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terça-feira, 17 de setembro de 2013

As gralhas são uns “pássaros” muito chatos!!!


Aproveitando o facto de estar a deslocar-me para mais uma acção de campanha da CDU, em Torres Novas, escolho destacar duas calinadas magníficas, desta vez em dois cartazes de partidos da esquerda que, para além da inegável graça que têm as “gralhas”, revelam apenas alguma lamentável mas inócua iliteracia... que está longe do analfabetismo que, realmente, faz mal ao mundo: o “analfabetismo político”, como bem escreveu Bertold Brecht e lembrou o Sérgio Ribeiro.
De facto – e deixem-me usar imagens do mundo ciclista - se os amigos da CDU se espalharam ao comprido no prologo... os amigos do BE, com as suas autárticas (eleições no círculo polar Antártico?), mostram que fizeram a revisão da propaganda “em contra-relógio.
Seja como for, nestas provas longas e por etapas, o que conta é a resistência e regularidade, não sendo estes pequenos "acidentes" que definem as posições no pódio final.
Votos de bom trabalho e uma boa campanha a todos! Sim, não estranhem que faça votos de um bom trabalho nas campanhas até a pessoas que estão muito longe de partilhar as minhas ideias. Na verdade, em termos autárquicos, toda a gente que se empenha, honestamente, pelo que acha ser o melhor para a sua terra, ainda que pertença a partidos adversários, tem o meu respeito. Muito mais do que aqueles que ficam em casa a dizer mal dos políticos e da política... mas sempre com o fito de aproveitar o esforço dos outros.
Adenda: Francamente... quem se enganou no cartaz dos nossos amigos da Messejana, acha mesmo que aquilo que eles mais precisavam era de um surto de novas piadas sobre a terra? Não bastava a outra?!  :-) :-)

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Unidade na acção – Gosto muito... mas agora esperem um pouco!


Fiz bem em esperar várias horas para falar sobre o desenlace do “caso das candidaturas”, que só adquiriu este nome com ares de trama policial, porque alguns decidiram transformar num enredo judicial aquilo que nunca deveria ter saído do âmbito da política. Sem esta espera, a coisa sairia, porventura, muito mais agreste... o que não seria bom para ninguém.
Fico satisfeito com a decisão do Tribunal Constitucional, por mais que não goste de alguns dos candidatos que assim viram viabilizadas as suas candidaturas. Como toda a gente, tenho o melhor “remédio”: não votar neles!
Na verdade, continuo a achar que as únicas limitações aos cargos políticos, não só aceitáveis, como urgentes e salvo as conhecidas excepções constitucionais como é o caso da Presidência da República, deveria ser a da competência para o cargo, a capacidade de trabalho, a honestidade e, sobretudo, o apoio dos eleitores... por mais que me custe ver, de forma excepcional, felizmente!, esse apoio ser dado a escroques como Jardim ou Isaltino, para mencionar apenas os dois casos mais famosos.
Assim, continuo a considerar que a lei de limitação não deveria existir. Porém, já que foi aprovada nesta forma dúbia e incompetente e depois de instalada a dúvida sobre a possibilidade de a limitação ser apenas territorial, havia toda a legitimidade em explorar essa dúvida.
Não estranhei a tentativa dos senhores de um movimento, o tal do nome meio afascistado de “Revolução Branca”, terem tentado esta “causa” como meio para aparecerem e - esperavam eles - facturarem um grande apoio popular para o seu justicialismo de tasca, com o fito de, quem sabe, passarem futuramente a partido.
Estranhei muito mais que o Bloco de Esquerda tivesse enveredado por uma posição fanática contra o que chamam os “políticos eternos”, sobretudo quando eles próprios tiveram, até há bem pouco, um líder que abandonou o cargo dirigente no final do ano passado, já quase aos sessenta anos de idade, sendo que era dirigente político desde antes de 1974. Claro que foi mudando o nome das organizações que dirigiu... o que, não sendo um "truque", tal como o não é a questão territorial das candidaturas autárquicas, vem a dar no mesmo.
Seja como for, passado o calor das trocas de argumentos contra e a favor das queixas em tribunal e tentativas de boicote de eleições na secretaria, a imagem que me vai ficar na memória, temo que durante muito tempo, é a do ar sorridente de vários dirigentes do BE, quando fizeram uma famosa (e bem vinda!) reunião com uma delegação ao mais alto nível do PCP, saindo com discursos sobre a urgência e importância da “unidade de acção” e “convergência de objectivos”... quando era evidente já saberem então que, passados apenas uns poucos dias, iriam tentar boicotar várias candidaturas da CDU.
Na minha qualidade de independente, logo, sem disciplina “partidária” para além daquela a que as minhas convicções (e percurso de vida e amizades pessoais) obrigam, admito, ainda assim, a necessidade de apagar este episódio caricato quanto antes e caminhar, sempre que possível, para a desejada unidade na acção... só que a falta de pachorra a que a minha idade já dá algum direito, fará com que, pelo menos durante uns tempos... não me “vejam os dentes”.
Mais ainda... se, como será desejável, voltarem a sentar-se a uma mesa de conversações os dirigentes dos dois partidos, devo dizer que, ao arrepio da imagem de sectarismo e intransigência com que costumam tentar caracterizar os dirigentes comunistas, gabar-lhes-ei a abertura de espírito e a capacidade de encaixe, por voltarem a conversar com um grupo dos mesmos dirigentes do BE que, mais uma vez, poderão traí-los horas depois de saírem da reunião
Esperemos que assim não seja! Felizmente eu não sou perdido nem achado nestas decisões e posso dar-me ao luxo de ser compagnon de route de quem entendo. Para já, trata-se de participar, activamente e com muito prazer, na campanha eleitoral autárquica.
Trata-se, uma vez mais... de tomar partido! Pela CDU!

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Eleições Autárquicas – Há coisas tão "feínhas"...


E lá volto ao mesmo! A lei de limitação de mandatos autárquicos, na minha modesta opinião, nem deveria existir! A única limitação ao direito de se fazer eleger para uma autarquia, devia ser a comprovada falta de honestidade, transparência verdade, competência.
Infelizmente, o facto é que a lei existe. Infelizmente, o facto é que foi feita de forma suficientemente incompetente (??) para permitir interpretações divergentes.
Agora, por maiores que sejam as confusões geradas, todas as interpretações são legítimas... mas, felizmente, contestáveis.
Ainda assim, há coisas que me desanimam um pouco.
Se de um movimento com objectivos misteriosos e um nome “afascistado”, como é a “Revolução Branca” que, diga-se em abono, não concorre às eleições, este encarniçamento sobre as candidaturas, única forma de aparecerem nos media e, quem sabe, acabarem a formar um partido... é compreensível, já este passatempo do BE, que o leva a pôr a política em tribunal um pouco por todo o lado... é bastante esquisito.
Não haveria forma de debater isto politicamente, nos lugares certos, ou, no limite, tentando “impugnar”, ou confirmar, ou aclarar a lei directamente no Tribunal Constitucional, em vez desta espécie de tiro ao alvo sobre candidatos específicos?
Não é uma vergonha para a política, para a justiça (e para a democracia) esta sucessão inevitável de decisões contraditórias dos tribunais, ora pelo facto de, como já disse, a lei dar lugar a interpretações, ou porque os senhores juízes acabam fatalmente sob a suspeição de se moverem por simpatias partidárias?
E, finalmente, ainda quanto ao BE... não seria bem melhor dedicar-se com empenho ao trabalho político, com o justo objectivo de ganhar algum peso eleitoral a nível autárquico, em vez de se entreter a “dinamitar” candidaturas concorrentes?
Quando, passadas as eleições, um candidato impedido de se candidatar, decidir impugnar todas as eleições em que, ao abrigo da mesmíssima lei e com as mesmas “limitações” a apontar, houver candidatos a quem foi permitido fazerem-se eleger de novo... de que lado ficará o Bloco de Esquerda, perante essa evidente injustiça?

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Miguel Portas




Esta é uma notícia que Abril bem dispensava: a morte (estupidamente fora de tempo) do deputado e amigo Miguel Portas!
Abracei-o pela última vez na grande manifestação da CGTP no Terreiro do Paço.
Ainda que por caminhos por vezes aparentemente tão separados... ainda tínhamos tantos abraços para dar e tantas coisas para fazer. Quem sabe, juntos, em unidade... um dias destes...
Até sempre, amigo!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Louçã e Rui Tavares – A borrasca


Longe de mim querer comentar o facto de Francisco Louçã, por causa da maciça perda de votos, já estar arrependido de não ter ido à reunião da "troika". Até porque daqui por uns dias pode bem arrepender-se de ter admitido estar arrependido... e lá começaria tudo de novo.
Não. Numa altura em que até estou a prestar maior atenção ao Bloco, primeiro porque sim e segundo, para seguir a anunciada reflexão colectiva, aquilo que me chamou a atenção foi esta borrasca que estalou entre Louçã e o deputado europeu pelo BE, o independente Rui Tavares, relacionada com uma alegada confusão de nomes dos fundadores do partido, com trocas de farpas e exigências públicas de pedido de desculpa... o que me levou a refletir sobre, pelo menos, duas coisas extraordinárias:
1. A extraordinária falta de sorte que tem o BE para escolher os independentes a quem oferece cargos políticos (claro que estou também a pensar no “Zé que fazia falta” na Câmara de Lisboa).
2. A extraordinária confusão feita à volta dos nomes dos fundadores, atendendo a que são apenas quatro, atendendo a que Louçã é um deles e atendendo a que Rui Tavares é um historiador profissional. Que diabo! Foi há tão poucos anos...

quinta-feira, 2 de junho de 2011

João Tunes – “Aliados” desta estirpe... dispenso!


Este post não é sobre João Tunes, nem sobre o seu blogue. Porque isso não teria o menor interesse. Um “João Tunes”, mesmo depois de pronto, não serve para nada! De qualquer modo, uma das suas frases, escritas num daqueles momentos em que Tunes é atacado pelo delírio de pensar que é genial, merece uns segundos de atenção.
Num texto em que Tunes explica aos seus leitores que, não só vai votar BE, como o voto no BE é que é o único voto útil, tenta desvalorizar o campo da CDU, de uma penada, com uma das tais delirantes frases, em que inventa até um novo conceito, o do partido em “estado de necessidade”:
«Nas esquerdas, o Bloco é o único partido que mostra estar em estado de necessidade, pois o PCP conserva a fidelidade das suas hostes na egolatria escapista do leninismo senil, viciada no protesto metódico, ritualizado, burocrático e inconsequente»
E perguntam vocês… “Ó Samuel, e por que dianho foste interessar-te por uma frase tão imbecil?!”
Porque mesmo ferida de uma hilariante tolice, tanto no conteúdo como no estilo, infelizmente mostra ao que eles vêm. Se não mostra ao que vem o BE, no discurso oficial, é bem clara quanto ao pensamento de muitos dos seus militantes e quanto ao seu ódio vesgo aos comunistas, como se pode ver, ouvir e ler por aí, todos os dias, em colunas de jornais, comentários televisivos, blogues...
Isto vem mostrar que, independentemente do acerto e da importância das convergências pontuais, passadas e futuras, as (legítimas) vontades de alianças ou acordos mais vastos têm ainda um longo caminho a percorrer.