Sobre Banzão e o novo Aldi que vem aí. (reedição)
A casa "Camacho" no Banzão, local onde se pretende fazer "nascer" um ALDI (foto de 2015) antes da intervenção de abate de todas as árvores.
Foto em 3 de Junho de 2018
A notícia da construção de uma loja da cadeia ALDI, no Banzão, local de paisagem protegida na área do Parque Natural Sintra-Cascais, surpreendeu e preocupou todos que consideram que aquela zona deveria ser preservada - embora a constante indiferença da comunidade sobre o seu património , e o olhar para o lado da autarquia sobre mais este caso, fez-nos chegar à triste situação que hoje temos no Banzão.
A "Casa Camacho", embora actualmente não estivesse ocupada, faz(ia) ainda parte integrante da paisagem daquela zona, fronteira com o Pinhal da Nazaré - com arquitectura datada dos meados do séc XX, envolvida por muitos pinheiros centenários que não mereciam o destino, que lhes foi destinado.A construção da loja ALDI, implicou o abate de dezenas de árvores e a demolição de uma vivenda com história, destruíndo a harmonia de um local de grande importância paisagística e arquitectónica.
Nº40 da Avenida Atlântico (foto de 2015)
O nº40 ,agora -foto de 2 de Junho de 2018
A "Casa Camacho", do Banzão foi mandada construir pelo Professor Inocêncio Camacho Rodrigues, Governador do Banco de Portugal, 2 de Abril de 1911 – 30 de Junho de 1936, (Moura, São João Baptista, 23 de Maio de 1867 — Lisboa, Santos-o-Velho, 11 de Setembro de 1943.
O proprietário da "Casa Camacho", também explorava uma nascente de água minero-medicinal que possuía no Monte Banzão, com origem numa nascente do pinhal da Nazaré e canalizada para uma fonte (Fonte Maria), que nos nossos dias se encontra em ruínas. A água minero-medicinal, do Monte - Banzão, era publicitada como a melhor água de mesa do país.
A linha do eléctrico, a avenida Atlântico, os pinheiros a harmonia do Banzão, local escolhido para a loja ALDI(Foto de 2015)
Foto de 3 de Junho 2018
Sobre às Águas minerais do Monte-Banzão de Inocêncio Joaquim Camacho Rodrigues
"Em Colares existiram pelo menos três empresas de comércio de águas.
(...)
Quanto a esta última (Monte-Banzão), sabemos que em 19o5, foi pedida, por Joaquim Camacho Rodrigues, a concessão da água Mineral "Monte-Banzão". Esta água era engarrafada num anexo da casa do proprietário do Monte Banzão , através de um cano de ferro que ligava esse anexo ao poço. A água deixou de ser comercializada em 1913, por diminuição do caudal que se deveu a aluimentos de terras resultantes dos fortes abalos sísmicos de 1908"
De um texto do Prof. António Miranda
Padaria Flor - Monte Banzão -Actualmente o início da Avenida Atlântico no Alto Banzão
As Águas do Monte-Banzão, nas vésperas da Revolução de 1910
"A morte de Miguel Bombarda, dada a conhecer pela notícia afixadas em O Século, foi como chama que se espalha por Lisboa inteira e a incendeia. Espelhava-se nos rostos a máscara das horas graves, de quem espera um acontecimento grande. Vultos atarefados passavam, cosendo-se com as parede, transmintindo ordens. Os dirigentes republicanos não se vêem. Na manhã de 3 tinham reunido os oficiais comprometidos na Rua dos Correeiros, na Empresa das Águas do Monte Banzão, de Inocêncio Camacho."
Excerto de um texto de José Brandão -aqui
Anúncio publicado na rev. "Occidente" 1022 de 20 de Maio de 1907
Águas Minerais do Monte-Banzão Identificação -Monte-Banzão Indicações - Aparelho digestivo e rins (Contreiras,1951) Instalações
- A emergência da água é no fundo de um poço que atravessa as areias (Acciaiuoli,1944) Fracamente mineralizada, radioactiva (Contreiras,1951) Sintra/Colares Alvará de concessão de 30/11/1906, abandonadas em 4/8/1937Bibliografia:Acciauioli 1944, Andrade 1906,Contreiras 1937, Contreiras 1951, Machado 1904,Pestana 1905.
A exploração é suspensa em 1913, e em 12 de Maio de 1937, é requerido o abandono da exploração.
http://riodasmacas.blogspot.pt/2015/07/foi-voce-que-pediu-um-supermercado-aldi.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Inoc%C3%AAncio_Camacho
Foto em 3 de Junho de 2018
A notícia da construção de uma loja da cadeia ALDI, no Banzão, local de paisagem protegida na área do Parque Natural Sintra-Cascais, surpreendeu e preocupou todos que consideram que aquela zona deveria ser preservada - embora a constante indiferença da comunidade sobre o seu património , e o olhar para o lado da autarquia sobre mais este caso, fez-nos chegar à triste situação que hoje temos no Banzão.
A "Casa Camacho", embora actualmente não estivesse ocupada, faz(ia) ainda parte integrante da paisagem daquela zona, fronteira com o Pinhal da Nazaré - com arquitectura datada dos meados do séc XX, envolvida por muitos pinheiros centenários que não mereciam o destino, que lhes foi destinado.A construção da loja ALDI, implicou o abate de dezenas de árvores e a demolição de uma vivenda com história, destruíndo a harmonia de um local de grande importância paisagística e arquitectónica.
Nº40 da Avenida Atlântico (foto de 2015)
O nº40 ,agora -foto de 2 de Junho de 2018
A "Casa Camacho", do Banzão foi mandada construir pelo Professor Inocêncio Camacho Rodrigues, Governador do Banco de Portugal, 2 de Abril de 1911 – 30 de Junho de 1936, (Moura, São João Baptista, 23 de Maio de 1867 — Lisboa, Santos-o-Velho, 11 de Setembro de 1943.
O proprietário da "Casa Camacho", também explorava uma nascente de água minero-medicinal que possuía no Monte Banzão, com origem numa nascente do pinhal da Nazaré e canalizada para uma fonte (Fonte Maria), que nos nossos dias se encontra em ruínas. A água minero-medicinal, do Monte - Banzão, era publicitada como a melhor água de mesa do país.
A linha do eléctrico, a avenida Atlântico, os pinheiros a harmonia do Banzão, local escolhido para a loja ALDI(Foto de 2015)
Foto de 3 de Junho 2018
Sobre às Águas minerais do Monte-Banzão de Inocêncio Joaquim Camacho Rodrigues
"Em Colares existiram pelo menos três empresas de comércio de águas.
(...)
Quanto a esta última (Monte-Banzão), sabemos que em 19o5, foi pedida, por Joaquim Camacho Rodrigues, a concessão da água Mineral "Monte-Banzão". Esta água era engarrafada num anexo da casa do proprietário do Monte Banzão , através de um cano de ferro que ligava esse anexo ao poço. A água deixou de ser comercializada em 1913, por diminuição do caudal que se deveu a aluimentos de terras resultantes dos fortes abalos sísmicos de 1908"
De um texto do Prof. António Miranda
Padaria Flor - Monte Banzão -Actualmente o início da Avenida Atlântico no Alto Banzão
As Águas do Monte-Banzão, nas vésperas da Revolução de 1910
"A morte de Miguel Bombarda, dada a conhecer pela notícia afixadas em O Século, foi como chama que se espalha por Lisboa inteira e a incendeia. Espelhava-se nos rostos a máscara das horas graves, de quem espera um acontecimento grande. Vultos atarefados passavam, cosendo-se com as parede, transmintindo ordens. Os dirigentes republicanos não se vêem. Na manhã de 3 tinham reunido os oficiais comprometidos na Rua dos Correeiros, na Empresa das Águas do Monte Banzão, de Inocêncio Camacho."
Excerto de um texto de José Brandão -aqui
Anúncio publicado na rev. "Occidente" 1022 de 20 de Maio de 1907
Águas Minerais do Monte-Banzão Identificação -Monte-Banzão Indicações - Aparelho digestivo e rins (Contreiras,1951) Instalações
- A emergência da água é no fundo de um poço que atravessa as areias (Acciaiuoli,1944) Fracamente mineralizada, radioactiva (Contreiras,1951) Sintra/Colares Alvará de concessão de 30/11/1906, abandonadas em 4/8/1937Bibliografia:Acciauioli 1944, Andrade 1906,Contreiras 1937, Contreiras 1951, Machado 1904,Pestana 1905.
A exploração é suspensa em 1913, e em 12 de Maio de 1937, é requerido o abandono da exploração.
http://riodasmacas.blogspot.pt/2015/07/foi-voce-que-pediu-um-supermercado-aldi.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Inoc%C3%AAncio_Camacho
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