No tempo da defesa das árvores

Em Agosto de 2007 o eucalipto era parte da cabine da bilheteira

Porque hoje é domingo, fica bem mudar um pouco o tom ao discurso sobre as consequências do abate de árvores na Serra de Sintra, contando uma singela e curiosa história, que ainda hoje é vivida por um esguio eucalipto, naquele que já foi um local frondoso e verdejante.
Em Janeiro de 2009 um pouco mais crescido, assistiu ao abate da sua companhia de muitos anos.

Antes da PSML desencandear a guerra às infestantes que abundavam na Serra de Sintra,(2007) havia a ideia de que era necessário proteger as árvores de qualquer dano ou atentado à sua existência. Havendo necessidade de instalar uma cabine/bilheteira, junto à entrada do Convento dos Capuchos, e para poupar um eucalipto que estava mesmo no local projectado para a dita cabine, foi aberto um buraco circular na estrutura do telhado para que pudesse, assim, continuar a crescer.

Hoje o sortudo eucalipto está mais crescido mas muito mais sozinho, a maioria dos seus companheiros de sempre já foram abatidos, misturados com carvalhos, cedros, pinheiros e as tais espécies infestantes- cortados e levados para a Portucel.
Foto de Agosto 2007 na Tapada D.Fernando II (Capuchos)

Não sabemos que futuro terá aquele eucalipto (mas suspeitamos) quase um monumento às espécies desaparecidas na Tapada D.Fernando II - ele que plantou também um eucalipto no dia do seu casamento com a Condessa d'Edla no seu Parque da Pena em 10 de Junho de 1869.

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