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Será mesmo que não preciso?

Ontem era dia de  Assembleia de Professores da Rede Municipal de Salvador (o ano letivo começou dia 14, mas ontem, 15, fizemos uma reuniao para decidir nosso destino , pois as escolas da rede, em sua grande maioria, estão sem vigilância, sem pessoal de apoio para limpeza e merenda; o prefeito não tem dado a devida atenção....:( ), daí que saí de casa pela manhã um pouco mais tarde que o costume, e Leti acordou antes que eu saísse.

Quando ouviu a minha voz, chamou logo e eu fui até o berço:

--- Bom dia flor! Mamãe tá aqui ainda mas já está saindo para trabalhar viu? Vou, mas volto já....

--- Ô mãeeeeeeeeeee, vai não, você não plicisa........................

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Filha, queria que você soubesse que preciso sim trabalhar. Além do nosso sustento material, existe também a minha satisfação pessoal em ser produtiva fora de casa.
Nossa saudade é imensa, eu sei, mas com certeza é recompensada pela alegria da mamãe em fazer o que gosta e também pela sua alegria em me ver e saber que a mamãe está feliz.
Você também vai crescer um dia e vai querer sentir-se assim como a mamãe se sente.
E o mais importante, é que sabemos que nosso amor e alegria não são medidos pelas  quantidades de horas que passamos juntas, mas pela qualidade da relação que estabelecemos quando estamos juntas.

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RESPOSTA AOS COMENTÁRIOS
Sobre o post Notícias e desabafo:
1.Priscila, Chris, Vanessa, Chica, Elisabeth, Manu, Ana, Betariz, Ana do Balde, Carol e Adriana: meninas, muito obrigada pelas palavras de todas vocês. São ouro viu? Essa cultura de que as mães são culpadas de tudo que ocorre com os filhos deve ser revista, e acho mesmo que estamos dando um longo passo no caminho desta reflexão.

Sobre o post O poder da persuasão
1.Paula, Milka, Naiara, Ana do Blade: é meninas, com uma chantagem fofa dessas não tem como resistir, mas diante do histórico de apetite da pequena, se eu ceder em guloseimas estarei fazendo um mal danado para ela. Dói, mas é necessário.......rsrsrs
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Notícias e desabafo

Hoje levamos Ana Letícia para fazer o curativo. A bichinha fez um escândalo só para conseguir tirar o esparadrapo da orelha. Mas graças a Deus não está mais inflamado nem com pus, o corte já está até com um cascãozinho.
Mas a mea culpa, minha máxima culpa, permance aqui dentro latejante. Ainda mais porque alguns seres não dispensam a oportunidade de dar palpites e alfinetadas criticando um hábito tão comum que é o de furar orelhas de meninas ainda na maternidade! Porque pelo que sei, o susto é quando a gente vê uma menina sem furo na orelha, ou tô errada?
Ai gente, porque as mães tem que se responsabilizar por todos os males que acontecem aos filhos?
Abdico de noites de sono, diversões, cuido de forma exemplar da alimentação, banho, roupas. Tento educar com o maior zelo, primo por dar bons exemplos sempre, e ainda assim tenho que me sentir culpada por algo fugir do meu controle e ter dado errado?
Essa semana a Mamãe Menta, mãe do baby Cebolinha, fez um post desanimado porque o filho não engordou. Ela sofre porque pensa que a culpa é dela.
A Manu, mãe da Sophia também relatou uma queda e um ralado da filhota, e se sente triste porque não pode estar perto. No mínimo ela estava trabalhando ou estudando e sente-se culpada por isso.
A Vanessa, mãe do Enzo, tembém relata em seu último post sobre um dente quebrado numa das artes do filhote. Ela fala que se sentiu a pior mãe do mundo.
E eu poderia fazer aqui uma lista enorme de quantas de nós sentiu-se culpada por algo que nos fugiu do controle em relação aos filhos e o quanto nos sentimos responsáveis por isso. Faltaria tempo, palavras e páginas no blog para relatar todas as situações em que nos sentimos assim, tão impotentes.
E esse episódio de ontem, mais as diversas palavras bondosas e um tanto de outras super grosseiras e desanimadoras, me fez hoje acordar uma nova mulher!
Podes crer, a culpa ainda tá aqui, reflito. Mas eu vou lidar muito melhor com isso. Preciso, pois essa não será a primeira vez que algo poderá dar errado em relação a minha filha, e se eu continuar pensando que sou UMA DEUSA para conseguir controlar todas as situações, terei que ser internada num hospício.
Gente, definitivamente não faz bem ao nosso coração. Deixemos que quem maltrata os seus filhos, ou não dão a devida atenção, ou deixam com outros para se divertirem de forma exagerada, ou que saem para trabalhar e não cuidam adequadamente de suas crias quando estão em casa, delegando a responsabilidade a outros, façam seus exames de consciência e se culpem.
Eu não! Eu sou Mãe!
Mãe com M maiúsculo, gigante, enorme!
Cuido da minha filha e dou a ela o melhor que possuo, tanto em termos materiais, quanto espirituais e morais.
Não tenho, portanto, motivo para me sentir culpada.

ORAÇÃO DA SERENIDADE
"Concedei-me, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar, coragem para modificar aquelas que posso e sabedoria para distinguir umas das outras".

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RESPOSTA AOS COMENTÁRIOS

1.Pri, nem fale, nem fale. Parecia que o que estava sendo cortado era o meu coração!
2.Paula, hoje a noite ela pediu gagau, e logo depois desistiu e disse: Quelo sopa. Claro que corri num prato, que ela comeu todinho. Tomara mesmo que continue.
3.Sílvia minha amiga, claro qe pode me chamar assim! A virtualidade é apenas um detalhe, rsrsrs Suas dicas  e nossas conversas são tão preciosas que parece que nos conhecemos a mil anos! Mandarei sim a foto, e vou fazer um post também, contando como ela está sendo usada.
4.Claudinha e Lilian, obrigada pelas palavras. Hoje já acordei mais aliviada quanto a culpa.
5.K-Cau, penso que esta questão é um tanto cultural mesmo. Aqui em casa tem tantas meninas,todas de orelhinhas furadas,  e como disse a Sílvia, a opção por furar ainda bebê era livra-la da dor futura, e infelizmente aconteceu isso.
6.Lu, minha linda, senti mesmo sua falta no blog. Como vai o Nic? Obrigada pelas doces palavras.
7.Manu, tava sentindo sua falta por aqui, rs. Realmente, não sei explicar o motivo de furar a orelha, acho que também fui levada pela questão cultural. E estava dando tudo certo até então. Mas hoje já acordei bem melhor em relação a esse sentimento.
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