Dra. Nise da Silveira |
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O presente texto pretende fazer uma reflexão à cerca da atuação do profissional de psicologia no sistema prisional, usando como referência o filme Carandiru. Carandiru é um filme brasileiro, de 2003, baseado no livro Estação Carandiru, do médico Dráuzio Varella. O filme aborda o cotidiano da extinta "Casa de Detenção", mais conhecida por Carandiru, antes e durante o massacre ocorrido em 2 de outubro de 1992. Os casos apresentados no filme são baseados em histórias reais, ilustrando a dura realidade dos presídios brasileiros.
Não é possível que governantes, parlamentares, magistrados, promotores, psicólogos e demais profissionais que transitam nos caminhos do sistema prisional sigam insensíveis às tragédias que integram o cotidiano desse sistema sem perceber que revelam, mais do que o perfil de cárceres e de seus ocupantes, características essenciais e vergonhosas do próprio Estado brasileiro.
Boyhood poderia chamar-se "A vida como ela é", pois a trama acompanha o desenvolvimento de Mason, da infância à juventude, retratando mudanças cíclicas que ocorrem na família durante o período. Como tantos outros, Mason é filho de pais divorciados, ele enfrenta as mudanças do entorno e as que ocorrem com ele próprio. Assim, ser e ambiente se influenciam mutuamente, e, transformam-se ao longo desse período, simples assim, exatamente como a vida é.
Vasily Grossman |
Sendo assim, surgem vários “bens particulares”, o bem para os cristãos, o bem para os muçulmanos, o bem para os judeus... Há o bem dos ricos e dos pobres, dos brancos e dos pretos, e assim por diante... De fragmentação em fragmentação, o bem surge dentro de um grupo, separado dos diferentes, seja pelo critério que for – raça, classe, religião, etc. E o Outro – qualquer um que estiver “fora do círculo fechado” desse grupo – já não é mais abrangido por esse bem. Os que lutam pelo seu bem particular, tentam passar-lhe um caráter de aparência universal, afirmando que “seu bem” é o necessário para todos.
Nós precisamos falar sobre o Kevin. Precisamos mesmo? Precisamos. Kevin é o pesadelo em forma de filho, é um jovem capaz de inspirar os piores receios sobre a maternidade: é malcriado, agressivo, dissimulado, grosseiro. Kevin é um caso sério, realmente precisamos falar sobre ele. Mas como? Lendo análises sobre o filme, me perguntei sobre o quanto buscamos a razão de tudo. Dar uma explicação para o inexplicável nos deixará mais seguros? Explicar? Não temos aqui essa pretensão. Por agora, vamos compartilhar diversos olhares e reflexões para provocar em cada leitor a vontade de assistir ao filme.
Esse filme é um drama de fato impactante e perturbador, que promove um mergulho no submundo da relação conturbada de uma mãe com um filho que ela nunca desejou ter e que por conta disso, não sabia como amá-lo. Adaptado do romance de Lionel Shriver, o filme é uma experiência dilacerante e impossível de apagar da mente depois de encerrada a sessão. A intensa experiência de assistir ao longa vai acompanhá-lo por dias, mesmo semanas depois de vê-lo.
No artigo chamado "Em defesa da família tentacular", Maria Rita Kehl questiona se a “degradação
social” em que vivemos (delinquência juvenil, violência, drogadições,
desorientação dos jovens e etc) é responsabilidade ou não da “dissolução da
família” família nuclear “normal”: monogâmica, patriarcal e endogamica.
A autora faz uma análise histórica de como e porque a
tendência da sociedade tem sido se afastar cada vez mais deste padrão familiar que
as classes medias brasileiras adotaram como ideal...
Post contendo spoiler do filme "Como Estrelas na Terra"
Ishaan Awasthi |
The Mighty (1998) |
O filme “The Mighty” (na tradução "Entre Amigos"), relata a parceria, a amizade e as dificuldades enfrentadas por dois garotos: Kevin, impossibilitado de andar e Max, que tem problemas de aprendizagem e um grande trauma no passado. Ainda nos “pilares” básicos do pensamento de Vygotsky vimos que: as funções psicológicas têm um suporte biológico pois são produtos da atividade cerebral; que o funcionamento psicológico fundamenta-se nas relações sociais entre o indivíduo e o mundo exterior, as quais desenvolvem-se num processo histórico; e que a reação homem/mundo é uma relação mediada por sistemas simbólicos. Essas idéias são claramente exemplificadas do inicio ao fim do filme...
Obs: Quem não assistiu ao filme pode ter algumas surpresas estragadas ao ler o texto. |
Poucos diretores de cinema sofrem tanta influência da psicanálise quanto Darren Aronofsky. Em 2000, nas cenas finais de “Réquiem Para um Sonho”, filmou uma antológica sequencia em que os personagens se encolhem como fetos. No contexto da história, estava clara a influência do pensamento de Freud: o ser humano se origina do inorgânico e, durante toda sua vida, apresenta uma pulsão de retornar ao estado de ser nada. Em busca do equilíbrio biológico perfeito (homeostase), os seres humanos possuem uma atração instintiva pelo útero (o nascer) e pelo túmulo (o morrer). O ser humano luta em vida, de forma inútil, pelo fim de suas tensões internas. Luta por saciar-se. Onze anos depois de “Réquiem Para um Sonho”, Aronofsky apresenta aos espectadores uma verdadeira aula introdutória à psicanálise no longa “Black Swan”. Poucos filmes possuem referências tão perfeitas e bem amarradas à teoria psicanalítica. Talvez apenas o pesado “O Anticristo”, de Lars Von Trier, seja tão contundente...
“Dexter” é uma série americana centrada em Dexter Morgan, um assassino em série que trabalha como analista forense, especialista em padrões de dispersão de sangue, no departamento de polícia de Miami-Dade. O perito em borrifos de sangue é o protagonista da trilogia escrita porJeff Lindsay, que deu origem a uma das séries de TV mais aclamadas e legais da atualidade. A primeira temporada foi, em grande parte, baseada no livro “Darkly Dreaming Dexter”. As temporadas seguintes evoluíram distintamente das obras literárias.
Este filme é duro, chocante, cruel. Duro porque apresenta a realidade dos hospícios manicomiais com uma transparência que parece de documentário e não de filme; chocante porque os espectadores podem facilmente sofrer o impacto "da medicina manicomial", e cruel porque as cenas de violência desumana em nome de um tratamento psiquiátrico mostravam sem alegorias ou metáforas como o homem pode ser o lobo do homem.
O Filme o “Cão de Briga" relata a dramática história de um garoto orfão chamado Danny, vivido pelo ator Jet Lee. Desde os quatro anos Danny foi "adestrado" e treinado por Bart, ele foi condicionado a ter um comportamento diferente das outras crianças, jovens e adultos, Danny foi criado como um cão de luta por Bart (Bob Hoskins), que dizia ser o seu tio, para usar Danny como sua potente arma de guerra. Danny não sabe como comportar-se socialmente, seus hábitos eram como o de um animal, ele vivia preso, comia como um cão e usava uma coleira, privado de qualquer tipo de educação, é violento, não perde uma luta, é capaz de enfrentar uma dúzia de capangas; mas é submisso a Bart e não conhece nada na vida além de lutar.