urgentes.
A legalização dos psicotrópicos e entre eles desde logo da MariJuana é um imperativo da civilização, contra as trevas.
Pena que B.Obama, como em relação à pena de morte, esteja, ainda, do lado das trevas.

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Wednesday, June 10, 2009
 
No dia que já foi da inexistente raça, iniciei também, um período de reflexão e leituras.
Conversas e sardinhas, que estão ambas gordinhas.
Depois de uma Ideia estou a acabar uma recolha dos melhores discursos de Barack Obama.
Espesso e com profundidade. Tipicamente americano na reflexão e enquadramentos, onde se percebe que estamos noutro mundo, no que se refere ao Estado (saude, educação, segurança), com motivações sociais diversas (Europa/EUA) e com ideias que nos parecem bizarras (sobre as armas), deploráveis (sobre o proibicionismo em relação às drogas) ou inaceitáveis (a defesa da pena de morte).
Mas um pensamento poderoso, bem elaborado, com forte oratória e bom diagnóstico das situações e elaboração do pensamento para superá-las, ouvir, ouvir e ouvir é uma base da receita.
Reconhecer o pensamento do outro e integrá-lo no discurso é outra das suas caracteristicas.
Muito útil para pensar.
 
Tuesday, June 09, 2009
 
A Amnistia Internacional e a HOMOFOBIA


1-
Não tenho a mínima dúvida que mais cedo (e tão cedo quanto possível seria o ideal) ou mais tarde a Secção Portuguesa a AI, confortada por posição inequívoca do Secretariado Internacional, tomará posição contra a DISCRIMINAÇÃO, a intolerável DISCRIMINAÇÃO, que é a limitação legal ao direito de todos aos benefícios voluntários do que a lei atribue, que é o casamento entre quem, independentemente do sexo, o queira realizar.

Penso que nessa altura a serem coerentes e terem uma pinga, sublinho uma pinga, de dignidade, os espécimes de Matosinhos, que estiveram presentes e produziram as declarações, que para evitar transliterações e leituras apressadas do que assinalei como figura de estilo para mostrar como a homofobia é uma variante de racismo abaixo transcrevo na sua textualidade, penso pois que se essa gente tivesse coluna vertebral honrada demitir-se-ia na hora, para não continuar a prejudicar, prejudicar, como aliás desde que iniciaram uma "sacro-santa" cruzada contra os orgãos da instituição têm feito, gravemente, a defesa dos direitos humanos e a organização, por mesquinhos interesses pessoais.
Temo, porque já os topo bem, que não o façam, sendo a conclusão obvia.

Transcrevo o que foi por eles, verdadeiramente dito:

“Eu até não sou contra os homosexuais, mas dar-lhes o direito legal de casar é que não faz sentido, não tem nada a ver com direitos humanos.”
“Se agora damos autorização aos homosexuais de casar amanhã vamos legalizar o incesto. Ou a poligamia. Ou sei lá o quê? Onde é que vamos parar?”
“Nós não somos contra os homosexuais, no nosso núcleo até temos um, ele não assume que é (é o coiso), mas temos, por isso sermos contra o casamento legal deles não é nenhuma discriminação”
“Dar o casamento legal aos homosexuais é dar-lhe uma dignidade que nem é reconhecida a outras igrejas senão a católica”

2-
No seguimento desta situação tive que pensar maduramente.
Enviei uma longa, longa, carta pessoal à Presidente da Mesa da Assembléia Geral, e outra institucional que divulgarei após a recepção dessa.

3-
As lutas cívicas e pelos direitos humanos só beneficiarão se a gangrena que a prejudica, que prejudica as organizações gravemente, for erradicada. O futuro não dura sempre.
A AI, assim como outras organizações que se empenham num voluntariado social, cultural e cívico tem os seus tempos e os seus modos....



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Sunday, June 07, 2009
 
Resultados...
Foram excelentes! Aleluia!
No momento em que escrevo só um cataclismo pode tirar a eleição do Rui Tavares, o que fará com que o BE triplique a sua representação.
O PCP, embora defenda a Europa de que estou mais afastado, manteve a sua representação, o que é um sinal.
O PSD, com um excelente 1º e um não menos optimo 2ª ( o velho e estimado Carlos Coelho) com as melhores posições sobre a Europa bigodou uma campanha obstrusa, cheia de contradições europeias e disparates internos que foi a do PS, que além disso e bem foi claramente castigado, pela miserável governação e o autismo de projectos descabelados.
Todos, todos devem agora repensar, e também a abstenção, que mesmo com as correcções tecnicas ultrapassa claramente os 50%.
Esperarei para ver como param as modas....
E os meus parabéns, transmitidos na hora, ao Miguel, à Marisa e ao Bloco, todo.

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Wednesday, June 03, 2009
 
APELO AO VOTO B.E.,
NAS ELEIÇÕES EUROPEIAS

Em 2004 dei o meu voto ao Miguel Portas, nas eleições europeias de então.
Tive algumas dúvidas, algumas conversas e num almoço, excelente de entendimento e simpatia, com um grande amigo ex-deputado europeu, e ele a minha decisão solidificou-se.
Tenho que dizer que a prestação destes 5 anos não me desiludiu.
Abarcou projectos de direitos humanos, apoiou acções contra o proibicionismo, envolveu-se em campanhas pelo direito à igualdade de género, e teve ocasião de fazer pedagogia democrática e cultura (o excelente Périplo, já aqui referido).
Faltou intervenção noutras áreas que considero como prioridades, o ambiente global, as alterações climáticas, o microcosmo biologico.
Nestas eleições encontrou o Miguel a companhia indicada e a que irá certamente nestas áreas dar importantes contributos aos direitos e a mais Europa, ambientalmente sustentada.
Conheci a Marisa Matias na luta contra os riscos da exploração de urânio em Nisa, e na luta pela defesa do direito dos ex-trabalhadores da zona da Beira, e na luta pela recuperação ambiental destas zonas degradadas. Soube do seu empenho e curriculum académico. Com amigos que soube comuns (o saudoso João Mesquita) tive ocasião de sabé-la mais.
Penso que a sua presença é um estimulo. Será eleita e uma mais valia europeia, para uma sociedade mais harmoniosa.
Outra vez na Cunha Baixa na 2ª feira, numa acção de informação dos candidatos do B.E. os que puderam participar podemos ver o empenho e determinação que torna extensivos aos companheiros.
Recebidos pela A.Z.U. (Asociação das Zonas Uraníferas) e introduzidos ao tema pelo António Minhoto, os candidatos revelaram conhecer as questões e ter uma perspectiva clara das respostas e do seu enquadramento.

Penso que talvez o B.E. pudesse, possa aspirar a mais (*). Um terceiro eleito ( o Rui Tavares que só conheço pelos artigos e trabalhos publicados e que julgo ser de real valia para o projecto) não teria sido, não será impossível, mas tudo depende.
De vós, todos.

Também não quero deixar de referir o meu europeísmo e constrangimento pelo que se passa em Itália. Os meus amigos radicais, o Marco, a Emma e tantos, tantos outros estão neste momento em greve total de alimentos e bebida, para terem acesso, um acesso garantido pelas autoridades de supervisão, aos meios de comunicação do Estado.
A "Peste Italiana", a partidocracia berlusconiana está a ganhar.
Contra a força da coerência e do direito não triunfará.
A lista Bonino/Pannella, estou convencido conseguirá romper o bloqueio.

(*) Tive ocasião de comunicar pessoalmente ao Miguel o que acho foram os erros e teêm que ser as ideias e intervenções nestes últimos dias. Fiquei convencido que são, também, partilhadas.

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Tuesday, June 02, 2009
 
Exemplos de homofobia dos 4 elementos do núcleo de Matosinhos da AI, por vezes há palavras que ressoam:

“Eu até não sou contra os pretos, mas dar-lhes o direito legal de casar com uma branca é que não faz sentido.”
“Se agora damos autorização aos ciganos de casar com chinesas amanhã vamos legalizar o incesto. Ou a poligamia. Ou sei lá o quê?”
“Nós não somos racistas no nosso núcleo até temos um preto, ele não assume que é preto (é o coiso), por isso sermos contra o casamento legal deles não é nenhuma discriminação”
“Dar o casamento legal aos ciganos é dar-lhe uma dignidade que nem é reconhecida a outras igrejas senão a católica”
E por aí fora com um tom e uma presporrência inacreditável.
Houve outros sinais da parte do bando.
Claro que tem que trocar chineses, pretos e ciganos por homosexuais. Por vezes a homofobia não fica clara se não damos importância às palavras.

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civetta.buho@gmail.com

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