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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Qual futuro?


Um dos exemplos de jargão de bolsa de valores mais sombriamente irónico é o termo “Especulação com Futuros”.
Confesso que nem sei muito bem do que se trata... embora tenha uma ideia geral. Seja como for, não é preciso ser um especialista em finanças ou mercados para ter uma opinião.
Basta ver o estado do nosso presente, para perceber quais os resultados de muitos anos de desenfreada especulação com “futuros”.
E se em vez de permitirmos a especulação com o nosso futuro... o tomássemos nas mãos?!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Almeida Santos – Vêm todos fora de mão!!!




O Dr. Almeida Santos, presidente do PS e figura cujo brilhantismo – a ver pelas suas várias e mais recentes tiradas públicas – tem vindo a desvanecer... descobriu que a «Oposição bloqueará o país se mantiver ódio a Sócrates».
Primeiro, devo dizer que acho uma evidência o direito de serem os “socialistas” a escolher o seu líder... mas depois não venham com queixinhas, sob pena de parecerem a velha anedota do condutor a andar fora de mão na autoestrada, mas que acha que todos os outros é que estão errados.
Não será o próprio PS que se “bloqueia”, na teimosia de (quanto a mim, apenas enquanto ele garante o poder) apoiar um dirigente que, para além da espessa incompetência para governar, se tem mostrado um político portador de um vasto leque de "qualidades" odiosas?
Seja como for, o problema, mais irritação menos irritação, mais tique autoritário menos tique autoritário... não é José Sócrates, mas sim o tipo de primeiro ministro que ele é e, muito acima de tudo, as políticas que defende e pratica. No preciso momento em que cair, Sócrates mergulhará na sua vasta e profunda insignificância.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Francisco Louçã – Veem... veem o que os comunistas me obrigaram a fazer?!!!


Sobre a real possibilidade do derrube deste governo miserável e do seu execrável primeiro-ministro, que ontem, no decorrer do debate no Parlamento, demonstrou que qualquer convicção de que a sua capacidade de abjeção possa esgotar-se... é sempre muito optimista, acho que já mostrei qual é o meu sentimento: seja quando for o dia em que caia, já vai tarde!
Contribuir para o derrube deste governo e ir para eleições, fazendo tudo o que estiver ao nosso alcance para conseguir um novo conserto de vontades, que possa forçar uma ruptura com as políticas de direita que temos vindo a sofrer, é o busílis da questão.
Cá estaremos, como sempre, para dar um contributo, com propostas, disponibilidade, confiança, mobilização.
À velocidade a que o tempo político está a correr em Portugal, na Europa e no mundo, os trinta dias que nos separam do dia 10 de Março e da Moção de Censura do Bloco de Esquerda ao governo de Sócrates, são uma eternidade em que tudo pode acontecer.
Sócrates pode cair ainda antes e por mais do que um motivo; Passos Coelho pode borregar e não ter “tintins” para assumir o poder na presente situação económica... o que esvazia a possibilidade de a Moção (qualquer moção) ter êxito... ou “efeito prático” para usar o termo com que Louçã tentou desvalorizar a simples hipótese de uma Moção de Censura a apresentar pelos comunistas; Louçã pode, entretanto, fazer um acordo de poder com o PS e Sócrates, “patrocinado” ou não pela recente associação na candidatura de Alegre, com o objectivo de, obviamente e em primeiro lugar, chegar ao poder, mas também de constituir a tal famosa “esquerda grande”... mas excluindo o PCP, o que será, como tem sido sempre, o seu papel... e música para os “socialistas” ouvidos deste PS.
Mas teve graça! Louçã teve graça. Para quem ainda há tão poucos dias não via o interesse de uma moção de censura e temia até, que ela “favorecesse a direita”... mudou rapidamente de roupa. Decididamente, não suportou mais a vil tristeza que pairava lá pela casa desde a noite eleitoral de dia 23 de Janeiro e a falta dos habituais holofotes, que assim, rapidamente e longamente, voltaram a iluminar a razão da sua existência. Mas teve graça!
Seja como for, nem a luta política, nem a vida real dos portugueses, nem sequer as moções de censura, são uma prova de atletismo... e muito menos manobrismo à “francisco-esperto”.
Adenda: Tudo isto... para dizer que se fosse deputado e enquanto independente, o mais certo, depois de análise atenta, seria votar favoravelmente a Moção... se lá chegarmos.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Presidenciais 2011 – A semente está lançada


Havia confiança. Pressentia-se que o comício-festa do Teatro Garcia de Resende iria ser bom. E foi! Foi a derradeira grande iniciativa, em Évora, desta campanha que levou Francisco Lopes a todo o país.
A semente foi lançada à terra, como já antes tinha sido e como continuará a ser. Algum dia será a hora certa para colher os frutos, frutos de que este país bem precisa.
Sem “carga nas pilhas” para muito mais post... deixo aqui as palavras que entendi acertadas para apresentar o “meu” candidato perante as centenas de pessoas que encheram a sala. Para discurso num comício... é curto (como todos os que fiz). Para um post... será, muito provavelmente, longo...

Amigas e amigos
Enquanto mandatário da candidatura de Francisco Lopes, nesta derradeira grande ação de campanha aqui em Évora, quero dirigir algumas palavras de apreço pelo empenhamento e entusiasmo de todos aqueles fizeram este caminho.
Quero agradecer ao Francisco Lopes a verticalidade, a clareza, a força, o brilho com que animou esta campanha. Não porque não fosse exatamente isso o que dele se esperava... mas por nós. Porque todos chegamos ao fim desta etapa da luta, publicamente honrados e prestigiados pelo seu trabalho.
Quero igualmente dirigir algumas palavras aos restantes candidatos, principalmente para lhes dizer que já vão tarde. Apenas a dois dias do fim da campanha para a primeira volta destas eleições, já vão tarde para mudar alguns dos aspectos distintivos das suas campanhas.
José Manuel Coelho já vai tarde para conseguir achincalhar ainda mais com os seus números de circo, um acto que devia ser encarado por todos como um momento de dignidade e exercício democrático esclarecido.
Fernando Nobre já vai muito tarde para fingir alguma espécie de competência para o cargo iminentemente político a que concorre, com um discurso antipolítica, antipolíticos e contra os partidos, um discurso que vai mal com a sua figura. Um discurso que vai bem melhor na boca de candidatos populistas de direita, desejosos de ditar os seus moralismos e interesses... e deles fazer lei.
Manuel Alegre já vai tarde para ainda conseguir desfazer o imbróglio da insanável contradição entre a sua retórica e a sua prática de anos, entre a sua ambição pessoal e o calculismo político daqueles que o apoiaram... ou fizeram de conta que apoiaram.
Defensor Moura já vai tarde para conseguir fixar os votos de alguns dos seus companheiros do PS, descontentes com Alegre, pois esses há muito estão decididos a votar na direita, ou estão mesmo nas Comissões de Honra de Cavaco Silva... tal como muitos dos supostos apoiantes de Alegre.
Cavaco Silva, esse já vai tarde para conseguir evitar, cada vez mais, parecer aquilo que realmente é. Já vai tarde para nos convencer de que está com a verdadeira democracia e com Abril... nem que agora, ao fim de 37 anos, ponha finalmente um cravo na lapela.
Companheiras e companheiros,
Vamos votar Francisco Lopes porque é o único candidato que, como já disse noutra ocasião, se apresenta nesta campanha presidencial, de consciência e mãos limpas. É o único candidato que nunca vimos pactuar com a política de direita que nos tem desgovernado durante décadas. É o único candidato que pode (e quer) contribuir com a urgente ruptura com estas políticas e com a mudança de rumo necessária.
Estamos com o projeto político de onde nasce esta candidatura. Vamos votar Francisco Lopes, porque gostamos dele, porque gostamos de nós, porque gostamos do nosso país!
Vamos votar Francisco Lopes, porque é preciso que os poderosos saibam que nós sabemos, que esta vida não é uma fatalidade, que queremos outro futuro para os nossos filhos, que esse futuro é possível, que não nos calamos, não ficamos em casa e que, mais cedo do que tarde, poderemos virar a mesa e mudar a História.
Quase todos os analistas, politólogos e comentadores tentaram questionar a figura do nosso candidato, o seu perfil, a sua preparação política. Todos questionaram a oportunidade e o acerto da decisão do PCP ao escolhê-lo para esta tarefa... tarefa que é um passo mais na luta que vai continuar no dia 24, 25, 26...
Também esses já vão tarde para emendar a mão, tal é a evidência de quanto se enganaram, tal é a dimensão desta campanha e a indiscutível legitimidade da candidatura de Francisco Lopes, assim como dos votos que lhe há de dar o nosso povo.
Não quero pôr palavras na boca do meu candidato, mas vão muito bem com ele as palavras do nosso poeta de Abril, Ary dos Santos, quando disse:
          “Aqui ninguém me põe a pata em cima
          porque é de baixo que me vem acima
          a força do lugar que for o meu!”

Viva a candidatura de Francisco Lopes!
Viva Portugal!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Presidenciais 2011 – O passado é já bastante, vamos passar ao futuro! *


Miguel Sousa Tavares é assim como que uma espécie de máquina dispensadora de clichês reacionários. Os patrões enfiam-lhe as moedas e lá vão saindo as frases estúpidas que todos lhe conhecemos. Nesta campanha presidencial, o ladino Tavares, para além de ter reparado que “é tudo igual”, que “ninguém tem propostas”, que “não há jovens na campanha”... e as demais frases típicas de tasca, descobriu que «os candidatos só conseguem juntar pessoas em sítios onde eles não lhes podem fugir»... como centros de saúde, lares de idosos, mercados, locais de trabalho, etc.
Ando há dias para responder a isto sem me limitar ao óbvio, que seria chamar-lhe apenas imbecil... e isso para não exagerar. Não quero tomar as dores de outros candidatos, nem dos seus milhares de apoiantes que, independentemente das opções ideológicas, divergências e diferentes projetos para o país, fazem aquilo que acham melhor... e saem de casa, participam, empenham-se, vão votar, em vez de ficarem em casa com o rabo enfiado no sofá e a mandar bocas parvas como o ilustre Miguel Sousa Tavares.
A resposta de que eu precisava para “dinamitar” a palermice reaça do escritor/comentador, chegou-me na forma de um pequeno e bem feito vídeo que nos dá conta de vários passos na campanha do meu candidato, Francisco Lopes.
Tanta gente mais haveria para entrar neste vídeo! Tanto povo, tanta festa, tantos velhos despertos, tanta juventude alerta, tantas trabalhadoras e trabalhadores, tanta alegria, empenhamento, determinação, militância desinteressada, tantos sonhos... tudo coisas que dificilmente entram na cabeça do traste Tavares, que parece empenhado em, a cada dia que passa, deixar mais uma nódoa na memória de Sophia de Melo Breyner... o que não conseguirá!
À hora a que se publica este post, já estarei na caravana que levará Francisco Lopes até ao grande comício-festa no Teatro Garcia de Resende, em Évora, mais logo às 19 horas. Antes, estaremos em Vendas Novas e depois, já em Évora, daremos um passeio pelas ruas, usufruindo do belo ar que por aqui se respira.
Os leitores que não são desta “família” vão, certamente, desculpar-me este post tão abertamente de campanha. Quanto a todos os outros... um até logo!, mesmo àqueles que não vão poder estar fisicamente.

* José Carlos Ary dos Santos ("O sangue das palavras"). Para ler aqui.




quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Presidenciais 2011 e Francisco Lopes - O "desconhecido" que ganhou os debates



Faltando apenas o confronto entre Alegre e Cavaco, que certamente em nada vai mudar a impressão com que ficarei destes debates presidenciais, dou esta fase por encerrada. O meu candidato teve uma participação claramente positiva.
Colocado em situação de igualdade perante os restantes candidatos, pelo menos aqueles que tiveram acesso a este debates (mas isso é outra discussão!), Francisco Lopes, para além de ser o único portador de uma mensagem de mudança e ruptura com esta política de declínio nacional e assalto ao país, foi aquele que em todos os momentos se manteve claro, coerente, firme.
Agora, entrando Janeiro e até dia 23, tudo voltará ao "normal". Os meios de comunicação, maioritariamente nas mãos exatamente daqueles contra quem se candidata Francisco Lopes, voltarão aos seus prodigiosos “critérios jornalísticos” que os levarão, na maior parte das vezes, a considerá-lo “invisível”, a encontrar apenas idosos nas suas ações de campanha e, no caso de falarem com ele, apenas lhe perguntarem o que tem a dizer sobre esta ou aquela declaração de Cavaco Silva, esta ou aquela peripécia de caça ou pesca de Manuel Alegre, isto na China, aquilo na Coreia do Norte, aqueloutro em Cuba...
Agora está nas nossas mãos! Nós é que seremos os canais de televisão, de rádio, os jornais, as vozes sem patrão nem mordaça. Agora já ninguém pode dizer que não sabe quem é Francisco Lopes, que nunca ouviu falar dele, ou que não está a par de nenhuma das suas propostas, sem ser obrigado a admitir que isso só acontece porque não fez nada por saber, ouvir, estar a par. Agora é a hora de aceitar mais do mesmo, ou de exigir mudança
Lembro-me de uma das primeiras conversas com um amigo, quando se soube da decisão do PCP de apresentar uma candidatura própria e de qual o candidato escolhido pelo colectivo; conversa fatalmente virada para os “argumentos” que logo se seguiram, produzidos por politólogos, analistas e comentadores diversos, mas unidos em chavões comuns a todos: que Francisco Lopes era um desconhecido, que não tinha envergadura para a tarefa, que não se entendia a escolha do PCP. Lá fui dizendo o que podia... nomeadamente, que a maior parte das coisas que não entendemos e parecem não fazer sentido, se as vemos de fora, ganham significado e coerência, assim que as conhecemos por dentro.
Claro que nessa altura não tinha quase nada para me ajudar a explicar esta ideia. Nem esta bela fotografia... nem os brilhantes debates televisivos de Francisco Lopes.