Procurava, então, encontrar a felicidade em cada esquina numa corrida desenfreada como se hoje fosse o último dia da sua vida. João queria à força ser feliz: no prolongar dos momentos de alegria e no estar sempre contente, alegre e bem-disposto. Buscava a felicidade no máximo de prazer possível, pois para o exorcista aproveitar a vida, ser feliz, era sentir prazer.
“Desejo-te que sejas feliz”, “felicidades”, “Bom Natal”, “Bom Carnaval”, Carpem Diem”, Feliz Páscoas”, “Boas Férias”, com estas expressões de incentivo dos amigos procurava levá-las à prática no dia-a-dia.
Antes que o sol se escondesse, João resolveu correr no seu percurso habitual e no meio do caminho caiu, batendo com o joelho numa pedra . De um momento para o outro desapareceu-lhe a cara de felicidade e apareceu a cara de dor. Procurou no chão de terra o motivo de ter tropeçado, mas os olhos não lhe permitiram-lhe enxergar.
Na foto: Quinze dias sem ir à Manjedoura, dá nisto.
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07 abril 2010
27 novembro 2009
O exorcista
Correu, correu até chegar ao pé do balde de água e com o sol e o calor que se fazia sentir, refrescou-se lavando primeiro a cara e de seguida molhando a cabeça. Depois, deixou o balde já vazio no lado da estrada e seguiu o seu exercício diário enveredando pelo trilho da levada.
Perguntavam do outro lado da estrada pela banda que iria passar na caravana comandada pelo regedor. O regedor era o homem mais popular da aldeia e o mais temível pelo seu ar de supervisor e pontual. De ombros levantados, andava sempre à procura dum prevaricador, de alguém que não estava no lugar certo a cumprir as regras sociais. A banda, por si chefiada, era ordeira e cumpridora dos seus tempos.
Correr, passear e fazer exercícios era o lema do João, que pensava que a vida era só um dia, por isso não podia parar. Vivia numa ilha cheia de invejosos espaços, puro ar, serra e mar à sua disposição e de graça. Via que tinha condições ambientais e físicas que não podia dispensar. O Exorcista, nome que lhe apelidaram erradamente porque fazia muito exercício (exorcista), não percebia o porquê das pessoas alimentarem vícios, como os cafés, o tabaco, o alcoolismo, a televisão e a constante utilização do carro, tendo uma melhor qualidade de vida à frente das suas caras.
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