NOTÍCIA!
Corre a notícia que, mais alguns órgãos de comunicação social,
no caso concreto os pertencentes à Trust in News, correm o risco de fechar e os
trabalhadores pedem que a sociedade se mobilize e intervenha.
Quando encerra um órgão destes é um prejuízo para o leitor,
mas é sobretudo, um problema grave, para os trabalhadores e para as empresas e
isso é muito preocupante. Neste grupo de comunicação social encontra-se a
revista “Visão”.
Fico triste. Sou dos que gosto de ler livros, jornais,
revistas, no seu estado físico. Dizem que é o cheiro da tinta, não sei. Só sei
que gosto e preciso de folhear, manusear estes bens que, para mim, são
essenciais. Também me socorro do digital para ler, até porque é mais fácil o
transporte, mas não é a mesma coisa. Manias.
Vamos centrar-nos apenas na “Visão”. Porventura chegou à fase
de insolvência por muitas e variadas razões, que podem ir da gestão, ao modelo
de negócio, à pirataria de conteúdos, ao desinteresse do público, à concorrência
das plataformas digitais ou, em última análise, ao desinteresse do público que
faz reduzir as tiragens, diminui a publicidade, ao aumento dos custos de
produção, entre outros. Mas, não seria despiciendo que os próprios jornalistas,
corpo redactorial e proprietários fizessem uma reflexão aturada, profunda, sem
subterfúgios ou desculpas esfarrapadas. Talvez devessem questionar-se se, na
sua prática quotidiana, foram isentos, imparciais, impolutos, verdadeiros nas
notícias e análises que publicaram.
Talvez fosse útil, para o futuro, pensarem que, quem compra a
revista e outros produtos informativos querem ser informados com verdade e não
querem ser manipulados por narrativas escondidas. Talvez fosse importante que
pensassem na velha máxima de que “o cliente tem sempre razão”
Não há mal nenhum um órgão de comunicação se assumir como
defensor de valores de esquerda ou direita, do centro ou dos extremos, religiosa
ou ateia, pró isto, contra aquilo, desde que o manifeste na nota editorial,
para situar o leitor na sua tendência e assim ninguém ir ao engano.
Eu lembro-me bem de a “Visão” ser uma revista de referência e
excelência. Hoje leio-a e vejo-a como mais uma revista banalíssima e desinteressante.
Não é um conselho. É uma reflexão.
19/11/2024
Zé Rainho
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