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sexta-feira, 22 de março de 2019
Auto-retrato(s) - 272
É de 1937 este Auto-retrato de um artista degenerado, uma resposta desafiante de Oskar Kokoshka ao regime nazi que havia colocado oito obras suas na tristemente famosa " Exposição da Arte Degenerada ".
Pertence a uma colecçáo particular, mas está em depósito nas Scottish National Galleries, em Edimburgo.
quarta-feira, 22 de novembro de 2017
Pensamento ( s )
(...) Um exercício que devemos repetir mais vezes é recordar ( voltar a trazer ao coração, literalmente ) os lugares onde experimentamos consolação. Esses lugares, amiúde inesperados, guardam um precioso ensinamento. Se quisesse eu próprio falar de um lugar de consolação recente na minha vida teria de referir o campo de concentração de Westerbork, na Holanda, onde estive em peregrinação o verão passado.Foi nesse epicentro da dor que, ao lado de milhares de outros mártires do século XX, esteve prisioneira Etty Hillesum. Recordo-me de passar um par de horas, deitado sobre a erva, a escutar o vento. Apenas isso. Mas senti uma comunhão profunda com o grito e o perdão que se pode ler quer nos escritos de Etty, quer no destino silencioso de tantas vidas. E, sem que as pudesse deter, as lágrimas lavaram-me o rosto várias vezes. As vezes necessárias para que ficasse limpo.
- José Tolentino de Mendonça, no Expresso do passado Sábado .
quarta-feira, 8 de novembro de 2017
Biografias e afins
Uma das figuras mais sinistras do século passado o dr.Mengele, que chega a Buenos Aires em 1949 fugindo do seu passado de médico de Auschwitz. Beneficia da protecção de Péron, e do apoio de alguns nostálgicos da Alemanha Nazi, mas a perseguição da Mossad e de outros leva-o a fugir para o Paraguai e depois para o Brasil, sempre com a ajuda financeira da sua família.
Acaba por morrer afogado numa praia brasileira em 1979, cada vez mais sozinho e paranóico. Uma edição da Grasset.
terça-feira, 12 de maio de 2015
Maria Altmann
Maria Altmann foi uma judia austríaca, refugiada do nazismo, que se tornou conhecida pela disputa jurídica que intentou contra o governo austríaco para reaver cinco pinturas do artista Gustav Klimt, pertencentes à sua família, e que tinham sido roubadas pelos nazis.
Esta luta jurídica chega agora ao cinema, sendo Maria Altmann interpretada por Helen Mirren. Ryan Reynolds é o advogado.
O retrato de Adele Bloch Bauer, tia de Maria Altmann, é um dos quadros de Klimt que ela reaviu do estado austríaco.
Estou com muita vontade de ver este filme que vai estrear em breve, em Portugal.
domingo, 3 de novembro de 2013
Achado sensacional em Munique
A televisão estadual bávara e o semanário "Focus" noticiaram hoje um achado verdadeiramente impressionante: a polícia alfandegária bávara localizou há dois anos, num andar de um prédio no bairro Schwabing de Munique, cerca de 1.500 obras de pintores modernos, entre eles, Pablo Picasso, Henri Matisse, Marc Chagall, Emil Nolde, Franz Marc, Max Beckmann e Max Liebermann. Focus adianta tratar-se de um acervo cujo valor poderá ascender a 1 bilião de euros. Das obras já identificadas, sensivelmente 200 foram reclamadas por antigos proprietários ao longo das últimas décadas, cerca de 300 integraram o conjunto de peças artísticas, consideradas "degeneradas" e exibidas pela última vez ao público na mal-afortunada exposição nazi "Entartete Kunst" na capital da Baviera em 1937 (primeira imagem).
O andar, de acordo com informações da estação televisiva e do semanário, pertence a Cornelius Gurlitt, de oitenta anos, e filho do conhecido historiador de arte Hildebrand Gurlitt (segunda imagem). Hildebrand Gurlitt, o primeiro director do Museu de Zwickau, adquirira vários quadros nos anos 20. O seu empenho a favor da arte moderna e a sua ascendência não "integralmente ariana" custaram-lhe a posição de direcção. Mandatado pelo Ministério de Propaganda de Goebbels, vendeu peças de autores proibidos ao estrangeiro, encaixando divisas para o Reich. Gurlitt terá aproveitado esta oportunidade para guardar parte das telas confiscadas ou para alienar algumas a colecionadores alemães.
No período pós-guerra, Gurlitt justificava o desaparecimento deste tesouro com a destruição ocorrida durante bombardeamentos em Dresden. Mas tudo indica que seu filho escondeu esta maravilha durante mais de cinco décadas em Schwabing. Entretanto, Cornelius desfez-se de alguns quadros para seu sustento...
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Estética do III Reich...
Provavelmente já a tinha visto, mas fiquei "deslumbrado" quando me deparei com esta foto recentemente: Albert Speer, o arquitecto-mor da Alemanha Nazi ( e depois Ministro dos Armamentos, o que levou a ser julgado e condenado em Nuremberga ) mostra a Hitler a maquete do Pavilhão Alemão para a Exposição Universal de Paris de 1937.
Outras maquetes, por outros serventuários, ficaram mais na memória deste regime e na memória colectiva da humanidade...
Outras maquetes, por outros serventuários, ficaram mais na memória deste regime e na memória colectiva da humanidade...
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
O que estou a ler - 4

Uma mistura deliciosa de erudição, factos e personagens históricas com biografias ficcionadas.
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Auto-retrato(s) - 60

Esta tela de Beckmann também poderia ter acabado numa das várias fogueiras que se fizeram no início do III Reich para queimar a "arte degenerada", mas foi salva e levada para os EUA onde está desde então.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Um quadro por dia - 94

Passei a manhã a tratar do meu, que tem formas e cores mais "naturais" do que o jardim feérico que vemos nesta tela de Campendonk. Foram formas e cores como estas, e telas ainda mais "estranhas" que fizeram deste expressionista alemão um dos qualificados como pintores de arte degenerada. Rótulo que levou o mesmo a sair da Alemanha para a Holanda, onde veio a morrer em 1957, logo em 1933 com a subida de um certo partido ao poder...
domingo, 26 de setembro de 2010
Walter Benjamin

Morreu em Port-Bou, na fronteira franco-espanhola, quando esperava para ter autorização para seguir caminho para Espanha, fugindo da barbárie nazi. E ainda hoje se discute se foi realmente suicídio ou a longa mão da Gestapo que o procurava.
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Um quadro por dia - 80

Este Retrato de jovem casal do holandês Pieter de Grebber foi confiscado pelos nazis ao marchand Jakob Oppenheimer, passou a uma galeria privada e foi comprado em 1937 pelo Museu de Wiesbaden.
Foi devolvido há precisamente uma semana aos herdeiros de Jakob e Rosa Oppenheimer.
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Os limites da Arte ? - 9

A foto supra mostra a instalação concebida por Filipe Marques após uma visita ao campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, exposta na capela do Paço dos Duques de Bragança em Guimarães.
Houve quem não gostasse de ver o retrato do Papa Pio XII (ao fundo, junto ao altar) rodeado dos retratos dos jovens oficiais alemães e demais elementos da instalação.
Não existiram protestos formais, ao que parece, mas muitos visitantes iam expressando o seu desagrado pela escolha da vetusta capela para exibição da obra.
O que é certo que é a instalação foi retirada um mês antes da data anunciada. Uns falam de censura, desde logo o artista, outros, desde logo o director do monumento, dizem que é preciso "ter em consideração o público que visita o espaço em causa".
Ambas as preocupações são atendíveis e legítimas, mas o que eu gostava de saber, e ainda não consegui, é quem autorizou a escolha da capela para nela ser colocada a instalação...
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Acabei de ler


Dito isto, foi com muita curiosidade que li o livro do José Pedro Castanheira sobre o médico português Ayres de Azevedo, obra já aqui apresentada pela M.R.. É pena que o material disponível não permita esclarecer alguns dos "mistérios" ( para usar a expressão do autor ), designadamente se houve colaboração entre o Dr.Ayres de Azevedo e o mais sinistro médico do séc.XX, o Dr.Josef Mengele, o tristemente famoso médico-chefe de Auschwitz que ainda conseguiu morrer numa praia brasileira em 1979.
Aliás, as dificuldades encontradas por J.P.Castanheira em deslindar o saneamento por germanofilia, a expressão é minha mas parece-me bem adequada ao que aconteceu, de Ayres de Azevedo após regressar de Berlim quando a queda do Reich estava iminente mostra à saciedade a terrível opacidade do Estado Novo, mesmo no mundo universitário.
Pode ser que a leitura deste livro desperte memórias deste episódio praticamente desconhecido , já que a família de Ayres de Azevedo foi pouco colaborante e são pouco os vivos que tiveram algum conhecimento directo do caso.
segunda-feira, 29 de março de 2010
O retábulo de Gand


Só em 1945 é que é recuperada juntamente com outras telas excepcionais numa mina de sal na Áustria, tendo sido então devolvida à catedral de Gand.
A história do retábulo, tanto a recente como a antiga, pode ser melhor conhecida através de um livro recente: L' Agneau mystique. Le retable des frères Van Eyck, da autoria do professor Fabrice Hadjadj, um dos maiores conhecedores da obra.
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Paul Rassinier, 66 anos após a sua prisão!
Paul Rassinier foi uma figura polémica por causa das posições que tomou em relação ao Holocausto. Não é do meu interesse explorar essa faceta. só quero recordar o seu papel como resistente.

Durante a II Guerra Mundial fundou o grupo da Resistência "Libé-Nord", que organizava a fuga de judeus da França ocupada para a Suíça. Por causa dessa actividade foi preso pela Gestapo em 30 de Outubro de 1943.
Raissinier esteve preso em Buchenwald e em Dora até ao final da guerra. Acabou por deixar o ensino por não conseguir restabelecer-se do tifo que apanhara no campo de concentração.
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Campo de Concentração de Buchenwald
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quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Cenas Portuguesas - 15

Agradeci, comprei um pin que nada tinha a ver com este "álbum secreto" ( tenho testemunhas! ) e segui o meu caminho, pensando com os meus botões: " Terei cara de simpatizante do III Reich? " .
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Pode ser um perigoso precedente

Esta tela do grande Vermeer era adorada por Adolf Hitler, e desde 1935 que Jaromir Czernin, então seu proprietário, era pressionado para a vender, tendo acabado por fazê-lo em 1940, com as pressões agravadas pelo facto de a sua mulher ter sangue judeu e poder eventualmente ser sujeita a um destino funesto. A tela está desde o fim da Segunda Guerra Mundial no fabuloso Kunsthistorisches de Viena.
Este Vermeer voltou à ribalta pelo facto de que os descendentes de Czernin o estão a reclamar.
Confesso que me sinto dividido: se de um lado estamos perante uma venda feita sob coacção, pelo outro estamos perante uma obra de arte que há seis décadas repousa tranquilamente num museu aberto ao público, e a verdade é que a obra, ao contrário de tantas outras, não foi confiscada mas sim adquirida. Desconheço se o preço de 1940 foi justo ou não, ou até se se pode falar de um preço justo naquelas circunstâncias, mas a verdade é que cedendo neste caso pode-se abrir a porta a uma avalanche de casos semelhantes, da própria Alemanha a vários outros países que estiveram ocupados.
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
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